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História New Life, New Love - Domingo de Revelações.


Escrita por: shamexangel

Notas do Autor


Olá... n_n
Aqui está mais um capítulo de 2NL, espero que gostem.
Bem, é isso... Boa leitura.

Capítulo 7 - Domingo de Revelações.


POV Kyu Hyun:

Os dias passaram devagar, mas finalmente é Domingo. Estou exausto! Cara, acho que nunca estudei tanto na minha vida! Foram seis dias, 66 horas de aula. Aprendi tanta coisa que suspeito que meu cérebro tenha dilatado.

Eu estava determinado a dormir até 12:00, mas um filho da puta – chamado Ryeo Wook – resolve me acordar às 7:00 – sete da manhã em pleno Domingo! É ou não é digno de uma porrada? – para “aproveitarmos o dia”.

— Vá procurar o que fazer! —eu digo, quando ele me chacoalha dizendo “Kyu Hyun, acorde! Já são sete horas.”. Ênfase para o “já são”. Porra! Sete da manhã! É cedo pra caralho!

— Mas já sei o que quero fazer. — ele diz. — Vamos tomar nosso café da manhã e curtir a área de lazer!

Ele já me disse algo sobre a área de lazer antes, mas eu não estou nem um pouco interessado nela agora.

— Me deixe dormir! — resmungo e viro para o lado, decidido a continuar dormindo. Ele murmura qualquer coisa que não dou ouvidos e, segundos depois, escuto a porta se fechando.

— Humph! — eu faço. Onde já se viu, no dia de folga, acordar só uma hora mais tarde? Para mim, o mínimo são três horas a mais! E ainda mais para quê? Comer e fazer sei lá que porra na área de lazer. Ah, vai se foder! A maldita área de lazer não pode esperar? Nem o desjejum? O horário do desjejum é de sete às oito, não tem razão para...! Sete às oito?!

Eu me sento num susto. Olho meu celular; 7:10. Cacete, só tenho quarenta minutos para me alimentar! Senão, só às 13:00, no almoço, que vou comer alguma coisa. Me apresso em trocar de roupa – primeiro, subo as escadas o suficiente para espiar lá em cima, me certificando que as camas estão vazias. Ótimo! Estou sozinho. Posso fazer o barulho que quiser.

Pego uma bermuda jeans e uma camisa vermelha com detalhes em preto, porque, como é nossa folga, não precisamos de uniforme. Já que o quarto está vazio, resolvo trocar de roupa do lado de fora, mesmo. Assim, poupo tempo. Idéia brilhante, não?

Obviamente, não. Porque no momento em que tiro as calças do pijama, depois de já estar sem camisa, escuto uma voz familiar vindo do andar de cima.

— Bom-dia, calouro. — Sung Min diz, risonho. Eu me assusto e agarro minhas roupas, me curvando e me cobrindo com elas.

— Su-Su-Sung Min! — eu digo, nervoso, me virando em sua direção. — Eu pensei q-q-que você tivesse saído!

Ele solta uma gargalhada gostosa enquanto desce as escadas. Reparo que ele está sem camisa e o corpo dele é... Bastante atraente.

— Eu estava no banheiro. — ele diz. Merda! É claro! Por que não pensei em checar o banheiro? — Já é a segunda vez que te vejo nesse estado. — ele comenta e já está no pé da escada. Aliás, ele caminha na minha direção. — Está tentando me seduzir?

Está claro no seu tom de voz que é uma brincadeira. Eu deveria me sentir ainda mais constrangido com o que ele acabou de dizer, ou então brincar também. Mas vejo na pergunta dele uma ótima chance para cutucar o sentimento estranho que tenho em relação ao Sung Min. Eu digo:

— Estou conseguindo? — E meu tom de voz é algo entre sério, nervoso e provocante.

Ele fica chocado com o que o que digo. Na verdade, até eu fico um pouco surpreso; estou provocando o Sung Min. Será que depois eu vou me arrepender?

Parece que ele decide entrar no meu joguinho de provocações, porque dá um passo a frente e me dirige um sorriso afetado.

— E se estiver? — ele questiona. É a minha vez de avançar um passo.

— Então eu simplesmente continuo o que estou fazendo. — respondo. Não tenho certeza do que espero que aconteça, mas estou ansioso para acabar com o espaço que nos separa. Quero saber no que isso vai dar.

Sung Min se aproxima um pouco mais. Estamos a pouco mais de meio metro de distância.

— Eu gosto do que está fazendo. — ele comenta. Eu rio interiormente; mais uma oportunidade.

— Gosta disso? — pergunto, segurando seu punho e puxando-o para perto. Uso meu corpo para empurrá-lo na minha cama. Ele é surpreendido – é claro – e agarra minha cintura num movimento assustado. Caímos juntos, e eu fico por cima.

Sua respiração está acelerada, por causa do susto, e isso me deixa satisfeito. Kyu Hyun: um. Sung Min: zero. Eu gosto desse placar.

Me apoio nas mãos para suavizar meu peso e não esmagá-lo, mas ainda assim nossos corpos se encostam e, por estarmos sem camisa, posso sentir sua pele quente contra a minha. Isso me causa sensações estranhas e eu me pergunto se estou mesmo só provocando.

