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História New Horizon- Hinny e Romione - Todos comemoram...


Escrita por: Dralrs

Notas do Autor


Boa noite leitores!
Quase boa madrugada na verdade. Mas a tia Luma acabou de escrever esse cap e quis vir aqui logo, postar pra vocês.
O cap de hoje é um ' morde e assopra', assim como a vida. Não falarei mais nada.
Boa leitura! ( e desculpa a hora, sei que só vão ver amanhã...)

Capítulo 37 - Todos comemoram...


NH cap 37- 

Alguns dias antes...

Holmes aparatou animado no Ministério aquela manhã. 

— O Ministro me aguarda- disse à subsecretaria Júnior com ar de importância. A jovem assentiu e em minutos Kingsley mandou que entrasse. 

— Bom, Ministro, aqui estou. 

— Sente-se Holmes. 

Kingsley se sentou na poltrona ametista, indicando que o ex-colega fizesse o mesmo na poltrona defronte. 

— Tudo certo na fronteira? 

— Sim, Sr. Não se preocupe. Burns está de olho em tudo. Creio que não vamos demorar a descobrir o paradeiro dos Selwyn. 

— Fico satisfeito em saber disso.- o ministro disse, o queixo apoiado nas mãos justapostas. 

Alguns segundos de silêncio se seguiram, e o ministro decidiu que era hora de ir direto ao assunto. 

— Você deve estar curioso se perguntando por que o chamei, por que o tirar de uma importante missão com Burns… 

— Sim, Senhor. Mas não cheguei a nenhuma pista, então apenas aguardo que me diga pra onde vou. 

— Eu te perguntei se estaria disposto a defender o mundo bruxo.

Holmes fez que sim. 

— Minha resposta não mudou. 

— Então se prepare pra chefiar os aurores de Azkaban.

Holmes sorriu surpreso, o ministro o acompanhou. 

Os dois não teriam dado risada se soubessem que ali, bem na sala do Ministro, se encontrava um animago. 

McBurn estava a semanas infiltrado na sala do Ministro. 

— Hey, vem cá amiguinho- Kingsley chamou o cãozinho chocolate manco, que acreditava ser apenas um animal perdido, que o ministro vira há algumas semanas no segundo andar. Kingsley "adotara" o animal, e para desgosto de McBurn, o chamava de Rox. 

Holmes sorriu. 

McBurn cumpriu seu papel e foi até o dono, deixando o ministro  coçar suas orelhinhas fofas. Mas o sacrifício valera a pena. Estava há alguns centímetros do homem que devia dominar com a Imperius. 

Então, quando o ministro saiu levando consigo o seu alvo, o cãozinho era novamente Mc Burn, que se desiludiu e aparatou pro saguão do Ministério da Magia, bem a tempo de ver Holmes se dirigir a uma das lareiras. 

O que aconteceu a seguir foi o momento mais assustador da vida de Holmes. O homem não entendia porque sentia, durante a aparatação, uma mão agarrando seu ombro. Talvez estivesse imaginando coisas… 

Mas quando a habitual compressão no peito se desfez, e Holmes abriu a porta pra entrar em casa… 

— Olá, Holmes- McBurn, já tendo desfeito o feitiço da desilusão, estava bem atrás do alvo, chamando-o com voz de desprezo. 

O auror se virou assustado, a varinha já em punho. 

— Quem raios é você? 

— Não importa. O que importa é que você vai se curvar às vontades da sua nova mestre em breve. 

Holmes gargalhou. 

— Boa sorte com isso. Estupefaça!

O feitiço bateu num lixeira a milímetros do braço de McBurn e a mandou longe. 

— Desgraçado, acha que pode contra mim?!— CRUCIO!- McBurn berrou. 

Holmes pulou pra dentro de casa para escapar, conseguindo por pouco, mas não foi rápido o suficiente pra trancar a porta, e McBurn entrou também. 

