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História Neos - A grande escapada! parte 1.


Escrita por: Pirandello

Notas do Autor


Oi pessoal! Tudo bem? Bem... estou postando com antecedencia por que eu vou estar um pouco ocupado esse final de semana, e talvez eu não conseguisse postar. Então to postando antes. ^^ Espero que gostem e boa leitura.
Obs: Hoje me bateu uma vontade de escrever então... To inspirado por algum motivo que eu não sei kkkkk

Capítulo 31 - A grande escapada! parte 1.


Fanfic / Fanfiction Neos - A grande escapada! parte 1.

–––– CIARA ––––

 

       Ace, o grisalho iniciou sua rebelião destruindo a gaiola juntamente com boa parte da arena onde estava sendo sediada os eventos beneficentes da NEOS. Todos da plateia já haviam se retirado, apavorados com a força esmagadora do grisalho, enquanto os presos já invadiam todas as salas, quartos, selas e cabines, incluindo a cabine de controle, destruída há pouco pelo Abissal. Eu me levantei rapidamente, tentando me encontrar em meio à confusão ensandecida em meio a arena. Não demora muito para eu me deparar com Alicia, que vinha acompanhando um grupo menor juntamente com um dos homens de Ace. Nós tínhamos que subir até o saguão, onde as tropas da NEOS já estavam posicionadas para impedir a fuga dos presos, que contava com um batalhão enfileirado com enormes escudos de aço reforçado e chumbo para evitar a radiação dos mutantes, e várias armas contundentes; Ace jazia na arena enfrentando mais uma leva de soldados da NEOS, esses agora fortemente armados com armas de fogo e bastões elétricos. Ao todo eram mais de 30 soldados enfrentando o Abissal, mas não era o suficiente para pará-lo. Os soldados eram brutalmente massacrados, esmagados e retalhados pelo mutante, que apenas trotava em cima do batalhão, sem direito a defesa.

Do outro lado, na sala de controle que se encontrava subindo o corredor, Mistral já havia findado a vida de todos os operadores e guardas que estavam ali com muita facilidade, tornando o lugar um perfeito abatedouro humano. Ela retirou o cadáver retalhado de cima da cadeira e se sentou, abrindo todos os portões que levavam ao saguão. Os prisioneiros saíram em bando, todos de uma vez para o saguão da prisão de Princeton, que já contava com as tropas da NEOS esperando. Os detentos que saíram foram recebidos com uma saraivada de tiros de rifle a queima roupa, derrubando vários deles com um único tiro. A medida que os da frente iam sucumbindo, os de trás conseguiram chegar às tropas enfileiradas, trocando forças com os escudos pesados dos guardas. Mais atrás, se encontrava uma figura de autoridade, de roupa preta e com um capuz enorme que lhe cobria a face, carregando uma foice gigante de fio escarlate, capaz de cortar um homem adulto ao meio e que se encontrava em pé, parada ao lado de outro homem engravatado, alto e com o aspecto de um homem jovem e intelectual. Eles observavam concentrados a peleja que acontecia no saguão, como se esperassem algo.

 – Você está esperando-a? – Perguntou o homem de terno olhando impacientemente para seu relógio caro.

O homem encapuzado riu, descendo sua foice para o chão.

– Já faz algum tempo... – relembrou. – Queria poder dizer que estaria feliz em revê-la, mas...

O homem engravatado novamente olha o relógio e bufa, dando de costas para eles.

– Seja como for, não demore para arrumar essa bagunça! Mandarei o relatório para o Maxwell assim que terminar. – Falou ele se retirando.

– Abraham! – Chamou o encapuzado. – Não demore muito para voltar!

O homem franziu a sobrancelha, parecendo incomodado.

– Ora, eu sou um homem ocupado cacete! Não tenho tempo para essas coisas! – Rebateu irritado.

