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História Next Dimension - Dante's Inferno: Devil's Destiny


Escrita por: CherryCool

Notas do Autor


~Hey brother \o
Olá para todos e todas :D
Finalmente depois de tanta balela e mentes travadas no processo (lol) agora vamos ver os acontecimentos pelos olhos do nosso Devil Hunter seduzente, e saber o a razão, motivo, a circunstância atenuante para ela matar a Diva. (Autora com sérios complexos de achar que escrevendo palavras difíceis a torna inteligente xD)
Ver como ele chegou no Inferno e tals, então aproveitem e tentem não cochilar xD
(Acho que se nada der certo vou tentar ser comediante xD)

Capítulo 30 - Dante's Inferno: Devil's Destiny


Fanfic / Fanfiction Next Dimension - Dante's Inferno: Devil's Destiny

How can you find a heaven in this hell?
Como você pode encontrar um paraíso nesse inferno?
[...]
Angels have faith
Anjos tem fé
I don't want to be a part of his sin
Eu não quero ser parte desse seu pecado
I don't want to get lost in his world
Eu não quero me perder em seu mundo
When the shadows remain
Quando as sombras permanecem
in the light of day
na luz do dia
On the wings of darkness
Nas asas da escuridão
[...]
From the ashes of hate
Das cinzas do ódio
It's a cruel demon's fate
É o destino cruel de um demônio
On the wings of darkness
Nas asas da escuridão
He's returned to stay
Ele voltou para ficar
There will be no escape
Não haverá escapatória,
'Cause he's fallen far from Grace
 Pois ele está caído longe da graça

A Demon's Fate — Within Temptation

 NO CERNE DA CONSCIÊNCIA, Dante se aprumou com a persistente e porejante sensação de desconforto. De mal real que rastejava em suas entranhas e se infiltrava dolorosamente, trucidando e, por fim, o consumindo como um castigo apenas por existir — respirar doía, se mexer doía e mesmo parado, a dor não diminuía.

Dante se sentia um grande monte merda. Na verdade, se sentia um enorme e estressado monte de merda — realmente péssimo, em todo sentido da palavra. Ele tinha passado pela temível e quase inevitável “luz no fim do túnel”, a mesma que leva as almas para o além e toda essa baboseira que todos conhecem bem. Esse era o ponto. No entanto, nunca se enxergou assim antes e já passou por episódios terríveis, muito piores que simplesmente a morte e todo sentido que nela se aplica. Esse tipo de circunstância parecia influenciar diretamente seu humor. Dante até mesmo experimentou aquela agitação familiar, aquela que o fazia querer eliminar qualquer demônio que aparecesse para aliviar um pouco o estresse. Era realmente o inferno não saber onde tinha ido parar.

Isso soa um pouco irônico.

Dante nunca havia se deparado com ninguém que o fizesse se sentir tão inutilmente ferrado, pelo menos não depois de Vergil — que se mostrou um verdadeiro desafio na época. Agora, tudo indicava que encontrara alguém a altura, o problema era o fato de que ele subestimou o desgraçado Ace e o resultado; a morte. Talvez, a única coisa que o fizesse forte era o tal Santo Graal a arma mortal para destruição de todos os demônios, segundo o que se vangloriava a respeito.

Agora nada disso importa mais.

Quando acordou — quando, na verdade, percebera que tinha morrido — se encontrou em uma passagem deserta, em meio a um amplo bosque verdejante.

O céu sobre sua cabeça não estava azul, mas cinza sem graça e opaco. Um farfalhar das árvores e Dante se virou repentinamente por reflexo. Um pássaro agitou a copa e se elevou com as asas alongadas. Ele continuou seguindo pelo caminho.

Imerso no ambiente, embaixo de antigos carvalhos, a luz do sol penetrava por entre as folhagens e batia em seus cabelos grisalhos. Estava cansado de vagar sem direção e, quanto mais adentrava pelos antigos carvalhos, percebera que o lugar era bastante familiar. Movendo-se quase em total silêncio em meio às folhas mortas e galhos secos, ele finalmente chegara à beira do bosque.

Havia uma casinha distante, pequena e destruída. A mesma que ele morou na infância com sua mãe e irmão. Dante apertou o passo, atravessando uma vegetação descuidada e sem vida.

Por um segundo fugaz, as lembranças o dominaram com força. Lembrou-se da mãe, doce e gentil. Lembrou também das brincadeiras com Vergil, uma das favoritas de ambos era lutar com galhos fingindo serem espadas. Era estranho que depois de tanto tempo, ele ainda tinha essas recordações bem vivas em sua mente, frescas como no dia que ocorreram.

Ele alcançou a porta, porém antes de tocá-la a porta se abriu.

Dante parou surpreso.

Foi como voltar no tempo. O sorriso terno e maternal fez todas as sensações esquecidas e camufladas em seu interior tomarem-no com toda potência, um suspiro longo que serviu para remontar uma passagem perdida no tempo. Naquele momento, ele viu-se tal uma criança — voltou aos seus oito anos. Eva estendeu os braços para acolher o filho amado que retornou a casa. Dante aceitou de bom grado o aconchego de sua progenitora, ele nunca admitiria para ninguém, além da própria Eva, quanta falta fazia tal carinho e do seu amor. Perder a mãe fora uma das coisas... Não, fora a pior de todas as coisas que lhe aconteceram. Ele não teve oportunidade de estar com ela e não cresceu sob seu olhar como qualquer filho tem direito.

O calor dela era tão reconfortante, tão sereno.

O ar que a envolvia era calmo e harmonioso.

Por um momento, a quietude reinou absoluta. Eva estava olhando. Seus olhos claros iluminados por um fulgor de alegria, e ela sorria solenemente. Lágrimas começaram a transbordar pelo rosto pálido. Dante tocou docemente o rosto de Eva, enxugando as preciosas lágrimas como se fossem joias inestimáveis.

— Meu pequeno, Dante — ela acariciou o rosto do filho — Meu filho querido. Está tão grande, tão bonito... Mas...

Pela primeira vez, Dante ficou sem fala.

— Por que esta aqui, meu filho? — a angustia tremia em sua voz — