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História Nemesis Of The Ruined Kingdom - IV. Seu Noivo


Escrita por: EDGzyB

Notas do Autor


quem é vivo sempre aparece né gente?
Bom vmaos lá... eu devia atualizar Manual De Sobrevivencia ou a Não Crushe Um Idol antes dessa ne? mas o que posso fazer se a criatividade me pegou por tras e me fez escrever essa aqui? kkkk quem le as outras duas, nao me batam por favor, ja estou preprando a atualização delas!
Esse capitulo deu bastante trabalho, está sendo dificil passar a tempestade de sentimentos do minhyuk para palavras, varias e varias vezes eu tenho que reescrever as coisas
mas eu estou completamente apaixonada por eles, há muito tempo eu não fazia uma personagem tão profunda quanto ele, e espero estar conseguindo transmitir isso...

Boa leitura meus dengos

Capítulo 4 - IV. Seu Noivo


 

Entrar no palácio, foi de longe uma das coisas mais difíceis que fizera na vida, sentindo os joelhos vacilarem, quase o levando ao chão, enquanto tentava seguir, assistindo os soldados que iam encontrar suas famílias, que os esperavam orgulhosos no grande pátio.

Orgulhosos... orgulhosos pelo que? Por matarem pessoas? Acabar com uma nação? Assassinar um governante em frente a sua família e povo? Era por isso que as crianças corriam para o colo de seus pais, dizendo que eram seus heróis? Que tipo de visão perturbada era essa? Ninguém ali pensava que poderia ser com eles? Que o seu príncipe poderia estar no lugar de MinHyuk em algum outro lugar, ou talvez ainda pior, com sua cabeça em exposição?

Sentia nojo, nojo de todos que estavam ali, comemorando a queda de seu país. Cada sorriso que via, cada beijo trocado, cada ‘parabém’, lhe deixavam cada vez mais irritado e antes mesmo que notasse, um rosnado se formou no fundo de sua garganta, cada vez mais alto.

Se antes estava abalado, agora tudo que conseguia sentir, era raiva, uma raiva crescente dentro de si, que lhe fazia enxergar em vermelho, conforme seus passos iam até onde a família real esperava, ao final da escadaria que levaria para dentro do palácio.

Sentia as palmas de suas mãos úmidas e uma dor latente nelas, e sequer precisou olhar para saber que havia feito cortes profundos nelas com suas próprias unhas, e o vermelho de seu sangue caia ao chão, manchando aquela pedra que marcava o caminho ao palácio magnifico.

Parece que havia uma semelhança entre os palácios dos reinos ao final, em ambos o sangue de sua família correu em vão.

Não sabia se a sua expressão naquele momento demonstrava a sua raiva ou o seu desprezo por aquelas pessoas, mas quando foi colocado em frente a monarquia, vendo aqueles que ali estavam, se curvando diante do rei, seu olhar se ergueu, deixando no fundo de sua mente o ódio que sentia.

“A vida na corte e um jogo de poder e interesse, principalmente quando nossa natureza nos faz mais frágeis, é por isso que temos que saber jogar melhor do que todos. Atuar e manipular, é apenas o básico. ”

Nos últimos dias, as palavras de sua mãe vinham a sua cabeça a todo tempo, e mais do que nunca, percebia o quanto aquilo tudo era importante. Sua vida não podia ser desperdiçada, então deveria agora, ser o príncipe que nasceu para ser.

Lee MinHyuk, herdeiro de PyeongWon, nunca se tornaria simplesmente Shin MinHyuk, marido do rei de Wonhaneun Ttang. Espíritos livres continuam em liberdade, mesmo que presos a correntes e a celas. Nascera para governar e ainda que seu corpo ficasse preso, jamais poderiam calar a sua mente, não enquanto estivesse vivo.

E que lhe matassem se quisessem, antes se encontrar com os deuses do que abaixar a cabeça para este povo. Era Lee MinHyuk, e era um rei sem coroa.

Seus olhos correram friamente sobre a família real, e em sua contagem, estranhou. Apenas os filhos mais velhos deveriam estar presentes, um rei não teria apenas dois filhos e uma filha.

Qual destes seria seu noivo? Ele já sabia do casamento?

