1. Spirit Fanfics >
  2. Natural >
  3. Coisas inesperadas

História Natural - Coisas inesperadas


Escrita por: dosik

Notas do Autor


Oi galero! Tô aqui de novo com mais um capítulo, espero que vocês gostem!
Só queria dizer que eu amo demais esses dois 🤧
Boa leitura! 🤍

Capítulo 4 - Coisas inesperadas



NATURAL
Capítulo 4 - Coisas inesperadas
por dosik

 

PARK CHANYEOL (13:47):

Posso passar aí mais tarde?

 

Baekhyun não queria admitir, mas sentiu o coração acelerar, o estômago revirando um pouquinho ao ler a mensagem na barra de notificações quando o celular acendeu.

Para ser sincero, basicamente tudo em que havia pensado nos últimos dias tinha sido Park Chanyeol. Na família incrível que ele tinha, no jeito circunspecto de andar e agir, como se estivesse preparado para enfrentar qualquer perigo. Na forma com que o tratava. Chanyeol tratava Baekhyun como se fosse algo precioso. Ele o tratava tão bem que Baekhyun estava começando a se sentir receoso de que, mais para frente, chegasse um ponto em que ele parasse de agir assim e o destruísse em frustração por estar tão mal acostumado.

Em algumas noites, quando não havia nenhuma luz acesa pela casa e o barulho do ventilador era alto o bastante para abafar qualquer ruído que o tirasse de seus pensamentos, as lembranças daquela primeira noite em que se encontraram no bar também rondavam sua cabeça. O jeito que se arrepiou só de ser beijado no pescoço, as mãos enormes agarrando sua cintura. Baekhyun gostava de lembrar especificamente da memória dele o pegando nos braços como se não pesasse nada e sempre sentia um arrepio subindo pela espinha quando pensava nisso.

Sabia exatamente o que era aquilo, mesmo que não quisesse admitir. Estava se interessando por Chanyeol, realmente se interessando. Não da mesma forma que se interessou no bar, como um homem desconhecido e atraente com quem queria terminar a noite, mas sim, como uma pessoa intrigante, que o fazia se sentir bem só de estar perto e que parecia estar interessado de volta.

Chanyeol respondia tão imediatamente a qualquer coisa que fazia, que Baekhyun se sentia realmente… desejado, como se fosse valioso.

 

BYUN BAEKHYUN (13:50):

Pode. Não precisa trazer nada, eu faço o jantar.

 

Respondeu a mensagem com o coração acelerando no peito. Estava um pouco mais nervoso que o normal com a vinda dele, porque tinha algo a contar. A conversa com a mãe de Chanyeol ficou ecoando em sua cabeça depois daquela viagem, aquela foto dela grávida, sorrindo, com a irmã do lado… O que Baekhyun queria, ela pediu que pensasse. Queria aquele filho?

Quando parou para imaginar, realmente imaginar, como seria seguir com a vida depois de abortar, como se nunca tivesse existido um bebê em primeiro lugar, ou como se aquela noite com Chanyeol não tivesse passado disso, somente uma noite e absolutamente nada a mais, Baekhyun percebeu que já estava muito mais acostumado com a ideia daquele filho do que pensou.

No início, achou que passou todo aquele tempo tentando engravidar somente por causa de Yifan, mas quando as palavras da senhora Park atingiram sua mente, Baekhyun parou para realmente se perguntar se queria ser pai, independentemente de qualquer outra pessoa. Com um sorriso abrindo acanhado escondido sob as duas mãos que cobriam o rosto, sentado no sofá daquela casa grande demais para uma pessoa só, Baekhyun finalmente percebeu que sim, queria ser pai, independentemente de qualquer outra pessoa.

Quando a campainha tocou mais tarde naquele dia, Baekhyun havia acabado de terminar o samgyeopsal que tinha feito para o jantar. Não estava com muita fome, mesmo que os enjôos tivessem melhorado desde as primeiras semanas, mas queria acompanhar Chanyeol no jantar.

Ele estava com um casaco aberto sobre a camiseta preta quando atendeu a porta, e sorriu quando Baekhyun deu passagem para que entrasse.

— Que cheiro bom. — Ele disse, colocando o casaco no suporte ao lado da entrada.

— Espero que você esteja com fome, porque eu fiz muita comida. — Respondeu andando até as panelas e sorrindo, gostava de ser elogiado.