Depois de um segundo, a surpresa de Sung Min passa e ele sorri com o canto dos lábios. O brilho em seus olhos é quase desafiador. Eu fico nervoso; que truque será que ele tem na manga? E então eu sinto suas mãos em minhas costas. Seu toque me deixa arrepiado.

Seus dedos percorrem minha espinha e suas unhas me arranham de leve. Eu estremeço e ele exibe um sorrisinho vitorioso. Um ponto para ele. Estamos empatados.

— Você gosta disso, Kyu Hyun? — ele pergunta depois de uma risadinha, me arranhando um pouco mais. Estremeço novamente, mas sorrio de canto. Ele acha que já me ganhou?

— Eu gosto. — digo, e por mais que eu tente me convencer de que estou apenas provocando sei que estou dizendo a verdade. Eu realmente gosto do que ele está fazendo. Mas não aproveito a sensação por muito tempo; parto para o ataque.

Aproximo os lábios de sua orelha e lambo seu lóbulo. Em resposta, ele solta um arquejo fraco e aperta minha cintura. Eu me amaldiçoo depois de ouvir um gemido abafado da minha parte. Continuamos empatados. Merda.

Mordo sua orelha de leve e agora é ele quem geme. Reproduzo sua risada e pergunto:

— Está gostando? — Ele ri e dirige uma das mãos à minha nuca, entrelaçando os dedos ao meu cabelo. Esse movimento parece quebrar um pouco o clima de jogo. Aliás, que porra de jogo é esse?

— Eu estou. — ele responde, e sinto seu hálito refrescante de canela esquentar meu pescoço. Mas o tom dele não é provocante.

Quando penso que o jogo terminou, sem saber direito como fica o placar, e me preparo para levantar, ele beija meu pescoço e para mim é como se entrássemos no segundo tempo. Ele ganha mais um ponto, porque o toque de seus lábios me faz derreter. Maldição! Ele está me ganhando no meu próprio jogo!

Pare de se iludir, Kyu Hyun, eu escuto meu inconsciente. Isso nunca foi um jogo.

Retribuo o beijo em seu pescoço, adicionando uma mordiscada. Ele geme baixo e aperta minha cintura. Cacete, Sung Min, eu penso. Pare com isso, porque eu gosto.

Esse pensamento me faz perceber que talvez não seja mesmo um jogo e eu recuo. Preciso parar antes que aconteça algo grave. Mas a mão de Sung Min em minha nuca não me deixa levantar.

— Kyu Hyun — ele chama. Eu olho dentro de seus olhos e, quando o faço, me pergunto se quero mesmo me afastar. — O que está acontecendo aqui?

Meu cérebro falha por um segundo, porque nossos rostos estão muito próximos – nossos narizes quase se tocam – então digo o que não deveria.

— Estamos trocando carícias. — respondo. Era para a resposta ser “Estamos jogando um jogo de provocações”. Só que já não estou tão certo de que é isso mesmo. Se eu queria provocar, deveria ter usado palavras. Mas, ao invés disso, eu quis levar para o físico. E, por favor, as carícias que trocamos são íntimas demais! São do tipo que eu só poderia fazer com garotas.

Cacete, e agora? Como eu deveria traduzir o fato de que o que eu fiz não teve nada a ver com um jogo?... Merda. Eu estou completamente confuso.

Sung Min sorri, parecendo satisfeito com a minha resposta.

— E o que vai acontecer agora? — ele pergunta. Seus olhos cintilam de tão risonhos e seus dedos passeiam por meus cabelos.

A pergunta dele me deixa nervoso; estamos tão perto um do outro! Poucas coisas poderiam “acontecer agora”.

— Ahn — eu tento bolar uma resposta, mas quando fico nervoso meu cérebro simplesmente me deixa na mão. — Acho que, ahn, nós... Quero dizer, eu...

— Shhh. — Ele me cala com o polegar. Então abre um sorriso. — Não era disso que eu estava falando. — E me puxa para baixo. E quando digo “para baixo” quero dizer “para um beijo”.

Eu me desespero; Sung Min está me beijando! Argh!

Tento me afastar, mas novamente a mão de Sung Min em minha nuca me impede. Ele me puxa com mais força, sem deixar de ser delicado. Seus lábios continuam selados nos meus; meu desespero só cresce.

Uso toda a força que tenho para levantar, mas não é suficiente. Sung Min me vence e eu continuo preso ao seu beijo. Maldição! Eu não sou gay, eu não sou gay, eu não sou gay... Afaste-se! Vamos, Kyu Hyun, afaste-se! É isso que você quer! Mas Sung Min ainda me mantém prisioneiro de seus lábios. Merda, Sung Min! Me largue!

A mão dele em minha nuca é firme, só que não a ponto de ser bruta. Eu não sinto nenhum tipo de dor. Como ele consegue me imobilizar desse jeito, só com uma mão na minha cintura e outra em meu pescoço?

Paro de fazer força, porque não estou chegando a lugar algum. Preciso pensar em um jeito de me desvencilhar dele... Mas como, se minha mente está completamente atrapalhada? Não consigo pensar outra coisa além de “Aaahhh!” e “Afasta! Afasta!”.