Os dois homens foram duelando dentro de casa, destruindo vasos, quadros, fazendo furos no sofá… 

Parecia impossível que os trouxas vizinhos de Holmes ainda não tivessem chamado a polícia trouxa. 

— Impedimenta!- Holmes tentou atacar o outro homem com o feitiço, imediatamente levando o 'troco' de McBurn. 

— Estupefaça!- o tergeano berrou, fazendo que uma estante caísse por cima do auror, que ignorando a dor lancinante causadas pelos livros que caíram na sua cabeça, saiu rolando até atrás do sofá para se recuperar mas… 

— Incarcerous!- McBurn lançou e com os reflexos já abalados, o auror não conseguiu se desviar a tempo do feitiço, cordas saindo da varinha do bruxo das Trevas e prendendo o outro firmemente. 

— Aaaahhh desgraçado!- Holmes berrava, tentando se soltar. 

McBurn apenas deu uma enorme gargalhada antes de apontar a varinha pro peito do outro e dizer: 

— Imperius! 

O raio tocou o auror, que sentiu uma onda de força invadi-lo, estupidificando seu cérebro, que agora sentia pesado. 

" Mas o que estou fazendo ajoelhado…" 

Tentou se levantar, mas a vontade de McBurn era que ele ficasse ajoelhado, então ele teve que ficar ajoelhado. 

Holmes tentava com todas as forças se levantar, resistir à maldição...

— Estique o pescoço. 

Inevitavelmente, após alguma resistência, fez o que foi pedido. 

Uma labareda surgiu da varinha de McBurn e tatuou no pescoço do auror a marca dos tergeanos. Na parte posterior do pescoço, o símbolo seria coberto pelo uniforme de auror, que contava com jaqueta de gola alta. 

— Agora, vamos nos juntar à nossa nova mestre.

— Sim, Sr.- Holmes olhava com os olhos desfocados, e andava como uma marionete, com cara de quem mval era capaz de pensar ou dizer quem era. 

Minutos mais tarde, aparataram na caverna de Rosier. 

— Mestre, aqui estamos!

Rosier se aproximou com um sorriso triunfante avaliando Holmes. 

— Valeu a pena a espera, Mestre. Valeu muito a pena. 

— Excelente!

— Pronto pra jurar sua lealdade ao futuro regime, Sr Holmes? 

—Pronto- a maldição Imperius respondeu por ele, não tendo real consciência de onde estava ou do que fazia. Os olhos pareciam contemplar o nada. 

— Muito bem. Pode fazer, McBurn! 

A ruiva deu as mãos a Holmes, enquanto o auror jurava o que não poderia e línguas de fogo saiam da varinha pra se entrelaçarem acima das mãos deles. 

— Sente-se e me escute com atenção!- Rosier apontou uma cadeira pra Holmes, que se sentou mecanicamente. 

—Precisamos que você facilite a comunicação com meus seguidores. O presídio, você sabe melhor que nós tem todo tipo de feitiço anti-aparatação. Então nossa esperança são as visitas das famílias de detentos, e a sua conversa com eles. Precisa convencê-los a fugir de volta pra cá. 

— Quer que eu lidere uma fuga maciça de Azkaban enquanto finjo que estou liderando os aurores. Entendido, Mestre. Algo que deva entregar pra alguém no momento em que assumir o comando?

— Não. Mas quero boletins semanais sobre a movimentação de visitas em Azkaban, detalhes sobre segurança, qualquer coisa que seja útil pra nossa rebelião. 

— Entendi, mestre. Posso voltar pra casa agora? Minha posse é em alguns dias… 

— Vá. Te vejo de novo depois que tiver assumido seu posto. 

O Sr Holmes obedientemente se curvou em reverência, e saiu da caverna e aparatou pra casa, enquanto a ruiva conversava com McBurn:

— Excelente trabalho, McBurn. Agora só temos que manter alguém por perto, para reforçar as ordens caso ele comece a resistir à maldição, mas você parece ter lançado com força suficiente… 

O homem assentiu e após alguns minutos de reflexão para ambos, perguntou: 

—Quais os próximos passos, mestre? 

