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História New Horizon- Hinny e Romione - Revelações


Escrita por: Dralrs

Notas do Autor


Primeiramente, gostaria de agradecer aos que leram e comentaram no último capítulo.
É incrível ver que estão gostando da minha primeira fic.
Segundamente, peço desculpas pelo capítulo enorme, mas me empolguei muito escrevendo.
Mais comentários na nota final.
Boa leitura a todos.
;)

Capítulo 17 - Revelações


 

Hogwarts- 10 de março de 1999

Enfim o grande dia de Gina Weasley. 

A menina acordou tão nitidamente agitada com o céu ainda escuro, que nem perdeu o tempo tentando dormir mais um pouco. Ao menos não foram um dos seus pesadelos que vinham a acordando todos os dias nas últimas semanas... 

Espiou da janela, mas nada conseguiu ver. Apenas sentiu uma brisa suave bater no rosto. 

Precisaria esperar amanhecer pra ter certeza, mas o fato de ver estrelas no céu lhe indicavam que chuva provavelmente não seria um problema. 

Seu estômago revirou. Era uma grande responsabilidade que estava em jogo. Ela era capitã. Se desse certo, ela seria aclamada, mas se desse errado… a culpa seria dela. Agora entendia o nervosismo que Harry devia sentir.

Já que dormir não era uma opção a essa altura, a menina se vestiu, com cuidado pra não acordar Hermione e as outras colegas de dormitório, e desceu pro salão comunal, levando sua vassoura e um quadro-negro onde havia desenhado o esquema tático do time no último treino há dois dias. Gina riu ao se lembrar do fanático Wood, ex-capitão do time da Grifinória e que levou a taça quando ela estava em seu segundo ano. Ela estava se saindo igual ao Wood, senão pior. Mas também, ela pensou, a rivalidade nunca esteve tão alta entre as duas casas. Em geral os lufanos eram os pacíficos da escola, se esforçando sempre pra melhorarem mas sem demonstrarem disposição de usar quaisquer meios pra obter o queriam. Mas nas últimas semanas os texugos a surpreenderam, revezando o campo de quadribol tantas vezes que foi difícil Gina encaixar seus treinos. Nas aulas que assistiam junto com a Lufa-lufa, como Herbologia, nem mesmo Hermione estava conseguindo responder as perguntas tão rápido quanto os lufanos, deixando a diretora de sua casa, prof Sprout, mais animada do que Gina jamais a vira. Queriam provar que eram melhores que a Gryff em várias coisas, e que seriam melhores também no quadribol, tinham verdadeira ambição. 

E era inegável que estavam conseguindo, ao menos nas aulas, superar os leões. E se eram capazes de fazer todo esse esforço fora do quadribol, dentro do quadribol certamente se esforçariam em igual medida. 

Enfim o dia clareou, e ainda mergulhada em seus pensamentos, Gina pegou sua vassoura novinha que Harry lhe dera antes de vir pra Hogwarts e foi tomar seu café da manhã em silêncio. 

Do outro lado do salão era possível ver uma confiante Puppet rindo com os demais colegas do time lufano. A capitã, tão ruiva quanto Gina porém um pouco maior e mais forte que ela, jogava na mesma posição. Seria um duelo de ruivas, com vassouras no lugar das varinhas. O pensamento não acalmou Gina, que mal conseguia mastigar as torradas secas. Gina tomou mais um gole de seu suco de abóbora e foi descendo para o vestiário, acenando de longe pra Hermione que descia nesse momento pra tomar café. 

No vestiário, Gina se trocou e aguardou o restante do time. Fechou os olhos e lembrou de Harry, e do modelinho que o noivo lhe dera de presente, o que fez a ruiva sorrir. 

Todos os demais grifinórios chegaram e se trocaram em silêncio, depois Gina gritou algumas palavras de incentivo e foram andando pro campo de quadribol, sob fortes aplausos. Até mesmo os lufanos aplaudiram a entrada deles (claro, não seriam lufanos se não o fizessem). 

Os times se posicionaram e as capitãs se cumprimentaram com um forte aperto, uma mais faminta que a outra pela vitória. 

As 14 vassouras subiram no ar enquanto a multidão se dividia entre bandeiras amarelas e vermelhas. Como de costume, o campo de Quadribol estava lotado. Hagrid, é claro, se destacava em meio à torcida da Grifinória. Ele e Hermione cochichavam alguma coisa um com o outro, olhando na direção de Gina, que estava atenta e louca pra pegar a Goles pela primeira vez. 

O céu estava limpo, nenhuma nuvem sequer à vista, com uma temperatura agradável. As condições dos sonhos de qualquer jogador de quadribol. 

Os grifinórios se posicionaram conforme Gina havia orientado. 

Peales ficaria encarregado de proteger Paine, enquanto Grey ficaria ziguezagueando entre as atacantes pra protegê-las e atacar os adversários. Peales e Paine se ergueram mais que todos, Peales atento a qualquer balaço que possa estar vindo, Paine, procurando o pomo em paz. 

O apanhador adversário, Midgen, estava mais abaixo, olhando em todas as direções, o que fez Paine suspirar aliviado.

"Parece que hoje realmente teremos um jogo limpo". 

E realmente seria um jogo limpo, mas não um jogo fácil. Os batedores lufanos Cabinon e Rabinott lançavam e defendiam balaços aqui e ali, dificultando o trabalho das atacantes, já que elas não eram derrubadas da vassoura e os adversários tampouco. 

