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História Neos END - Ciara da rebelião parte 2


Escrita por: Pirandello

Notas do Autor


Boa noite pessoas! Passando para deixar mais um capítulo e espero que gostem! Boa leitura ^^
Eu to meio gripado esses dias e escrevi full retard, então me perdoem se acharem algo meio estranho meio.(e avisem tmb, para correção). Amo vcs <3

Capítulo 37 - Ciara da rebelião parte 2


Fanfic / Fanfiction Neos END - Ciara da rebelião parte 2

–––– CIARA ––––

 

        

         – 70.000? Como isso é possível?! – balbucia Moeb, estupefato.

       Amala me ataca de forma selvagem, mas é repelida com um soco que a arremessou longe, destruindo três prédios pelo percurso e parando em um edifício comercial menor, à uns 3 quarteirões dali. Eu balancei o pulso e mirei o garoto paralisado no chão e que continuava a titubear baixinho para si.

       “Ela sequer está com seu Gear completo e já supera em força a mana, mesmo em sua forma Abissal?! Então essa é a força da mana Ciara?! Era disso que o papai vivia se gabando?!”

       – O que foi fedelho? Não vai fazer nada? – perguntei, fuzilando com os olhos.

       Ele demora algum tempo para responder.

       – Como... como você – dizia ele com dificuldade em manter a voz. – Mana... você está lutando a sério, não está?

       Pensei em algo mais cabível de ser dito.

       – Digamos que estou um pouco séria. – expliquei de forma chula.

       Moeb começa a rir, mas mantinha a expressão assustada.

       – Você é mesmo um monstro, irmã! Com certeza o papai vai ter problemas se você sair dessa torre!

       – Não é ele quem decide isso! – Eu o ataquei com um dos tentáculos, o jogando contra as barras de ferro perto da sala de geradores destruída.

       Moeb levanta se escorando nas barras amassadas.

       – Sua energia continua a aumentar gradativamente! Realmente é algo incrível, irmãzona! – A cada momento, sua expressão ficava cada vez mais surpresa. – 70.050... 70.100... 70.150...

       – Isso é até normal para mim. – Respondi e reapareci em sua frente, o agarrando pelo pescoço. – Agora você vai me guiar por essa maldita torre até encontrar Karma. E melhor não tentar nenhuma gracinha, senão...

       Antes de eu completar a frase, uma mão pesada agarra minha cabeça e me empurra até o prédio vizinho, destruindo-o com o impacto.

       – Senão o que? – pergunta o garoto, irônico.

       Dentro do edifício vizinho, ainda meio tonta com a colisão repentina, olhei para os lados procurando pelo inimigo. Logo outro golpe me acerta em cheio nas costelas vindo de cima, me afundando no solo e destruindo todos os andares abaixo até parar no que seria o estacionamento. Eu me ergo rapidamente debaixo dos pedregulhos gigantes, porém outro ataque me acerta no rosto e arremessa pela parede detrás, até uma loja de eletrônicos que havia na rua atrás. Era uma sequencia de ataques ininterruptos e brutais, os quais ainda era difícil acompanhar sem sequer bater o olho nela.

       Eu me levanto lentamente e consigo ver a imagem de algo se movendo em minha direção com extrema velocidade; era Amala. Eu agarro seus punhos, fazendo toda a loja ao nosso redor ruir com o impacto de nossos corpos.

       Amala ainda estava presa por uma ira incontrolável e imposta por aquele controlador em seu peito. Algo me dizia que para detê-la, eu precisaria destruir aquilo.

       – Vamos, Amala! Recobre logo a razão! Essa luta é inútil! O que está fazendo é inútil e eu não quero ter que matá-la! – suplico novamente, mas ela estava fora de orbita.

       A Julgadora responde com um rugido estridente, torcendo meus braços e me socando múltiplas vezes no rosto, me fazendo beijar o chão de novo. Antes que continuasse, um dos tentáculos a agarra pelo tornozelo e a suspende, enquanto outro a chicoteava para longe. Ela sai voando até a parede do edifício onde estávamos, ficando presa em um buraco. No meio tempo, eu uso os tentáculos para agarrar pedregulhos, lajes de ferro e carros incandescentes e as lanço contra a mutante.

