1. Spirit Fanfics >
  2. New Boy >
  3. Capítulo 39

História New Boy - Capítulo 39


Escrita por: CerejaeCupcake

Notas do Autor


Mais um capítulo, espero que gostem. Amei os comentários de vocês, beijos da Cereja 💗
Boa leitura !!!

Capítulo 39 - Capítulo 39


– Por quê ele não me ama?

Sasuke perguntou baixinho, com sua voz embargada pelo choro.

Apertou mais seu corpo contra o de Sasuke, o sentindo enterrar a cabeça na curvatura de seu pescoço.

Sentiu algo molhado tocar seu ombro, enquanto o corpo de Sasuke tremia. Sasuke chorava.

– Eu estou aqui.

Sussurrou. Tocou seus cabelos de vagar, fazendo um leve carinho.

Mas tão rápido com o choro começou, ele parou.

– Não importa mais. Eu não me importo.

Sasuke disse, sua voz estava rouca pelo choro.

– Não precisa fazer isso.

Sussurrou, continuando com a carícia.

– Fazer o quê?

– Fingir que não se importa. Não precisa ser o Sasuke frio comigo. Eu já conheço você o suficiente, para saber que está mentindo.

–...

Sasuke puxou seu corpo para mais perto do seu. Sentando na cama, com Sakura em seu colo. Não tirando seu rosto de seu pescoço em nenhum momento, sabia que Sasuke não queria que ela o visse com o rosto vermelho pelo choro.

Corou ao perceber em como estava sentada no colo de Sasuke, numa posição muito comprometedora. Mas resolveu ignorar, não era hora para ligar para isso.

– Você estava errada.

Franziu o cenho em confusão, ouvindo a fala de Sasuke.

– Sobre o quê?

Perguntou, confusa.

– Eu não sou a sua luz. Você é a minha luz.

Sentia seu coração acelerar com aquela simples frase.

– Uma luz incrivelmente irritante, e intrometida.

Sorriu.

Seria a luz de Sasuke, e levaria toda a escuridão e tristeza para longe dele.

– Eu serei sua luz.

Sussurrou, não parando em nenhum momento com às carícias.

– E toda vez que se sentir triste, que se sentir sendo engolido pela escuridão, olhe em meus olhos. Olhe em meus olhos, e me beije.

Sasuke levantou o rosto lentamente, dando a Sakura completa visão de seu rosto.

Seus olhos estavam vermelhos pelo choro, mas seu olhar não era triste.

Sentiu os lábios de Sasuke cobrirem os seus, a beijando. Sasuke a beijava lentamente, sentia um carinho especial naquele beijo.

– Obrigado, Sakura.

Sasuke sussurrou contra seu rosto, a olhando.

– Não foi nada.

Sorriu.

– Eu deveria cuidar de você, não você de mim.

– Você sempre cuida de mim, é a minha vez de cuidar de você.

Deitou na cama, com a cabeça de Sasuke deitada em sua barriga. Suas mãos continuavam com a carícia em seus cabelos.

– Eu te prometo Sasuke, eu vou afastar a escuridão de seu coração.

Continuou com o carinho, ouvindo a respiração de Sasuke ficar calma, indicando seu sono.

– Por quê eu te amo.

Sorriu, sentindo algumas lágrimas escorrerem por seu rosto. Amava Sasuke, e imaginar aquela expressão devastada em seu rosto novamente, a destruía.

Iria cuidar de Sasuke como ele sempre cuidava de si. Iria tirar sua tristeza, apagar sua dor.

Sentiu seus olhos pesarem, pelo cansaço da noite mal dormida. Fechou os olhos ainda acariciando os cabelos de Sasuke, se entregando ao sono.

Acordou ouvindo o barulho irritante do toque de seu celular. Precisava acha-lo, aquele barulho acordaria Sasuke, que dormia tranquilamente.

– Droga!

Olhou para o celular em cima da cômoda de Sasuke, que estava a alguns centímetros de distância. Poderia simplesmente levantar e pegar seu celular, se fortes braços não estivessem segurando sua cintura possessivamente.

Esticou-se ao máximo, jogando seu corpo para o lado conseguiu tocar com os dedos em seu celular.

Sorriu, mais um pouco e conseguiria.

Continuou puxando o celular com a ponta dos dedos, o levando a beira da cômoda.

Quase gritou em vitória quando conseguiu alcançar seu celular, o apertando com força.

Atendeu rapidamente, quando percebeu que a ligação iria cair.

