História New Life New Lucy - Capítulo 2

— Ela é uma maga celestial. – Comenta Zeref observando a maga e segurando as suas chaves.

— É o que parece mas tem uma coisa que não entendo. To vendo 10 chaves douradas mas só consigo sentir 9 poderes mágicos vindo deles. – Fala Acnologia sentado numa cadeira ao lado da cama, agora sem a capa mostrando o seu corpo definido e uma calça rasgada, e o Mago Negro estava encostado na parede de frente da cama.

O moreno abre o estojo e vê que uma das chaves douradas estava quebrada, era a chave de Aquarius.

— Uma das chaves está quebrada. – Fala ele atraindo a atenção do azulado.

— Será que ela invocou o Rei dos Espíritos?

— É bem provável, mas só vamos descobrir isso quando ela acordar. Vou fazer comida pra ela, você fica aqui tomando conta? – O azulado concorda com a cabeça. – Então já estou indo. – Com isso ele sai do aposento.

Se passa alguns minutos que o azulado fica encarando a moça adormecida quando os olhos tremem e começa a despertar. Quando desperta ela observa o humilde quarto, era todo de madeira e tinha uma cômoda para colocar suas roupas e duas portas que levava para o corredor e o banheiro, se senta esfregando os olhos.

— Que bom que você acordou, ficamos assustados quando desmaiou na floresta. – Ela o encara como só tivesse percebido a presença dele agora.

— Onde...? – Ela se interrompe quando as lembranças de antes de desmaiar invade a sua cabeça.

Em desespero ela grita tão alto que fez o dragão cair da cadeira, segundos depois ouviu passos correndo na direção da porta e em seguida Zeref aparece vestindo um avental de empregada, na cabeça parecia um arco que as empregadas usam para impedir que os cabelos não fiquem nos olhos e estava segurando uma colher de madeira que estava sujo de algum molho.

Antes que ele pudesse perguntar o que estava acontecendo, Lucy grita de novo e joga um travesseiro fazendo com que caísse no chão desmaiado. Antes que pudesse sair da cama e fugir, percebe que o azulado estava se levantando e então ela tenta dar a volta mas o dragão já estava de pé bloqueando a saída.

A loira em pânico recua dois passos e abre a boca, antes que pudesse fazer algum tipo de som, o homem encurralou ela na parede numa velocidade sobre-humana e coloca a mão na boca dela.

— Se você gritar mais uma vez vou fazer que tenha o desejo de nunca ter nascido, fui claro? – Ela concorda com a cabeça desesperamente. – Ótimo. – Com isso ele tira a mão na boca dela.

Ele a pega no colo e a coloca na cama, antes que pudesse falar alguma coisa, nota que o Zeref estava usando uma roupa ridícula e desmaiado. Anda em direção do moreno desmaiado e dá uns tapas bem "amigáveis".

— Oye seu merda, acorda! A peituda já acordou! – Esse último comentário deixou a loira incomodada, depois de tanto bater na cara o mago finalmente acorda.

— Mavis? – Pergunta ele olhando pro dragão. – Mavis, minha querida finalmente você voltou!

Ele tenta abraçar a "Mavis" mas foi lançado para longe da casa, graças ao soco do dragão do apocalipse.

— COMO PODE TE ME CONFUNDIDO COM ELA DE NOVO, SEU EMO DE MERDA?! – Grita ele furioso.

Ele volta a olhar para a loira e a mesma se encolhe ao ver a fúria nos olhos dele. Percebendo isso ele se acalma, anda na direção dela e se senta de novo na cadeira e respira fundo.

— Me desculpe pelo esse meu comportamento. – Ele abre um sorriso debochado. – E pelo seu ataque de pânico só acho que você sabe quem somos.

— Si-sim. Você vai me matar? – Pergunta ela tenebrosa.

— Não, mas isso depende de suas respostas. Qual é o seu nome?

— Lucy Heartfilia.