— Onde está Hoseok? — JaeHa perguntou, olhando para a família parada logo a sua frente.

— Fomos pegos de surpresa pela sua chegada, meu rei – a mulher mais velha se pronunciou, aquela deveria ser a rainha — infelizmente o primeiro príncipe não conseguiu se aprontar a tempo.

Pode vislumbrar uma raiva momentânea correndo pelo olhar do monarca, antes que este voltasse a falar.

— Quero ele na sala em duas horas — ordenou, olhando para a esposa, em seguida para uma mulher que deveria ser uma dama — levem o príncipe e preparem-no, você tem duas horas.

E simplesmente saiu, ignorando as reverências feitas por aqueles que cruzava o caminho, mantendo aquela maldita cabeça erguida o tempo todo, adoraria arranca-la com as próprias garras.

A jovem mulher, parecia meio confusa, e olhou para HyunWoo, que indicou a ela quem era o príncipe mencionado pelo rei, deixando a família real, um pouco confusa, encarando o Lee ali parado, confuso.

— Creio que o rei irá explicar tudo em algumas horas — HyunWoo disse, com um sorriso confiante — SooYeon, por favor, leve o príncipe MinHyuk e o ajude a se aprontar, foi uma longa viagem e tenho certeza de que ele gostaria de relaxar um pouco com um banho.

A dama concordou e se aproximou do príncipe, lhe fazendo uma reverência, com um sorriso gentil e tímido, estampado na face.

— Me chamo Jung SooYeon, alteza — se apresentou cordialmente — poderia por favor me acompanhar? Vou lhe preparar para o encontro com Vossa Majestade.

Instintivamente, o olhar de MinHyuk procurou por HyunWoo, perdido se deveria ou não ir com aquela mulher. De certa forma, implorava que ele fosse junto, não queria ficar sozinho naquele lugar.

Sua resposta foi um sorriso encorajador, e um toque delicado sobre seu ombro. Era óbvio que ele não poderia ir junto, provavelmente tinha família para encontrar e mostrar que estava vivo.

Voltou a atenção para a jovem de cabelos castanho avermelhados, concordando com a cabeça, vendo-a virar as costas e seguir o caminho que deveria ir junto.

— Eu vou te ver de novo, não vou? — perguntou, enrolando um pouco para poder falar com o soldado que tinha cuidado de si.

— Não se preocupe, alteza, estarei aqui sempre. Vou estar lá quando conhecer Hoseok.

Não disfarçou o alívio que sentiu ao saber disso e finalmente foi atrás de SooYeon, seguindo ela por dentro do palácio, prestando a maior atenção em cada corredor em que viravam, decorando o caminho que seguiam.

Não duvidava que aquele palácio fosse muito maior do que o de sua nação, afinal a muito já tinha se perdido, mesmo tendo seu foco naquilo... uma hora só desistiu. Viveria todo o resto de sua – provavelmente curta - vida ali, então, teria tempo para aprender toda a estrutura dali.

Talvez fosse melhor prestar atenção na jovem de bochechas cheias e olhos pequenos a sua frente. Ela tinha um ar tão maduro, apesar de parecer tão jovem, duvidava que ela fosse muito mais velha que si próprio, mas ainda sim, fazia-o sentir como uma criança quando seus olhos se esbarraram nos dela.

Era uma ômega, conseguia distinguir isso facilmente pelo cheiro que exalava dela.

— Acho que você deve estar curiosa do porque eu estar aqui... — falou em tom baixo, meio perdido em como começar uma conversa, sempre fora recluso.

— Não posso me sentir curiosa a assuntos da realeza, mas se puder e quiser me dizer, eu adoraria saber — respondeu, em um tom tão bem-educado, e no fundo de sua voz, MinHyuk notou um sotaque, diferente do que tinha escutado dos outros que viviam em Wonhaneun Ttang.

— Eu vim para me casar com o príncipe daqui, para selar a paz entre as duas nações — por incrível que pareça, tinha conseguido falar aquilo sem um pesar na voz, como se isso tivesse sido decidido em um acordo e não em um ato de desespero.

“A corte e um jogo de atuação, finja ou perca”

— Vai se casar com o primeiro príncipe? Isso é ótimo, ele já está quase passando da idade de um casamento. Logo ele vai assumir o trono e fica difícil fazer isso se não puder dar herdeiros a família.