— É a primeira vez que você cozinha pra mim… — Chanyeol deixou aquelas palavras no ar e Baekhyun o olhou por um momento. Não estava esperando, uma vergonha repentina fazendo seu rosto esquentar. Ele riu da sua falta de jeito quando limpou a garganta em um pigarro e deu a volta na bancada americana, parando ao seu lado em frente ao fogão. — Quer ajuda?

— Hm… você pode ir colocando a mesa. As tigelas tão no armário de cima e os talheres, na primeira gaveta. — Apontou para os armários.

Ele acenou e levou as coisas para a mesa, e Baekhyun empurrou para o fundo da mente o pensamento de como a cena de Chanyeol de costas, arrumando as tigelas para jantarem juntos era absurdamente doméstica. Há alguns meses seria Yifan no lugar dele, e foi com surpresa que percebeu que a lembrança não o afetou mais tanto assim.

Os dois comeram com calma e falaram sobre como tinha sido a semana de cada um. Baekhyun ficou muito animado quando Chanyeol falou que era questão de tempo até ser promovido a Chefe da Equipe no trabalho e Chanyeol gostou de imaginar a bagunça que foi quando Baekhyun falou que seus alunos tinham se sujado todos de tinta enquanto estavam fazendo um cartaz em comemoração ao dia das crianças.

Ele se ofereceu para lavar a louça quando terminaram e Baekhyun sentiu o estômago repuxando um pouquinho pela expectativa de contar a ele sua decisão.

Levantou da mesa e andou a passos lentos ao redor da bancada americana, se encostando no balcão do fogão. Chanyeol estava de costas, quase terminando de lavar a louça à sua frente. Ele o percebeu e olhou por cima do ombro.

— Tudo bem?

Baekhyun tomou um instante para olhá-lo, os olhos piscando devagar. O coração bateu mais rápido um pouquinho dentro do peito.

— Eu tomei uma decisão, Chanyeol… vou ficar com o bebê.

Chanyeol desligou a torneira e se virou, o olhando em silêncio. Ele percebeu as mãos pingando água no chão e alcançou rapidamente um pano de prato para secá-las, e quando pôs o pano de volta no mármore da pia, deu um único passo em sua direção, que era o suficiente para acabar com o espaço entre os dois. Ele o puxou devagar contra o próprio corpo e o enlaçou em um abraço, o rosto se perdendo na curva do seu pescoço. Baekhyun até se encolheu um pouco, com a respiração batendo no pescoço sensível.

Sorriu, o abraçando de volta.

Chanyeol era sempre muito quente. Conseguia sentir mesmo estando só perto dele, mesmo sem o tocar. Agora, protegido naquele abraço, ele era tão quente que Baekhyun pensou que poderia se aconchegar ali até cair no sono.

— Obrigado, Baekhyun. — A voz dele saiu tão baixa e um pouco embargada, que o surpreendeu.

Baekhyun o afastou delicadamente para enxergá-lo e não estava esperando encontrá-lo com os olhos marejados.

— O… que houve?

Chanyeol balançou a cabeça para baixo, não deixando as lágrimas saírem. Ele segurou com uma das mãos o balcão atrás de Baekhyun e levou a outra à testa, deslizando as pontas dos dedos como se massageasse a pele.

— Eu só… tô muito feliz agora. — Ele limpou a garganta em um pigarro. — Na verdade, tem algo que eu ainda não te contei. — Ele fez uma pequena pausa antes de continuar. — Uns dois anos depois que eu vim pra Seoul, eu conheci um garoto. Nós começamos a namorar, o que foi um problema pros pais ricos dele, que me odiavam.

Baekhyun continuou em silêncio, esperando que ele continuasse. Os dois ainda estavam bem próximos e Chanyeol olhava para baixo, ainda com a mão na testa.

— Ele engravidou e os pais dele o obrigaram a abortar assim que ficaram sabendo. Depois disso ele sumiu. Foi como se do dia pra noite a gente não morasse mais no mesmo país. Eles tinham dinheiro suficiente pra poder fazer algo assim.

Ele não conseguia olhá-lo enquanto falava e Baekhyun tocou a mão dele que segurava o balcão bem ao lado do seu corpo.

— Foi uma época muito difícil. Eu até pensei em voltar pra casa, em Wonju. Mas não voltei, e minha mãe também não sabe que isso aconteceu.