– Sakura.

Franziu o cenho confusa, ouvindo a voz de sua tia do outro lado da linha.

– Tia Karura?

– Sakura querida, onde você está?

– Na casa do Sasuke.

Respondeu ainda confusa, pela ligação.

– Por quê não está aqui no fórum?

Com a fala de Karura, um estalo em sua cabeça a lembrou que iria conhecer seu novo tutor, fez uma careta a respondendo:

– Eu esqueci, chego aí em dez minutos.

Disse sem nenhuma importância, não ligava a mínima se seu tutor estava a esperando, nem ao menos o conhecia.

– Tudo bem, estamos a esperando. Tchau, querida.

– Ok. Tchau, tia Karura.

Desligou, respirando fundo.

Não queria conhecer nenhum tutor, quando mais morar com ele. Sentiu Sasuke se remexer, enquanto abria os olhos.

– Sakura?

Sorriu, ouvindo sua voz rouca pelo sono.

– Sim, Sasuke-kun?

– Estava ao telefone?

Perguntou sentando na cama, olhando para o celular em suas mãos.

– Sim, eu preciso ir para o fórum agora. Todos estão me esperando lá.

Suspirou, tristemente.

– Irei pegar às chaves do carro.

Informou, levantando da cama.

– Espera, você tem certeza que já está melhor?

Perguntou, preocupada. Levantou andando em sua direção.

– Eu estou ótimo, tudo bem?

A beijou rapidamente nos lábios, a olhando carinhosamente.

– Sim.

Sorriu levemente, indo em direção ao banheiro.

– Irei lavar meu rosto, te encontro lá fora.

Sasuke a avisou, saindo do quarto em seguida.

Entrou no banheiro, olhando-se no espelho. De repente sentiu um gosto amargo invadir sua boca, a causando enjôo.

Escovou os dentes, tentando inutilmente tirar aquele gosto de sua boca, o que não conseguiu. Lavou seu rosto, o secando rapidamente, não gostava de se olhar por muito tempo no espelho, sentia que a qualquer momento sua mente a torturaria de novo.

Calçou seus sapatos, saindo do quarto.

Encontrou Sasuke assim que fechou a porta da casa, em frente ao seu carro.

Sorriu em agradecimento, ao vê-lo abrir a porta para si.

Fechou os olhos, sentindo o gosto continuar em sua boca. Não queria ir novamente aquele fórum.

– Você está se sentindo bem?

Sasuke a olhava preocupado, vendo sua expressão abatida.

– Tudo bem, só estou com mal estar.

– Dane-se tutor, se você não estiver sentindo-se bem não iremos a lugar algum.

– Não, tudo bem. Eu preciso fazer isso.

Sorriu, tentando o tranquilizar, mas ele ainda a olhava preocupado.

– Hum.

Murmurou desconfiado, ligando o carro.

– Ai meu Deus! – exclamou assustada.

– O que foi?

– Minha casa, eu quebrei aquelas coisas, o que direi para o tutor?

Perguntou nervosa, não estava preocupada em explicar para esse cara, mas também não queria que ele a achasse uma desequilibrada.

– Não se preocupe, eu pedi que limpassem tudo.

Sasuke informou, a tranquilizando.

– Obrigada.

Agradeceu, sorrindo levemente.

O caminho até o fórum não demorou, em dez minutos estava em frente ao mesmo.

Abriu a porta do carro, segurando a maçaneta com força. Sentia todo o medo a invadir. Medo de sua nova vida, medo do novo tutor, medo de tudo.

– Eu não quero nenhum tutor, Sasuke.

O olhou tristemente, olhar esse que o incomodou. Odiava vê-la triste.

– Eu estou aqui, tudo bem?

Segurou a mão de Sasuke com força, acenando positivamente com a cabeça.

Suspirou, entrando no fórum.

O Juiz do outro dia estava lá. Ao seu lado esquerdo estava tia Karura, e do direito um homem alto, pálido, seus cabelos eram longos, na altura dos seus. Sua expressão era séria.

– Que bom que chegou, querida.

Tia Karura a abraçou fortemente, abraço esse que fora retribuído, mas em nenhum momento sua mão soltou a de Sasuke.

– Olá Senhorita Haruno.

O Juiz cumprimentou.

– Olá.

Murmurou ainda observando o homem ao lado do Juiz.

– Esse é Orochimaru Hockeri. Seu novo tutor.