—Bem, já que o careca foi idiota suficiente pra te adotar… continua lá como 'Rox'- a ruiva desdenhou do nome, rindo ao ver a expressão daquele que era seu braço direito, no momento entortando uma colher para evitar dar um soco na mesa. 

—É sério, vá e se torne o melhor amigo do Ministro. E fique atento a quaisquer conversas que o otário tenha a respeito de Azkaban ou da fortaleza dos trouxas. E claro, descubra os próximos passos dos jovens encrenqueiros. Não vejo a hora de acabar com a raça do mestiço nojento e do ruivo puxa saco de sangues ruins. 

— Sim, Mestre- McBurn se curvou em reverência e se foi, deixando uma Rosier extremamente satisfeita pra trás, acariciando sua gata e pensando no prazer que teria de matar os responsáveis pela queda do seu Senhor. 

 

1 de Dezembro de 1999-

Ministério da Magia- Londres

— Sra Weasley, entre por gentileza.

— Obrigada, Ministro- Hermione entrou, meio sem jeito, na sala de Kingsley, que convocou ela, e apenas ela, pra uma reunião, deixando-a aflita. 

Teria feito alguma coisa errada? 

Mione se sentou no local indicado pelo Ministro, e cruzou as pernas pra esconder sua apreensão e tomar um ar de superioridade como o que costumava ter na infância. 

— Pois bem, como posso ajudá-lo, Ministro. 

— Sabe, Sra Weasley, você vem chamando muita atenção aqui dentro do ministério desde que aprovou, com méritos indiscutíveis, aquela lei do porte de varinhas pra duendes. 

Hermione corou furiosamente. Era verdade. 

Havia dado uma entrevista para o profeta diário, recebeu cartas de duendes a agradecendo e até recebeu um convite para chefiar o Gringotes, que ela educadamente recusou. 

Nesse momento, se interessando pela conversa, Mc Burn se aproximou. 

— Hey, garoto.- Kingsley pegou o 'cãozinho' no colo. Fingindo não notar o ar tenso de Hermione, o ministro continuou. 

— Naquele dia, ao sairmos do julgamento, você disse que os duendes seriam apenas os primeiros a fazer as pazes conosco. 

O cachorrinho apurou os ouvidos, McBurn sentindo que não gostaria do que viria a seguir. 

Hermione assentiu, agora púrpura. 

— Gostaria que me explicasse, com todas as letras, o que quis dizer com isso, embora eu ache que saiba o que significa. 

Na verdade, Hermione não sabia mas estava há alguns minutos de ser promovida. Mas antes o Ministro queria que ela confirmasse pra ele suas intenções. Afinal, estava prestes a dar a uma jovem um cargo de alta responsabilidade dentro do ministério. 

— Bem Ministro, há na história bruxa algumas lacunas, alguns problemas que deixaram de ser resolvidos. A relação entre duendes e bruxos sempre foi reconhecidamente ruim, mas não é a única. E não precisamos de outra ameaça de greve ou de revolta pra começarmos a pensar em resolver isso, pois pode já ser tarde demais… Elfos e Lobisomens, nitidamente racionais(ao menos a maior parte do tempo no caso dos lobisomens)  e com magia própria, continuam a ser considerados como criaturas e híbridos, respectivamente. O mesmo se aplicaria a centauros. São seres vivos que formam uma espécie de sociedade, organizada e com capacidade mágica própria. Em outras palavras, não os enxergo como criaturas ou híbridos, mas sim como seres. E gostaria, se o Sr me permitisse, de lutar por cada uma dessas raças, e pelo direito de incluí-los na divisão de Seres, propondo, claro, um novo conceito para o que chamamos Seres. 

O ministro da magia, por mais que estivesse imaginando que seria mais ou menos isso que Hermione iria dizer, não pôde deixar de se surpreender mais uma vez com a perspicácia e inteligência de Hermione, olhando estupefato para ela. 