Logo eu, Alicia e Mistral chegamos ao saguão onde a luta ainda estava acontecendo feroz, com mais baixas de presos do que dos soldados da NEOS, mas ainda tínhamos a vantagem numérica. Mistral rapidamente sacou sua espada da bainha eletrônica, quase que como se a espada desse um salto sozinha, e acertou em cheio o flanco esquerdo de um soldado, partindo-o diagonalmente em dois, enquanto jorrou um chafariz de sangue e tripas por todo o carpete do salão. O cheiro de carne queimada e sangue era notório naquele lugar, visto o tanto de cadáveres de presos no chão, mortos a tiros. Mistral saiu fatiando os soldados facilmente, abrindo caminho para nós, pelo meio do grande salão enquanto os outros presos aproveitando-se da vantagem numérica, davam cabo do resto da primeira tropa. Eu saquei uma das Chakras, protegendo Alicia de um soldado que iria esfaqueá-la por trás, transpassando o sujeito. Ele ficou suspenso pela garra escarlate e seu sangue escorria pelo meu Gear, me deixando com uma sensação de prazer inexplicável; eu estava louca para experimentar aquele sangue, que escorria quente e lentamente pelos tentáculos até finalmente desfalecer ao chão. Eu sentia que não conseguiria me controlar se ficasse com aquele corpo empalado em meu Gear, então eu o arremessei longe, em outros dois soldados que estavam fugindo pela lateral, os derrubando. Minhas mãos tremiam e eu estava com aquele desejo latente novamente... desejo de comer carne! Alicia segurou meu ombro, me tirando de meu transe momentâneo.

– Ciara! Você está bem? – Perguntou ela preocupada.

Eu chacoalhei a cabeça antes de responder.

– Está! Só me distrai um pouco... – Respondi ainda meio atordoada.

– Tome cuidado com essas suas distrações, por favor. – Pediu Alicia ficando atrás de mim enquanto eu acenei e continuei seguindo Mistral, até chegar ao portão para o pátio principal. Estávamos quase lá!

Vários cadáveres tombavam pelos lados, sangue espirrava em todos os cantos, manchando as paredes e o carpete em um vermelho visceral único, e que Alicia detestava. Depois de várias pausas para pelejar contra as hordas da NEOS, finalmente havíamos vencido todos os soldados. Em meio ao salão restara apenas um mar de corpos e resto de corpos moribundos e ensanguentados, vários deles empilhados em cima uns dos outros. Era meio difícil andar por entre eles, de um modo que você não topasse com algum corpo. Mas eu estava com um pressentimento ruim o trajeto inteiro; sentia que estava sendo fácil demais. Não é como se fossemos conseguir fugir... algo estava errado. Logo sinto uma presença única atrás de nós, saindo detrás de um dos pilares da entrada por onde viemos. Como ele havia passado despercebido por nós, aquele tempo inteiro?

 Ele era alto, parecia magro e trajava um manto negro característico com capuz, recordando a própria morte personificada e trazia também sua foice em seus ombros, com seu fio vermelho que me causou um arrepio na espinha só de vê-lo. Estranhamente aquilo para mim era familiar... como se eu já tivesse visto antes. Ele andou alguns metros passando por cima dos cadáveres empilhados e parando a uns 10 metros de nós, nos mirando. Seu rosto era escuro e eu não conseguia distinguir suas feições com clareza, mas era bem familiar para mim, algo que realmente me incomodava bastante.

– Quanto tempo, minha querida! – Cumprimentou o encapuzado, abrindo os braços. – Não esperava que fosse reencontrá-la tão cedo!

Eu não entendia do que ele estava falando, mas parecia estar se dirigindo a mim.

– Quem é você?! – Perguntei. Ele começa a gargalhar sadicamente.

– Ora, vai me dizer que já se esqueceu de mim? – Ele retirou o capuz, revelando uma imagem horrível e que seria a última que eu gostaria de ver. – Pois saiba que eu não esqueci de você, Devilfish!

– V-V-Você... você é aquele cara daquele dia! – Disse engolindo em seco, enquanto tremia. Era Testament que estava na nossa frente!