Sinto a língua dele encostar em meu lábio inferior e abro os olhos, apavorado – eu os estava mantendo fechados, apertados, para tentar me concentrar melhor. E, pelo susto, acabo arquejando silenciosamente e entreabrindo os lábios alguns centímetros.

É a pior coisa que eu poderia fazer, porque Sung Min entende tudo errado e acha que estou convidando-o a aprofundar o beijo. Sua língua penetra minha boca e começa a tocar minhas bochechas. No mesmo instante minha boca é invadida pelo gosto de canela.

Meus pensamentos se calam. Nem sei identificar o que sinto – pânico? Nojo? Repulsa? Terror? Ou talvez algo mais voltado para o susto? Acho que posso estar espantado. Chocado. Atônito. Mas, em meio ao pavor/choque de sentir sua língua no interior de minha boca e à urgência de me afastar, há um sentimento estranho que me faz reconsiderar todas as minhas verdades. É realmente abominável amar outro homem? É mesmo tão inadmissível querer o Sung Min como mais que um amigo? O que está acontecendo agora é verdadeiramente repulsivo? Ou eu simplesmente estive enganado todo esse tempo?...

A língua dele encontra a minha e começa a cutucá-la, como se a convidasse a se mexer. Minha mente está revirada, afogada em questões que não consigo responder; meus sentimentos estão confusos; minha cabeça está surtando. Mas deixo tudo de lado e aceito o convite de Sung Min: começo a mover minha língua com a sua.

E, assim que ignoro toda a minha confusão interior e decido abraçar a sensação boa de estar com o Sung Min dessa maneira, sinto suas mãos ao redor da minha cintura e pescoço se afrouxarem.

Ele não me imobiliza mais. Eu posso me afastar. Mas eu não quero.

Tarde demais, Sung Min, eu penso. Agora eu vou até o fim. E mergulho de cabeça em seu beijo. Meus lábios correspondem aos movimentos de Sung Min e em pouco tempo estamos em sincronia. Nossos lábios se encaixam perfeitamente. É como se fossem projetados para se completarem. E, enquanto brincamos de movimentar os lábios, nossas línguas guerreiam afetuosamente.

O gosto de seu beijo é viciante e me sinto insaciável; eu simplesmente não consigo ter o suficiente de seus lábios, de sua boca, de Sung Min. Eu quero muito mais do que isso... Quero me entregar a ele completamente, sem pensar duas vezes. Quero ser só dele e quero que ele seja só meu.

Estendemos nosso beijo até faltar ar em nossos pulmões e então recuamos, ofegantes, deixando nossas testas unidas. Uma de suas mãos está em minha nuca, o polegar acariciando minha bochecha, enquanto a outra repousa em minhas costas. Permaneço de olhos fechados, porque tenho medo do que vai acontecer quando tornar a abri-los. Tenho medo de como vou reagir quando realmente me der conta do que acabou de acontecer.

Ouço sua respiração voltando ao normal, e a minha normaliza um pouco depois.

— Kyu Hyun — ele chama, e ouvir meu nome me faz abrir os olhos. E, assim como temi que fosse, a ficha cai e perceber que acabei de beijar o Sung Min me faz me afastar bruscamente, horrorizado. Não, não, não! Eu beijei um homem! Merda, eu beijei um homem!... E o pior é que eu gostei.

Aparentemente, Sung Min também percebe a merda que fizemos e senta na cama num movimento tão brusco quanto o meu. Nos entreolhamos por um segundo e fazemos uma careta. Eu levo a mão à boca para limpá-la com as costas da mão e vejo que ele faz o mesmo.

— Sung Min, seu idiota! — eu digo, ofensivo. Fico irritado porque ele acabou de me fazer querer ser gay. — Por que você me beijou?!

Ele enrijece e rebate:

— Você retribuiu! — E soa como uma acusação.

— Eu não sou gay! — respondo, porque acho que foi isso que ele quis insinuar. Suas feições endurecem.

— Nem eu, seu estúpido! — ele retruca. Espere aí; dois caras que não são gays acabaram de se beijar? Como isso é possível? Por que nos beijamos tão intensamente se nenhum dos dois gosta de homens?

Essas questões me consomem de tal forma que não consigo evitar perguntar:

— Sung Min, se nenhum de nós é gay, por que nos beijamos? — Mas já não soo irritado. Minha raiva se foi tão rápido quanto veio. Aparentemente, o mesmo não aconteceu com o Sung Min.

— Eu não sei, Kyu Hyun! — ele responde, explosivo. De uma hora para outra, ele fica tão irritado que me pergunto se minha raiva não passou para ele.

Sung Min se põe de pé, agitado, e faz gestos bruscos enquanto diz:

— Não sei por que eu quis te beijar! Merda! Estou confuso.

Nem me diga! Nunca na minha vida eu estive tão confuso. Agora, olhando você, não sei se quero quebrar sua cara ou te beijar de novo.

— Preciso entender o que está acontecendo comigo. — ele diz. Sim, eu concordo que temos de colocar nossos sentimentos em ordem, mas não tenho idéia de como fazer isso. — Até lá, fique longe de mim.