— Esse olhar quer dizer que fui longe demais e estou encrencada? 

— Quer dizer que foi promovida.

Hermione deixou cair as pastas que trazia no braço. McBurn soltou um latido, chocado com a informação tanto quanto a jovem. 

Kingsley riu da cara de espanto da morena. 

— O Sr Crick pediu aposentadoria ontem. O que quer dizer que a partir da semana que vem você será chefe da divisão de Seres. Se aceitar claro. 

" Esse careca endoidou de vez! Empestear a divisão dos seres com a sangue ruim cheia de ideias erradas sobre seres!"- McBurn pensava. 

Mione sentia os olhos marejados e a garganta apertando, mas engoliu em seco e continuou a olhar para o ministro, que parecia divertido com o espanto dela. 

— Sra Weasley… 

— Desculpe, eu… aceito claro. É uma grande responsabilidade, mas prometo não decepcionar o senhor.- falou muito depressa, antes que o ministro mudasse de idéia ou encarasse seu silêncio como um não. 

O homem não pôde deixar de rir do nervosismo da garota. 

— E como chefe da divisão de Seres, evidentemente que terá total liberdade pra preparar a defesa de suas teorias, suas ideias. Terá carta branca pra mudar o conceito de Seres, contanto que consiga convencer os juristas disso. Eu sou apenas um dos cinquenta votos do conselho. Terá de trabalhar pelos outros 49… 

Mione engoliu em seco. 

— Ministro, se o Sr me permite perguntar, meu chefe não vai ficar muito bravo de eu não ser mais a assistente dele?

Kingsley deu uma riu bondosamente. 

— Não se preocupe, Sra Weasley, ele já sabe. E apoiou a sua nomeação, inclusive. 

Mione sorriu, muito corada, e apontou a varinha para as pastas que havia deixado cair, fazendo-as se empilharem de novo nos seus braços. 

— Agradeço a oportunidade, Ministro. Bem, é só isso? 

— Sim, pode ir. Na semana que vem conversamos sobre o novo contrato. 

Mc Burn se desvencilhou de Kingsley e correu ao seu 'cantinho' da sala que o ministro reservara a ele, pensativo sobre como faria pra avisar a Rosier a terrível notícia.

Hermione assentiu, agradeceu novamente  e saiu trêmula até a sala do seu, agora, ex-chefe. 

Após receber os parabéns do homem, se sentou timidamente na sua mesa, e pegando um rolo de pergaminho em sua bolsa, escreveu um recado pra Ronald, nesse momento provavelmente ocupado com a investigação que liderava com Harry. 

Ronald,

Precisamos conversar. 

Vou mais cedo pra casa hoje, tô com uma dor de cabeça horrível, mas não se preocupe comigo. Vou apenas dormir um pouco, já que não consegui fazer isso essa noite. Mas estarei acordada quando você chegar. O assunto não pode esperar. 

Te aguardo meu amor. 

Mione deu um toque de varinha, lacrando o pergaminho e pediu pra entregarem ao marido. 

Pegou a bolsa e foi dar a notícia aos pais. Eles ficariam felizes com a conquista, assim como seu ruivo... 

Hermione saiu rindo do ministério. Embora fosse verdade que estava com dor de cabeça e que não vinha dormindo bem à noite, preocupada, não havia a menor chance de ela dormir aquela hora. 

Sabia que era maldade deixar Ron apreensivo, e que ele não poderia ir pra casa mais cedo porque tinha uma reunião importante à tarde, mas realmente queria fazer uma surpresa para ele, comemorar, do jeito que mais gostavam, mais essa conquista. E sabia que um pouco de suspense não faria mal…A mãe saberia ajudar Hermione a fazer pro marido um jantar inesquecível. 

Mione saiu do ministério pela entrada dos visitantes, atraindo olhares curiosos dos trouxas ao verem que alguém tinha tentado usar um telefone público que há décadas não funcionava. 