As duas equipes disputavam de igual pra igual. Os goleiros também estavam atentos, e vários lances foram defendidos. 

O resultado é que, em quase uma hora e meia de jogo, o sol já começava a esquentar muito, as mãos dos jogadores suavam embaixo das luvas, e o pomo não dava sinal de vida, enquanto o placar estava 30 pontos pra cada lado. 

Gina estava irritada e desmotivada. Não que seu esquema tivesse dado errado, pelo contrário, o problema era o equilíbrio nos times. Um gol pra cada um dos atacantes. Estava derretendo debaixo do sol quente. Foi então, que em uma rápida olhada pra arquibancada, um verdadeiro choque a atingiu, sacudindo seu torpor. 

Um olheiro do seu time favorito, o Harpias Holyhead, observava a partida. Era hora de mostrar o que tinha de melhor. Enxugando o suor, desviou-se de mais um balaço do batedor adversário e voou até se posicionar lado a lado com Rogers, dando a ela um sinal do que devia fazer. 

Voando então rapidamente até o atacante lufano Smith, que tinha a Goles, Gina o cercou, impedindo de continuar a menos que quisesse levar um balaço lançado por seu próprio batedor.  Se vendo sem outra escolha, arremessou a Goles pra Puppet, mas nesse momento, agindo segundo Gina lhe dissera, Rogers veio atravessando o campo acima deles e com uma pirueta e meia na vassoura pegou a Goles acima de suas cabeças e foi seguindo em direção aos aros. Gina olhou pra Stark, que também sabia qual seu papel. Enquanto Gina fingia ter interesse apenas em cercar Puppet, Stark pegou a Goles que Rogers lhe lançava, já muito perto dos aros. 

Quando os três atacantes lufanos foram em peso atrás da menina, em vez de mandar a bola nos aros, a arremessou pra Gina, agora livre da marcação e posicionada acima deles. 

Os olhares se boquiabriram na arquibancada com o que aconteceu a seguir. 

“ Weasley está sozinha e vai tentar pegar a Goles… oh, essa não, parece que a bola foi alta demais, Stark exagerou na força do lançamento. Mas o quê.. 

Senhores eu nunca vi isso, Gina está tentando ficar  em pé na vassoura enquanto ela ainda sobe… meus olhos só podem estar me enganando…”

Era verdade. O lançamento de Stark saiu um pouco forte demais, e seria difícil Gina alcança-lo sozinha se demorasse muito mais, pois os atacantes começavam a vir em sua direção. Então, decidindo que uma final era o dia de se arriscar, ficou de pé sobre a vassoura e, na altura ideal, esticou seus braços pra pegar a bola, que uma vez segura ficou nos seus braços apenas tempo suficiente pra arremessar bem no aro central.

As arquibancadas pareceram tremer do lado da Grifinória. 

"E É UM BELÍSSIMO GOL DA GRIFINÓRIA! E QUE JOGADA FOI ESSA DE GINA WEASLEY! PARECE ATACANTE PROFISSIONAL!"

Ninguém viu, mas o olheiro acenou com a cabeça imperceptivelmente, em concordância. A seguir, cochichou alguma coisa com a diretora McGonagall ao seu lado. 

Gina havia se recuperado totalmente do cansaço, e agora sorria pra Hermione que quase pulava das arquibancadas. 

O jogo estava longe de terminar, mas o gol brilhante que acabara de fazer deu à equipe Grifinória um fôlego novo, fazendo que a equipe abrisse vantagem de mais 50 pontos. O goleiro lufano estava desestabilizado. Mas quem podia culpá-lo? Na velocidade que Gina havia arremessado seria impossível segurar a Goles. 

Gina sentia que fazia a melhor partida de sua vida. 

— Gina, cuidado!- Rogers gritou. 

Ao olhar pra esquerda, um balaço estava vindo em sua direção. Gina guinou a vassoura pro lado oposto, mas não rápido o suficiente. 

— Aaaaaaaaaaaaaaaaahhhh

Gina gritou, sentindo o osso do dedo indicador direito se rachar assim que recebeu a bolada. Mas ela não ia deixar nem uma mão quebrada te atrapalhar. Fingindo que estava bem, e agora com apenas uma mão boa pra segurar a vassoura e arremessar a bola, Gina precisaria mais que nunca que a partida terminasse logo. 

Acima deles, Paine continuava a ter problemas para enxergar o pomo sob luz forte, que refletia nos relógios o cegando.

Então, piscou um raiozinho dourado, tão discreto que o garoto quase duvidou se de fato o estava vendo. Uns 10 metros abaixo, do lado oposto da quadra, próximo às balizas da Lufa.

Era hora de mergulhar. Aproveitando que o apanhador lufano nada vira ainda, Paine decidiu confundi-lo por via das dúvidas, já que ele estava muito mais longe do pomo que o lufano e certamente perderia a disputa. Então, resolveu passar no mergulho, entre os balaços, Goles e vassouras dos dois times. Pensando que o pomo estaria no meio dos jogadores, o lufano foi para a armadilha, ficando completamente perdido enquanto Paine continuava a mergulhar. 

