História New Life - Capítulo 22

Uma explosão de sentimentos percorria em meu sangue. Nesse momento eu percebi quem o meu coração queria, ele queria Maxon! E eu também!

Nos separamos quando o ar faltou. Creio que estou sorrindo feito uma boba! Maxon tambem sorria, um sorriso lindo, que eu queria só para mim.

- Maxon...? - o chamei.

Seus olhos castanhos, penetrantes me encarava, causando uma ardência maravilhosa em mim. Acho que meu rosto deve estar pior que meu cabelo!

- Eu acho que...

- Eu também. Mas a diferença, é que eu tenho certeza - sorri.

Maxon pode ter ate a fixa criminal, mas eu não ligo, não ligo mais, se ele já matou alguém ou não! Eu o amava do mesmo jeito que ele é! E é isso, que o tornava tão especial para mim.

- Vamos, eu te levo - ele ia pegar a minha mão, mas eu recuei - O que foi?

- Tenho que trocar de roupa e pegar as minhas coisas - expliquei sem tirar o sorriso do rosto.

- Claro, vou estar te esperando aqui - assenti.

Adentrei na salinha, tranquei a porta e encostei contra a mesma. Eu sorria sem parar, minhas bochechas já estavam doendo, mas eu estou tao feliz que eu nem ligo mais!

- Não acredito - sussurrei a mim mesma - Eu-eu... Estou mesmo apaixonada!

Com esse pensamento, troquei de roupa - colocando a mesma de algumas horinhas atrás - Peguei a minha bolsa e abri a porta, revelando aquele homem de tirar o fôlego.

- Não vai levar os buquês? - ele perguntou, olhei pra trás e encarei aqueles buquês.

Por que eu fui ganhar tantos?

- Não, vou mandar mensagem para as meninas, dizendo que elas podem ficar com eles. Mas só vou levar este aqui - falei pegando o buquê de rosas brancas que meu irmão me deu.

- Tudo bem, vamos? - ele falou pegando a minha mão, que desta vez eu não recuei.

- Vamos.

Maxon me ajudou com as coisas. Mandei mensagem para a Lee dizendo para ela e as meninas pegarem os buquês. Saímos daquele prédio trocando alguns olhares e sorrisos e fomos ate o seu carro.
.

 O que é isso? - perguntei assim que ele abriu a porta do carona para mim.

- Gostou? - assenti - É seu!

Peguei aquele buquê enorme com rosas brancas atingidas de azul, sentei no banco, peguei as minhas coisas que estava com ele e fiquei observando Maxon dar a volta. De acordo que ele andava, dava para ver bem seus grandes músculos. Maxon vestia sua típica calça skinny preta, uma camisa social, que também é preta e seus coturno.

O caminho ia bem tranquilo, as ruas não estavam tão movimentadas, não tinha muito pedestres, então foi rapidinho o caminho ate em casa.

- Entregue!

- Obri... - fui interrompida pelo toque do meu celular.

Peguei a minha bolsa e comecei a vasculhar ela em busca do aparelho que tocava alto.

- Desconhecido... - murmurei baixo.

- Deixa no viva voz - Maxon disse e assenti.

- Alô? - disse pondo o aparelho no viva voz.

- Se o seu irmão não entregar o que eu quero, pode dizer adeus a sua vida! - falou uma voz masculina e desligou.

- Fecha a porta! - Maxon ordenou e eu obedeci.

Maxon esta tenso, seu humor de minutos atrás desapareceu. A ligação mexeu com ele. Mas agora eu estava em perigo? O que acabou de acontecer? O que, o meu irmão precisa entregar? Como o mundo gosta de por pontos de interrogações em minha mente...

- Maxon?

- Fala! - disse seco o que me magoou um pouco - Desculpa, pode falar.

- Esse homem, que acabou de me ameaçar, é um desses sulistas ou nortistas? - Maxon só assente - Aonde você esta me levando?

- Pra minha casa, estará mais segura lá.

Apoiei a minha cabeça no vidro do carro e fiquei observando o nada. Pela primeira vez, eu prestei a atenção no caminho. Maxon não mora na cidade, ele mora num lado bem isolado dos prédios, comércios, avenidas e tudo que envolve movimentação. Só havia arvores no caminho.

Depois de alguns minutos, chegamos em sua casa. Aquela casa estava um total silencio. Sem barulho, conversa, movimento, nada!

- Cadê a Jessica? - perguntei quando não a encontrei na cozinha.

