-- Bom dia, Emerald. – Ryo aparece na porta da cozinha.
-- Bom dia Ryo. – Encaro o Neko que se apoiava calmamente no balcão esperando comigo o café ficar pronto.
-- Dormiu bem?
-- VOCÊ dormiu bem?
-- Uh... Melhor impossível. – Ele se ajeita na cadeira.
-- Seeei...
-- Bom dia, flor. – Lily entra no cômodo com uma expressão alegre. – O café ainda não está pronto?
-- Bom dia, Lily. – Abro um sorriso para ela. – Ainda não.
-- Lilith. – O irmãozão pega uma xícara no armário.
-- Ryo. – A humana se senta do meu lado e começa a fazer cafuné. – Cadê meu irmão?
-- Ele ainda está dormindo.
-- Teve outro pesadelo? Antes de vir aqui, eu passei no quarto dele, mas ele não estava lá.
-- É-É... Outro pesadelo...
-- Pesadelo, sei. – Encaro o moreno. Ele sabe que eu já sei da verdade.
O cheiro de café começa a preencher o local. Eu sempre gostei dessa sensação quando esse cheiro sobe. Por isso, eu faço o café.
-- Olá, Marilene. – Joshua aparece na porta do cômodo. – Á noite, tainha, vinho, e muito-
-- BOM DIA. – Lily joga um garfo na cara do neko.
-- MEU DEUS, LILY! – Bismuth aparece no lugar. – ASSIM VOCÊ VAI ENTORTAR O GARFO.
-- MEU CRIADOR, QUEM É ESSE POVO? – Uma voz fina preenche todo o lugar. Cherry aparece detrás de Bismuth. – TIA EMERAAAAAAALD! – A pequena loira vem correndo na minha direção e me abraça.
-- CHEEEERY! – Aperto a pequena – Meu Criador, você está gigante!
-- E ela me ignora completamente, novamente. – Ryo encara Bismuth.
-- Eu estou te ignorando porque você é inútil pra mim.
-- PRA QUÊ AGREDIR?
-- Ora, ora, o que temos aqui? – Joshua se aproxima de Cherry e instintivamente eu a aperto um pouco.
-- Emerald, quem é essa praga? – Ela encara o maior.
-- Ele é o filho do mestre da irmã do humano do seu tio Ryo.
-- Ah sim... E o que infernos ele está fazendo aqui?
--... CHEGA DE PERGUNTAS, SUA PENTELHA. – Bismuth se move em direção á sala. – UNO, ACABE COM ELA! – Uno aparece no cômodo, rouba a pequena neko de mim e sai correndo.
-- AI. – Cherry diz e some com Uno pelos corredores.
-- O que foi isso? – Lily encara Ryo com os olhos arregalados.
-- Bismuth precisa trabalhar então Cherry ás vezes fica aqui com a gente. – O maior explica. – Mesmo com os humanos pessoais, ela não consegue deixar a filha por muito tempo dentro de casa.
-- Entendo.
-- Meu povo, eu estou me retirando. – Bismuth aparece novamente, segurando a mão de Uno.
-- Já desovou sua filha?
-- Falando assim até parece que eu sou do mal. VAMOS, UNO. – A colorida desaparece nos corredores.
-- Quando e como foi que ela entrou? – Depois de um longo tempo, Joshua se pronuncia.
-- Ela com certeza deve ter falado com uma das empregadas, ou simplesmente arrombado a porta.
-- Meu Criador.
-- Calma. Não e todo dia que é assim.
-- MEU POVO – Villiaumite brota no cômodo.
-- Mas hoje parece ser o dia.
-- VEJAM A MAIOR E MAIS NOVA ARMA DA MINHA TROPA. – A ruiva puxa uma neko pálida de algum lugar. – Eu não sei que nome dar pra ela, me ajudem.
-- O que ela faz?
-- Ela é tipo uma escolta. Mais um dos frutos do projeto Dog.
-- Como assim, projeto Dog, se ela é neko?
-- Mudança de células e circuitos e blá, blá, blá. Olha que linda, ela segurando essa pistola. Que nome eu dou pra ela?