Sentiu o amargor de sua boca aumentar, olhava para aquela figura, totalmente assustada. Sentiu sua mão ser apertada, a trazendo para realidade. Olhou para Sasuke, buscando forças em seu olhar gentil.

– Olá Sakura.

Estremeceu ouvindo aquela voz fria, que combinava perfeitamente com aquela figura.

"Como seu pai a tinha deixado nas mãos daquela pessoa?" Era isso que perguntava-se mentalmente.

– Oi.

Murmurou fria, sentindo toda a sua paz temporária sumir.

– Bem, o Senhor Orochimaru já assinou a papelada que lhe dá legalmente a sua guarda, hoje mesmo ele se muda para sua casa.

O juiz começará a falar, mas sua mente parecia bloquear qualquer coisa que ele falasse.

– Sua guarda ainda está em teste, se acontecer algum problema enquanto estiver sobre a guarda do Senhor Orochimaru, iremos reconsiderar a carta.

– Mais alguma dúvida?

– Eu tenho – o olhou. – Quando eu fizer dezoito anos, irei me livrar do tutor?

– Sakura...

Tia Karura tentou intervir, mas Sakura não queria saber, ela não queria ter laços com mais ninguém.

– Não tia Karura, eu preciso saber. Não quero ter relação afetiva com tutor nenhum, meus únicos pais eram Kisashi e Mebuki Haruno. Não quero substitutos.

– Não pretendo substituir ninguém, Sakura. Só irei cuidar da filha do meu melhor amigo, ele me confiou você.

Ignorou sua fala, olhando para o Juiz, esperando a resposta.

– Sim, quando fizer dezoito anos estará livre.

Sorriu aliviada, mais alguns meses e estaria oficialmente livre.

– Ótimo.

Murmurou, fria. Percebeu o olhar surpreso de Karura, com seu comportamento. Mas não se importava, não mais. Não iria ser agradável com nenhum tutor, tinha seu direito de revolta.

– Se estamos todos entendidos, essa reunião está encerrada. A partir de hoje o Senhor Orochimaru cuidará de você, Senhorita Haruno.

Sentiu um calafrio, ao Imaginar aquele homem cuidando de si. Ele era assustador.

– Querida, por quê foi tão mal educada com o seu novo tutor?

Karura a perguntou, ainda surpresa pelo seu comportamento.

– Eu não quero novo tutor, eu quero meus pais. Não vou ser agradável com ninguém.

Karura a olhou, tristemente.

– Tudo bem, querida. Só seja forte, e boa sorte.

Desejou a abraçando fortemente. Sakura era como se fosse sua filha.

– Obrigada, tia Karura. – despediu-se.

– Eu não gostei dele.

Sussurrou para Sasuke, vendo seu tutor de longe.

– Acredite, eu também não fui com a cara dele. Mas qualquer problema eu estou aqui.

Sorriu.

– Me leva para casa? – pediu. – Não quero ir com o Senhor tutor.

– Sim, vamos.

A puxou pela cintura, a guiando em direção ao carro.

Passou pelo seu tutor, o olhando desconfiada.

– Irei com Sasuke para casa.

O informando. Não esperando resposta, entrou no carro rapidamente.

– Ele disse que tudo bem, e que te vê em casa.

Sasuke lhe repetiu às palavras de seu tutor. Deu de ombros, olhando para a janela.

– Você precisa voltar para a escola.

Olhou para Sasuke, ele precisava ir para escola, se contasse faltando por sua causa, iria perder todo o conteúdo.

– Eu voltarei quando você estiver preparada.

– Só voltarei para escola, quando Sasori não estiver mais lá.

– Então não se preocupe, voltaremos semana que vem.

Sasuke sorriu, sarcástico.

Suspirou. Sabia que o ataque iria acontecer a alguns dias, mas tudo parecia uma loucura em sua cabeça.

– Estou preocupada, não quero que você se machuque.

– Eu não vou.

– Você promete?

– Prometo.

Ao encontrar aquele olhar ônix tão determinado, sentiu-se mais aliviada. Não completamente, é claro.

Não tinha como não se sentir culpada, em ver Sasuke se encaminhar a um ataque. Ele estava fazendo aquilo tudo por ela, se não tivesse entrado na vida de Sasuke, talvez ele não estivesse em perigo.

Sentiu um forte aperto no peito, não queria perder Sasuke, não aguentaria, não podia perde-lo.

– Chegamos. – Sasuke a chamou.

– Obrigada pela carona, até amanhã.