       Em uma sequencia de socos rápidos, ela desintegra todos os projeteis que mandei contra ela e vem em minha direção com uma velocidade quase supersônica, enquanto que seu rugido fazia qualquer vidraria presente em um raio de 10m explodir – um humano normal sucumbiria somente por seu estampido terrível e aquilo reduzia minha velocidade de reação consideravelmente.

       Eu esquivo de sua investida, fazendo-a colidir com a construção e fazendo todo o pequeno prédio voar pelos ares. Saímos da cortina de fumaça e poeira trocando golpes supersônicos e que causam pequenos distúrbios nas correntes de ar, criando ondas de vento e de pressão que castigavam as construções vizinhas ao combate. De longe, do Colosso Evengard, Moeb assistia a todo o combate lá de cima.

       O confronto se estendia e eu levava cada vez mais vantagem na troca de golpes – Amala fazia pequenos intervalos entre seus ataques, o que me dava uma janela de espaço para contra-atacar impiedosamente, desfechando vários golpes com as garras que laceravam sua carne e socos que esmagavam seus ossos e órgãos. Aos poucos, ela estava perdendo as rédeas do combate e ficando cada vez mais cansada. Em um momento eu até consigo acertar o controlador que estava em seu peito, apesar disso, era como se houvesse um escudo invisível protegendo aquela maldita máquina. Eu teria que esgotá-la para conseguir destruir aquilo com calma; ainda assim, não sabia o que iria acontecer após isso.

       “Vou prendê-la usando minhas garras e vou destruir aquela coisa!”, concluí em pensamento.

       Em alguns momentos, Amala parecia perturbada e vários de seus golpes foram interrompidos no meio por ela mesma. Eu não conseguia escapar da impressão de que ela mesma estava lutando contra a subjugação daquele controlador durante todo o nosso embate.

       Novamente começamos a trocar barragens de socos uma na outra, levando socos e mais socos até o momento em que Amala cede um pouco e eu consigo tomar vantagem na peleja, puxando mais ataques até que a derrubo de uma construção menor até o chão e caio em cima dela, destroçando toda a rua com o impacto da queda. Montada em cima, ligeiramente eu finquei meus quatro tentáculos em seus membros, fazendo-a soltar um estrondo animalesco que podia ser ouvido à quilômetros de distância.

       Prontamente eu preparo minhas mãos e começo a socar repetidas vezes a máquina em seu peito, enquanto ela esperneava e gritava. Era como se minhas mãos fossem derreter se continuassem a bater naquela barreira invisível. A máquina por sua vez cintilava vividamente, soltando faíscas e descargas elétricas violentas e que machucavam tanto Amala quanto mim. Estava claro que não iria funcionar.

       Em um pensamento rápido e até impulsivo, manifesto mais duas garras com alguma dificuldade e muita dor, totalizando seis tentáculos em minhas costas. Logo usei os membros extras para perfurar a barreira que protegia o controlador, convergindo todo o ataque em um único ponto e fazendo uma espécie de “furo” naquela bolha invisível de modo que eu conseguisse agarrar a máquina com as mãos. Ao penetrar minhas mãos por dentro do escudo, sentia um calor causticante assolar todo meu corpo e todas as descargas elétricas corriam pelos braços e faziam meus membros vacilarem.

       Em um movimento desesperado, eu agarro o controlador como se agarrasse uma pedra de magma viva, e minhas mãos começavam a derreter de fato. Com um grito de dor imensurável, eu juntei todas as forças e arranquei aquele troço do peito de Amala em um único movimento de força extrema, culminando em uma explosão que me lançou por meio de várias casas até o quarteirão vizinho.

       Fechei meus olhos por um tempo.

       Ao acordar, sentia que começava a chover. Era confortante para meu corpo queimado receber aquelas gotas geladas. Levanto dos destroços e minhas mãos derretidas começam a regenerar, tecido por tecido, enquanto caminhava em direção ao corpo estirado de Amala. Ela estava consciente e estava bem de certa forma; suas roupas estavam rasgadas e queimadas, assim como seu corpo também por conta da explosão. Seus membros voltavam gradualmente ao normal, sua pele se livrava das marcas da mutação, seus cabelos voltavam a se tingir em negro e seus olhos semicerrados se normalizam lentamente.

       A Julgadora sabia que eu me aproximava e abriu um sorriso cálido no rosto.

       – Eu perdi de novo... não foi?

