História Nasce um Sentimento (Sasusaku) (Itarin) - Conhecendo Haruki.

Haruno Sakura

Eu precisava de drogas!

Para recuperar minha paciência e de certa forma poder aguentar ficar naquela organização. Eu á havia perdido horas atrás em algum lugar do banheiro após Sasuke sair de lá com aquele sorriso arrogante na cara, me deixando espantada, nervosa e acima de tudo excitada.

Nunca pensei que eu fosse o tipo de garota fácil, mas por Kami. Eu o teria deixa fazer o que quiser comigo e não teria impedido, e saber que fora ele a se afastar primeiro, doía mais ainda meu orgulho e dignidade, como se os machucados físicos não fosse dor suficiente. O banho fora penoso e nada relaxante e como se não bastasse fora alvo de piada do infeliz do Haruki, cuja a aparência lembrava a minha, até mesmo aquele cara esquisito, o tal de Hidan fizera piada.

Eu podia aturar os dois tranquilo e estava quase recuperando minha paciência sentada na cama, no escuro quando Sasuke aparece novamente na porta do meu quarto falando algo sobre eu ir pedir ajuda a ruiva no final do corredor. Eu então explicará que a mesma havia sido envenenada e segundo Haruki estava se recuperando. E então eu sugiro de forma educada sentindo a paz entrar em meu ser no meio da ardência daquela pomada horrível e fétida...

----- Você deveria ir ver como ela está. Afinal vocês foram parceiros. Certo?

----- Karin não é o tipo de garota que precisa de ajuda para essas coisas.

Suas palavras são ditas calma e despreocupadamente, fazendo minha sobrancelha - não machucada - pulsar num tique nervoso, anunciando um colapso raivoso. Abro meus olhos sentindo o pouco chakra que eu havia recuperado coçar a palma de minha mão.

----- Está insinuando que eu sou frágil e que preciso sempre de alguém por perto Uchiha?

Ele simplesmente suspirar como se tivesse lidando com uma criança teimosa.

-----Eu não disse isso.

----- Mas pensou.

Vejo ele olhar pra cima com quem diz: "Porque eu Senhor?"

----- Quer saber. Vou pro meu quarto. Você está mais irritante que o normal.

A kunai pousada abaixo de minha coxa encontra meus dedos com rapidez, não penso muito ao arremesa-la em sua direção.

Infelizmente ele e rápido e fecha a porta antes que a arma se enterre na sua cabeça.

"Malditos usuários de Sharingan"

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Estava amanhecendo e após limpar meu rosto e ver uma grande melhora deixando apenas o corte em meia lua e do lábio, meu humor melhora significativamente e sim, decido sair para tomar um ar e refletir sobre os últimos acontecimentos.

Estou sentada no telhado, observando a vasta vegetação no horizonte e conseguindo olhar até mesmo a Aldeia da Nuvem. O sol começa a querer a aparecer, fecho os olhos e suspiro.

Que saudade de Konohagakure. De meu pequeno apartamento, do hospital e dos meus amigos, mas havia alguém que se sobre saia à mais que tudo isso. Aquele loiro hiperativo e cabeça oca.

"Aaaii... Naruto como você deve estar agora? ... se você soubesse a falta que me faz. Sera que um dia irá me perdoar por ter ido embora, sem ao menos me despedir."

Seguro as lágrimas que ameaçam a cair ao sentir que não estou sozinha.

-----Não é que a aquela coisa fedorenta deu certo. ----- diz meu irmão sentando ao meu lado ----- Posso me sentar aqui?

Eu reviro os olhos. Como se ele realmente se importasse com a minha opinião.

-----Já sentou.

Ele apenas sorrir sarcástico enquanto tira um cigarro do bolso, acende, da uma tragada e estende em minha direção dizendo:

-----Oferta de paz?

Eu não era muito de cigarro, já fumei algumas vezes escondido com Ino - que tinha um prazer doentio de roubar cigarro de seu sensei Sarutobi Assuma.

Eu pego o cigarro com dois dedo e o levo aos lábios. Dou uma tragada, mantendo o gosto da nicotina em minha boca até que solto a fumaça com calma.

-----Me fale sobre você. ---- peço ---- Porque está na Akatsuki? ---- pergunto a ele, que assim como eu olha o horizonte sem realmente ver algo.

-----Por muitos motivos.

Ergo uma sobrancelha e o olho, esperando que ele prossiga.

----- Dinheiro e o principal deles. ----- volta a fumar antes de seguir ----- Eu andei por diversos lugares, trabalhei pra muita gente sem escrúpulos e que queriam saber como um simples rapaz conseguia lidar com Genjutsu sem ter um Kekken Genkai ou vir de um clã poderoso. Num desses caminhos eu cruzo com o Sannin das Cobras...

-----Orochimaru? ---- pergunto curiosa.

-----Sim. Eu deveria ter uns doze anos na época. Não em lembro ao certo.

-----Você se juntou a ele? ----- minha voz é baixa.

Me pergunto aonde estava nosso pai que permitiu que seu primogênito vagasse sem rumo por aí desprotegido.

-----Não. Eu sempre fui meio rebelde e aquele cara me dava nos nervos, sem contar que ele era insano e eu era uma criança que gostava de ser sozinho. Dois anos mais tarde encontro Pain e Konan. Após me verem numa batalha contra Uchiha Itachi que arrescem havia entrado para a organização eles resolvem me convidar a fazer parte.

Não escondo minha surpresa... isso ficava cada vez mais interessante.

-----Você lutou contra Itachi... quem ganhou?

----- Pain não deixou que terminassemos pois precisava de alguém para proteger a organização e eu viria a ser esse cara, mas o importante é que eu consegui driblar seu Sharingan. ---- completa com um sorriso carregado de orgulho de si mesmo, me fazendo sorrir também.

----- Como você fez isso? ---- pergunto segurando seu braço realmente interessada.

-----Eu...

-----Ei os gêmeos aí... Itachi quer que vocês fassam o reconhecimento na Aldeia. ----- diz Hidan lá debaixo.

Reviro os olhos diante de sua piada idiota. Haruki tinha a cor do cabelo parecida com o meu, mas era só isso. Éramos muito diferente se parece pra olhar, sem contar que ele era cinco anos mais velho.

-----Vamos lá... ---- diz ele se pondo de pé e oferecendo a mão para me levantar.

Fico olhando sua mão estendida pensando em como havíamos mudado em tão pouco tempo. Eu podia ter perdido minha familia e amigos em Konoha, mas Kamisama me presenteara com um irmão que eu jamais imaginei que teria. Um irmão esquisito, cheio de piercing que escondia seu passado sofrido numa mascara de frieza e sarcasmo.

Sorrio ao aceitar sua mão. De fato... Éramos muito diferentes.