– Hahaha! Então quer dizer que lembrou de mim senhorita?! Fico honrado com isso! E onde está nosso amiguinho Karma? Achei que ele estivesse com você, mas parece que finalmente ele se cansou de carregar um fardo tão pesado...

– O que você está fazendo aqui, seu maldito?! – Cortei, já liberando os quatro tentáculos de uma vez. Ele recuou, esboçando uma leve surpresa enquanto ria.

– Oh! Da última vez que nos vimos, você só tinha uma! Vejo que você evoluiu nesse período em que estávamos longe...

– Quero saber o que você faz aqui! – Perguntei novamente com um grito desesperado.

– Ciara! Quem é esse cara? – Perguntou Alicia, com uma expressão temerosa ao ver minha reação.

Eu demorei algum tempo para responder. Meu coração acelerou e eu comecei a suar frio.

– Você... Karma me falou de você! – Respondi, ainda meio dividida. – Ele é um dos carrascos da NEOS! Eu já enfrentei ele uma vez... foi o que Karma me disse... – falei meias palavras, o que Alicia pareceu não entender muito bem.

– Então ele é um dos carrascos da NEOS? Sinto uma radiação extraordinária vindo dele. – Os presos que estavam conosco, começaram a sentir-se mal na presença de Testament, que parecia bem mais terrível e mais forte do que da última vez. Outros ainda saíram logo para o pátio, que havia mais um batalhão fortemente armado esperando por nós, dessa vez em maior número – estávamos encurralados!

– Vejo que fora você, estão Mockinbird e Mistral, a sombra de aço! Será interessante para testar minhas habilidades... – Disse ele arrogante. – Parece que vou ter que deixar Ace para a Annie mesmo... que chato!

– Droga! Agora não tem jeito! – Praguejei entrando em guarda juntamente com Mistral. Aquilo não seria uma luta fácil, até mesmo para ela.

 

 

 

 

 

 

Longe dali na arena, Ace terminava seu massacre desenfreado à tropa de soldados que tentaram pará-lo. Ainda em sua forma de Abissal, Ace pôde ver ao longe, a imagem de uma garotinha se aproximando, vestida com um vestido longo e preto com detalhes prateados, e carregava uma coroa de ferro em sua cabeça. Seus cabelos eram negros como a noite, o que de cara Ace já reconhecia quem era.

– Não esperava que estivesse aqui, Executora! – Disse Ace com certo desdém na voz.

Annie, a Executora vinha acompanhando Testament naquela incursão para Princeton, e Ace já havia previsto que eles estariam ali. Ela cumprimentou o Abissal, cordialmente.

– Me parece que as tropas que mandamos não o satisfez adequadamente, Abissal Ace!

– Pensei que fossem mais preparados... – Desdenhou o grisalho. – Mas vejo agora que eram só o aquecimento para você!

A menina gargalhou com aquela voz fina e sádica.

– Faz tempo desde a última vez que nos encontramos... você mal ficou de pé! – Falou a Executora, provocando Ace.

Ace rapidamente lapida mais algumas estacas de seu braço e as atira contra Annie, atingindo-a em cheio e fazendo o solo explodir com o impacto dos projeteis.

– Ah! Não mudou muita coisa... que pena! – Annie reapareceu do outro lado, surpreendendo-o. – Pensei que estava mais forte que da última vez, mas me enganei.

Ace soltou um risinho de deboche.

– Não se ache tanto. Da última vez, você apenas me pegou desprevenido... não cometerei os mesmos erros novamente!

Annie começou a bater palmas.

– Que ótimo! Mas... o que acha que vai conseguir com isso, grisalho do Norte? – Ela fez uma pausa, começando a andar por entre as crateras abertas na arena. – Apesar de você ser um dos Abissais mais fortes que se tem notícia, não iria conseguir sobreviver com uma bomba em sua cabeça.

– Como assim...

– Psiu! – Annie o calou subitamente. – Você precisa escutá-las direito!