As palavras dele me atingem como um soco na cara. Mas acho que um nariz quebrado doeria menos do que ouvir a pessoa que você mais gosta dizendo que não quer mais olhar para a sua cara. Eu costumava querer distância do Sung Min. Mas, agora, pensar em ficar longe dele é doloroso. E fico imensamente magoado ao escutar que ele quer que eu vá para o inferno.

E eu sei que estou colocando palavras na boca dele, mas não estou nem aí.

Antes que eu consiga perceber o que está acontecendo, escuto a porta se fechando e Sung Min se foi. Ele se foi, simplesmente assim. E me deixou para trás sem pensar duas vezes.

Lágrimas me vêm aos olhos, mas não sei dizer se são lágrimas de tristeza ou de raiva. Sentimentos estranhos se reviram em meu interior. Eu queria poder arrancá-los de dentro de mim, amassá-los e jogá-los no lixo.

Você é um idiota, Sung Min!, eu penso. Desbanca todos os meus valores, embaralha minha mente, vira meu mundo de cabeça para baixo e depois some!

Mas mais idiota sou eu, por que não adianta o que ele faça, eu não consigo odiá-lo por mais de alguns poucos instantes. Mesmo com tudo o que ele faz, todas as coisas estranhas que ele me faz sentir, eu simplesmente não consigo querê-lo longe. Não consigo querê-lo em qualquer outro lugar que não seja do meu lado.

Seco uma única lágrima que cai, me apronto, pego uma camisa extra e trato de ir atrás daquele babaca. Tem algumas coisinhas que preciso lhe dizer.

POV Sung Min:

Entro no elevador e aperto o botão do térreo – quero ir para o mais longe possível de Kyu Hyun. Tento secar as lágrimas que caem, mas elas não cessam, então desisto. Eu fiz papel de machão e tudo, mas a verdade é que estou tão triste e magoado que meu coração dói. Merda! Eu estou apaixonado por aquele idiota, mas ele não sente nada por mim.

Eu o beijei e, apesar dele ter retribuído, ele não gostou. Quando nos separamos, estava claro em seus olhos o desespero. A repulsa. Kyu Hyun limpou a boca com as costas da mão. Ele não faz idéia do quanto esse simples gesto me machucou – meu kingka limpoua boca do meu beijo!

Eu fiz o mesmo, mas não passou de uma atuação. Tudo o que eu fiz depois de nos separarmos foi meramente atuar. E tudo o que eu disse foram mentiras.

Eu sou, sim, homossexual. Beijei o Kyu Hyun porque o amo. Não estou nem um pouco confuso. Mas sei que Kyu Hyun não pensa o mesmo. Ele não é homossexual, e definitivamente não me ama. E nem morto eu iria me declarar a alguém que não fosse retribuir minhas palavras. Eu nunca me humilharia dessa forma; não importa o quanto eu ame o Kyu Hyun. Não vou desvalorizar meu orgulho desse jeito.

As portas do elevador se abrem e eu saio apressado, porque estou chorando e não quero que ninguém me veja. Sorte que é Domingo e 99% das pessoas estão na área de lazer. Me esgueiro pelos corredores, em busca da saída lateral que dá para o Prédio II. Mas quando a encontro e abro, a cena que vejo é bastante chocante: Eun Hyuk e Dong Hae se beijando, encostados à parede. Meu queixo cai; Eun Hyuk é gay?! Como assim?!

Fico tão pasmo que as lágrimas param de rolar. Fecho a porta depressa, não tão silenciosamente quanto poderia. A-cha! Eun Hyuk e Dong Hae estão juntos? Eu preciso saber dessa história direito.

Vou até a janela que permite ver onde eles estão e observo a cena. Como a janela está aberta, consigo escutar o que dizem. Mas até agora ele não disseram nada. Os barulhos se resumem a respirações ofegantes e alguns gemidos.

Dong Hae começa a beijar o pescoço de Eun Hyuk e me lembro do que aconteceu entre eu e o Kyu Hyun. Mas, como não quero ficar chorando pelos cantos e quero descobrir o que está havendo entre esses dois, reprimo minha memória e aprisiono meus sentimentos relacionados ao Kyu Hyun em algum canto no fundo da minha alma.

— Dong Hae — Hyuk ri maliciosamente. — Pare com isso.

Foco os dois novamente e vejo que Dong Hae está beijando o tórax do Hyuk enquanto desabotoa sua camisa. Quando chega ao abdômen, Dong Hae pergunta:

— Você não quer? — E sua voz transborda de malícia. Hyuk ri novamente e leva a mão ao fecho da bermuda. Eu arquejo; ele não vai...!

Hyuk abaixa a bermuda, juntamente com a sunga que usa por baixo. Cacete! Ele... Dong Hae está... A boca dele está... Puta que pariu! Tenho consciência de que deveria me mover, mas estou embasbacado demais. Eles têm uma relação desse tipo?

Eu fico na janela, boquiaberto, por tempo demais. Os olhos de Hyuk encontram os meus, porque ele está de frente para mim, encostado à parede. Eu fico assustado com o que pode acontecer – Hyuk pode me dar uma bronca, ou sei lá. Ainda que eu saiba me defender muito bem, não gosto de brigar com meus amigos. Mas ao contrário do que penso, ele me dirige um sorriso malicioso e aproveita as carícias do parceiro. O prazer está estampado em seu rosto e eu tenho de admitir: ver essa cena me deixa bastante excitado.