Enquanto isso, Gina se ocupava com seus próprios problemas. A capitã lufana parecia estar perdendo a paciência, e toda vez que Gina tentava se mexer, ela aparecia em sua frente e Gina tinha que frear bruscamente a vassoura pra não bater. Nesse momento, quando Puppet se desviou de um balaço arremessado por Grey com absoluta perfeição, Gina se preparou pra atacar. Usando a mesma estratégia de Puppet, Gina fez que Smith freasse pra não colidir com ela, de modo que a Goles voou de seus braços direto pros braços de Gina. Se vendo muito cercada, lançou a Goles pra Stark, que foi em direção às balizas, à direita, enquanto Gina, espertamente, subiu e ficou à esquerda. Olhando para as balizas, Stark fez sinal que arrremessaria, mas mandou a bola mais acima, para Gina. 

Então, simultaneamente, o jogo se dividiu em dois duelos. Gina, que com uma mão quebrada teria que pegar aquela bola e tentar o gol, enquanto mais abaixo Paine lutava contra Midgen pra chegar primeiro ao pomo, já que o apanhador lufano finalmente percebera onde estava o pomo e vinha correndo atrás dele nesse momento. 

Acreditando que era capaz, Gina se equilibrou o melhor que pode na vassoura com os joelhos, se segurando precariamente com a mão quebrada e deixou a outra livre, agarrando a Goles. Barrada por um jogador lufano, Gina se desviou e, sem se soltar da vassoura, deu uma cambalhota no ar e lançou a bola em direção aos aros.  

Os próximos segundos pareciam ter decorrido em câmera lenta. 

Enquanto a bola voava em direção aos aros, e o goleiro esticava-se pra fazer a defesa, lá embaixo Paine estava cada vez mais próximo. Já estava próximo ao chão quando sentiu algo em sua direção. Rapidamente, se desviou de um balaço que vinha à sua direita, mergulhando de cabeça em direção à bolinha dourada, capturando-a no momento exato em a Goles de Gina atravessava o Aro. 

Madame Hooch apitou o fim de jogo, e Gina pôde enfim dar vazão ao que estava sentindo, chorando enquanto descia em direção ao solo, onde o seu apanhador estava de borco na grama, desmaiado devido à pancada que dera na cabeça ao aterrizar. 

Eufórica pela vitória, Gina subiu ao palco após conferir que o seu apanhador estava vivo, apenas desmaiado. Sequer se lembrou do braço machucado, até que Minerva lhe entregou a taça de Quadribol e ela soltar um grito ao erguê-la. 

Minerva a encaminhou pra ala hospitalar, onde Paine já era atendido. 

Gina estava encharcada de suor. 

Mal havia chegado, Hermione vinha entrando correndo. 

— Hey, como Você está?!

— Relaxa, eu estou bem. Só tô com o dedo doendo. Madame Pomfrey vai dar um jeito nisso num minuto. 

— Tomara, tá todo mundo na comunal, começando a comemoração, e parece que você não participar não é escolha sua- Hermione bufou. 

Gina riu. 

Madame Pomfrey enfim saiu detrás das cortinas da cama de Paine. 

— Ah, aí está você, Srta Weasley. Imaginei que viria aqui. Eu vi o momento que o balaço acertou sua mão.- a mulher ia dizendo energicamente enquanto aproximava uma bandeja com curativos e pomadas da cama da ruiva.

A menina não respondeu. 

— Vamos ver o que temos aqui. Menina!- a madame Pomfrey soltou uma exclamação ao tocar a mão de Gina, já quase dobrada de tamanho pelo inchaço.- Você jogou todo esse tempo com a mão toda quebrada? 

— Não foi toda, foi só um dedo!- Gina bufou e apontou o indicador. 

— Menina, você ainda está com adrenalina a mil. Não percebeu ainda a dor que está sentindo, por isso não viu. Mas não há menos que 10 ossos quebrados nessa mão! 

Hermione observava tudo prendendo a respiração. 

— Braquium Remendum! 

Instantaneamente, a mão desinchou, e Gina sentiu os ossos se colando. 

— Obrigada, Madame Pomfrey!- a menina falou já se levantando. 

— Onde pensa que vai? 

— Pra comunal! Madame, você sabe que ganhamos a taça, eu sou capitã, tenho que comemorar!!! Por favor, eu te imploro. 

—Ah, tá bem, mas fique com esse braço apoiado na tipóia, e nem pense em levantar aquela taça de novo. Srta Granger, faça com que sua amiga teimosa obedeça. 

As duas amigas saíram rindo da enfermaria, mais tranquilas após saber que o apanhador deles também ficaria bem após mais algumas noites na enfermaria. Poderiam levar a taça pra ele quando fossem visitá-lo na manhã seguinte. 

Gina foi aclamada ao passar pelo buraco do retrato. Uma verdadeira desordem reinava no salão comunal, com música alta, cantoria, bebida e comida. 

 Foi um fim de noite espetacular. Os grifinórios estavam tão agitados que nem mesmo Hermione Granger estava disposta a arrumar briga acabando com a festa. 

Garrafas de cerveja amanteigada se empilhavam nos cantos, os jogadores, à exceção de Gina, atacavam uma garrafa clandestina de Whisky de Fogo. Mione se fez de cega. Hoje não estava afim de confusão. Tinha sido um jogo realmente muito tenso.  