— Eu sinto muito, Chanyeol. — Tocou a outra mão dele, a que estava na testa, impelindo-o a lhe olhar. — Sinto muito mesmo.

Ele negou suavemente com a cabeça.

— Não, tudo bem. Isso não me afeta mais. É só que… o jeito que as coisas aconteceram e eu não pude fazer nada… — Ele deixou a mão abaixar junto da sua e elas continuaram juntas. — Eu só… me emocionei, quando você falou, desculpa… — Chanyeol riu baixo de si mesmo. — Eu tô muito feliz, Baekhyun, muito mesmo. Acho que eu poderia sair gritando na rua agora que vou ser pai.

Baekhyun riu também, uma sensação boa se espalhando pelo corpo. Afastou para longe o pensamento autoconsciente de que eles estavam perto demais antes que pensasse muito nisso.

— Não faz isso, se não meus vizinhos me matam.

Ele riu novamente e olhou para sua barriga.

— Eu posso?

Baekhyun acenou com a cabeça e Chanyeol se ajoelhou devagar sobre uma perna, as mãos soltando das suas e levantando a barra de sua camisa somente o suficiente para deixar a barriga de fora. Sentiu um arrepio percorrer toda a espinha quando ele segurou sua cintura nas duas mãos com o tecido levantado e aproximou o rosto, beijando a pele à mostra e encostando a testa logo em seguida, exatamente como na primeira vez, quando contou para ele que estava grávido.

Honestamente, não estava esperando por isso, achava que ele ia somente tocar com a mão, como tinha feito das outras vezes além da primeira. Não sabia onde pôr as mãos e quase o tocou no cabelo, mas apoiou as duas no balcão em que estava encostado. Ele passou algum tempo daquela forma, e a respiração batendo contra sua pele fazia seus poros eriçarem.

Quando Chanyeol voltou a ficar de pé, abaixou sua camisa, deixando-a do jeito que estava anteriormente e se escorou na pia atrás do próprio corpo, cruzando os braços. Baekhyun sentiu falta do contato no mesmo momento, mesmo que não fosse admitir.

— Preciso confessar uma coisa… — Ele falou com calma, o olhando. — Eu fiquei chateado quando você foi embora no meio da noite, naquele dia do bar.

Baekhyun abriu os olhos, surpreso. Uma vergonha fazendo seu rosto esquentar de repente. Tampou os olhos com a mão, um sorriso sem graça surgindo na boca.

— Você… tava acordado?

— Sim. — Soltou o ar pela boca em um riso soprado, sem querer olhar para Chanyeol. — Eu voltei lá no dia seguinte, e no outro. E no outro. Achei que talvez pudesse te encontrar de novo. — Baekhyun abaixou a mão, voltando a olhar para ele lentamente, aquelas palavras entrando na sua cabeça. — Eu queria te encontrar de novo. — Ele fez uma pequena pausa e riu, como se lembrasse de algo. — Nossa, quando você apareceu na minha porta milagrosamente naquele dia, eu quase tive uma experiência fora do corpo.

Foi sua vez de rir. Baekhyun lembrava daquele dia como se fosse ontem, mas parecia ter sido há um ano, mesmo que somente pouco mais de um mês tenha se passado.

— Eu não devia ter ido embora daquele jeito… — Falou baixo, os lábios pressionando um no outro ao final, sem jeito.

— Tudo bem, eu entendo. — Ele voltou a se aproximar, lentamente, soltando um dos braços e levando a mão ao seu rosto. Os dedos tocaram seu cabelo, afastando-o de seus olhos. — No final das contas, eu tô aqui, com você.

Chanyeol abaixou as mãos, voltando a segurar a bancada atrás do corpo de Baekhyun, prendendo-o entre os braços. A diferença nas alturas o fazia ter que levantar a cabeça para olhá-lo e, mesmo que não estivessem se tocando em nenhuma parte do corpo, Baekhyun ainda conseguia sentir o quanto ele era quente.

Se encolheu um pouco, por instinto, e olhou para frente, enxergando o começo das clavículas aparecendo pela gola da camisa. Conseguia sentir que estava sendo observado, a respiração pesando e o coração acelerando no peito. Ele não estava perto igual quando o contou que ia ficar com o bebê. Naquele momento era… diferente.