Alguém puxa meu braço e me carrega para longe. Estou desconcertado – e com isso quero dizer que cresci entre as pernas – então não raciocino direito e, ao invés de me soltar de quem quer que esteja me segurando pelo braço, simplesmente me deixo ir.

Paramos no chafariz do pátio principal e ainda não consegui me recompor. Continuo imaginando coisas impróprias com meu kingka e me assusto quando escuto sua voz dizendo meu nome. Isso é o suficiente para que eu recobre a consciência.

Meus olhos recuperam o foco e visualizo Kyu Hyun vestindo uma blusa vermelha e bermuda jeans. Volto a atuar e digo:

— O que está fazendo, Kyu Hyun? — Me esforço para parecer rude, mas meu kingkanão se deixa intimidar pelo meu tom.

— Em primeiro lugar, acho que precisa de uma camisa. — ele diz, estendendo uma camiseta preta na minha direção. Opa, parece que me esqueci de me vestir por completo.Merda, Kyu Hyun! Vê o que você faz comigo? Me deixa tão atrapalhado a ponto de sair pelos corredores afora vestindo nada mais que bermuda e sandálias.

Ainda que esteja morrendo de vergonha, franzo o nariz e faço pose de esnobe.

— Não quero sua camisa, calouro. Está calor. — digo, mesmo que a temperatura não esteja tão elevada. Novamente, meu tom não o atinge da forma que planejo.

— Deixe de ser estúpido, Sung Min! — ele reclama, avançando um passo. Cacete,kingka, por que você não pode simplesmente assentir e ir embora?! — Por que você insiste em fazer esse teatrinho ridículo?

As palavras dele mexem comigo – ele não sabe nem metade do que eu estou passando. Como é difícil ter que fingir ser alguém que não sou para tentar afastá-lo, porque não podemos ficar juntos! Mas é o que eu tenho de fazer, então sigo relutante.

— Eu não estou atuando, calouro idiota! — retruco. Me esforço ao máximo para parecer autêntico, e, como das outras vezes, consigo. Mas, de novo, ele não reage como quero.

Kyu Hyun estufa o peito e me contesta com firmeza.

— Eu sei que está! — ele diz. E solta as palavras rápida e agressivamente, sem me dar oportunidade de replicar: — Sei que você não é em nada parecido com esse babaca grosseiro que se força a ser. O Sung Min verdadeiro é fofo, carinhoso e gentil! Por que você não me deixa te conhecer melhor? Por que você insiste em me afastar?

— Porque eu te quero longe! — respondo, mesmo que essa seja a última resposta que eu queria dar. É a maior mentira que eu já contei. Depois de todas as coisas bonitas que ele acaba de dizer – que sou fofo e gentil e que ele quer me conhecer melhor – eu queria responder algo no mesmo nível. Abrir o jogo sobre o problema com o Lee Teuk e dizer o que realmente penso sobre ele. Mas, se Kyu Hyun não sente por mim o que eu sinto por ele, pra que investir nisso? Não seria menos doloroso mantê-lo longe, do que tê-lo por perto sem poder demonstrar meus verdadeiros sentimentos? Como eu poderia conviver com ele ao meu alcance sem dizer “Saranghaeyo”? Eu só me machucaria mais, porque ele nunca responderia “Saranghanda”.

— Pois eu não quero ficar longe, Lee Sung Min! — Kyu Hyun diz. Na verdade, ele praticamente grita. E isso interrompe todos os meus pensamentos: meu kingka acaba de dizer que não quer ficar longe de mim! Isso... Isso pode significar que estou errado. Quem sabe, talvez ele nutra algo por mim! Só que ainda não se deu conta disso.

— Como disse? — pergunto. Estou tão chocado que nem me lembro de parecer arrogante.

Kyu Hyun se aproxima e segura minha mão. Então olha no fundo dos meus olhos e, sem hesitar, repete:

— Eu não quero ficar longe de você, Sung Min.

Suas palavras são firmes e ele diz essa frase com tamanha propriedade que eu simplesmente não consigo mais lutar. A decisão está feita: nada de atuações daqui para frente.

Não reprimo o sorriso tímido que se forma em meu rosto e, olhando em seus olhos negros, pergunto o que não consigo deixar de pensar:

— O que quer dizer com isso?

Uma esperança estúpida infla em meu peito no segundo seguinte à minha pergunta. Ele franze a testa por um momento e responde:

— Não sei bem. É estranho, mas sinto uma necessidade inexplicável de ter você por perto. — E isso me deixa ainda mais esperançoso. Milhões de respostas me vêm à mente, mas, antes que eu possa dizer algo de igual sentido, ele pega um alfinete e explode a bexiga de esperança que inflava em meu peito: — Quero que sejamos amigos.

Pow! Eu me enganei. Ele nem de longe me ama. Nem ao menos me ama sem saber.

— Mas eu estou confuso. — apelo novamente para a atuação, porque não posso dizer a verdade. Pois esta seria “Mas eu quero que sejamos mais do que isso!”. E tenho certeza de que ele não aceitaria isso muito bem. — Ficarmos próximos vai piorar as coisas.