Como estava no mundo trouxa, Mione tomou o metrô com o pouco dinheiro trouxa que sempre mantinha para emergências e seguiu para a clínica dos pais.

Ia contar a novidade ao pai primeiro, depois iria pra casa deles, conversar com a mãe e a irmãzinha.

Chegou na clínica. A sala de espera estava vazia, mas sabia que o pai estava atendendo pelo som de broca girando a alta velocidade. Foi até à auror, secretária da clínica.

— Bom dia, Sra Weasley. Gostaria que eu avisasse seu pai que você o aguarda? 

— Na verdade não, Parkins, apenas diga a ele que tem uma paciente desesperada pra ser atendida, que não marcou horário.- disse rindo. A outra jovem assentiu, sorrindo também.

Não passou mais que 15 minutos ouviu o pai dizer à paciente que estava liberada pra ir, e Parkins entrar pra avisar a ele da 'paciente' que o aguardava. 

Mione não segurou o riso ao ouvir o pai reclamar que estava morto de fome, mas que atenderia mais uma antes do almoço.

— Pode mandar entrar, srta Parkins. Só vou avisar minha mulher que vou atrasar pro almoço.

Mione entrou e se sentou na cadeira do consultório do pai, enquanto ele falava rapidamente com a esposa no cômodo ao lado. 

Distraído, o homem desligou o telefone e entrou na sala, dando bom dia, e apenas ao se aproximar da paciente viu quem era. 

— Filha!

O Sr Granger abraçou a filha, saudoso. 

—Meu amor, que surpresa! Parkins me disse que tinha uma mulher com dor de dente lá fora. Mas não está realmente precisando dos meus serviços não é?- perguntou, beijando a testa da filha. 

— Não pai. Só vim fazer uma surpresa pra você e mamãe. Tenho uma notícia ótima pra vocês. 

— Então vamos pra casa. Sua mãe está me esperando. Vou avisar a ela que você está indo também. 

— Não ouse! É surpresa. 

O homem riu. 

—Ela vai ficar danada da vida comigo…

— Vai nada.- Mione disse, piscando. 

Sorridentes, os dois saíram pro almoço. 

— Estava doida pra ver vocês e a Maitê de novo. Como ela está? 

— Fazendo bagunça no cercadinho, arremessando brinquedos longe, mamando incansavelmente, dormindo de dia e nos mantendo acordados à noite. E cada dia nos deixando mais apaixonados por ela- o homem suspirou, rindo enquanto dirigia. 

Mione também sorria, feliz por saber que apesar da loucura que havia sido esse último ano, eles estavam bem, em segurança, e curtindo a caçulinha. 

Hermione desceu do carro e seu pai entrou em casa à frente dela, indicando que não fizesse barulho. 

— Querida, cheguei.

— Pode lavar a mão e sentar Roger, to acabando de trocar a Maitê!- gritou do fundo da casa. 

Mione e o pai seguraram o riso e se sentaram na mesa.

— Pronto, né boneca!- Louise brincava com a pequena, no momento com um macacão rosa bebê com pompons nas mangas, entrando distraída na cozinha. Até que levantou o olhar e viu Hermione sorrindo, emocionada. 

— Filha!- a mulher levou susto com a presença de Hermione ali, sem avisar, mas abriu um sorriso enorme, e entregando Maitê pro pai, correu a abraçar a filha mais velha. 

— Meu amor, que saudade! Nem conversamos direito no Halloween… depois você não marcou dia de vir aqui... estamos preocupados com a Sra, né Roger? 

O marido assentiu. 

— Desculpe, mãe, vou tentar vir mais vezes. Tô trabalhando muito. 

— E onde está Ronald?

— No trabalho. Vou fazer uma surpresa pra ele mais tarde. Inventei que estava com dor de cabeça e ia pra casa dormir, mas que não se preocupasse. Na verdade, quero apenas fazer algo especial pra ele, pra comemorarmos juntos uma notícia que eu vim dar pra vocês. 