-- NOME PRA QUEM? – Cherry aparece rapidamente no lugar.
-- Pra essa garota aqui.
--... Pearl. – A pequena diz.
-- Pearl? Por quê?
-- Ela me lembra uma pérola.
-- Se você diz... O nome dela será Pearl então.
-- O que ela está fazendo aqui?
-- Eu tinha que perguntar pra alguém, né? – Villiaumite cruza os braços.
-- Tia Emerald, eu quero bater nele. – Ela aponta para Joshua após encará-lo por um bom tempo.
-- Porque, bolinho?
-- Eu não gostei dele.
Abro um sorriso largo. Por dentro.
-- Sua mãe não ia gostar de saber que você estava batendo nas visitas.
-- Só um soco!
-- Não. – A minha boca dizia não, mas a minha mente dizia sim. Eu também queria muito socar ele. – Talvez depois.
Quebra de tempo.
16h00min PM
-- Me explica de novo o porquê dela estar vindo com a gente. – Aponto para Pearl que seguia com uma expressão vazia. Agora eu, Cherry e a Albina estávamos no parque.
-- É pra ver como ela reage a pessoas não suspeitas de ataque. – Cherry diz segurando seu sorvete de chocolate. – Mamãe e Tia Vil me deixaram encarregada de cuidar dela.
-- Mas e se ela der a louca e começar a atirar para todo lado? – Levo meu sorvete à boca.
-- Eu tenho o botão de desligar. – Ela tira do bolso uma coisa que mais parecia uma peça de lego com um botão quadrado no meio.
-- Ela é um robô?
-- Está mais para um Andróide.
-- Entendi. – Não, eu não entendi. – Hey Pearl! Você quer sorvete?
-- Eu não preciso comer.
-- Não precisar não é não poder!
-- Mas eu não quero.
-- Me diz, ela é chata assim de fábrica, ou ficou assim no caminho?
-- Ela só não tem o comando certo. – Cherry encara a peça de lego. – Não tem o comando comer aqui.
-- Ruim pra ela então. Deve ser triste não poder comer sorvete, não é, Cherry? – Olho para trás e vejo a pequena Neko escondida atrás de Pearl. – Cherry? – Me aproximo da pequena loira que encarava o horizonte.
-- Meu Criador, ele está aqui. – Viro minha cabeça para a direção que ela está olhando e meus olhos caem num grupo de Nekos.
-- Você gosta de um deles? – Aponto discretamente para o grupo e ela faz um gesto positivo com a cabeça. – Qual deles?
-- O ruivo.
Olho diretamente para o ruivo. Ele estava com um cachorrinho que estava pulando em cima de um dos Nekos do grupo. Ele tinha uma rosquinha.
-- Qual é o nome dele?
-- O-Oliver... – Ela cora violentamente só em pronunciar o nome dele.
-- ROSE! VOLTA AQUI! – Viramos nossas cabeças rapidamente na direção do grito e vemos Oliver correndo em direção do cachorrinho que tinha uma rosquinha na boca.
-- CHERRY! – Grito a Neko eu estava congelada encarando o Neko e não viu o cachorro indo em direção á ela. – SEGURA O CÃO!
-- Huh? Ah! Cãozinho! – Ela se abaixa e o cachorro simplesmente deixa ela o pegar no colo. Ela se remexe tanto que ela deixou seu sorvete cair – Quem é o cãozinho mais fofo que eu já vi?
-- É uma cadela... – Oliver aparece ofegando na frente de nós duas.
-- Ah sim... – Ela percebe o que está fazendo. – A-Aqui. – Ela estende a cadela para o ruivo com um sorriso.
-- Me desculpe pelo sorvete. – Diz ele com uma expressão triste, pegando a cadela. – Venha, eu te pago outro.
-- N-Não precisa...
-- Eu insisto.
A loira me encara como se pedisse ajuda e eu apenas dou de ombros e deixo eles irem em direção à barraquinha de sorvete.
-- Pearl, você come rosquinhas? – Encaro a maior atrás de mim.
-- Não.
-- Eu estou com vontade de comer rosquinhas agora. Se eu comprar, você come comigo?
-- Não.
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