Ace não entendera o que Annie queria dizer com aquilo. Seria uma charada? Ela só queria confundi-lo talvez? Ele apenas a ignorou e continuou sua barragem de ataques, enquanto a Executora dançava por entre os projeteis, como se fosse uma sombra. Ace aproveitando-se do breve momento em que Annie tocou o chão novamente, ele avançava em uma velocidade colossal, e que pega Annie totalmente desprevenida. Sua mão esquerda, antes um machado agora transmutara para uma espécie de lança pontiaguda e gigante que ele mirou em direção a ela, empalando a mutante e a arrastando-a até colidir com o paredão da cabine do locutor, destruindo toda aquela parte.

Annie cospe um filete de sangue, tendo seu abdômen atravessado brutalmente pela lança do Abissal, mas logo seu corpo se desfaz totalmente em tiras, lembrando retalhos de tecidos quando se desmancham. Ela se enrosca no braço de Ace que a chacoalha até ela voar por cima de sua cabeça gigante. Ainda no ar, Annie se reconstitui novamente, desferindo um golpe na cabeça do mutante, que o desequilibra. Em resposta, Ace devolve com uma cabeçada violenta e seu chifre acaba decepando um dos braços da Executora, que solta um gemido de dor e cai na arquibancada destruída, o apertando fortemente. Ace a mirou longe, transmutando seu outro braço novamente. Annie cuspiu, enquanto se levantava lentamente.

–Ora, seu monstrengo atrevido! – Annie estica seus dedos, deformando-os como se fosse elástico e os usando para atacar Ace que apenas bloqueia com sua lança, mas ele fica preso pelos membros elásticos da Executora. Então novamente ela ataca com outra estocada de seus dedos, perfurando a pele rija de Ace e fazendo-o cambalear até se apoiar no sopé do paredão da arena. Ele cospe um filete de sangue, mas não desaba. Ela começa a rir, enquanto ainda mantinha o Abissal sob o seu julgo.

– Não tem muito o que fazer contra isso, não é? – Caçoou a menina retirando seus dedos do corpo do Abissal. Eles estavam com o sangue de Ace, ainda escorrendo por entre os dedos dela, enquanto ela os lambia, degustando cada gota do sangue do grisalho. – Você tem um gosto tão bom... tinha que ser digno do grisalho do Norte!

Ace rapidamente retalia arrancando fora os dedos da Executora e avança em um galope rápido, tão rápido que a própria Annie não consegue acompanhar e é pega por um empalhamento rasante do Abissal com sua lança, destruindo metade de seu corpo instantaneamente. Annie cuspiu um chafariz de sangue por usa boca e caiu, inerte em meio à uma cratera que havia perto. Seu corpo estava totalmente destruído, e seus órgãos internos estavam expostos. Ace freia seu movimento perto da cabine do locutor, destruindo por completo o paredão que separava a rena daquela área. Ele mirou o corpo da Executora caído e se virou, trotando.

– Agora... o jogo virou, pirralha insolente! – Fala o grisalho brandindo sua lança.

– Tem certeza disso? – Logo após se virar, por um breve momento, Ace pôde escutar a voz de Annie pelos arredores. Ele se virou novamente, mas o corpo de Annie jazia em pedaços ainda, tombado no fundo do buraco. De onde vinha sua voz então?

– Onde está maldita? – Rugiu o Abissal, olhando pelos arredores. Eis que a Executora salta, por cima de sua cabeça, descendo uma espécie de perfuradora feita de seus braços elásticos, mas rapidamente o grisalho consegue se esquivar. Com um movimento giratório, e aproveitando da falha do golpe de Annie, Ace desfere um coice que atinge a carrasca, de modo que metade de seu corpo do lado direito é completamente destroçado pelo Abissal novamente. Ela cai como se fosse morrer, mas ainda consegue cair em pé.

– Quantas vezes será que vou ter que matá-la, sua fedelha?! – Esbravejou o Abissal.

