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História Natiese em: Namoro ou amizade? (2 temporada) - Capítulo 10


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 10 - Capítulo 10


Natalie chegou ao condomínio com uma cara bastante triste. Não queria que as coisas estivessem do jeito que estavam. Mas o que poderia fazer? Era certo terminar um namoro de cinco anos por causa da Priscilla? Isto estava martelando sem parar em sua cabeça, deixando a cada vez mais confusa.

O Seu Zé a cumprimentou e a percebeu que ela não estava muito bem. Então resolveu puxar assunto.

— Desculpe perguntar, mas tá tudo bem, Natalie?

— Mais ou menos... A vida anda uma bagunça, Seu Zé.    

— Ih... Nem me fale. A minha também está terrível, porque a minha mulher cismou de ter ciúmes de mim com uma nova vizinha na minha rua.

— Ter um pouco de ciúmes é bom, Seu Zé. Só não pode extrapolar.

— Sim. Tem toda razão.

— O Henrique esteve hoje no meu apartamento?

— Não. Aquele mal humorado ainda não apareceu por aqui não.

Natalie riu.

— Ok. Vou entrar, Seu Zé. Se ele chegar, o senhor pode o mandar subir.

— Tá bom.

No hotel “Flores raras”, Henrique pagou adiantado alguns dias para Giovana ficar. Ela ficou muito animada, porque esse lugar era muito confortável e um dos mais frequentados da cidade do Rio de Janeiro.

— Nem acredito que você está me hospedando nesse hotel! E ainda é o que você e a Natalie vão receber os convidados, né?

— Sim. — pegou um cigarro e o começou a acender. — Agora cale a boca e me siga! — e ela o seguiu pelo corredor do hotel.

— Credo! Grosso!

— Disso eu sei, meu bem. E todas as mulheres dizem a mesma coisa. — declarou ele, tragando o cigarro.

— Aí, Henrique! Não era disso que eu estava falando.

Henrique deu uma gargalhada.

— Não dê onda de santinha, porque não combina com você, Giovana!

Giovana deu um sorriso.

— Não sou santa mesmo, amore! — e agarrou o pescoço dele, dando um beijo em sua boca.

Depois do beijo, Henrique tocou os lábios dela com o dedo polegar. E ela o chupou, fazendo o ficar arrepiado por ela.

— Você não presta, sabia?

— E você muito menos, Henrique. E é por isso que eu gosto!

— Vadia! — deu um tapinha no rosto dela.

Ela deu mais um sorriso safado e continuou o seguindo. Em poucos passos, eles chegaram ao quarto. Henrique abriu a porta, e Giovana já entrou indo em direção a enorme cama de casal. Ela se deitou, apoiando os cotovelos no colchão para olhar o seu amante.

— Eu tive uma ideia maravilhosa...

— Melhor não, Giovana. Eu tenho que ir para o apartamento da Natalie... — ele parou de falar quando ela se aproximou. — Ela já deve estar a minha espera...

— Para. Esquece ela por alguns minutos... — e mordeu a orelha dele de leve. — E viva esse momento, gato!

— Não faz isso... — ele deu um gemido.

Ela o empurrou com a mão para a cama. Em seguida, ela pegou o celular e colocou a música “You can leave your hat on” de Joe Cocker.

Henrique ficou bastante animado, e ela perguntou:

— A Natalie nunca te fez isso?

— Nunca! Mas continue... A Natalie pode me esperar.

Giovana começou a dançar conforme a música, e Henrique acendeu um cigarro enquanto a observava. Ela rebolou e o fez rir.

— Você é muito ridícula, Giovana. — e riu mais uma vez.

— Sou, é? — e tirou devagarzinho a blusa de manguinha, deixando exposto seu sutiã de renda na cor vermelha e sua barriga lisinha.

— Não... Tira mais, meu amor!

Por último, ela tirou a calça jeans a jogando bem longe com os pés. Ele se aproximou, e agarrou a sua cintura, dando-lhe um beijo na boca.

— Eu te amo, Henrique. — declarou ela, entre o beijo.

— Cala a boca, Giovana. — e foi beijando o pescoço dela, fazendo a ficar toda arrepiada.