Para dar mais veracidade à coisa toda, solto minha mão da sua e me afasto um passo.

— Pelo contrário, Sung Min! — ele diz, segurando minha mão novamente. Eu não luto. — Acho que tudo o que precisamos é um tempo como amigos, para percebermos que é só isso que sentimos um pelo outro!

Isso me deixa um pouco perdido; Kyu Hyun quer se aproximar de mim para convencer a si mesmo que não me ama. Eu deveria encarar isso como algo bom, porque ele está em dúvida e há possibilidade dele retribuir meus sentimentos, ou como algo ruim, porque ele não quer me amar?

— Não podemos ser amigos, Kyu Hyun. Nossos grupos são diferentes. — respondo, ignorando minha confusão interior. E não estou mais atuando; realmente não posso manter uma relação de amizade com meu kingka, porque violaria as “regras” do meu grupo. Nada de laços, Lee Teuk me disse. Precisamos ser altamente profissionais, impessoais. Estamos recrutando membros para a nossa superbanda. Queremos os melhores, os mais talentosos. Por isso não podemos nos deixar cegar pelo véu das emoções.

— Podemos ser amigos em segredo. — ele propõe. Amigos em segredo. Claro! Por que não pensei nisso?! — Na frente dos outros, agimos normalmente, como se fôssemos apenas conhecidos. Mas, a sós, agimos como amigos, conversando abertamente e trocando demonstrações de afeto. O que acha?

— Brilhante! — digo, sem me preocupar em disfarçar minha fascinação. Ele simplesmente acabou com todas as barreiras que impediam nossa amizade!

Kyu Hyun sorri largamente e se afasta, estendendo a mão para mim.

— Amigos?

Meu sorriso aumenta e aperto sua mão, plenamente satisfeito.

— Amigos! — Com sorte, mais do que isso.

Ele solta minha mão e, ainda com um enorme sorriso no rosto, enfia a camiseta preta que está segurando (e eu já tinha até me esquecido dela!) em meu peito.

— Então aceite minha camisa e se vista logo! — ele diz, brincalhão. — Ninguém é obrigado a ficar vendo seu abdômen sarado.

Eu seguro a camiseta e o empurro de leve, mas forte o suficiente para forçá-lo a dar um passo para trás.

— Idiota! — respondo, no mesmo tom. — Você só está com inveja, porque não passa de um magrelo!

— Cale essa boca. — ele retruca, mas está rindo. Eu também rio e bato nele com sua própria camisa.

— Me respeite, calouro insolente! — eu brinco. — Sou mais velho do que você.

Ele ri um pouco mais.

— Você, com essa carinha de ursinho apertável, mais velho que eu? Desde quando?

O que, ele realmente pensa que sou mais novo? E acha que tenho cara de ursinho apertável?!... Isso é um bom sinal?

— Desde que nasci em 1986.

— Cacete! — ele diz, quando escuta meu ano de nascimento. — O que, você é dois anos mais velho do que eu?!

Eu rio, porque a cara de incredulidade misturada à indignação que ele faz é simplesmente hilária.

— Sim, eu sou, maknae. — digo, claramente implicando com o Kyu Hyun. Ele bate o pé, frustrado.

— Merda! Eu sabia que seria o maknae! Inferno! Por que eu nunca posso ser umhyung e ter dongsaengs para me tratar com respeito?!

Eu rio mais quando ele cruza os braços em frente ao peito. Tão infantil e adorável!

— Quer ser meu falso hyung? Eu deixo. — comento. Sua cara emburrada se desfaz com um sorriso. A idéia lhe parece boa, é? — Eu sou o maknae Sung Min, seu adoráveldongsaeng. E você é meu querido hyung. Kyu hyung ~, Kyu hyung ~!

Ele começa a rir e descruza os braços, se curvando um pouco para frente enquanto se esvai em risadas.

— Seu bobo! — Kyu Hyun diz, em meio aos risos. — Meu nome já é Kyu Hyun! Que diferença faz?

— Exatamente. — respondo. — Não tem diferença auditiva. Vou te chamar de Kyuhyung e todo mundo vai achar que estou simplesmente dizendo seu nome. Mas você vai saber que não.

A risada dele já se esgotou, mas Kyu Hyun continua com um sorriso exuberante no rosto.

— Então sou seu hyung de mentira?

— E eu, seu dongsaeng.

— Meu dongsaeng, que é dois anos mais velho do que eu... A propósito, quando você nasceu?

— Primeiro de Janeiro. — respondo, me sentando na borda do chafariz. Mais uma vez, Kyu Hyun assume uma expressão incrédula, mas agora não está indignado.

— Sério? — ele pergunta, se sentando ao meu lado. — Uau! Primeiro dia do ano. Que maneiro!

Eu rio um pouco.

— É, eu também acho. E qual a sua data? — pergunto. Fico contente com o desfecho da conversa, porque realmente quero saber quando ele nasceu. Será que nossos signos são auspiciosos? Se bem que, de acordo com o horóscopo Japonês, que se baseia apenas no ano do nascimento, sou de Tigre e ele, de Dragão. Tigre e Dragão formam um par harmonioso e próspero. Não que eu acredite cegamente em horóscopos, mas é confortável quando a resposta é a favor do que se espera.