Sua resposta foi apenas uma breve risada, como se concordasse com ela, que o príncipe realmente já estivesse ficando velho, mas sequer sabia a idade do herdeiro e também, pouco se importava. Ele sendo um jovem ou um velho, seu destino seria o mesmo, teria que se casar com ele e também, se deitar.

Ainda assim, seria dele, de MinHyuk, que viriam os próximos governantes dessa nação, podia ser um prisioneiro, mas o seu sangue, o sangue de PyeongWon reinaria aquela terra que tanto amaldiçoara nos últimos meses, em que a guerra se instalou. Podia ser um prisioneiro, mas mesmo assim, uma coroa seria colocada sobre a sua cabeça.

Sorria, sorria maldoso por causa disso.

Ainda conversava com SooYeon, mas tinha a mente ocupada com os pensamentos mais sombrios que algum dia já tivera em sua vida. A parte mais escura de sua mente pedia vingança, ainda que o anjo em seu ombro lhe alertasse sobre o quanto aquilo era uma péssima ideia. Estava em uma balança não?

Agora, tinha que se preocupar mais com a companhia da dama, que quando chegaram a piscina natural do palácio, começou a alertar as outras sobre a sua presença e o que deveriam fazer. Todas vestiam hanboks amarelos com roxo e o da Jung possuía tons de verde, único. Ela estaria acima das outras?

— Vossa alteza, se não se importar, peço que se dispa agora, para que eu possa levar as suas roupas para lavar... as outras senhoritas da corte não estão mais aqui para que tenha privacidade.

Concordou com a cabeça, mas não se importava com a ultima parte do que ela tinha dito então abriu o jeogori na frente dela, retirando-o e entregando em suas mãos estendidas, antes de retirar também as bajhis, também dando a Sooyeon, se virando em direção as portas que davam para aquilo que se assemelhava a um lago, envolto pelas pedras altas.

— Não vai retirar o cordão, alteza? — ela perguntou cordialmente, olhando em direção a pedra arroxeada que pousava no peito do príncipe.

— Não, não, esse cordão sempre fica comigo... nunca o tire, está bem?

A dama sorriu e concordou com a cabeça, deixando suas roupas de lado, provavelmente para que pudesse leva-las e mais tarde, e indicou com um dos braços para que ele seguisse em direção da água.

— O senhor precisa de ajuda para se banhar, ou não é necessário?

— Obrigado SooYeon, mas prefiro o fazer sozinho.

Viu com o canto os olhos ela concordar, e seguiu para a agua, sentindo-a morna sobre os seus pés, adentrando ate que estivesse coberto até o peito. Realmente estava precisando daquilo, seu corpo estava tenso demais e ainda por cima sujo.

Olhou para suas mãos, se perguntando quando que suas unhas ficaram cheias de terra, limpando elas assim como todo o resto de sua pele e ate mesmo os cabelos, aliviado por aqueles minutos de paz.

Passou ali, muito mais tempo do que deveria, a agua morna parecendo lavar todas as suas preocupações. Sabia que a sensação era passageira, mas não podia deixar de aproveitar aquele momento. Estava tão deste sido que so se lembrou do mundo, quando SooYeon lhe chamou, avisando que poderia se atrasar para seu compromisso.

Era sua vontade, mas não podia.

Quando saiu da piscina, SooYeon lhe ajudou a se secar e lhe vestiu com roupas limpas, antes de colocá-lo para se sentar, podendo assim arrumar os seus cabelos que agora voltaram aquela maciez gostosa que possuíam.

As maos dela eram suaves, faziam o ômega derreter naquele toque que mais parecia um carinho, um sorriso leve aparecendo em seu rosto, como a dias não acontecia.

Pode ouvir uma risada baixa vindo da mulher atrás de si, e mesmo um pouco envergonhado, se aprendendo a ajeitar a postura, percebeu que adorava escutar a voz dela daquela forma.

Algo em SooYeon o deixava confortável, e gostava disso... talvez ela pudesse ser alguém que poderia buscar. Não deveria ser tão precipitado, mas não conseguia se impedir.