Pegando a irmã no colo, Mione ficou calada alguns segundos. 

— Diga, Hermione. Que aconteceu?- Sr Granger insistiu. 

— Eu fui promovida. Vou chefiar a divisão de Seres do departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. 

Os pais de Hermione abriram um enorme sorriso e correram a abraçar a filha, emocionados. 

— Ah, minha querida. Tão bom te ver fazendo sucesso no trabalho, no casamento… 

— Sim, mãe, tô realmente muito feliz. Ronald me apoia em tudo que quero tentar fazer. Quando defendi a lei dos Duendes, ele ficou dias aturando meu mal humor calado, sempre dizia uma palavra de apoio quando tava com medo, ficou lá no tribunal, me apoiando com o olhar, me faz massagens quando tô com dor…

Nesse momento Roger saiu da sala irritado, e Mione e a mãe não puderam deixar de rir. 

— Seu pai ainda tem ciúmes… 

— Percebi! 

As duas deram gostosas gargalhadas. 

—Mãe, então. Sobre a surpresa que gostaria de fazer a Ronald. Preciso que me dê algumas dicas pra um jantar romântico. 

Louise olhou maliciosamente para Hermione, sorrindo e se lembrando do início da vida de casada, do seu empenho em agradar Roger, da paixão que os consumia como fogo…

—Bem, filha, vamos começar com o prato principal. O que ele gosta? 

Rapidamente, a Sra Granger foi ajudando Hermione a organizar um jantar perfeito, desde comida, escolha da louça até a decoração que a jovem devia usar.  

Almoçaram, e quando o Sr Granger foi embora pro consultório, a Sra Granger continuou a ajudar Hermione, cozinhando pra filha o prato que Ron mais gostava. 

Por volta de 16h, Mione foi embora da casa da mãe, levando na bolsinha magicamente ampliada a comida e algumas velas que a mãe lhe emprestara. 

— Obrigada por tudo, mãe!

— Não precisa me agradecer. Precisa vir me ver mais vezes… 

Mione abraçou a mulher mais uma vez, emocionada, e assim que a mãe virou as costas, ela aparatou. 

— Vamos lá, Hermione Granger, o mais difícil sua mãe já fez que era cozinhar, você consegue… 

Hermione organizou uma mesa pro jantar a dois. Colocou as velas, dispôs a louça, com o cuidado de deixar um à frente do outro, arranjou umas flores pra encher o vaso no centro da longa mesa de jantar, e colocou o empadão que Ron tanto gostava no forno pra finalizar o preparo enquanto tomava banho. 

Mione colocou apenas seu Hobbie sob a roupa íntima, para Ron achar que ela tinha realmente dormido. 

Cinco minutos pras 18h. Ron chegaria em breve. Tirou o prato do forno, o cheiro delicioso enchendo o ambiente. Desligou a luz da cozinha e se sentou na sala, de frente pra lareira onde Ron certamente surgiria, derrubando cinzas no seu tapete. Mas hoje ela não se importava com isso. 

Às 18 em ponto, um Ron aflito passava pela lareira e já subia direto pro quarto quando a luz se acendeu e ouviu Mione o chamar. 

— Boa noite, Ronald. 

Ron ergueu o rosto e correu até a esposa, abraçando-a assustado. Se afastou um momento, pairando os braços sobre os ombros dela, e perguntando:

— Pelas calças de Merlin, Hermione, o que houve?

— Calma, não precisa ficar preocupado. Eu tô bem… 

Ron passou a mão pelos cabelos ruivos, os olhos fechados, visivelmente um pouco mais aliviado. 

Mione selou seus lábios aos dele e explicou que na verdade tinha uma surpresa pra ele. 

— Surpresa? 

— Sim. Uma notícia muito boa, e que de tão boa decidi fazer um jantar especial pra nós em comemoração. 

