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História Never Say Never (Klaroline) - Em meus sonhos,você é o pesadelo.


Escrita por: Kocca_Morgan

Capítulo 3 - Em meus sonhos,você é o pesadelo.


Naquela noite depois de tudo que acontecera Caroline demorou a conseguir dormir e quando conseguiu apenas viu em seus olhos tomados pela escuridão por estarem fechados a imagem de Klaus sob uma névoa branca e incessante,ele ao mesmo tempo que sorria,chorava por sua dor enquanto ela corria desesperadamente,mas quando chegava,a voz rouca e cheia de sotaque dele lhe avisava que era tarde demais,assim fora grande parte de sua noite mal dormida.

Quando não eram esses pesadelos horríveis ela acordava com a sensação de estar sendo observada,quando seus olhos azuis e tomados pelo medo se abriam a imagem do Mikaelson a inebriava,dizia coisas bonitas pra depois a assassinava sufocada com seu travesseiro.

Percebendo que seus sonhos insanos não a abandonariam decidiu levantar-se e ir até a cozinha onde preparou um copo de leite quente,ingerido rapidamente.

Seus olhos correram pela bancada onde avistou uma estranha caixa,de início pensou em esquecê-la e voltar até seu quarto onde assistiria a um filme qualquer,ou coisa do tipo,no entanto sua curiosidade foi maior,se aproximou do pequeno objeto e levou uma das mãos à tampa.

A caixa era de cor preta com laço branco de seda,quando abriu a vista de um bracelete de prata pura lhe chamou atenção,junto à ele um pequeno bilhete.

"Isso é seu,ou era...Entenda como quiser,não aceito devolução.Também espero que me perdoe por hoje,foi impactante pra mim vê-la tão bem e tão maravilhosa como sempre,

Seu Klaus."

Pegou o bracelete e apreciou suas separações pratas e luxuosas...Continuava igual desde que ela jogara a joia na cara dele,quase que a esfregando em seu rosto dizendo que seu amor por ele havia sido o maior erro da sua vida.

FlashBack...

– Espera,eu posso explicar.

– Explicar detalhadamente o modo que matou meus pais como chantagem pra que eu fosse pra cama contigo?Não...Não quero saber.Aliás...Não quero saber nada de você,nem...Nem dessas porcarias que me deu um dia e que não passavam de uma mera ilusão do seu falso afeto que demonstrava sentir por mim. – Retrucou ela claramente rasgando as próprias próprias roupas e arrancando com voracidade as joias caras e brilhantes que usava.

– Eu não fiz isso,acredite em mim. – Ela apenas revirou os olhos ignorando as lágrimas rolando no rosto de Klaus que para a mesma não passava de um choro fingido. – O que posso fazer pra me redimir com você? – Esta ignorou novamente jogando seus poucos pertences numa mochila. – Quer que me ajoelhe?Então eu faço. – Assim foi feito mas nada parecia adiantar até que ela pegou o necessário e jogou a tal mochila nas costas e se aproximou dele.

– Sim,tem uma coisa.

– Então diga,por favor.Farei tudo que quiser. – O mesmo se levantou chorando pousando as mãos no ombro dela que agora apenas sentia asco por seus toques.

– Quero que vá pro inferno. – Soltou a mulher com sua voz mais autoritária e confiante,logo passando por ele,deixando o local sem ao menos olhar pra trás,o mesmo continuou ali em prantos até começar a descontar seu ódio em todo e qualquer objeto vítimas de sua presença,menos um...

O bracelete dela...

Este com toda certeza,o grandioso Niklaus Mikaelson nunca iria se desfazer...

Dias atuais...

– Tomara que exploda. – Oprimiu ela com toda mágoa e raiva que viviam dentro de si.Depois amassou e jogou o pequeno papel sem se importar onde cairia,logo após se sentou no sofá enquanto desviava o olhar da tela da Tv que acabara de ligar à caixa ainda na bancada.

Sua mente implorava pra ignorar tudo aquilo e esquecer do homem que tanto a fizera sofrer,mas seu coração...

Ah,esse traidor...

Ele implorava pra que o visse novamente e que acreditasse naquelas palavras suaves e amenas escritas e descritas com clareza e certidão.

Não importava quanto tempo passasse,Niklaus ainda tomaria conta de sua consciência,seria o dono de suas perdições e seu primeiro e único amor.

[...]

O dia clareou com o raiar do sol,coisa que Caroline nem tinha percebido,a não ser quando seus olhos se irritaram com a presença daquela luz.Depois de uma madrugada dormida no sofá,ela se sente dolorida e incrivelmente cansada.Cansada de se sentir mal,cansada de sua própria vida,cansada de tudo...

Com muita dificuldade ela levantou-se de onde estava e subiu a escadaria,logo entrando em seus aposentos onde tem um banheiro que a mesma entrou,realizou suas higienes matinais e tomou um bom e relaxante banho.

Com a ducha ela resolveu algo...

Saiu do toalete enrolada com uma toalha e pegou seu celular na cômoda,abriu-o nos contatos e correu o dedo até achar o nome do Mikaelson patriarca.Elijah não seria capaz de recusá-la uma visita à seu irmão...Seria?

Enquanto discava,ela torcia mentalmente para que o número não tivesse mudado e que em breve a voz grossa e calma do mais velho soasse em seus ouvidos.