E então eu me pergunto: o horóscopo não é planejado para casais? Tipo, um homem e uma mulher? Para duas pessoas do mesmo sexo alteraria alguma coisa?

— Nasci no dia três de Fevereiro de 1988. — ele responde. Eu tomo nota: 03/02 – aniversário do cara mais perfeito que conheço. Qual será o seu signo do Zodíaco? Peixes? E o meu? Áries? Peixes e Áries combinam?

— Vai para casa no seu aniversário? Passar o dia com os seus pais e tal? — pergunto, rezando que a resposta seja não. Se ele ficar na instituição, posso passar o aniversário com ele! Quem sabe, fazer uma surpresa.

Kyu Hyun balança a cabeça.

— Não, provavelmente não. — ele responde. — Meus pais viajam muito. Devem estar longe no dia.

— Que pena. — digo. Eu estou até feliz em saber que terei a oportunidade de presentear meu kingka, mas ele parece um pouco chateado, entristecido. Então sou sincero quando digo: — Sinto muito.

Ele me fita, de certo modo confuso, e depois abre um sorriso.

— Por que está dizendo que sente muito? Você não fez nada.

Eu me sinto meio idiota, mas deixo isso de lado.

— Bem, sei lá. Por tocar no assunto...?

Ele ri.

— Sem problemas, Minnie. — ele diz. Meu cérebro trava; ele acabou de me chamar de quê?

— Do que me chamou? — pergunto, porque quero ter certeza do que ouvi. Acho que meu tom sai um pouco estranho, porque ele fica um tanto quanto nervoso quando responde:

— Ahn... Minnie? Você não gosta? Porque se não gostar eu te chamo só de Sung Min e... — Eu ponho o indicador em seus lábios, calando-o.

— Eu gosto. — digo, porque ele confirmou minhas suspeitas. “Minnie”. É perfeito! Ninguém me chama assim. Eu gosto muito da idéia dele me chamando por um apelido exclusivo. — Eu gosto muito, Kyu.

Ele sorri e eu recuo a mão.

— Kyu? Também tenho um apelido?

Eu me inclino um pouco para frente e reproduzo sua pergunta:

— Sim, por quê? Você não gosta?

Ele imita meu movimento, ou seja, também se inclina na minha direção. Ficamos bastante próximos, separados por trinta centímetros, talvez um pouco mais. Mas é o suficiente para que eu perca o foco.

— Eu gosto muito. — É a vez dele reproduzir o que eu disse. — Gosto muito de tudo isso.

Não sei exatamente ao que ele se refere, mas eu concordo se ele se refere ao que está acontecendo entre nós dois.

— Eu também. — digo, mesmo estando incerto sobre ao que ele se refere. Kyu Hyun franze a testa novamente, sinal de que está confuso, e pergunta:

— Sabe do que estou falando?

Não, eu não sei. Mas dou um palpite mesmo assim.

— Está falando de nós, certo? Do fato de termos nos resolvido e aceitado sermos amigos. — digo, mesmo querendo citar a proximidade e a possibilidade de um segundo beijo. Ele sorri, satisfeito.

— Nossa, você sabe mesmo. — ele comenta. Eu sorrio, um pouco desapontado, mas estou determinado a fazê-lo perceber que me ama; Kyu Hyun não retribuiu meu beijo à toa. — Estou tão feliz por podermos ser amigos. É um grande alívio termos acertado tudo!

Meu sorriso se alarga e os lábios dele espelham os meus.

— Também estou aliviado por estar tudo resolvido. — digo. Então ele me surpreende com um abraço forte.

Enquanto seus braços me envolvem, Kyu Hyun solta um suspiro de satisfação e alívio. Eu, passada a surpresa, passo os braços ao redor de sua cintura e o abraço com firmeza. É muito bom estar com o Kyu Hyun.

— Minnie — ele diz ao pé do meu ouvido, me fazendo estremecer. — Eu realmente gosto muito de você.

Isso é extremamente bom de ouvir. A felicidade inunda meu peito de tal forma que parece que meu coração vai explodir. Mas então sinto seus lábios roçando em minha orelha e, em seguida, meu corpo estremecendo. Ele está me provocando novamente, e espero que isso signifique que, assim como acontece comigo, seu corpo reage diferentemente ao meu.

— E eu gosto de você mais do que você imagina. — respondo.

Me preparo para pôr as mãos por dentro da sua camisa e começar a arranhar suas costas novamente – ele realmente pareceu gostar disso. Mas uma voz me surpreende antes que eu possa fazê-lo.

— Posso perguntar o que está acontecendo aqui? — é a voz de Eun Hyuk. Puta merda. Como eu explico essa cena?

Nos separamos instintivamente e olho para Hyuk sem a mínima idéia do que dizer.

— Nós... Bem, nós, ahn, só... — tento bolar alguma coisa, mas Kyu é mais rápido.

— Estávamos atuando. — ele diz. — Sung Min-ah comentou que cursou teatro e estava me mostrando uma das cenas que ele encenou.

Eu fico surpreso com a desculpa dele; nunca disse a Kyu Hyun que cursei teatro. Como ele...?