Ron fechou os olhos, somente agora sentindo o cheiro vindo da cozinha e percebendo o quão faminto estava. 

— Tô morto de fome. E de curiosidade também. Diz logo, Hermione!

Mione deu aquele sorriso travesso que Ron amava. 

— Fui promovida, amor. 

A boca do ruivo caiu aberta de espanto.

— Que fantástico, meu amor!- Ron disse pegando Hermione do chão e a erguendo e rodopiando em seu colo. Colocou ela de volta ao chão e a beijou apaixonadamente. 

— Você mereceu. Depois daquela votação… 

Mione corou com a lembrança de seu grande feito. Se aproximou ainda mais de Ronald, passando seus dedos sob a barba ruiva dele, enquanto sua outra mão repousava no ombro. 

— Não teria conseguido sem você lá, pra me dar olhares encorajadores, pra me tolerar aqui em casa, quando estava nervosa… 

Ron interrompeu o discurso da amada com um selinho. 

— Fiz apenas minha obrigação como marido, que é de estar sempre junto de você. 

Mione abriu seu melhor sorriso. 

— Cumpre muito bem sua obrigação, então. Agora vem, tem um jantar nos esperando. 

A jovem deu as mãos a Ron e se dirigiram à cozinha. Quando ele acendeu a luz, ficou surpreso com a decoração. 

Hermione apontou a varinha pras velas, que se acenderam num instante. 

Ron então puxou a cadeira pra Hermione, e se sentou, um olhando pro outro com ternura, suas mãos se tocando por cima da mesa e provocando um arrepio em ambos. 

— Eu te amo tão profundamente Ron… 

—Hermione, o que eu sinto por você acho que ultrapassa o amor.

Os dois ficaram se encarando, apaixonados, até que um ronco forte vindo da barriga de Ron os fez se lembrarem que deviam estar comendo em vez de se devorarem com o olhar. 

Por algum tempo, tudo que fizeram foi comer o empadão, que Ron achou sublime, enquanto Hermione contava com detalhes a conversa com Kingsley de manhã, e a ida na casa dos pais. 

Satisfeito, Ron beijou as mãos de Hermione. 

— Obrigado, Sra Weasley. Estava realmente delicioso. 

Mione se levantou então e sentou no colo do marido, e se beijaram lentamente.

Mione se soltou dos braços dele, vermelha e sem fôlego.

— Quente, né?

Pegou duas cervejas amanteigadas, e abriu, tomando um longo gole, e entregou uma a ele, mas o ruivo não bebeu.  Ao contrário, sorria, e quando Hermione provocativamente passou a língua nos lábios pra limpar o 'bigode' deixado pela cerveja, tirou a bebida de sua mão e a puxou pra mais um beijo, dessa vez mais intenso, os dois se entregando ao fogo que os consumia. 

— Sou o homem mais sortudo do mundo- Ron dizia pausadamente, espalhando beijos pelo pescoço de Hermione, enterrando o nariz nos volumosos cabelos da esposa, que apenas dizia palavras incompreensíveis, a onda de excitação a invadindo. 

— A sortuda sou eu, por ter um homem que me apoia em tudo que faço- ela disse depois de um tempo, seus braços agarrando firmemente os cotovelos do ruivo. 

Os dois se olharam, ambos com as pupilas dilatadas de desejo. 

— Vamos subir ou vou tirar sua roupa aqui mesmo! 

E Rony subiu as escadas com Hermione jogada aos ombros, rindo e pedindo que a colocasse no chão. 

O ruivo a colocou no chão, beijando-a cada vez mais vorazmente,aproximando os corpos. Hermione sentia a ereção crescente de Ron, contribuindo para excitá-la ainda mais. Sentia seus músculos pulsarem no fundo do abdome, e Ron sentia os bicos dos seios da mulher se empinando simplesmente com o toque dos corpos. Ele  passou então a língua pela orelha de Hermione, quase a enlouquecendo, uma de suas mãos viajando para a cintura da morena e procurando a faixa do roupão, mas foi impedido por ela. 