As horas passaram, e já era de tarde. Depois da conversa sobre Natalie, Rodrigo e Priscilla foram trabalhar no “Targliese Café.” A cada dia, a cafeteria se enchia mais de fregueses. E isto os ajudava demais tanto para comprar coisas para casa como também para ter acesso aos cursos de teatro.

Na hora do almoço, a amiga de Rodrigo nem tocou muito na comida por causa da Natalie. Rodrigo até tentou alegrá-la, mas nada adiantava. Tinha que dar um jeito nisso, mas ainda não sabia como.

E a tarde, o movimento estava um pouco melhor. Na rádio, começou a passar a música “Segredo” de Manu Gavassi. Neste momento, Priscilla se debruçou ainda mais no balcão de tanta bad. Rodrigo se aproximou dela e tocou em seu ombro.

— Ei, Pri... Não fica assim. Odeio te ver assim.

— A vida tá curtindo com a minha cara, só pode, cara! Eu não aguento mais! E agora a rádio ainda toca a minha música.

— A Natalie é o segredo que você queria gritar, né?

Priscilla olhou para ele e disse:

— Ainda bem que você falou “queria”, porque não quero mais saber dela.

— Algo me diz que vocês ainda vão ficar juntas... — disse ele, sorrindo.

— Só se for em outra vida, Rodrigo. E eu não quero nascer de novo para ela curtir mais uma vez com a minha cara!

Rodrigo a abraçou por trás e deu um beijo em seu pescoço.

— Se for para ser, será, meu anjo. Pode ter certeza!

No apartamento, Natalie havia tomado banho e chorou um pouco. Ela estava tentando ser forte, mas cada vez que olhava para o seu corpo nu, os momentos daquela noite vinham em sua mente. Ainda estava confusa sobre o que realmente sentia por Priscilla, e ainda o seu casamento estava em jogo.

Quando terminou de tomar banho, vestiu uma blusinha e um shortinho curto para ficar em casa. Pegou vários doces na geladeira, incluindo um potinho de Nutella e os levou para a sala. Ao chegar, pegou um dos DVDs guardados na rack da televisão e o colocou para assistir naquele momento. O DVD era o filme “Romeu & Julieta”, justamente o trabalho que ela iria fazer em breve com ou sem Priscilla. Na verdade, Natalie não queria fazer nada disso. Queria mesmo era beber para extravasar, mas Henrique tinha acabado com o seu estoque de cervejas.

Já se aproximava das cinco horas da tarde, e Henrique deixou Giovana na rua da cafeteria e a mandou agir. Em seguida, saiu para se encontrar com a Natalie no apartamento.

O Seu Zé o avistou chegando e fechou a cara.

— Ih... Lá vem o mal humorado aí.

Henrique caminhou até o condomínio, e o Seu Zé falou:

— Natalie disse que quando o senhor chegasse, poderia subir.

— Ok, porteiro.

— O meu nome é José, mas pode me chamar de...

— Que seja! Vou ver a minha noiva.

Henrique entrou no elevador, e Seu Zé ficou sério.

— Eu, hein? Que bicho mordeu esse cabra?

Henrique pegou a cópia da chave no bolso da calça jeans e abriu o apartamento dela. E não tinha sido fácil conseguir essa cópia, porque Natalie não queria que ele tivesse livre acesso ao apartamento, mas ele insistiu bastante e ela acabou cedendo.

Quando entrou no apartamento, ele chamou por ela:

— Natalie! Eu cheguei, meu amor!

Ela não respondeu. Henrique foi se aproximando, e viu a televisão ligada pausada em uma cena em que Romeu estava beijando Julieta. Já Natalie estava deitada de bruços nos sofá, e na mesinha do centro da sala havia vários papéis de doces e um potinho de Nutella completamente vazio.

Ele se agachou e tocou no rosto dela, tentando acordá-la.

— Natalie? — e nada dela acordar. — Natalie!

Henrique estava pasmo com que estava vendo. O que tinha acontecido para ela ficar dessa maneira? Será que a Priscilla tinha a ver com isso?

— Natalie, meu amor! Acorda!

            Natalie começou a reagir e o viu parado a olhando. Ela ficou tão envergonhada, que acabou se levantando na hora.

            — Henrique? — perguntou ela, com o cabelo todo desarrumado e os olhos vermelhos.

            Ele levantou-se, desligou a televisão e voltou o olhar para ela.

            — Posso saber que porra você está fazendo com a sua vida, Natalie?

           

            



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