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História Nest of Darkness - Caminhada


Escrita por: Akefia

Capítulo 13 - Caminhada


A chuva da noite passada havia cessado, porém o tempo fechado ainda ameaçava outra tempestade a qualquer momento, Alcina instruiu por um tempo o trabalho das criadas antes de ir para o escritório, obviamente ela jamais faria algo do tipo pessoalmente, mas agora não havia ninguém que pudesse fazer por ela.

Em seu escritório ela agora abria as cortinas deixando a luz do dia entrar e se sentava a sua cadeira enquanto acendia um cigarro em sua boquilha antes de leva-lo a boca em uma tragada profunda e relaxante, ela fechou os olhos  extasiada antes de expelir toda a fumaça.

Em seu banho você agora tentava relaxar na banheira enquanto tentava pensar em uma saída para aquele novo e grande problema, quem sabe o quão terrível tudo poderia sair com um passo em falso naquela situação, você pensou em talvez pedir ajuda para Heisenberg, mas conhecendo aquele homem você sabe que mesmo pedindo ele provavelmente não seria tão discreto e ele acabaria agindo por conta própria uma hora.

Alcina agora lia um documento em sua mesa distraída quando a maçaneta da porta girou e a passagem se abriu, suas três filhas entraram antes de então fechar a porta novamente.

-O que foi queridas?

-Viemos te ver apenas.

-Trouxemos uma bebida. "Disse Cassandra com uma garrafa de Sanguis Virginis nas mãos.

-Ah mas que gentileza meus amores.

-Mãe tem certeza que devemos esperar tanto assim para devorar essas novas criadas?  "Daniela perguntou se sentando em uma poltrona."

-Hmmm tem um homem junto dessa vez, adoro sangue de homem.  "Continuou Bela indo até a janela próxima a condessa."

-Vocês sabem como os trabalhos de limpeza estão bem atrasados, dêem uma semana e meia, talvez duas, não devem se preucupar, não vão morrer de fome por isso, aliás o clima desta época não está tão frio assim exceto por esses dias, vocês podem sair para caçar logo logo.

-Mal posso esperar. 

-Nós podemos convidar o seu bichinho para ir caçar com a gente não podemos?

-Hahaha, eu dúvido muito que ele ia querer algo do tipo queridas, ele não é disso e com certeza não deixou de ser totalmente humano ainda.

Algo tinha que ser feito uma hora ou outra sobre aquele novo grande problema que agora o atormentava, você não sabia por onde começar nem a quem recorrer, após acabar seu banho você se trocou e então resolveu dar uma volta fora do castelo, desde que você saiu a primeira vez para enfrentar Miranda no vilarejo Alcina pareceu não ter ficado zangada com você por quebrar esta regra, até porque as coisas já haviam mudado muito entre vocês, por isso você não viu problemas em então sair outra vez.

Trovões estrondavam no céu escuro mas ainda sem nenhuma chuva, seria um passeio rápido, apenas para refrescar a mente e tentar pensar em algo, você voltou ao vilarejo para caminhar por ele um tempo, afinal quando veio da última vez para a batalha com Miranda você não teve tempo algum de admirar as paisagens e curtir a "liberdade" de estar fora da fortaleza, por isso faria isso agora com mais calma.

Casebres simples, gados, animais domésticos e de granja, tudo muito humilde e bem diferente do que se passava no castelo, no entanto ainda belo de sua forma, as pessoas pareciam mais felizes, não havia tanto movimento nas ruas, mas a tranquilidade era confortante, nem se quer parecia que aquele lugar escondia aberrações sanguinárias de todos os tipos.

Corvos, muitos deles, parecia que não haviam outros pássaros por aquela região se não corvos, o gralhar deles era alto e sempre frequentes, eles transitavam o céu o tempo todo não importasse o tempo, um fato curioso que você percebeu, apesar de já imaginar o porque e até ligar uma coisa a outra.

Os trovões começaram a ficar mais constantes quando você logo sentiu alguns pingos caírem sobre você, as nuvens negras e pesadas não aguantariam mais segurar a tempestade por muito tempo, era hora de voltar para a casa, foi uma boa caminhada afinal, pode não ter lhe dado novas idéia mas o ajudou a se sentir melhor.

Você voltou para seu lar e entrou quando ouviu barulhos batendo na cozinha, ao olhar disfarçadamente logo viu as novas empregadas trabalhando na limpeza, Alcina já havia as instruído, no final eram só gado no matadouro esperando pela sua vez de morrer você pensou, pobres criaturas.

Você subiu as escadas onde foi até o quarto e apenas guardou seu casaco, sua garganta estava seca, você presisava de uma bebida, indo até a adega pegou uma garrafa de absinto junto a um pequeno copo onde pegou um grande gole e virou de uma vez, o líquido desceu ardendo em sua garganta enquanto a cena de Miranda totalmente nua passava pela sua cabeça chamando por você.

-Eu tenho que resolver isso, de alguma forma...

-Resolver o que?  "Cassandra perguntou lhe dando um susto aparecendo atrás de você."

-Ah, nada demais. "Você respondeu virando outro gole de absinto de uma vez."

-Hmmm você parece nervoso, ou ancioso.  "Ela pegou o copo da sua mão e pegou um pouco da bebida antes de também virar um gole."

-É que fiquei um pouco com receio de ajudar vocês a enganar aquela pobre mulher ontem.

-Ah qual é, não se sinta assim, foi pela mamãe afinal, e não é a primeira vez que você vê a morte dançando por esta casa.

-Com certeza, é bobagem mesmo... É só... Só o que resta da minha humanidade agindo normalmente.

-Eu entendo, mas logo logo você estará totalmente mudado, e esses sentimentos bobos não irão te afligir mais.

-Assim espero...





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