— Chanyeol… — Chamou, sem saber exatamente como continuar.

— Tudo bem se você me afastar de novo. — A voz dele era baixa e atingia todo seu corpo. — Não tem problema, eu entendo. E vou continuar tentando, até você querer de volta.

Baekhyun não conseguiria descrever a sensação que estava se espalhando pelo seu corpo, se fosse perguntado. Suas pernas estavam moles e não conseguia olhar Chanyeol nos olhos. Foi muito forte aquela vontade de levantar os braços até ele, de puxar a camisa preta nas mãos até o corpo quente e grande vir para perto e aconchegar o seu em um abraço.

Aquele pensamento passou por sua cabeça pela primeira vez quando estavam na montanha em Wonju e Chanyeol o circundou com os braços para que ninguém esbarrasse, e estava rondando sua mente outra vez naquele mesmo momento. Os braços fortes em volta do seu corpo daquele homem que nem sequer conhecia algumas semanas atrás o faziam sentir protegido.

Afundou o rosto no ombro dele, sentindo cheiro de perfume gasto e roupa limpa, e fechou os olhos, sem pensar muito em quanto tempo estavam daquele jeito.

No final daquela noite, quando Chanyeol pegou o casaco no suporte ao lado da entrada e andou pelo quintal da frente em direção ao carro estacionado na rua em frente de casa, Baekhyun sentiu vontade de perguntar se ele não queria passar a noite.



___


 

Baekhyun olhou para o celular pela milésima vez naquela manhã. Aquela ligação rondando sua cabeça como um fantasma de filme de terror. Sabia que devia fazê-la, precisava contar à sua mãe a grande novidade, mas estava postergando o máximo que conseguia.

A relação dos dois, bem, não era das melhores desde sempre, mas tudo piorou depois do seu casamento com Yifan. Dona Seohee não era uma mulher fácil de lidar, era extremamente controladora e não levava desaforo para casa. Ela até gostava de Yifan no início, mas quando viu o jeito que sua sogra o tratava, passou a ser a primeira pessoa contra aquele casamento.

Baekhyun a entendia, nenhuma mãe quer ver seu filho ser mal tratado, mas ela não conseguia negar que parte da raiva que sentia era orgulho ferido, porque a criação dela tinha sido impecável e era inadmissível que algum de seus filhos vivessem um tipo de vida que ela não planejou.

Os dois se afastaram muito depois que Baekhyun passou a viver com Yifan. As ligações se tornaram menos frequentes e as visitas, menos ainda. A última vez que tinha ido na casa dela foi há… o que? Uns oito meses, talvez? E a última ligação foi no dia que assinou os papéis do divórcio.

Foi uma dor de cabeça, porque teve que ouvir ela falar por meia hora sobre como tinha avisado que aquele casamento não ia dar certo desde o início e sobre como ele deveria escutá-la para não fazer escolhas erradas. Baekhyun a amava, mas ela era muito complicada de lidar.

Foi tirado de seus pensamentos quando a campainha tocou, e o coração bateu um tantinho mais depressa. Para ser honesto, aquilo estava acontecendo com alguma frequência e todas as vezes envolviam exatamente a pessoa atrás da porta da entrada.

Sentiu primeiro o cheiro forte do perfume de Chanyeol antes de enxergá-lo. Ele estava com as chaves do carro na mão e abriu um sorriso quando o viu. Baekhyun estava completando onze semanas de gravidez e pelo que tinha pesquisado, a barriga iria começar a crescer a partir da próxima semana, então os dois decidiram adiantar algumas compras para o bebê.

— Vamos?

— Vamos.

Baekhyun respondeu e trancou a porta, acompanhando-o até o carro. Chanyeol ligou a ignição e pôs a primeira marcha, saindo em direção ao fim do quarteirão, para pegar o sinal na esquina. Ele dirigia de um jeito completamente diferente de Yifan, como se tivesse a experiência de uma vida inteira, e Baekhyun gostava de assistir, mesmo que não admitisse, mas os olhos estavam presos no celular.

— A gente pode começar comprando coisas básicas, tipo roupas e talvez a cadeirinha do carro. — Ele fez uma pausa, parando o carro no sinal vermelho. — Tá tudo bem? Você parece preocupado.

Baekhyun suspirou, decidindo, por fim, guardar o celular no bolso.

