Gustavo encarava Siegfried. Matt e Betinho o rodeavam, esperando, até que veio o sinal.
O cavaleiro de Dragão avançou para o oponente. Seus amigos o acompanharam. O Guerreiro invencível viu-se cercado, sem grandes chances de se defender de todos os inimigos ao mesmo tempo.
- METEORO DE PÉGASO!!
- CÓLERA DO DRAGÃO!!
Siegfried tentou se esquivar dos dois golpes para atingir Matt, mas mordeu a isca do jeito que Gustavo queria.
- GOLPE FANTASMA DE FÊNIX!!
O Guerreiro Deus ficou paralisado. Pego de surpresa, ficou um alvo fácil para os cavaleiros de Pégaso e Dragão.
Betinho atingiu-o de todas as maneiras possíveis, mas não encontrou o ponto fraco de Siegfried. O Guerreiro se livrou da imobilização de Fênix, certo de que os cavaleiros haviam falhado, mas o golpe de Gustavo veio certeiro no coração dele.
- Não...! – exclamou o Guerreiro Deus, esticando o punho.
O golpe de Dragão conseguiu se atrasar aos de Pégaso. Siegfried estava ofegando. Porém, ao mesmo tempo em que havia sido atingido, conseguiu acertar o ponto fraco de Gustavo: também o coração, que o golpe “Cólera do Dragão” deixava desprotegido por um milésimo de segundo ao ser executado.
Os dois caíram ao mesmo tempo: Siegfried aos pés de Betinho, e Gustavo aos pés de seu primo.
- Gustavo!
Matt segurou-o, evitando que batesse no chão. Ele respirava com dificuldade.
- Não! Isabella, me ajude! – pediu ele, e ela se arrastou até onde eles estavam. Isabella pôs as mãos sobre o peito de Gustavo, e começou a fazer pressão sobre o peito dele, como uma médica tentando reanimar um paciente desacordado. As mãos dela começaram a brilhar, tentando aplicar seu poder de cura no garoto.
- Não sei se vou conseguir – disse ela, alarmada. – A habilidade de cura da armadura de Taça tem um tempo enorme de recarga. Não sei se consigo usá-la adequadamente agora, depois de ter usado quase toda a carga disponível em todos vocês agora há pouco na floresta e no palácio.
Entrementes, Betinho tentara pegar a safira de Odin, mas Siegfried, persistente, segurou-lhe o pé.
- Posso deixá-lo manco agora mesmo – murmurou ele. – Você não pegaria a safira de Odin.
- Mesmo que fizesse isso, você está morrendo – retrucou Betinho. – Meus amigos poderiam vir pegar a safira de qualquer jeito. O que está esperando, então?
- Por que está me enfrentando? – indagou Siegfried. – A Terra é assim tão importante para você?
- É o nosso lar. Onde tenho meus amigos. Só isso importa.
A mão de Siegfried amoleceu e largou o pé do cavaleiro. Hesitante, ele arrancou da armadura a safira brilhante, e estendeu-a para Betinho.
- Tome. Faça o que tem de fazer, Pégaso. Salve Asgard e o seu mundo.
Betinho de Pégaso apanhou a safira da mão de Siegfried. Quando as mãos deles se separaram, o Guerreiro Deus suspirou, e sua mão bateu no solo.
Enquanto isso, graças ao esforço de Bella, Gustavo conseguia respirar normalmente, mas ainda estava abatido, deitado entre ela e Matt. Rina e Thiago observavam o processo de pé.
- Que loucura! – exclamou Thiago ao ver a respiração do amigo se estabilizar. – Você não pensou que isso podia acontecer?
- Claro que pensei – afirmou Gustavo. – Senão, não teria feito. Mesmo com as consequências que aquilo pudesse ter...
- Seu idiota! – disse Matt. – Não podemos deixar o nome da nossa família sumir assim.
- Pessoal! – Betinho se juntou ao grupo. – As safiras de Odin. Conseguimos todas.
Ele mostrou a safira de Dubhe, e os outros mostraram as demais safiras. As pedrinhas brilharam juntas, e um cosmo forte emanava delas.
O altar de Asgard, próximo de Hilda, também emitiu um brilho intenso. Betinho reparou que havia sete espaços redondos no altar.
- Me deem as safiras – pediu. – Acho que sei o que fazer.
Seus amigos obedeceram, e ele foi com as sete safiras até o altar.
Mal ele havia chegado, outra energia cósmica cobriu o lugar, e se concentrou no corpo inerte de Siegfried. Este emitiu um brilho negro e se ergueu como um morto se levantando do túmulo. Sua armadura ficou completamente negra.
O cosmo de Hades envolveu o Guerreiro Deus, que se voltou para onde Betinho estava.
Ele se encolheu, apavorado, mas Siegfried foi segurado por trás por Matt. O Guerreiro Deus se irritou e o empurrou para afastá-lo, mas Thiago de Cisne veio em socorro do amigo e cercou o oponente com seu ar congelado.
Os três lutavam, e Betinho se concentrou no altar. Colocou as safiras na ordem em que os Guerreiros Deuses haviam aparecido: Thor, Fenrir, Hagen, Mime, Alberich, Shido e Siegfried – as estrelas da Ursa Menor...
As pedras brilharam com mais intensidade ao se juntarem ao altar, que ficou encoberto por uma luz branca ofuscante. O cavaleiro cobriu os olhos para não se cegar.
A luz cessou. Betinho olhou e viu que o altar havia sumido: em seu lugar havia uma armadura azul-prateada, com as safiras alinhadas no cinturão.
Um baque surdo atrás dele o fez se virar. Siegfried havia lançado Thiago e Matt ao chão, e voltava-se para o Pégaso.
Este olhou para Gustavo, estirado no chão, que sorriu.
- Agora é com você, Betinho. Use a armadura de Odin...!
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