A menina permaneceu parada, prostrada e em seguida começa a gargalhar. Ace recua, retomando sua postura.

– Desgraçada... – Rosnou ele. – A menina se levantou novamente, enquanto que seu corpo danificado mortalmente rapidamente se regenera, reconstituindo seus órgãos e membros perdidos em questão de segundos.

– Ufa! Até que você tem bastante força. Se não fosse minha regeneração acelerada, eu já teria morrido há muito tempo!

– Parece que simples ataques como esses não vão matar você. – Ace transmuta sua mão novamente, de modo que ela fica em uma forma “normal”, mas saia de seu braço uma espécie de espada de dois gumes gigantesca, suficiente para cortar um caminhão de grande porte ao meio, sem dificuldade alguma. Annie se surpreende com a cena fantástica do Abissal removendo a espada de seu próprio braço.

– Oh! Hahaha! Não me lembro de você ter uma espada desse tamanho! – Bradou ela estupefata.

– Não gosto muita da ideia de ter que usá-la novamente... – Respondeu cravando a espada gigante no solo. – Mas com você, eu posso abrir uma exceção... – Ace pegou sua espada e rasgou todo o solo da arena ao meio, abrindo uma enorme fenda em meio ao espaço delimitado em que ambos lutavam. Annie saltou, desviando do golpe feito pelo Abissal, mas novamente, uma rasante a pega no ar, que a desequilibra e a joga longe, destruindo a arquibancada direita. Apenas a pressão do vento sendo cortado pela espada de Ace foi o suficiente para arremessar a Executora longe.

Ela se levanta, limpando a sujeira de sua roupa e se preparando para investir contra o monstro. Ela voa em direção a ele, e com seus membros elásticos consegue se enroscar no fio da espada de Ace, perto de sua mão. Ace balançou o pulso para se desvencilhar de Annie, mas a menina apenas usou de impulso para alcançar seu torso e desferir um ataque frontal poderoso que o desequilibrou. Ela cai e Ace aproveita do breve momento para girar sua espada, de modo que não conseguiu acerta-la, mas apenas arremessa-la longe novamente, fazendo-a se chocar contra o paredão de ferro e chumbo. O Abissal pareceu perder o fôlego depois do golpe de Annie, diminuindo o passo.

– O que foi? Parece cansado, rebelde! – Inquiriu ela com desdém. – Será que bati com muita força?

Ace atenta para seu peito e logo percebe que sua carapaça dura como uma sólida armadura estava rachada e sangue escorria por entre as pequenas fendas que se abriram em seu dorso. O golpe de Annie havia sido certeiro e pegara em um ponto crítico para ele. Ele sentia como se sua caixa torácica tivesse se espatifado por completo, e seu peito ardia em uma dor sufocante e aguda que fez o colossal centauro negro tombar. Annie saltitou até o Abissal, no meio da arena onde não restaram mais nada além de restos de cadáveres e as várias crateras abertas durante o confronto.

– Ora! Maldição! – Ele caiu, se apoiando na espada gigante. Annie sorriu e parou na frente dele.

– Essa sua pele é bem dura de fato...  mas ainda não é o suficiente! – Ela saltou novamente e chegou ao rosto do grisalho, que ainda tentou esboçar uma reação, mas apenas foi jogado contra a arquibancada esquerda com um tabefe que levou de Annie em seu rosto. Ele se recuperou do supetão, mas seu rosto estava em migalhas e com várias rachaduras, igualmente ao seu peito. Ele tentou recuperar a espada, mas teve seu braço decepado pela Executora, com um golpe elástico de muita pressão.

– Desgraçada... – Grunhiu o grisalho, regenerando seu braço, bem como suas outras feridas, mas com muita dificuldade. Com o outro braço, Ace desferiu uma chuva de estacas gigantes contra Annie. Ela se esquivou de vários, galgando todos com muita facilidade, mas sendo pega logo em seguida por uma que esmaga seu corpo totalmente contra o solo, enterrando-a nas pedras e na areia. Aquilo daria tempo para o Abissal se regenerar e pegar sua espada novamente; será que ela agora estaria morta de vez?