Assim que a outra ômega terminou de o arrumar, se levantou, e voltou a caminhar por aquele palácio labiríntico, dessa vez, ambos em silencio, o príncipe tendo a cabeça baixa. Voltara a sentir o peso do mundo sobre os seus ombros, e foi inevitável que o suspiro escapasse por seus lábios.

Por alguns minutos, seguiu a dama, na direção do que chutava ser o centro de toda a construção, onde deveria ser a sala do trono, onde encontraria a pessoa que destruiu tudo o que tinha e o seu filho, que poderia destruir aquilo que sobrou, o próprio MinHyuk.

Infelizmente, SooYeon não poderia ir consigo dali para frente, então assim que aberta as portas da sala, ela se curvou, em despedida. O príncipe sorriu em resposta, dando as costas a mulher mais velha.

A sala do trono de Wonhaneun Ttang era sem dúvidas, muito maio que a de PyeongWon. Poderia dizer que tinha o dobro do tamanho. Logo que se entrava nela, podia ver o local impotente onde o rei ficava, acima de todos, a frente de um longo corredor, onde ele era centralizado, parar atrair toda a atenção em meio a toda a estrutura de madeira escura e tapeçarias vermelhas e douradas. Seria bonito, se não atraísse toda a sua raiva.

Seus olhos se encontraram com o de HyunWoo, parado próximo ao rei, a posição perfeita de quem montava a guarda, e com os olhos, ele indicou onde deveria se posicionar, perto de si, para esperar a vinda do noivo. Foi indo até lá, calmamente,

— Não irá se curvar ao seu rei? — pode escutar a voz de JaeHa, logo que deus os primeiros passos. Colocou um sorriso cínico no rosto antes de se virar para ele.

— Um rei não se curva ao outro.

— Desde quando você é um rei, garoto?

— Eu sou o filho mais velho de PyeongWon, é natural que eu me torne o rei, agora que meu pai não está mais entre nós.

— Mostre um pouco de respeito!

— Oh me desculpe, não era a minha intenção. Deveria chama-lo de Hyung? Apesar de que eu acho que você está mais para ahjussi, não é mesmo?

Pode escutar um rosnado se formando na garganta do assassino, mas antes que ele pudesse se levantar, ou até mesmo responder, as portas foram abertas mais uma vez e uma figura adentrou, em passos tão bem controlados que surpreenderam o jovem ômega.

Ele era alto, facilmente mais alto que HyunWoo, e os braços eram perceptivelmente fortes, ainda que escondidos pelas roupas grossas e caras. Sua expressão era tão calma, mas ao mesmo tempo seria, dando destaque aos olhos escuros e retos, sem expressão alguma nos lábios, que não poderiam se descritos como grossos, mas nem de longe finos, todos emoldurados pelos curtos cabelos loiros, que caiam sobre a testa.

MinHyuk sentiu na hora o cheiro característico de um alfa, mas havia algo diferente, era muito mais forte, ao ponto de quase fazerem suas pernas irem ao chão. Se sentia sufocado pelo cheiro, mas ao mesmo tempo era estupidamente convidativo, de uma forma que o impelia a se aproximar, mesmo que a parte racional de sua mente o mantivesse no lugar – para a sua sorte.

O karma parecia estar contra si, ainda que não merecesse. Passara a vida toda fugindo disto, não era possível que isso acontecesse justo agora, justo com ele.

Aquele era Shin Hoseok.

E seu noivo era um alfa lúpus.


Notas Finais


MinHyuk nem rei é, é fada do deboche afrontando JaeHa na cara dura. Enquanto outras pessoas trabalham com 'o não voce já tem' frase do minhyuk é 'o enforcamento voce já tem' aushaushaush que pesado ne?
WONHO FINALMENTE APARECEU!!!!! se é que da pra considerar isso uma aparição (vou correr das pedras de vocês)
Muita coisa vai acontecer no proximo capitulo e eu juro que vou tentar não demorar (muito) pra atualizar kkkk
É isto meu povo, espero que tenham gostado e deixem o seu feedback que é o que me faz levantar de manhã... é serio gente, vai ser otimo para mim ler os comentarios de vocês, muitas coisas aconteceram nos ultimos dias e to realmente precisando de algum incentivo (eu sei que sou dramatica, mas é serio isso)
meu twitter: https://twitter.com/EDGzyB/

XOXO


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