O beijou, sentindo toda a sua preocupação sumir por um segundo.

– Até amanhã, irritante.

Tocou seus dedos em seu queixo a olhando.

– Qualquer problema, me ligue.

– Obrigada. – o beijou.

Acenou para Sasuke já em frente de sua casa, tentando tranquiliza-lo. Sasuke era extremamente desconfiado, e pelo seu olhar, tinha percebido que ele não tinha gostado de seu novo tutor.

Tocou a maçaneta, a apertando cok força. Não tinha Sasuke para lhe dar forças, tinha que ser forte por si mesma.

Abriu a porta, recebendo uma rajada de vento frio. Olhou rapidamente para o sofá, sentindo seu peito se comprimir.

"Bem vinda de volta, cerejinha."

Imaginou seu pai sentado no sofá, assistindo algum jornal. Ele a via chegar, e lhe direcionava um olhar carinhoso, a chamando de "cerejinha".

"Que bom que chegou, filha."

Sua mãe sorria, andando em sua direção. Acabará de sair da cozinha, secava as mãos no pano de prato.

"O jantar está quase pronto."

Podia sentir a sensação do abraço acolhedor de sua mãe, e do olhar amoroso de seu pai.

Mas a realidade a atingiu em cheio, como um forte e potente soco, tirando-lhe o ar por segundos.

Seus olhos derramaram lágrimas, seu peito doía, a realidade era cruel.

Seus soluços escapavam sem permissão, era tão cruel entrar em casa e não os ver, ter a sensação de vazio, e nunca mais sentir aquele abraço, de nunca mais ser recebida por um olhar amoroso como aquele.

– Sakura.

Olhou rapidamente para a entrada da cozinha, vendo Orochimaru parado, a olhando, parecia preocupado.

Sentiu seu estômago revirar, a deixando enjoada por segundos, sua visão estava turva, a deixando tonta.

– Sakura, você está bem?

Viu Orochimaru se aproximar, afastou-se rapidamente. Mesmo tonta, ae afastou, não queria sua presença. Ele não era seu pai.

– Me deixa!

O enjôo parecia aumentar, já sentia seu estômago embrulhando. Parecia querer regurgitar tudo para fora. Colocou a mão na boca quando sentiu o vômito subir por sua garganta. Correu desesperada pela escada, indo em direção ao seu quarto.

Abriu a porta num estrondo, correndo apressadamente até o banheiro. Abriu a tampa da privada, vomitando toda a sua panqueca.

O vômito saía com algumas tosses, sua garganta ardia, de seus olhos algumas lágrimas saiam.

– Sakura, você precisa de um médico.

Ouviu a voz de Orochimaru, vir de seu quarto.

– Não quero médico, preciso que me deixe em paz.

Pediu quando finalmente parou de vomitar. Deu descarga, enquanto respirava fundo. A tontura parecia ter saído junto com o vômito.

Escovou os dentes, tentando tirar o gosto ruim da boca. Lavou seu rosto, encarando a sua imagem pálida no espelho.

Secou seu rosto, jogando a toalha em qualquer lugar, saindo do banheiro em seguida.

Encontrou Orochimaru parado em frente ao seu quarto, a olhando sério.

– Está melhor?

– Estou ótima.

O olhou indiferente, não queria sua presença ali.

– Tem certeza que não quer ir ao médico?

– Eu preciso que você me deixe em paz.

Parou em sua frente, segurando a porta.

– Olha Sakura, eu sei que você está sofrendo... – o cortou.

– Não, você não sabe. Você não sabe o que é perder às pessoas que mais amava, às pessoas que cuidavam de você.

– Eu tentarei cuidar de você, Sakura.

Apertou a maçaneta com força, vendo o olhar de pena dirigido assim.

– Eu não preciso de você.

Suas palavras pareciam navalhas, de tão cortantes que estavam.

– Mas é o que você terá a partir de agora. E olha, eu estou tentando ao máximo ser seu amigo, mas você não coopera. Eu também perdi pessoas da minha família Sakura, entendo a sua dor.

– Eu não quero ser sua amiga. E sobre a sua dor, não você não entende a minha. São dores totalmente diferentes.

Fechou a porta com força, em sua cara. Não queria ouvi-lo, não gostava de sua voz, não gostava se sua presença. Trancou a porta, não queria que ele entrasse de surpresa.

Pegou sua toalha, dirigindo-se ao banheiro. Talvez um banho a ajudasse com o mal estar.