- Férias - falou pegando duas canecas - Café ou chá?

- Chá.

Enquanto ele preparava o meu chá, fiquei fitando a tela do meu celular por um bom momento. Estava indo tudo bem, mas agora essa ligação mudou tudo! Guardei o aparelho na minha bolsa e fiquei vasculhando a mesma em busca de uma pastilha de menta. Mas em vez disso, achei a carta que meu pai escreveu.

Peguei aquele pedaço de papel e li ela outra vez. Eu sempre levo a carta comigo, ela me dá uma segurança, que eu não sei explicar. Também, sempre leio ela quando estou com saudades dele. Assim que fui dobrar aquele papel, algo nela brilhou! Mexi nela e brilhou outra vez. O que fazia a carta brilhar, era um desenho de uma estrela.

Estrela... De repente tudo veio a tona! Estrela do norte, Nortista e Estrela guia. Entao o papai era um desses nortistas? Então mais flashbacks, papai conhece um à sete anos! Maxon disse que ele foi uma boa pessoa... Não pode ser... Será possível? Nos mudamos só faz um mês e papai apenas morou só duas semanas em Nova York! Não é possível!

- No que tanto pensa? - a voz dele, que já esta calma me tirou de meus pensamentos.

- Vo-voce... Conheceu o meu pai? - gaguejei não acreditando em meus pensamentos.

- Sim, à sete anos.

- Por que? Por que não me contou antes?

- Não tive motivos para contar antes, toma.

Peguei a caneca com o chá de camomila e beberiquei um pouco.

- E por que tem agora?

- Porque eu estou me envolvendo outra vez com os Nortistas - parei de beber e voltei a minha atenção para ele - Desde que eu soube que seu pai voltou pra cá, voltei a envolver com eles. Mas agora eu quero saber, o por quê, dos Sulistas darem tanto em cima do seu irmão. Ele não querem apenas dinheiro, drogas, armamentos e jovens para se divertir. Eles querem algo a mais!

- E o que eles querem? - perguntei curiosa. Finalmente as minhas perguntas estão sendo respondidas!

- Não sei ainda!

- Humm - merda! Só porque eu estava obtendo resposta... - Como você conheceu o meu pai?

- Quando eu tinha dezenove anos, seu pai me ajudou a sair de um contêiner dos sulistas. Era o meu primeiro mês como corredor naquela época, e eu havia ganhado umas cinco vezes em seguida. Em uma racha, são apenas dois grupos os do Sulista e dos Nortistas, mas eu não era de nenhum ainda. Então numa noite, quando eu cheguei na linha de chagada dois homens vieram falar comigo, eles perguntaram se eu queria entrar para o Sulistas ou o Nortistas. Eu respondi que não, pois só estava correndo por diversão. Mas eu acho que o homem do lado dos Sulistas não gostou da minha resposta e me trancou naquela caixa retangular, quente do inferno. Lá eu fui torturado, chicoteado, fiquei sem comer por uns três dias.

- O que fez você querer entra para o mundo das rachas?

- Você já obteve informações de mais por hoje! Chega de falar de Sulista e Nortista, isso já fez a minha cabeça doer - falou rindo.

- Esta bem.

Subimos para o andar de cima, como eu estou sendo ameaçada, quais dormir no quarto dele. Maxon empregou uma troca de roupa, tomei um banho rápido, vesti a roupa dele, e sai do banheiro, encontrando um Maxon apenas de cueca box vermelha deitado naquela cama

- É melhor eu dormir em outro lugar - falou com um sorriso de lado.

- Porque?

- Você fica extremamente gostosa com a minha cueca box e minha regata - ele respondeu com a sua voz rouca e bem sexy por sinal

E você mais ainda com essa cueca - disse mentalmente.

- Seu pervertido! - falei me aninhando ao seu lado.

- O que? Não tenho culpa se você é realmente gostosa!

- Não tenho culpa se eu nasci com esse corpo! - respondi rindo.

- Seu pai, fez um bom trabalho! - riu e dei um tapa ardido em seu braço - Ardeu! Aliás parabéns pela apresentação.

- Obrigada, já achei que você não iria elogiar.

Então foi assim que eu adormeci. Maxon, ficou acariciando meus cabelos vermelhos ate eu cair no sono.

Não fiz esforço em ficar relembrando do ocorrido. Pois agora eu estava totalmente envolvida nesse assunto dos Sulistas.