Agora tá explicado porque ela é tão parecida com a Anna e a Layla. Pensa o dragão.

— Você faz parte do Conselho?

— Não, fazia parte de uma guilda chamada Fairy Tail mas ontem, eu acho, o nosso ex-mestre resolveu dissolver a guilda.

— Então era por isso que você estava na floresta? – A loira concorda com a cabeça. – Até que você é legal, Luce. – Fala ele sorrindo.

O modo que o azulado sorriu e o modo que falou o seu nome, a maga celestial se lembrou do rosado fazendo com que ficasse triste. O homem vendo ela ficar triste fica desesperado.

— Ei! O que houve? Por que está triste?

— Você me lembrou do meu antigo companheiro de time. – Ela percebe que a franja caindo no rosto dele também é parecido com o rosado fazendo-a ficar mais triste ainda.

— Ei, fique calma. – Ele a pega no colo de novo, se senta na cama e a coloca entre suas pernas. – O que aconteceu com ele?

— Ele saiu para treinar antes de ontem e não me avisou. Eu sei que é um motivo besta mas é que sempre fazíamos muita coisa juntos, da diversão até o perigo.

— Vocês eram bem próximos, não é? – Ela concorda com a cabeça. – Por que ele quis treinar?

— Ele viu você acabar o que restava de Igneel.

— Ele é o Dragon Slayer de Igneel? E como assim eu acabei com o que restava dele? Era pra ele estar dentro do seu Dragon Slayer! – O dragão estava realmente surpreso com que a loira falou e isso fez com que ela ficasse confusa.

— Sim, ele foi encontrado na floresta quando criança. Tudo que posso dizer que você "matou" o Igneel bem na frente dele.

— Merda... eles fizeram de novo. Tenho que arrumar essa confusão. – Murmura ele distraído, a loira fica ainda mais confusa. – Mas antes... – O corpo do azulado ficou em volto por uma aura avermelhada. – Venha na forma humana Igneel!

No meio do quarto começou a pegar fogo e nisso surgiu um homem com cabelos espetados vermelhos, alto, musculoso e usando apenas uma calça moletom.

— Ei, Acnologia, estava dormindo. Por que me chamou? – Pergunta ele rouco, coçando os olhos e quando abre se surpreende em ver a loira entre as pernas do azulado. – O que tá fazendo aqui, Luce?

— Como sabe meu nome?

— Eu sempre acompanhava a vida de Natsu e sei de todas as suas aventuras. Mas você não me respondeu: o que tá fazendo aqui? – A loira contou tudo e quando terminou Igneel estava de cabeça baixa e não dava pra ver o rosto por causa da franja. – O QUE SE PASSA NA CABEÇA DAQUELA CRIATURA?! – Pergunta gritando furioso.

— Vento. – A loira responde e o dragão de fogo sorri e concorda com a cabeça.

— Vamos nos focar no assunto principal: Por que você me chamou?

— Por que você lutou comigo na frente do seu Dragon Slayer?

— Primeiro: eu e os outros dragões decidimos que já estava na hora de intervir nos planos da Tártaros, porque já estava saindo do controle. Segundo: por causa do seu aparecimento achei que deveria te enfrentar já que aqueles magos não conseguem fazer um arranhão em você. E por fim: eles estão vindo.

— Mas já? Mas não achamos alguém puro ainda!

— Ela está entre suas pernas. ( ( ͡° ͜ʖ ͡°) )

— Que? – A loira pergunta confusa.

— Lucy, você precisa nos ajudar. – Ele se ajoelha diante dela. – Há um grupo de demônios amaldiçoou o Acnologia e fez com que Zeref fosse também amaldiçoado. Agora vai ter uma guerra que vai determinar se o mundo que vocês conhecem vai ou não ser destruído.

— Antes de eu decidir se vou ou não vou ajudar tenho uma dúvida: como assim o Acnologia é amaldiçoado?