       – Ninguém ganhou com isso – eu mostro minhas mãos parecendo cera derretida. – Não houve vencedores nessa luta. Nós duas perdemos...

       – Você nunca muda, não é irmãzinha? – Amala tossiu, ficando recostada em um poste reclinado que desabou em cima de uma casa.

       – Realmente era aquela máquina então... – Eu suspirei aliviada. Meus cabelos voltam para sua cor normal e as garras se dissipam.

       – O que está fazendo?! Está... com pena de mim?!

       – Não. Só acho que matá-la não trará nenhum benefício para mim! – respondi, seca.

       – Você deveria ser uma arma fria e impiedosa e que não se importa com ninguém e nem com nada! Por que está se negando a me matar de novo?! – Amala grita, inconformada.

       Eu sorri, estendendo o coto da mão para ela.

       – Alguém me mostrou que eu posso ser muito mais que uma arma! Alguém especial...

       – Alguém... especial?!

       – Sim. Não procure ser como eu. Não dependa de alguém para tomar as rédeas da sua própria vida. Os únicos que podem decidir nossos destinos, são nós mesmos!

       – Mas... eu já me afundei tanto na lama, que eu sinto que não posso mais voltar.

       Eu me agachei perto dela e segurei seu rosto com os pulsos.

       – Está enganada! Eu também já fiz muitas coisas horríveis, matei muita gente inocente sem compaixão e quase destruí cidades inteiras. – Revelei. Amala parecia surpresa. – Nunca é tarde para decidir ser alguém melhor. Nunca é tarde para trilhar seu próprio caminho!

       – Ciara...

       – Eu meio que entendo como você se sente, porque eu já estive na sua pele. Eu também só vivia em função do papai, até que ele mesmo me prendeu por puro medo e me descartou. Não queira esse destino para você também, Julgadora!

       Ela baixou a cabeça, tocando no meu rosto.

       – Podia não me chamar assim, por favor? – Sua voz saía arranhada e chorosa. – Pelo menos você... poderia me chamar pelo nome?

       – Está bem... Amala! – Respondi.

       – Eu sei que nunca vou poder cobrar de você o afeto ou entendimento de uma irmã, mas eu sempre tive inveja de você. Do quanto você era querida pelo papai e pela mamãe. Mesmo sendo a irmã mais velha, era como se eu vivesse sempre na sua sombra! – Ela levanta seu rosto banhado em lágrimas. – Até mesmo depois do que aconteceu com a nossa cidade, o papai só pensava em você! Em como você voltaria para ele! Por mais que eu fosse a única perto dele, ele sempre esteve distante e só tinha olhos para você! Como se... eu fosse uma simples ferramenta descartável!

       – Acredite... não queira essa atenção para você. Você merece algo bem melhor que a atenção do papai! – consolei.

       – O que vai ser de mim se não tiver mais isso? Não tenho mais uma casa ou uma família para onde voltar! Se eu não puder mais lutar pelo papai, não terei mais razão para existir...

       – Cale essa boca! – gritei em um rompante de raiva. – O que eu acabei de dizer, maldita?!

       Amala permanece em silêncio, olhando frio para baixo.

       – Você é única! Você com certeza vai achar uma razão para continuar respirando! Assim... como eu encontrei a minha.

       – Mesmo assim... não posso fugir dele! A qualquer momento, se ele não precisar mais de mim ou me considerar um estorvo, ele pode me explodir a qualquer momento! – rebateu Amala apertando os olhos.

       – Como assim?! – perguntei, curiosa.

       – O papai colocou várias minibombas, não só dentro do meu corpo, mas de todos que de alguma forma trabalham para ele, principalmente os algozes! Se em algum momento resolvermos contrariar o papai, ele vai detonar essas minibombas, explodindo nosso corpo de dentro para fora, a nível celular.

       A cada minuto que ela ia me contando sobre aquilo, minha ira só aumentava cada vez mais.

       – Não acredito nisso! Como aquele velho pôde fazer isso com vocês?!

       – Todos os outros também compartilham do mesmo destino que eu, inclusive você. – Ela aponta para o meu peito.

       – Eu também?! – inquiri, chocada.

       – Sim! Ele fez isso com todos que ele considerava que um dia fossem se tornar uma ameaça para ele.

       – Não bastou você me trancar em um laboratório, papai?! Tinha que colocar isso dentro de mim também, seu desgraçado?! – murmurei com a voz tensa.