Aparentemente alguns grifinórios haviam descoberto o caminho das cozinhas porque havia pilhas e mais pilhas de bolinhos, tortas e biscoitos que aos poucos foram sumindo. 

Já passava de duas da manhã quando foram se deitar, Gina em êxtase, sem se lembrar do olheiro de seu time favorito que a havia observado durante toda a partida. 

 

Hogwarts-02 de abril

 

Gina e Hermione estavam de malas prontas pra voltar pra casa. Ansiosas até o limite, saudosas. Seria mais um incrível fim de semana ao lado da família. 

Estavam conversando animados com os colegas de Trem, inclusive Luna Lovegood, que falava sonhadoramente do namorado novo, Scamander. A notícia pegou a todos de surpresa. 

— É realmente muito bom estar com ele sabe? E ele não foge de mim toda vez que falo dos narguilés.- Luna disse sonhadora, voltando depois a leitura do Pasquim. 

Gina e Hermione sufocaram o riso. Sabiam das excentricidades da amiga. 

— Fico feliz que tenha encontrado alguém que te faça feliz, Luna- Hermione disse com sinceridade. 

— É, amar é a melhor coisa!- Disse Gina, suspirando e certamente pensando em Harry. 

— Vocês duas estão obviamente tão apaixonadas que estão irritando as meninas da sua classe. Ouvi algumas comentando que estavam pensando num jeito de colocar poção do morto vivo no suco de vocês. Cuidado! 

As garotas se chocaram: 

— O quê?- disseram juntas. 

— Isso mesmo. Muitas adquiram súbito interesse por Rony e Harry depois do que os dois andam fazendo no ministério, não estão apaixonadas de verdade.- disse Luna, mais uma vez revelando seu talento de dizer verdades incômodas. 

Hermione e Gina nem sabiam o que dizer. 

— Bem, depois resolvemos isso. - disse Hermione com energia.- É páscoa, vamos curtir o fim de semana.

O restante da viagem seguiu tranquila, Gina falando com Luna sobre quadribol, Hermione se enterrando no livro de feitiços. 

As meninas chegaram na Plataforma em Londres no meio da tarde, exaustas da longa viagem porém felizes. Desceram animadas na plataforma. 

Surpreendentemente, não encontraram o casal Weasley ali, apenas os namorados. 

Gina cumprimentou o irmão enquanto Hermione abraçava Harry. Depois, recebeu de Harry um abraço tão gostoso e forte que quase a levantou do chão. 

Hermione ficou coladinha com Rony alguns segundos antes de dizer qualquer coisa que fosse. Como era bom estar com Rony, como se sentia protegida… 

— Mamãe ficou com seus pais em casa.- disse Rony respondendo à pergunta muda de Hermione. 

A menina sorriu. Pensar que depois de todo o pesadelo os dois estavam juntos dela de novo, era mais que um sonho realizado. 

— Estou morta de saudade deles! 

— Imagino.- disse Rony beijando a testa da noiva. Vamos então!- fez sinal pra Gina e Harry, que conversavam concentrados, quase encostando os narizes, prontos para um beijo. 

Como não ouviram, ele foi até eles, estragando o clima romântico entre os dois. 

— Francamente Rony, você sabe estragar um momento- Gina disse a Rony com amargura. 

Rindo, o ruivo piscou pra Harry, se desculpando e os quatro apartaram para a Toca. 

Molly ficou super animada ao ouvir os clicks no quintal. Rapidamente, fez sinal pra Sra Granger subir conforme tinham combinado. 

A mãe de Hermione contaria à menina a vinda do bebê quando estivesse a sós com ela. 

A barriga da mulher começava a aparecer mais agora, com 19 semanas de gestação. Se Hermione a visse lá embaixo ia descobrir na hora, já que estando calor não poderia usar casacos pra despistar. Como ela queria que esse momento fosse só das duas, então, assim que Molly lhe indicou que Hermione havia chegado, subiu pra seu quarto e esperou a filha lá. 

Na cozinha, o cheiro delicioso de chocolate invadia a narina de todos. Gina se abraçava com a mãe e lançava olhares cobiçosos para os tachos de chocolate sendo derretidos. 

— Nem pense em beliscar, Ginevra. 

— Poxa, tava só olhando. É isso que a gente ganha por chegar em casa depois de meses? 

Molly apenas revirou os olhos, então Gina resmungando foi até Harry. 

Hermione abraçou a Sra Weasley e o pai, e perguntou da mãe. 

— Sua mãe tá te esperando no nosso quarto, ela tem uma surpresa pra você.

Hermione olhou um tanto desconfiada pra todos, especialmente pra Rony, mas o noivo apenas deu de ombros dizendo com o olhar  que não sabia de nada. 

Sra Weasley esperou ela desaparecer escada acima pra sorrir pro Sr Granger. Harry e Rony sufocavam risos também. Gina estranhou. 

— Mãe, que tá acontecendo?- Gina estava confusa. 

— Vem aqui meu amor.

Molly cochichou a verdade nos ouvidos de Gina. A garota teve que colocar a mão na boca pra sufocar uma risada. 

— Hermione vai pirar! 

No segundo andar, Hermione abria a porta do quarto um tanto assustada com o que encontraria. 

Mas ao entrar, viu apenas uma caixinha em cima da cama. 

— Mãe? 

— Estou no banheiro meu amor, já vou. Abra a caixinha aí em cima enquanto isso. 