Do outro lado Elijah tentava "domar" o irmão que se recusava a tomar seus remédios,no mesmo momento em que se decidia se atenderia ou não o telefone que não parava de tocar um instante sequer.

– Atenda o celular,por favor.Não aguento mais ouvir essa porcaria. – Resmungou o loiro,fazendo Elijah rolar os olhos e se sentir derrotado,logo mais pegando e atendendo o objeto.

– Alô.

Elijah Mikaelson?

– Sim,é ele.Com quem falo?

Caroline.Caroline Forbes. – O moço levantou ignorando o olhar confuso e interrogativo do irmão se afastando alguns metros do mesmo.

– Em que posso ajudá-la?

Preciso que me deixe cuidar do seu irmão,por mais que ele tenha me feito mal,acredito que eu não morreria por fazer uma boa ação,não é mesmo?

– Certo,mas...Como?Por que? – Ele olhou pra trás e viu o mais novo o encarando de espreita.

Sou uma psicóloga agora e posso oferecer meus serviços sem contar que conheço um ótimo fisioterapeuta que com certeza servirá pra alguma coisa.

Tudo bem.Mas,por favor...Não mantenha esperanças,os médicos nos disseram que a morte seria o único jeito dele sair desse estado. – Sussurrou e em seguida ouviu um largo suspiro por parte dela.

–  Certo,eu entendo.Mas se ele ainda quiser meu perdão,vai ter que me aturar.Quer queira ou não...Klaus me deve isso,me deve explicações,me deve falar da minha própria vida.

Ótimo,está contratada.Venha amanhã as oito em ponto,assim discutiremos sobre seu salário e folgas,assim como poderá começar seu tratamento com meu irmão.

Estarei ai.Até amanhã

Até mais ver,Forbes. –  Assim a ligação foi encerrada.

– Forbes?Estava falando com ela? – Perguntou o mais novo com muita curiosidade.

– Sim,irmão.

– E pra que? – Inquiriu novamente tentando demonstrar indiferença.

– Beba isso e lhe direi. –  Chantageou o moço apontando os remédios e um copo d'água.

– Tá certo.Me dê aqui. – Ele o fez e sorriu satisfeito ao ver o poder que a loira tinha sobre o irmão cabeça dura. – Agora fala.

– Acabei de contratar os serviços de Caroline Forbes pra você,Niklaus.

– O que?Só pode estar brincando...

– Por que?Pelo que pouco sei,você a ama e não há nada de mal se ela quer cuidar de você.

– Você não entende? – Gritou ele com dificuldade fazendo Elijah se assustar e negar. – Eu não consigo olhá-la.Todas as minhas palavras de perdão somem quando vejo seus olhos azuis brilhando de ódio me refletindo,toda minha paixão ressurge e me sinto impotente por não conseguir beijá-la e me ajoelhar aos seus pés implorando por desculpas,me sinto um lixo por tê-la feito tão infeliz....Eu prefiro morrer do que fazê-la sofrer novamente,meu irmão. –  Ele se surpreendeu,afinal seu irmão nunca tinha desabafado assim com ele,nem com ninguém.

– Sei que ela lhe fará bem. – O loiro suspirou derrotado.

– Só me prometa uma coisa e não ouse recusar,pois então pedirei a qualquer um pra fazer isso.

– O que seria?

– Se Caroline Forbes me perdoar me deixe morrer em paz senão quero que desligue essa porcaria de máquina e me deixe ir pra sempre,seja pra onde for.

– Me desculpe,mas eu nunca faria isso.

– Ótimo.Então deixarei esse trabalho pro mordomo...Ele me odeia mesmo.

– Niklaus...

– Não.Por favor,saia.Preciso ficar sozinho.

– Tudo bem.

O mesmo saiu e o deixou ali sozinho como queria,imóvel e pensativo como sempre.Seus pensamentos vagavam na noite do primeiro beijo que dera naquela loira que lhe fazia perder a cabeça.

– Gosta daqui? – O lugar era maravilhoso com uma bela vista do mar,a brisa branda batia em seus rostos suavemente,ao longe muitas luzes iluminando a cidade em que viviam.

– É lindo,mas sem querer ser chata gostaria de saber logo o que tem pra me dizer. – Ele sorriu com tal curiosidade.

– Tudo bem,o que tenho a lhe dizer é que...Melhor eu fazer algo.

– E o que... – Antes que pudesse terminar Klaus selou seus lábios no dela delicadamente,logo movimentando calmamente sentindo o bom gosto do mel envolvido com hortelã do beijo dela.

[...]

As horas passaram sem que nem sequer ele percebesse,um dia se passou e Klaus não conseguiu nem uma vez pregar os olhos,quando percebeu sua irmã entrou sorridente anunciando que logo mais sua ex-noiva estaria ali.

Caroline chegou a mansão que chegara a viver outrora e tocou a campainha logo atendida por Elijah que a saudou e pediu educadamente que entrasse,ela o fez e reparou tudo,estava muito diferente desde a última vez que entrara,os móveis mudaram para um ambiente mais moderno.O mesmo pediu para que a moça o seguisse e ela assentiu,chegando a porta do quarto dele,o mais velho abriu a porta e pediu que esperasse fora até que chamasse.

– Não quero,droga! – ao longe ela ouviu a voz de Klaus gritando. – Mande-a sair por onde entrou,então. – Gritou novamente aparentemente respondendo ao irmão.

O dia seria longo e Caroline sabia disso e não desistiria...

 

 

 

 

 

 



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