— Originalmente era para eu ser Dragon Slayer do Fogo, treinado pelo irmão de Igneel. – Conta o azulado. – Mas os demônios me transformaram o fogo em apocalipse e me controlaram, me fizeram me banhar em sangue dos dragões que eu matava, mas dai descobri, junto com Zeref, esse lugar onde podermos ser nós mesmos sem se preocupar com a maldição.

— Lucy precisamos de sua ajuda, há uma profecia que fala que uma Heartfilia vai ajudar a acabar com a maldição ou ajudar na destruição do mundo. E que também tivesse uma alma extremamente pura. Você nos ajudaria?

— Bom... eu não sei... não posso ter um tempo para pensar? – Pergunta ela com receio

— Pode. – O azulado responde. – Mas antes me responda uma coisa: o que eu fiz para você ficar com tanto medo de mim e de Zeref?

— Eu estava numa ilha onde alguns membros estavam tentando se tornar mago de classe S e estava ajudando uma amiga. Até que Zeref e Grimoire Heart apareceram, causaram um maior tumulto e quando pensamos que tudo voltou ao normal você chegou em sua forma de dragão. Lutamos contra você mas não fez nenhum arranhão e teve um momento que você levantou vôo e nos lançou um rugido, graças a Mavis conseguimos sobreviver mas tivemos congelados por 7 anos. – Conta a loira e no fim o rei dragão solta um longo suspiro.

— Eu me lembro daquele dia, eu estava em seu mundo comprando mais café, por que aqui não estávamos conseguindo café, mas me lembro de que estava na floresta e de repente eu me transformei e fui em direção à ilha onde Zeref e vocês estavam. Estou impressionado de vocês terem sobrevivido por que me lembro de que restou nada da ilha. Sinto muito por ter feito vocês perderem 7 anos.

A loira olhou nos olhos do rei dragão e viu o arrependimento neles. Ela deu um leve sorriso e fez um carinho na cabeça e o mesmo fechou os olhos adorando o carinho.

— Bom já estou indo. Vou voltar a dormir. – Com isso Igneel desaparece em chamas.

— Vou dar uma caminhada, ok? – Anuncia a loira depois de uns minutos.

— Tudo bem, mas antes tenho que te entregar uma coisa.

O azulado se levanta e sai do quarto, a loira o segue até a sala que também é simples, com apenas um sofá, uma mesinha de centro, uma lareira a lenha, uma mesa de jantar de madeira escura para pelo menos 8 pessoas.

Ele caminha em direção a um armário e fica remexendo por um tempo até achar uma lacrima pequena.

— Se você estiver perdida ou aconteceu alguma coisa, é só usar isso que vou correndo para te ajudar.

— Obrigada Acno. – A loira agradece sorrindo, beija na bochecha e sai da cabana, deixando o Poderoso Rei dos Dragões paralisado e com cara de tomate para trás.

A loira estava seguindo a trilha até se deparar com uma bela cachoeira, ela viu uma pedra e se sentou lá admirando as águas iluminadas pela lua. Ela ficou pensando no que iria fazer em relação as maldições de Acnologia e Zeref, queria ajudar mas por causa deles ela perdeu 7 anos de sua vida. Por causa deles ela não esteve ao lado de seu pai no momento em que estava deixando este mundo.

Mas existia um sentimento de traição. Taria ela traindo tudo o que sua mãe ensinou? Sim, ela taria traindo tudo o que sua mãe lhe ensinou. Mesmo sendo eles... ela não podia fazer isso, apenas não conseguia, seu coração não deixava.

Ficou mais um tempo sentada pensando na Fairy Tail. Perguntas sem respostas rondam na cabeça da maga celestial, se perguntando do por que a guilda foi dissolvida, por que o Natsu não a chamou ir junto ao treinamento, depois de tantas aventura que passaram juntos como um time como pode fazer isso com ela?