— Eu tiro sua roupa primeiro hoje!- Hermione disse empurrando o homem até que caísse sentado na cama. 

Ron sorriu, abobalhado, quando Hermione arrancou e mandou pra longe sapatos, meias e casaco de auror. 

Passou então o nariz por todo o rosto do ruivo, fazendo-o se contorcer, o volume na braguilha da calça cada vez maior.

Desabotoou botão por botão da camisa que era usada abaixo do paletó, dando chupões de leve no marido e beijando toda a extensão do seu peito e abdome, agora nus. 

Hermione fez que Ron se deitasse na cama, de barriga pra cima, e se deitando acima dele veio novamente o beijando da testa ao abdome, sem pressa, brincando com sua língua e o beijando enquanto puxava os raros pelos ruivos que iam do umbigo ao cós da calça, ele quase não conseguindo se conter quando Hermione roçava propositalmente seu baixo ventre na virilha do marido. 

— Você vai me enlouquecer!- Ron resmungava sentindo a ereção pulsante implorando pra ser libertada.

Mione desceu da cama e pediu que ele se sentasse. 

A morena abriu então o zíper do uniforme e desceu a calças pelas pernas brancas dele, beijando o trajeto, sorrindo com o volume sob a cueca. 

Maldosamente, antes de descer de vez a cueca, a jovem se agachou, pôs a mão dentro e começou a massagear os testículos dele, satisfeita com os gemidos que Ron deixava escapar, enquanto as mãos do ruivo percorriam suas coxas. 

Deixando-o ainda de cueca, Mione enfim soltou a faixa do roupão, deixando a peça lhe cair dos ombros, revelando uma belíssima lingerie vermelha. 

Sem perder mais um segundo sequer, Ron a puxou pra seu colo, a beijando vorazmente enquanto abria com uma só mão o sutiã. 

Mione, ofegante, apenas o olhava com luxúria. 

Após se livrar do sutiã, Ron deitou Hermione na cama e se pôs acima dela, o nariz enterrado entre seus seios, enquanto seus habilidosos dedos davam atenção aos mamilos, muito endurecidos. Passou a língua pela barriga lisinha da esposa, deixando pequenos chupões aqui e ali. 

Passou o dedo levemente na linha que ia do umbigo à virilha, satisfeito ao constatar que Hermione empinava involuntariamente o quadril quando sua ereção a encostava. 

Ron tirou de uma só vez a calcinha encharcada da mulher, e habilidosamente brincava com o clitóris, rodopiando a sua língua e sentindo Hermione estremecer abaixo dele. 

Sabendo que ela estava perto, tirou sua cueca e a penetrou de uma só vez, arrancando da morena um gemido de surpresa e prazer, e começou a se mover, ela jogando suas pernas nas costas dele para se moverem juntos. Rapidamente se perderam num orgasmo violento, levando um tempo até que algum deles conseguisse falar alguma coisa. 

— Essa foi…- Hermione não conseguia dizer as palavras. 

— Sensacional- ele concluiu, ambos banhados em suor. 

Mione apenas pôde concordar, rindo ao Ron sussurar em seu ouvido:

— Pode fazer jantares surpresa mais vezes. 

— Farei. Foi a melhor comemoração de promoção do mundo. 

O ruivo concordou, levando a esposa pra um banho de banheira refrescante, após o qual tiveram uma noite tranquila de sono, ambos pensando no quanto se amavam e completavam.


 


Notas Finais


Aí está pra vocês!
De um lado, a alegria doentia de Rosier ao conseguir firmar bases dentro do ministério literalmente debaixo do nariz de Kingsley.
Do outro, a alegria de Hermione com a promoção e sua gratidão ao marido que a apoia incondicionalmente.
Espero que tenham gostado. Comentem pra fazer críticas, elogios, sugestões...
Tem muito mais emoções ainda por vir!
Até a próxima.


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