— Oh, nossa! — Hyuk diz e sua surpresa soa forjada. — Bem, que tal isso: vocês fingem que é verdade e eu finjo que acredito. — ele completa, com um sorriso de lado.Merda!

Kyu fica sem reação, assim como eu. Quero dizer, eu continuo sem reação. Eun Hyuk percebe e abre um sorriso debochado.

— Ah, por favor, calo. — ele diz. Demoro alguns segundos para identificar que “calo” é uma abreviação de “calouro”. — Realmente achou que me enganaria com uma desculpinha desse nível? — ele sorri, claramente se divertindo com a idéia. Então olha para mim e diz: — E você, Sung Min, que decepção! Achei que me conhecesse melhor. Eu não acredito em qualquer merdinha que me dizem. Mas tá tranquilo. Se o que está rolando entre vocês é segredo, eu finjo que não vi nada, falou? Agora, vem comigo, fofura. O líder está reunindo o grupo na sala de carteado. — Com isso, vira de costas para mim e sai andando, depois de gesticular para que eu o siga.

Hyuk diz tanta coisa, tão rápido, que fico desnorteado. Ele me chamou mesmo de fofura? Caralho, achei que esse apelido já tinha morrido! Mas que merda.

Troco olhares com o Kyu Hyun e ele parece mais perdido do que eu. Ele olha para o Eun Hyuk, nervoso e confuso, e depois volta a olhar para mim. Eu faço o mesmo, mas não estou nervoso ou confuso – esses sentimentos já foram embora. Por um segundo eu me esqueci, mas o Hyuk é muito gente boa. De nós cinco, acho que ele é o mais despreocupado com a imagem, ainda que não faça nada que vá contra as leis do Teuk.

Sinceramente, acho que nenhum de nós é tão rígido quanto deveria. Nem mesmo o Lee Teuk.

— Desculpe, Kyu. Tenho de ir. — eu digo. — Conversamos mais tarde.

— Tudo bem. — ele responde, mas ainda soa um pouco alienado. Lhe dirijo um sorriso, fico de pé e me ponho a caminhar apressadamente atrás do Hyuk.

— Ya, Hyuk! — chamo, ainda alguns passos atrás. Ele pára e se vira para me olhar. Eu o alcanço antes de continuar a falar. — Você realmente não vai contar a ninguém?

— De boa, cara. Claro que não. — ele responde. — Relaxa. Não tenho razão nenhuma para te dedurar para o Teuk. Eu também tenho relacionamentos ilícitos. Aliás, gostou do que viu?

É ridículo, mas somos amigos há um ano e ainda me assusto com o quão rápido ele fala.

— Foi... Interessante. — digo, me lembrando da cena totalmente excitante entre ele e o Dong Hae. Trato de reprimir meus pensamentos sobre o assunto, para não, digamos,acordar de novo. Hyuk definitivamente conseguiu me tornar um pervertido.

Ele dá uma risadinha irônica e, transbordando de malícia, comenta:

— Você não faz idéia do quão gostoso foi! Dong Hae é realmente bom com a boca. Ele me fez...

— Calado! — interrompo, apressado. — Não quero saber detalhes.

Ele repete a risada irônica e diz:

— Eu sei que quer. Te conto depois. — E eu me dou conta de que chegamos à sala de carteado, na área de lazer. Bem, ali é o espaço de passatempos mais intelectuais, por assim dizer. Carteado, xadrez, dominó, batalha naval e coisas do tipo. Mas tem as quadras, para esportes como tênis, handball, basquete e outros, e também os campos gramados, para futebol e sei lá mais o quê. Além das piscinas, fliperama e sala dos clássicos – sinuca, tênis de mesa, futebol de botão, pebolim e dardos. Também tem sauna, banheiras de hidromassagem e uma porrada de outras coisas. O pessoal da diretoria realmente se esforça em agradar todos os alunos.

Enquanto caminhamos até a mesa do nosso grupo, olho pela janela e vejo uma figura bastante atraente do lado de fora: meu kingka. Ele está cumprimentando o seu grupo e eu tento ignorar o fato do demônio ruivo estar grudado nele – de novo! O fato dele sorrir um sorriso caloroso quando me vê ajuda a me distrair do maldito Hee Chul.

Mas é o fato dele apontar para mim, depois para ele mesmo, e em seguida fazer o sinal de OK com os dedos, com um sorriso ainda mais bonito, que faz todo o resto sumir. Não há mais nada além do Kyu Hyun. Meu kingka. Meu Kyu hyung.

Lhe dirijo um sorriso discreto, mesmo querendo sorrir tanto quanto o possível, porque não posso arriscar algo mais explícito na presença do Teuk. Mas, enquanto me sento à mesa, ao lado de Si Won e Eun Hyuk, tenho a plena certeza de que esse será o melhor ano de todos.

E a razão disso é um rapaz chamado Cho Kyu Hyun.


Notas Finais


Então... Bom?! USAHUASUHSA'
Ah! Uma novidade: Então, para a alegria de minhas antigas leitoras, eu comecei a fazer o capítulo 18. \o Sim, eu estou conseguindo escrever, então acho que em breve ele estará pronto e, quem sabe, eu não posto no Nyah antes deles fecharem a categoria, hein?! Vamos torcer para que eu realmente consiga. >__<


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