Estava tão perdida nos pensamentos que nem notou quando a atmosfera onde estava mudou. Ficou mais frio e sombrio, uma névoa surgiu debaixo onde a loira estava. Ela sentiu um calafrio percorrer no corpo e olhou pros lados até que viu um par de olhos vermelhos a encarando.

— Pobre criança. – Era um homem e sua voz era grossa, sombria e dava arrepios na nuca. – Abandonada pelos aqueles que acreditava que era da família e também abandonada por aquele que está apaixonada. Muito triste em saber que eles não se importavam com você.

— Como?

— Olhe para a névoa.

Ela abaixou o olhar e viu imagens na névoa: o pessoal da guilda estava dentro da guilda e parecia que eles estavam comemorando alguma coisa, claro que o Natsu e o Happy não estavam lá.

— Agora pessoal vamos comemorar da saída da Lucy! Aquela fraca não merece estar na guilda mais forte de Fiore! – Todos, sem exceção, gritaram concordando.

Lucy teve a sensação de levou várias facas no peito. Sem perceber lágrimas caíram livremente de seus olhos, ao ver isso o dono dos olhos vermelhos sorriu por seu plano estar dando certo.

A imagem mudou, agora estava mostrando Natsu e Happy. Eles estavam na saída de Magnólia e esperavam alguma coisa ou alguém. Até que pareceu uma cabeleira albina indo na direção deles, era a Lissana Strauss. O rosado notou a presença da albina e abriu um sorriso, a loira pensava que era só pra ela que ele sorria assim.

— Ei, bem na hora. – Ele deu um selinho na boca da maga Take Over. – Vamos?

— Sim! – Ela abriu um sorriso, pegou a mão dele, o Happy ficou no seu ombro e partiram para a jornada.

Nada resta do coração de Lucy, no lugar de um coração era pó. Tudo o que mais desejava naquele momento é tudo que está vendo é uma mentira. Não conseguia acreditar que aqueles que considerava uma família pra ela fez isso com ela. Mas... duas memórias importantes surgiram na cabeça da mesma.

— Ahh sim. – A voz ecoou de novo. – É muito triste ver que aquelas pessoas que você amava não se importava com você. Mas posso te ajudar a vingá-los, apenas segure a minha mão e vai ser a maga mais poderosa do mundo. Todos vão ser como insetos pra você.

Proposta tentadora se não soubesse o que ele mostrou não passa de uma farsa. Percebeu que o chicote que a Virgo lhe deu estava na sua cintura, o segurou, ativou e atacou o dono da voz que estava com a mão estendida.

Surpreso com o ataque, recuou alguns passos e a encarou com um olhar mortal. Não conseguia entender no que deu errado.

— Você pensou mesmo que ia cair no seu joguinho? – Pergunta ela sorrindo. – Bom vou ser boazinha com você e te explicar o que tá acontecendo: eu acabei de lembrar de duas memórias importantes. A primeira: a guilda foi destruída por uma lacrima-bomba da Tártaros, então não tem como eles estarem agora comemorando na guilda, recém-construída, em pouco tempo; e a segunda: quando o mestre estava anunciando que ia dissolver a guilda só sentiram falta do Natsu e Happy, e a Lissana estava abraçada com seus irmãos.

— Sua maldita... – O dono da voz estava com raiva por seu plano ter falhado mas ele logo se recupera. – Bom se você não vai se juntar a nós, então não vai se juntar a eles. – Ele lança uma espécie de dardo que atinge no pescoço da loira e a mesma cai da pedra. – Adeus, Lucy Heartfilia. – E assim ele desapareceu.

A maga celestial tentou se levantar mas estava muito fraca. Até que ela se lembrou da lacrima que o Acnologia lhe deu, abriu os olhos e viu que estava na sua frente. Esticou o braço e com muita dificuldade tocou na lacrima, que começou a brilhar fortemente.

A loira fechou os olhos e torceu para que o dragão chegasse logo.