— Eu preciso contar pra minha mãe.

— Você não quer contar?

— Não é isso, é que… eu não sei como ela vai reagir… ela é uma pessoa difícil.

O sinal abriu e o carro voltou a se movimentar.

— Bem, você vai contar de qualquer jeito, então melhor falar logo. Quem sabe você não se surpreende?

— É disso que eu tenho medo. — Respondeu e Chanyeol riu. — Mas você tem razão, eu devia contar logo.

Uma música estrangeira tocava no rádio e os prédios da cidade passavam cada vez mais rápido pela janela. Chanyeol perguntou sobre as consultas que Baekhyun teria que fazer e sobre o seu trabalho, e também falou um pouco sobre como estava indo com a promoção. Chegaram na primeira loja poucos minutos depois, mas não ficaram muito tempo, porque Baekhyun não gostou muito das coisas que viu por lá.

Decidiram, então, começar pela cadeirinha do carro e compraram a melhor da terceira loja que visitaram, depois de pesquisar alguns preços. Entre muitas buscas em sites de lojas e rodadas pelos centros comerciais, conseguiram comprar algumas roupas, a cadeirinha, mordedores e alguns outros acessórios.

Já estava no meio da tarde quando Baekhyun disse que estava cansado demais para continuar. Fazia muito tempo desde a última vez que tinha saído de casa para algo além de ir trabalhar e andar não era o seu forte. Quase deixou cair sorvete no carro de Chanyeol durante a volta para casa e respirou aliviado quando viu que ele não percebeu.

Quando chegaram na sua casa, ele pegou a cadeirinha e algumas sacolas do carro e Baekhyun levou as restantes, deixando tudo na sala assim que entraram. Estava cansado e deixaria para arrumar tudo depois.

Chanyeol não demorou muito por lá, ele precisava ir trabalhar e Baekhyun o levou até a porta.

— Não deixa de ligar pra sua mãe, tá bem? — Ele falou e o observou acenar em concordância, antes de entrar no carro e ir embora.

Como se o universo tivesse escutado Chanyeol, seu celular vibrou no bolso com uma mensagem do seu pai, perguntando como andavam as coisas. Baekhyun suspirou antes de bloquear a tela e entrar em casa novamente.



___


 

Baekhyun estava organizando o guarda-roupa para encaixar as coisas que havia comprado ali. Havia especificamente um cobertor que não estava querendo sair da parte de cima, quando o som da campainha soou. Não estava esperando ninguém, então se surpreendeu ao ver Chanyeol atrás da porta.

— Oi Baekhyun, desculpa vir sem avisar, mas é que eu tenho uma boa e uma má notícia pra te dar. — Ele falou, parecia animado e não escondia um sorriso, mesmo que tenha falado que uma das notícias era ruim. Baekhyun fez um gesto para que ele o seguisse e os dois foram até o quarto. — O que você tá fazendo? — Ele perguntou, olhando a bagunça que estava o quarto.

— Abrindo espaço pras compras que a gente fez. Fala a boa primeiro. — Já ia voltar a tentar tirar o cobertor do armário de novo, quando ele continuou.

— Eu consegui a promoção.

Virou no lugar, de frente para Chanyeol. Ele estava perto, um sorriso grande no rosto em uma expressão orgulhosa.

— Sério? Parabéns, Chanyeol!

Respondeu alto, surpreso, enlaçando o pescoço dele em um abraço animado. Chanyeol o abraçou de volta, e os dois quase caíram para dentro do armário. Baekhyun se afastou delicadamente, se preparando para o que iria ouvir em seguida.

— E qual é a ruim? — Perguntou.

— A gente não vai poder beber pra comemorar.

Bateu de leve no ombro dele, o repreendendo por deixá-lo preocupado e o vendo rir. Virou de costas, voltando a prestar atenção nas coisas do armário.

— Só quem não pode beber aqui sou eu, você pode. — Ofegou quando fez força para tirar o cobertor, sem sucesso. Deveria estar preso em alguma parte.

— Não quero te deixar passando vontade. — Ele respondeu. — Deixa eu te ajudar com isso.

Chanyeol pôs os braços um de cada lado dos seus e segurou o tecido, puxando-o junto consigo. Devia mesmo estar preso em algum canto, e àquela altura, era mais provável acabar rasgando. Virou no lugar para que parassem de tentar e saíssem dali para encontrar outra solução e só então percebeu o quanto ele estava perto.

