História Never Forget - Imagine Jackson Wang - Destinada

S/N P.O.V

Quem diria, não?! Mais uma vez estou sob essas luzes nada desconfortáveis enquanto os gritos vindos da voz fina e irritante do diretor, que está comandando as últimas cenas.

Ser trazida para esse mundo não é a melhor escolha. Pena que não tive essa tão grande escolha que, pois me foi tirada no momento em que nasci. 

-Corta! - gritou - Vão respirar melhor antes de fazerem uma catástrofe dessas! - Disse com a mínima elegância.

-Fique calma.-disse Joanne, minha secretaria e grande amiga.-Estamos chegando ao final, então tudo isso vai valer a pena. Esse filme vai alavancar ainda mais a tua fama internacional.-Revirei os olhos.

-Grande coisa, não?! Jo, estou cansada.-ditei seca.-Que acabe logo essa tortura.

-Já acabará. Apenas espere mais algumas poucas horas...-suspirou.-Todoa estamos cansa...-uma voz fina e feminina soou por todo aquela sala, assim interrompendo Joanne.

Lá estava minha mãe, com seus cabelos que nunca crescem. Estão praticamente "Joãozinho". Trajando uma saia social avermelhada e com fundo branco, e sua bolsa de grife bancada por mim no braço esquerdo.

-Querida.-Mal começava a  e já me trazia a imensa vontade de que ela se omitisse ao silêncio.-Minha...Minha...Minha querida!-disse com a mais falsa ternura já vista.-Já vejo o motivo para tanto trabalho e tão pouco tempo para a mamãe.-Olhava ao redor e era perceptível a luxúria em seus olhos.- MEU OR-GU-LHO! -Apertava minhas bochechas de forma bruta, fazendo-me sentir uma dor desconfortável.

Quem olhasse pensaria que era uma mãe epegadíssima com a filha...mas não é. Ela banca de super mãe para a mídia glorificá-la e para que coloquem-na em suas propagandas. Ato aue nunca teve êxito, mas a mesma continua a tentar.

Olhar para ela e saber que foi pelas mãos e consciência dela em que fui parar nesse inferno me dá nos nervos.

-Poderia se retirar?!-o diretor usou seu projetor de som no ouvido da mesma, que se assustou, logo colocando a destra sobre o peito na tentativa de se acalmar. Permaneci quieta.-Ande logo! Não temos tempo para s visitas inconvenientes!-Gritou mais uma vez, fazendo tampar os ouvidos e dar as costas, voltando para o grande portão do estúdio de gravação. Joanne ria silenciosamente.

-Vá logo! Faça antes que ele faça o mesmo com você!-Disse rindo, balançando a destra, para que eu me direcionasse para o local onde a cena estava a ser preparada.

Deitei-me na cama do cenário, logo me cobrindo com o lençol de a branca, que brilhava conforme a luz batiae se refletianaquele fino pedaço de tecido. 

-Ação!-gritou o diretor, se sentando em sua cadeira de forma desleixada.

-Posso?-disse Liam, meu parceiro no seriado em que protagonizo em exato momento, que estava sob o pedaço de tecido assim como eu. A fala se referia para que ele tomasse de meu sangue, sendo o papel do mesmo o de um vampiro.

Minha resposta para aquele pedido foi no momento em que retirei meu cabelo de meu pescoço, onde o olhar dele parou, apreciando o local. Não posso mentir: Ele é um ótimo ator.

Assim que o diretor deu o sinal, ele colocou-se sobre meu corpo trajado com meras peças da preta langerie, coberto pela seda branca e cintilante. Liam colocou sua face na curvatura de meu pescoço, logo abocanhando o local. 

Arqueei minhas costase abracei seu corpo, e ele logo deu continuidade em sua "mordida vampiresca".

-Corta!-gritou o diretor.-Parabéns pelo êxito em seu trabalho!-começou a bater palmas, e juntamente todos os que estavam no studio  acompanharam as palmas. O som era completamente incomodável, mas poderia ser aturado.

...

Fomos diretamente para a empresa, logo recebendo olhares de homens e mulheres, que invejavam-me ou veneravam-me. Noa direcionamos para o elevador, que nos levou até a cobertura daquele grande e almejado arranha-céu de Seul. Entramos no enorme escritório, em que a madeira escura e nobre predominava junto com os itens de ouro e diversas pedras preciosas.

-Então...-Jo suspirou cansada, se sentando na poltrona assim que o diretor da empresa gesticulou para fazermos o descanso de nossas pernas.

-Quero me aposentar.-proferi a frase da maneira mais rápida possível,logo recebendo os olhares confusos de Jo e B.M, o diretor.

-Repita de forma clara...-ordenou enquanto se apoiava sobre os cotovelos devidamente cobertos com seu traje social na cor azul-petróleo sobre a mesa.

-Quero...me...aposentar.-Disse com clareza e ao mesmo tempo a frieza de sempre, arrancando olhares incrédulos dos dois confidentes naquela sala.

-Pois saiba que não vai!-Disse B.M.- Já tenh...-o interrompi.

-Mas eu quero! Não entende que não aguento mais essa...-ele me atropelou com suas palavras firmes, que raramente eram usadas. Isso acontecia somente quando estava se aborrecendo.

-Continuando...-suspirou passando sua destra pelos cabelos escuros, mas com mechas claras, que lhe davam um ar modernizado. Com esse ato, a luz do local refletiu em seu relógio, queveio diretamente em meu olho esquerdo, causando incômodo aos olhos.- Já tenho um novo projeto para você.-suspirei- Fará um filme para promover um grupo musical que está conquistando seu lugar, mas precisa de um reforço especial vindo de algo conhecido. E Você é esse "algo conhecido".

-Mas...e meu descanso?!-estava indignada com o que passava comigo naquele momento. Estava cansada.

- Vai ter um mês, já que decidiu fazer todo o seriado de uma vez.-suspirou de forma contente.-Não assinarei sua aposentadoria, pois você é o nosso tesouro mais valioso daqui. 

-Quando eles vão se conhecer para o trabalho?-Foi a vez de Jo se pronunciar, finalmente!

-Mandarei entrar agora.-Direcuonou seu olhar para o telefone a mais nova geração, clicando em um botão desconhecido por mim. -Tragam-no agora. Sim, é ele quem verá a fama brilhando em um palmo de sua face.

...

Alguns minutos se passaram e então aquele tal jovem. Sua aparência chinesa revelava que não vinha de Seul e muito menos da Coréia do Sul. O garoto de cabelos ao tom de médio-claro trajava uma jaqueta preta com detalhes em vermelho e maquiagem nos olhos. Típico de um idol coreano.

-Esse é Jackson Wang, seu novo parceiro.-Afirmou B.M.

Parece que para viver nesse mundo de olofotes e pouca felicidade verdadeira, na roleta da vida acabei sendo a Destinada.