– Acho que me descuidei de novo... isso já está ficando corriqueiro. – A voz de Annie mais uma vez soa pela arena vazia. Ace a observa sair do solo, do lado da estaca que havia esmagado ela anteriormente, não acreditando no que via. Ela estava ilesa!

– Mas... como assim?! – Inquiriu Ace já com sua voz cálida e murcha.

– Ainda não entendeu o truque, Abissal? – Perguntou Annie de modo desafiador. – Deixa que eu esclareço para você. Eu apenas troquei de corpo...

Ace engole em seco ao ouvir a resposta dela.

– Trocou de corpo?! Está brincando comigo?! – Gritou Ace irritado.

– É simples... A partir de um núcleo que tenho dentro de meu corpo, eu posso me regenerar livremente ou formar um novo a partir de qualquer célula que esteja danificada. Muito legal, não acha? – Disse a garota rindo.

Ace cuspiu, recolocando seu braço novamente e pegando sua espada.

– Então eu vou te abrir ao meio e destruir esse núcleo! – Respondeu ele com um golpe horizontal rápido, porem avassalador, que destruiu metade das arquibancadas a sua frente, reduzindo-as a meros pedaços de sucata. A menina desvia com reflexos impecáveis, pousando em um pilar de metal cortado, a alguns metros do mutante.

– Melhor terminar nossa brincadeirinha por aqui não acha? – Diz a Executora. – Não quero estar aqui quando esse lugar ir pelos ares.

– O que quer dizer com isso?! – Perguntou Ace, mas Annie apenas o ignora se virando para saltar para fora da arena.

– Nos veremos de novo, se vocês saírem vivos daqui é claro! Tchauzinho! – Ela acena para o Abissal e salta para fora, desaparecendo da sua vista.

Ace ficou parado, divagando sobre as palavras da Executora, enquanto a arena caia em pedaços por conta da batalha. Do que Annie estaria falando? Seria possível que a NEOS teria previsto a rebelião e armado uma armadilha para eles? Se aquilo era realmente verdade, eles poderiam estar em perigo, incluindo nós. Ace se transmutou novamente para forma humana, balançando o ombro enquanto o mesmo estalava. O grisalho voltara nu e como suas roupas já havia desaparecido, ele pegou emprestado as roupas de cadáver de um dos guardas ali próximo. Ele se vestiu rapidamente e correu, adentrando o corredor que levava ao saguão principal. Tinha que se apressar e sentia que o tempo estava contra ele.

Enquanto isso Annie, do topo da sacada da arena, falava por um walkie-talkie. Sua expressão parecia estar satisfeita com algo, enquanto iniciava sua chamada.

– Tudo pronto, exatamente como você tinha previsto. – Reportou ela rindo.

– Muito bem! Pode iniciar os explosivos e evacue as tropas remanescentes. Ah, e chame aquele idiota do Testament! – Ordenou uma voz abafada e roída pelo walkie-talkie.

– Sim, senhor! – Respondeu ela cortando a transmissão. Ela dá um leve suspiro enquanto guardava o seu equipamento em uma bolsa que levava consigo. – Queria que Ace continuasse do jeito que estava... Só porque eu estava curtindo a vista. – Diz a menina com um sorriso safado. – Ace... ainda vamos nos encontrar de novo... e espero que vivo ainda. – Ela desce caindo na arena novamente e pegando o mesmo corredor que ele, se dirigindo ao saguão.

Enquanto isso, eu, Alicia e Mistral pelejávamos contra Testament, que Mistral reconheceu sendo um dos carrascos da NEOS. A luta estava piorando e não tínhamos muito tempo para perder ali.

Mais uma vez eu tinha que vencê-lo. E dessa vez, sem Karma...   


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Obrigado para quem leu e um abraço. Sintam-se a vontade para dar sugestões. ^^ flws


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