Hermione suspirou e abriu a caixa. Dentro, uma cartinha. 

“ Hermione,

Nosso pequeno bebê cresceu e nos protegeu com seu amor, e agora esse mesmo amor propiciou o crescimento de uma nova vida, como mágica.”

Hermione tremia descontroladamente. Se estivesse certa sobre o 'enigma'... Mas não podia ser! Não era possível que fosse o que estava pensando. 

— Mãe, vem logo aqui. É o que tô pensando?

— É sim meu amor!- a mãe da menina apareceu, usando uma bata que deixava claro a barriga de quase cinco meses. 

Hermione não segurou as lágrimas de alegria e correu até a mãe pra abraçá-la, ajoelhando-se para beijar a barriga da mãe. As choraram um tempo, depois começaram a rir. 

— Como isso aconteceu? Tem muito tempo que descobriu? 

— Bem, você sabe como aconteceu. As tentativas do casal Wilkins deram certo afinal. Nem achei que na minha idade isso ainda fosse acontecer. Mas aconteceu e eu não poderia estar mais feliz. E sim, tem algum tempo já que descobri. Na verdade Molly descobriu primeiro. Pouco mais de um mês depois que você voltou pra escola, comecei a me sentir meio tonta, e um dia vomitei o café da manhã todo, e então ela abriu meus olhos. Eu fiquei um pouco chocada mas realmente fazia sentido, então fomos a Londres e fomos à médica que cuidou de mim há 19 anos e ela confirmou. Estava com 10 semanas na época. 

— Pera, então quando fomos atrás de vocês no Natal…

— Sim, o casal Wilkins já tinham tido sucesso em suas tentativas.- disse rindo. 

— Se eu não tivesse aparecido…

Hermione baixou a cabeça. Não conseguia deixar de pensar que se não tivesse aparecido,os Wilkins iam ter um bebê e se sentirem completamente realizados, e se isso acontecesse, será que ela teria coragem de desfazer o feitiço?

— Nunca seríamos completos de novo. Nenhum bebê vai substituir você, Hermione.- A Sra Granger falou botando a mão no queixo da menina e o erguendo.-O amor que sentimos por você continua do mesmo tamanho. A diferença é que agora vou ter mais um amor na minha vida. 

Ouvir isso a tranquilizou. 

A menina se abraçou com a mãe novamente. 

— Então, está com 4 meses?

— Quase cinco. Nasce final de julho ou início de agosto. 

Hermione suspirou. Seria pouco depois de se formar na escola. Acompanharia a reta final do nascimento da criança, o que a deixava um pouco tensa. Nunca havia acompanhando uma gestação nem um nascimento antes. Seria uma experiência e tanto. 

— E está tudo bem com você? Gravidez na sua idade...

— Não se preocupe. A Dra está cuidando super bem de mim. Tem uma pergunta que ainda não me fez. 

— É a próxima coisa que ia perguntar.- Hermione disse rindo.-Vou ganhar uma irmã ou um irmão? 

A mulher sorriu. Exatamente isso que esperava que a filha perguntasse. Havia descoberto o sexo apenas na semana anterior, já que o bebê teimava em ficar com as perninhas cruzadas ou virado do lado. 

— É uma menininha, linda como você!

Hermione deu um grito de alegria que pôde ser ouvido em toda a Toca. 

A Sra Granger ria com gosto. 

Desceram então as duas sorridentes, Hermione indo abraçar o pai, radiante, comentando como seria maravilhoso um bebê na família.

Gina , Harry e Rony observavam de longe a empolgação dela. 

— Do jeito que Hermione é perfeccionista vai criar um dos planos dela pra hora do parto- Gina comentou, fazendo os garotos rirem. 

—É exatamente o tipo de coisa que Hermione gosta de fazer.- Rony concluiu. 

A tarde se passou descontraída, as duas senhoras derretendo chocolate e resfriando-o nas formas. 

A Toca cheirava a chocolate e felicidade. 

Relembrando os tempos de tricô para elfos, Hermione agora resolveu tricotar roupas pra irmãzinha.  Fez a encomenda das linhas e agulhas por correio-coruja e faria as roupinhas no tempo livre em Hogwarts. 

Rony sorria com a determinação da noiva. —Hermione, isso me lembra o F.A.L.E. Já desistiu dele? 

— Não totalmente. Eu entendo que os elfos não querem a liberdade. Mas vou morrer tentando fazer com que tenham melhores condições de vida e trabalho. Isso é algo que podemos convencê-los a querer. 

— É a pessoa mais determinada e corajosa que já vi Mione. Faço ideia do trabalho que vai dar ao ministério ano que vem. E eu não poderia estar mais orgulhoso disso. 

Hermione largou a pena e o pergaminho com o pedido de lã e beijou Rony apaixonadamente. Adorava quando o garoto demonstrava seu apoio a ela, aos seus ideais. Foi assim desde o primeiro beijo dos dois. Rony dizendo à garota o que ela gostaria de ouvir, e Hermione largando o que estivesse fazendo pra pular no pescoço dele.

Procurando privacidade, foram pros jardins, que apesar de escuros estavam lindos essa noite, perfumado e colorido com os tons da primavera. 

Enquanto isso, Gina havia acabado de tomar um banho e descia pra falar com Harry, que estava quieto em um canto, imerso em pensamentos. Tinha uma coisa na qual vinha pensando já há algum tempo, mas não sabia se Gina gostaria, se ficaria magoada. Não queria que a ruiva se sentisse pressionada. 