       Antes que Amala concluísse seu raciocínio, nós somos atacadas por uma lâmina gigante que explode o solo perto de onde estávamos apenas com o choque. Eu rolei até uma pilha de destroços a alguns metros e me recupero rapidamente, observando uma espécie de membro gigante, se assemelhando ao corpo de uma cobra com uma lâmina gigante em uma das extremidades e com algumas asinhas localizadas em alguns pontos, levando Amala de volta até a torre colossal totalmente imobilizada.

       – Aaaaahhhh! – Amala solta um grito de dor.

       – Amala!

       – Desculpe me intrometer Ciara, mas a mana Amala já estava começando a falar demais. Não precisamos de fofoqueiros aqui, estou certo mana?

       Ele aperta seu membro em volta de Amala cada vez mais forte, estralando vários ossos da Julgadora ao mesmo tempo. Ela solta um berro de dor e cospe sangue.

       – Solta ela agora ou você vai ter o pior fim possível! – Ameaço com uma fúria cega.

       – Como quiser, irmãzona! – Com um sorriso cínico ele arremessa o corpo fragilizado de Amala longe em uma direção aleatória.

       – Não! – eu corri na direção dela, saltando pelos telhados com a ajuda das garras, tentando alcança-la no ar, mas o braço de Moeb se enrosca no meu tornozelo e me prende, me lançando na cobertura de um edifício menor ao lado da torre, o qual já estava destruído. Sem poder alcançar a velocidade com que Moeb havia arremessado Amala, eu só podia assistir, impotente, seu corpo voar até desaparecer no horizonte negro e esfumaçado da cidade. – Droga! Droga!

       – Você não vai a lugar algum, irmãzona! – diz o garoto rindo. Em um movimento quase instantâneo, eu estraçalho todo o seu braço em questão de segundos.

       – Você... vai pagar pelo que fez! – Eu o mirei com os olhos sedentos e sanguinários. Meus caninos crescem e o cabelo se embranqueceu novamente. A energia que emanava de mim fez o prédio abaixo de mim desabar.

       O menino piscou e eu já estava a sua frente, despedaçando seu corpinho pequeno e frágil com várias estocadas consecutivas e rápidas das garras. Elas dilaceram o corpo de Moeb, arrancando seus membros e o partindo em dois. Após meu rompante de fúria, eu deixo o corpo estraçalhado dele lá no chão, boiando em uma lagoa de sangue e minha vontade era de ir atrás de Amala.

       Antes que eu pudesse fazer qualquer ação, eu pude escutar a voz nojenta de Moeb gargalhando atrás de mim entre tosses e espasmos. Minha vontade era de voltar lá e continuar retalhando o que havia sobrado da carcaça.

       – Irmãzona! Porque... a pressa? – pergunta ele pausadamente.

       – Ainda está vivo, desgraçado?! Até que você é resistente para um moleque!

       – Sabia de uma coisa irmãzona? O papai previu que talvez a mana Amala não fosse o suficiente para te parar – enquanto falava, o corpo do garoto começa a brilhar e a mudar de forma, tomando uma aparência reptiliana distinta. Dos pedaços do seu corpo surgiram partes alongadas, lembrando as serpentes, mas as escamas eram brancas e mais se pareciam penas do que escamas, cobertos de asas. Ele aumentava de tamanho cada vez mais, rapidamente tomando todo o espaço da torre e me expulsando de lá. – E é para isso... que eu estou aqui!

       Eu recuei para outra construção próxima, usando o paredão de Evengard para aparar a queda até um conjunto de apartamentos que ficava no quarteirão leste vizinho à torre.

 Lá debaixo eu via um dragão branco alado sobrepujar os céus acima do Evengard, voando com suas asas brancas enormes e varrendo tudo que estava perto, inclusive uma parte da própria torre.

– Isso é a forma abissal desse pirralho?! Só pode estar de sacanagem comigo!

Moeb em sua forma de dragão solta um rugido e serpenteia pelos céus, pronto para me atacar.

– Você já era, irmãzona! – diz com sua voz bestial.

Involuntariamente eu começo a rir.

– Acho que agora eu posso ir com tudo... sem me segurar!       

         


Notas Finais


Espero que tenham gostado e obrigado para quem leu.
Até o próximo capítulo! ^^


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