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História Naughty Muke - Um


Escrita por: MommyKik69_

Capítulo 2 - Um


- Michael, esta é sua terceira detenção esse mês. - Assenti com a cabeça, mas a verdade era que eu não estava nem aí.

- Eu sei Vilma. - Respondi, ignorando o olhar furioso que a secretária da escola estava me dando. - Pode me dar a advertência logo? Quero ir pra casa.

Vilma bufou, levantando de sua cadeira e andando até a impressora. Pareceu esperar alguns segundos, relendo a advertência que ela havia acabado de imprimir para mim para ter certeza de que estava tudo certo. Revirei os olhos, essa velha demorava muito. Quase agradeci a Jesus quando vi que ela estava voltando, pegando uma caneta de seu pote cheio e assinando a folha antes de dobrá-la e colocá-la num envelope com o nome da escola.

- Não esqueça Michael, quero este envelope na minha mesa às oito da manhã amanhã, se não dobro sua detenção. - Seus olhos me fitavam, mas eu simplesmente assenti, sorrindo sarcasticamente para ela antes de pegar o envelope de sua mão e dar as costas.

Não era novidade que Vilma me odiava com todas as forças, mas sinceramente, acho que todos os professores me odiavam na mesma intensidade. Acho que o único motivo pelo qual ainda não tinha sido expulso de Norwest Christian College era o fato de que meu pai era um membro ativo da igreja, e todos adoravam puxar seu saco. Eu não estava nem aí, sabia que podia fazer o que quisesse naquela maldita escola e eu sairia impune. Então quando estava entediado, aprontava alguma para me entreter. Agora, tinha um motivo maior para aprontar.

No começo desse ano, escutei boatos de que um novo professor iria começar a dar aula na nossa escola. Sendo uma escola de valores cristões bem tradicionais, era raro que houvesse um professor novo, então a fofoca durou semanas, talvez até um ou dois meses. Calum me disse que sua amiga Theresa havia visto um homem entrando na sala do diretor Davis durante o almoço, e ele usava um terno e carregava uma maleta. Com certeza não seria um aluno novo do terceiro ano, se não, estaria na nossa sala e Theresa disse que ele parecia velho demais para ser de alguma turma abaixo. De acordo com ela, ele era extremamente gato e eu estava doido para ver se era verdade. Afinal, o que seria mais excitante do que um professor gato pra me pagar um boquete na hora do intervalo?

Eu ainda não havia visto o novo professor, mas Calum me disse que esteve com ele numa detenção de terça-feira e que com certeza valeu a pena o esporro que ele levou de seus pais quando chegou a casa com sua advertência. Eu tentei levar detenção duas vezes para ver esse tal professor, mas as duas vezes acabei ficando com a senhora Cole, professora de química e o capeta em pessoa. Cheguei à conclusão de que talvez esse tal professor só cuidasse dos detentos às terças. E por isso, lá estava eu, andando pelo corredor da escola sozinho com um envelope da Norwest College na mão, feliz da vida, pois finalmente teria detenção na terça.

- Mike! - Ouvi, e logo me virei, vendo Calum correndo em minha direção.

- Onde você estava? - Perguntei, abrindo meu armário e jogando os livros ali dentro. Nem fodendo que eu carregaria aquele peso todo para casa.

- No banheiro. Por que não está lá fora? Você fez merda?

- Que nada. - Dei de ombros. - Joguei o estojo daquela menina chata da aula de inglês no chão, como esperado ela foi contar pro senhor Parker e agora tenho detenção amanhã.

- Ih! - Calum exclamou, estalando os dedos e sorrindo para mim. - Isso quer dizer que você vai ver o professor novo!

Olhei para ele como se ele fosse idiota, sabendo que isso fazia com que ele ficasse extremamente puto. Calum era o tipo de pessoa que falava as coisas mais óbvias, às vezes dava vontade de gritar na cara dele que todo mundo já sabia daquilo, mas ele nunca assumia o fato de que ele que era lerdo. De acordo com ele, mesmo as coisas mais óbvias precisavam ser ditas. Eu ainda achava que isso não passava de uma desculpa para o fato de que Calum não entendia nada de primeira.

- Eu sei. - Respondi, revirando os olhos. - Foi por isso que eu fiz.

Andei com Calum para fora da escola, ignorando os olhares que as pessoas me davam. Eu já estava acostumado, não era todo dia que se via um moleque de cabelo vermelho fogo andando por uma das escolas mais tradicionais da cidade. Mas de novo, outra vantagem de ter um pai que todo mundo paga pau. Eu faço o que eu quiser, e ninguém nunca diz nada. Eu poderia correr pelado pela escola, gozar na cadeira do diretor e mesmo assim, acho que o máximo que me dariam seria uma suspensão de dois dias. E uma paulada do meu pai, mas isso não vem ao caso.

- Você vai lá pra casa hoje? - Calum perguntou quando já estávamos fora da escola. A casa de Calum era um pouco depois da minha, não mais que cinco minutos a pé, então era comum que nós passássemos as tardes juntos jogando vídeo games ou olhando os perfis do Facebook das gostosas dos anos abaixo.

- Talvez mais tarde. - Respondi, olhando a diante. Do canto do olho eu podia ver Calum me olhando com um sorriso.

- Vai fazer teu dever de casa? - Ri alto, balançando a cabeça de um lado para o outro. Calum riu também, acho que dos quatorze anos que eu estudei com Calum, eu nunca nem toquei numa folha de dever de casa.

- Bater punheta, na verdade. - Falei com um sorriso malicioso, arqueando as sobrancelhas para meu melhor amigo. - Quer vir assistir?

- Você é nojento. - Ele me empurrou levemente, acenando ao ver que minha casa estava apenas alguns metros a minha frente. Acenei de volta, dando as costas e andando para casa.

A casa estava vazia quando entrei, significando que meu pai estava no trabalho e minha mãe, sei lá, na igreja provavelmente. E por isso eu amava ser filho único, eu tinha a casa só pra mim a maioria dos dias, o que significava que eu podia me masturbar a vontade e jogar qualquer jogo que eu quisesse, incluindo o GTA que meu pai havia proibido dentro de casa por ser 'violento demais'. Mal sabia ele dos jogos que Calum e eu jogávamos em sua casa... faziam GTA parecer um joguinho da Barbie.

Eu coloquei o envelope no balcão da cozinha, sabendo que ali seria o primeiro lugar que minha mãe olharia quando entrasse em casa. Eu sabia que ouviria umas poucas e boas por ter chegado a casa com mais uma advertência, mas eu inventaria alguma desculpa esfarrapada e diria a meus pais que confessaria no domingo e eles acabariam me deixando em paz. Era sempre assim, eu já estava até cansado dessa mesmice. Mas dessa vez eu sabia que seria diferente, porque aparentemente teria um homem bem gostoso esperando por mim na sala de detenção. Peguei um achocolatado da geladeira, bebendo-o de uma vez só antes de jogar a caixinha no lixo e partindo em direção ao meu quarto. Eu precisava mesmo me masturbar.



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