“ É, talvez seja muito cedo pra fazer isso, melhor esperar passar esse tempo de escola, ela vai ter que procurar emprego, vai estar estressada, depois do casamento talvez…”

— Ei, Harry, tô aqui!- foi preciso um beliscão de Gina pra Harry acordar. 

— Desculpe, não te vi chegando.- e a abraçando, cheirou seu cabelo. 

— Hmm, meu cheiro preferido no mundo. 

A ruiva sorriu. 

— No que o meu noivo pensava tanto hein? 

— Nada importante. Só estou pensando em algumas coisas no trabalho.- Harry mentiu. 

Depois do jantar, uma música lenta foi colocada na sala, onde os casais Weasley e Granger dançavam, sem dar a mínima atenção aos jovens. Jorge e Percy tinham saído com as namoradas essa noite. Apenas os 4 mais jovens conversavam. 

 Então, Gina se aproximou de Harry, sussurrou algo em seu ouvido que o fez sorrir, e subiram as escadas silenciosamente, para não chamar atenção dos mais velhos. Harry ainda temia pela sua vida caso o Sr Weasley o pegasse na cama de Gina. 

Rony olhou torto para os dois, mas Hermione apenas pegou em seu queixo e virando-o pra si beijou o noivo. 

— Ei, quanto tempo!- Disse Gina, convidando Harry a entrar no quarto como se fosse a primeira vez que o garoto estivesse ali. O teatro fez Harry se animar ainda mais. 

— Bastante tempo, Srta Weasley.- disse soprando as palavras lentamente no ouvido da garota, que se arrepiou. Harry sequer havia a tocado e ela já estava excitada. 

Harry beijou-a lentamente. Gina colocou os braços nos ombros de Harry, retribuindo o beijo, que já passava de um beijo carinhoso pra intenso. 

Interrompendo a conexão entre eles,o noivo passou a língua por sua orelha, deixando-a em chamas. 

Harry então, virou Gina de costas pra ele, fazendo um coque desajeitado com os longos cabelos ruivos. A dificuldade do rapaz a fez sorrir, mas ela deixou que ele terminasse sozinho. 

— Hmm, Você é muito cheirosa.- Harry murmurou, apreciando o perfume da menina enquanto percorria o nariz das mãos aos ombros da noiva. Tomando os pulsos de Gina os beijou, e a encostou na parede, enquanto deslizava a mão sobre a barriga da noiva, pronto para tirar a roupa dela.  

O gesto, ao invés de acender Gina, causou uma enorme compressão no peito, sua respiração ficou rasa e difícil, e as lágrimas começaram a cair. 

Gina chorava alto, descontroladamente, deixando Harry desesperado. 

O menino a pegou no colo, sentou-se na cama com ela, e a balançou como faria com uma criança, até que se acalmasse. 

As lágrimas desciam como rios dos olhos. Levou vários minutos até que conseguisse se acalmar o suficiente para falar. Mas como explicar a Harry o que aconteceu? Como dizer para o amor de sua vida que foi abusada dentro da escola e por pouco o pior não aconteceu? 

Gina olhou pra Harry, branco como um fantasma. 

— Gina, o que aconteceu? Eu fiz algo que não gostou, eu te machuquei? 

— Ah, Harry- Gina assoava o nariz- eu sinto muito, eu não sei como explicar.. 

— Shh, Gina, tá tudo bem, não chore, meu amor. Apenas se acalme. Só preciso que me diga se te machuquei de alguma forma- Harry perguntou desesperado, enquanto enxugava as lágrimas da menina. 

A ruiva respirou fundo e começou a andar pelo quarto.  

— Você não me machucou, Harry. Acontece que, no dia dos namorados, eu estava sozinha no salão comunal escrevendo pra te agradecer o modelinho de presente e… 

Gina deu uma pausa pra respirar fundo e enxugar mais algumas lágrimas. 

— ...e um menino que sempre estudou comigo veio se aproximando. Ele estava tentando falar alguma coisa mas não faço ideia do que era. Estava totalmente concentrada na carta, e em você. 

A última frase botou um meio sorriso no rosto do moreno. 

— Mas então, ele arrancou a carta da minha mão, segurou os meus pulsos e me beijou a força. 

— Quê?!- Harry deu um salto da cama, furioso. E andando até Gina:

— Quem é esse desgraçado, Gina?! Diga, quem é e eu o mando pra Azkaban agora mesmo! 

 Gina espalmou as mãos no peito de Harry:

— Harry, ele já foi devidamente punido, não está na escola mais. Eu preciso que você se acalme para te contar o que aconteceu. 

— TEM MAIS?

— Harry, por favor, só escute! Já é difícil de contar isso sem você surtar!

Harry suspirou fundo. Todo seu senso havia evaporado. A ideia de outra pessoa com Gina, forçando-a, despertou a fúria dentro dele como de um leão cujo filhote foi caçado por uma hiena. Mas por Gina ele tentaria se controlar. 

— Tá, continue.- Harry estava tão furioso que não se surpreenderia se saísse fumaça das orelhas. 