Chanyeol parou de puxar o tecido e abaixou o rosto, os olhos encontrando os seus. Ele o olhou por um momento e se aproximou um pouco mais. Baekhyun ficou nervoso, piscando os cílios com mais frequência do que o normal. Pensou que deveria afastá-lo, mas de repente, aquela conversa na sua cozinha voltou à memória. Tudo bem se você me afastar de novo

Para ser honesto, não se sentia mais impelido a afastá-lo em momentos como aquele. Não saberia dizer exatamente quando, mas na verdade, Baekhyun começou a ter aquela sensação estranha na pele, aquele instinto de se aproximar devagar, de aproveitar quando aqueles momentos aconteciam.

As mãos de Chanyeol estavam apoiadas no armário, acima de sua cabeça, o corpo inclinado em direção ao seu. Vou continuar tentando, até você querer de volta. Uma sensação estranha subiu pelo seu corpo com a lembrança daquelas palavras e foi instintivo quando Baekhyun levantou as mãos em direção a ele, puxando-o pela nuca até as bocas se encostarem. Os olhos fecharam no mesmo momento em que as mãos dele desceram e o seguraram pela cintura, os braços enlaçando o seu corpo assim que as línguas esfregaram uma na outra pela primeira vez.

Chanyeol pressionou o corpo contra o seu, o prensando contra o armário. Ele era grande e forte, e parecia que podia quebrá-lo ao meio se apertasse os braços firme demais. O pensamento acendeu algo no seu corpo, um arrepio subindo na espinha e fazendo com que sentisse vontade de pressionar uma coxa na outra, mas a perna de Chanyeol estava no meio.

Foi como se ele entendesse algum recado, mexendo a perna, que esfregou na parte interna das suas coxas e bem ali no meio. Baekhyun deixou escapar um gemido contra a boca dele pelo estímulo, o que o impeliu a repetir o movimento.

Estava ficando vergonhosamente duro, sabia que estava, e Chanyeol não parava de mexer a perna. Um pouco de saliva deslizava entre os lábios todas as vezes que ele esfregava a língua em sua boca e Baekhyun gostava muito de sentir a aspereza dela tocando a sua.

Ele puxou seu lábio inferior entre os dentes até que soltasse sozinho e já estava deslizando a boca aberta por sua mandíbula, em direção ao pescoço, quando a campainha da frente soou pela casa. Chanyeol parou por um momento o que estava fazendo, a boca ao pé do seu ouvido.

— Você tá esperando alguém? — Balançou a cabeça negativamente, de olhos fechados, em resposta, não conseguiria falar do jeito que estava, uma ereção entre as pernas e o rosto queimando como o inferno. — Fica aqui, eu vou atender.

Chanyeol saiu do quarto, faltando pouquíssimo para ficar irritado. Quando abriu a porta da frente, um homem que nunca tinha visto na vida estava esperando com uma sacola cheia de coisa nas mãos. Ele se surpreendeu por um momento, talvez por estar esperando outra pessoa abrir a porta.

— Quem é você?

— Quem é você? — Chanyeol fechou a cara no mesmo instante, se irritando. O homem repetiu sua pergunta como se Chanyeol fosse o intruso desconhecido.

— Você que bateu na porta dos outros, é você quem tem que se identificar. — Não escondeu a grosseira no tom.

Ele levantou uma sobrancelha.

— Porta dos outros? Ah, pelo amor de Deus.

O cara deu um passo para frente, tentando entrar na casa e Chanyeol o empurrou com uma das mãos, impedindo-o.

— Vá embora antes que eu perca a paciência.

— Era só o que me faltava. Quem você tá pensando que é?

No quarto, Baekhyun pensou que Chanyeol estava demorando. Um pouco mais calmo e menos vermelho, saiu do quarto para ver o que estava acontecendo e escutou uma voz familiar. A luz do lado de fora iluminava mais intensamente uma parte da sala, e quando Baekhyun viu quem estava à porta, voltou a ficar nervoso repentinamente, o coração saltando dentro do peito.

— Yifan?

 


Notas Finais


Não matem a autora, se não ela não tem como postar mais!!!

Qualquer coisa, podem gritar comigo lá no twiiter: @dosikkie

Até o próximo capítulo! xoxo 🤍


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...