Ligou o chuveiro, sentindo a água quente relaxar seus músculos. Fechou os olhos, sentindo as lembranças de seus pais a invadirem.

Queria que a água levasse suas lágrimas, que lavasse sua alma. Sentiu os soluços voltarem, com mais força. Abraçou seu corpo desesperadamente, sentindo seu corpo tremer pelos soluços.

– Por quê? Por quê vocês me deixaram?

Perguntou sofregamente, não aguentava a dor de estar naquela casa. A dor de outra pessoa estar cuidando de si, sem ser seus pais.

– Eu não queria ninguém cuidando de mim. Eu só queria vocês.

Sussurrou baixinho, sentindo seu peito doer pelos soluços sofridos.

– Eu preciso aliviar essa dor, sinto que não vou aguentar.

Chorou tudo o que estava entalado em sua garganta, desligando o chuveiro em seguida.

Enrolou a toalha em seu corpo, saindo do banheiro.

Vestiu uma camisa preta, e uma calça de moleton da mesma cor. Secou seus cabelos, os prendendo num coque.

Ligou o ar condicionado, deixando seu quarto frio. Estava perfeito, combinava perfeitamente com a sua situação.

Apagou a luz, deitando na cama. Tomou seu remédio para dor de cabeça e para passar o enjôo. Pensou em ligar para Sasuke, mas não queria chatear o moreno, ele merecia um pouco de descanso de si.

Fechou os olhos, sentindo o sono a invadir, o remédio era mais forte que pensava.

"Eu te amo, cerejinha."

"Eu sempre estarei com você, filha."

"Eu sempre a protegerei, você é a minha irmãzinha."

Acordou gritando, suando frio. Estava tendo pesadelos com seus pais e Gaara. Encolheu-se na cama, abraçando seus joelhos, enterrando sua cabeça neles.

– Sakura!

Ouviu a voz alarmada de seu tutor, a chamar enquanto batidas eram desferidas fortemente contra a porta.

– Está tudo bem? Ouvi um grito!

– Eu estou bem.

Murmurou fracamente, sentindo seu corpo ficar mole.

– Sakura abra essa porta!

– Sasuke.

Sussurrou, sentindo sua visão ficar turva.

– Sakura! Responda, por favor!

– Me deixa!

Gritou sentindo lágrimas escorrerem por seu rosto.

– Você não é ele! Você não é meu pai, vai embora!

Gritou sentindo a falta de ar voltar, a deixando desesperada.

Ouviu o barulho de seu celular tocando, chamando sua atenção. Seu tutor parecia ter desistido de tentar conversar, mas ainda conseguia ver seu reflexo atrás da porta.

Olhou o visor de seu celular, lendo o nome de Sasuke. Atendeu rapidamente.

– Sakura, tudo bem?

Sentiu mais lágrimas descerem de seus olhos, iria preocupar Sasuke de novo, ele não merecia isso.

– Sakura, responda!

Mordeu seus lábios com força, impedindo os soluços de saírem, os engolindo.

– Eu estou ouvindo a sua respiração, por favor, Sakura, responda!

A voz de Sasuke estava explicitamente preocupada, ele estava ouvindo sua respiração, o que estava o deixando desesperado.

– Está tudo bem.

Respondeu com a voz embargada, desligando rapidamente.

Os soluços agora saíam altos, sendo ouvidos por todo o seu quarto. Apertava mais seus joelhos, sentindo seu corpo tremer junto com os soluços.

– Sakura, você precisa se acalmar.

Orochimaru pedia, com uma voz baixa.

– Deixe-me sozinha!

Gritou sofregamente, não queria ninguém ali. Queria sofrer sozinha, já estava sozinha no mundo mesmo.

Seu peito parecia se comprimir a cada soluço, a sensação era sufocante. Respirava com dificuldade, a dor a impedia de respirar.

A tontura voltou com força total, deixando seu corpo fraco. Sua visão estava turva. Piscou algumas vezes, tentando enxergar melhor.

Sentiu o desespero a invadir quando a dor em seu peito aumentou de uma força sufocante, a fazendo gritar em agonia.

– Sakura!

Ouviu a voz desesperada de Sasuke gritar.

Sua visão estava escurecendo, o ar parecia ir embora se seus pulmões.

– Sakura!

O viu arrombar à porta, correndo desesperado em sua direção, mas logo tudo escureceu.


Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo, me contem suas opiniões. A história está chegando em sua reta final... Beijos da Cereja 💗


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...