— A comunal estava deserta. Hermione tinha ido à biblioteca, e todos os outros tomavam café da manhã, então era só eu e ele. Eu tentava empurrá-lo, e desviar o rosto pra que ele não me beijasse mas ele era muito mais forte e…- parando pra conter um soluço, Gina se recompôs e continuou- e me levou pra um dos quartos do dormitório masculino, trancou a porta, e me empurrou contra a parede.

Harry tinha os nós dos dedos brancos, tamanha a força com que fechava os pulsos. Mas nada disse. Queria agora que Gina terminasse. Ele tinha larga experiência que contar o que acontecia de ruim era mais fácil depois que se começava, então não a interrompeu. 

— Eu realmente achei que não escaparia. Uma das suas mãos nojentas tentava tampar minha boca, e a outra deslizava pra tentar levantar minhas vestes. Eu realmente estava desesperada, sem conseguir gritar por ajuda. Até que num segundo de distração, uma das coxas se afrouxou e eu consegui pegar a varinha no bolso de trás e mandar nele a azaração de rebater bicho papão mais forte que já fiz. 

Harry tinha lágrimas de fúria no olhar, que agora se tornavam lágrimas de dor. 

— Gina, eu nunca te machucaria… 

— Shh, eu sei. Me desculpe pela crise. É que quando você me encostou na parede eu não consegui, me veio uma falta de ar, uma dor, e aí lembrei de tudo que havia acontecido. Você é perfeito, nunca me forçaria a nada, mas aquele verme tentou forçar... 

Agora Gina enxugava as lágrimas de Harry. 

— O que Minerva fez?

— Quando  me livrei dele, abri a porta e sai correndo pra pedir ajuda, mas minha perna tremia tanto que nem sei se ia conseguir chegar no buraco do retrato, mas Hermione vinha entrando e eu consegui, com muita dificuldade, mandar que ela buscasse a prof McGonagall urgente. Quando ela voltou eu já estava mais calma e expliquei o que aconteceu. Ela o expulsou imediatamente. Assim que deixou a ala hospitalar no dia seguinte  foi para casa acompanhado pelos pais. 

—Juro que minha vontade era sair daqui e ir atrás dele pra matá-lo. Mas não quero passar a vida em Azkaban longe de você!

Gina tremia, os olhos inchados e vermelhos. Conseguiu sussurrar: 

— Harry, por favor...

Os pensamentos de Harry fervilhavam, o ódio aquecia seu sangue. Seu raciocínio estava confuso. 

— Mas espera, você disse ala hospitalar? 

— Sim, eu me empolguei um pouco. Sabe, a azaração de rebater bicho papão sempre foi minha especialidade, então ele ficou desacordado um tempo.- explicou Gina, meio sem jeito.

Harry sentiu um assomo de orgulho. 

— Sou o homem mais sortudo do mundo, e o mais orgulhoso da noiva. 

"É um baita alívio ter uma noiva que sabe se defender tão bem!"- o garoto pensava. 

Harry a pegou no colo e abraçou, tentando acalmar sua respiração, resfriando o sangue e as emoções. 

Era difícil não tomar nenhuma providência. Esse garoto deveria ser julgado. Assédio é crime! Mas sabia que a noiva teria que depôr no ministério, reviver esse inferno de novo, e isso magoaria Gina.

— Por favor, ninguém deve ficar sabendo disso. Papai e meus irmãos se tornariam assassinos se soubessem… 

— Tudo bem- Harry suspirou. Já imaginava que Gina pediria isso. 

De fato, sabia que Rony, Sr Weasley e os outros não conseguiriam deixar pra lá e certamente iriam atrás dele, e seria difícil o rapaz sair vivo. Ele próprio estava se segurando para não mandar uma carta a Minerva perguntando o nome do sujeito, que Gina fez questão de omitir. 

 —Agora vem aqui, estamos cansados, precisamos dormir. 

Gina ficou aliviada. Não conseguiria fazer mais nada depois de reviver todo aquele pesadelo, nem tampouco Harry.  

E os dois dormiram de conchinha, tranquilos, Gina se sentindo segura nos braços de Harry e disposta a esquecer de vez o que tinha passado, nem que pra isso tivesse que procurar um psicólogo.  

 

O restante do feriado passou super rápido. 

A casa ficou cheia como de costume. Até mesmo Gui e Fleur apareceram para comer os maravilhosos chocolates. Jorge conversava feliz com Angelina, ambos comemorando o sucesso estrondoso da loja. Percy conversava agradavelmente com todos, se sentindo de volta à felicidade, com seu emprego no ministério e uma namorada tão metódica quanto ele. 

Gina tentava, com o carinho de Harry, tentar superar o trauma, mas essa noite havia acordado várias vezes com pesadelos nos quais era abusada, assim como tinha acontecido várias vezes em Hogwarts. Mas estava tentando seguir em frente. Precisava seguir em frente. 

Mione era pura ansiedade, agora que os NIEMS se aproximavam. 

— Estou tão atrasada! Não sei como fui tão desleixada. Tenho pilhas de matéria acumulada pra ler, trabalhos para fazer, tricotar as meias do bebê, tenho que conversar com os elfos e..

— Mione, respira. Não quero ficar viúvo antes de casar. Você vai infartar desse jeito- Rony ria enquanto passava os dedos pelos cabelos da namorada. 

— Adoraria concordar com você, maninho, mas Hermione está certa. Realmente estamos ocupadas demais para respirar. Eu mais ainda já que tinha os treinos de quadribol e acumulei matérias pra ler e feitiços pra treinar. Estou perdida!- disse exasperada, passando a mão nos cabelos.

Harry reprimia o riso. Já passara por aquele aperto antes e sabia que tudo sempre acabava bem, mas não adiantaria falar isso com ela agora ou a noiva ficaria furiosa. Já bastava todo o trauma pelo qual a ruiva havia acabado de passar… inconscientemente Harry fechava os pulsos quando pensava nisso. Era difícil esquecer os gritos de Gina durante essa noite. Várias vezes acordou com a ruiva gritando. Como queria passar com ela mais algumas noites, acalmá-la… 

A menina se encostava no ombro de Harry, pensativa.

— Gin, você está bem?

— Não, mas vou ficar- disse, num fraco sorriso. 

O noivo suspirou. 

Nesse momento, uma coruja entrou voando pela janela, deixando cair uma carta no colo de Gina.

A carta não tinha remetente, o que a garota estranhou um pouco. Recebendo estímulo dos outros pra que abrisse, a ruiva o fez, lendo:

“ Prezada Senhorita Weasley,

O Harpias de Holyhead tem o prazer de te convidar para fazer parte do processo seletivo para atacante de nosso time. 

Um olheiro nosso foi até Hogwarts em busca de novos talentos no esporte e ficou particularmente interessado em sua atuação. Portanto, caso aceite o convite, o processo acontecerá no Harpias Stadium, às 7h do dia 4 de julho do presente ano, portanto, após ter concluído o ano escolar. 

Com votos que esteja bem,

           Julie Hermes

Diretora do time de Harpias de Holyhead".

 

Gina estava sem palavras. Havia esquecido 

completamente do olheiro no meio do jogo. Vibrando, contou pra Rony, Harry e Mione: 

— Me chamaram pra fazer o teste do Harpias de Holyhead!! 

Harry pulou do sofá rindo e girando Gina no colo:

— Ah, isso é maravilhoso, Gin!

 A menina vibrava, e assim que Harry a colocou no chão correu até os pais para contar a novidade.

O Sr Weasley sorria, animado, já sonhando com a filha jogando na próxima copa mundial de Quadribol.

— Vai com calma Arthur- Molly fingia o repreender, enquanto abraçava a caçula. 

— Que maravilha minha filha!! Já tem um emprego antes mesmo de terminar a escola. 

— Calma mãe, se eu passar…

— Menina, eu quase infartei há algum tempo quando li que você fez um gol em pé na vassoura. Mas por mais brava que tenha ficado não posso deixar de reconhecer que tem talento, meu amor! Você vai passar nesse teste com tranquilidade. Mas me prometa que não vai deixar de estudar para suas provas por causa disso- Molly acrescentou, séria, com um vinco se formando na testa.  

— Pode deixar, mamãe. Nem se quisesse fazer isso conseguiria sob os olhos atentos de Hermione. 

As duas mulheres riram. 

 

O domingo chegou, e era hora de voltar à escola, desta vez pra terminar o ano letivo. O doce feriado chegava ao fim. Estavam todos na estação, em Londres. Em breve as meninas atravessariam a barreira pra chegar à plataforma 9 ¾.  

Gina não teve pesadelos a noite, feliz pelo convite do teste de quadribol. 

Hermione, um tanto emocionada, abraçou a mãe, fazendo carinho em sua barriga. Ajoelhando-se, começou a falar com a nova Granger. 

— Hey, bebê, estou indo estudar, e quando eu voltar já vai estar bem maior, e aí vou ler pra você toda noite pra ir se acostumando com os contos mais incríveis dos trouxas e dos bruxos. Não demoro. Mais uns dois meses e estou aqui de novo. 

Gina e Molly assistiam a cena com lágrimas nos olhos. Os Granger eram puro sorriso. Para Louise, era um alívio que a filha tivesse aceitado bem a vinda da irmãzinha, sem se sentir culpada ou em dúvida do amor que sentiam por ela. 

Harry e Rony olhavam divertidos a empolgação de Mione pela criança que ainda nem tinha nascido. 

Levantando-se,  a menina olhou pro relógio. Estava na hora. 

— Gina, parece que precisamos ir- disse lutando pra conter as lágrimas teimosas. 

Molly viu Gina prender a respiração ao abraçá-la uma última vez, lutando pra não chorar. 

O trem sairia em 3 minutos. Não havia mais tempo pra conversas. 

Despediram-se de todos, pegaram as bagagens e se foram, sabendo que quando voltassem pra casa estariam viajando no expresso pela última vez. 

 


Notas Finais


Aí está pessoal.
Esse foi um capítulo delicioso.
Então é isso, tem uma menininha pra nascer.
Vai ser divertido de ver a relação de Hermione com essa pequena vida.
E Gina, depois de todo sofrimento que passou, agora recebeu essa notícia maravilhosa. É a vida, que morde depois assopra. Harry, com todo esse apoio que dá a ela, certamente vai ajudar a pobre a se recuperar totalmente.
Os próximos caps agora vão focar nas nossas noivas e suas lutas diárias em Hogwarts, afinal, além dos Niems chegando tem um casamento pra ser planejado. .
E aí, gostando da história?
Sintam-se à vontade pra sugerir personagens, criticar, e claro, elogiar.
Até qualquer dia.


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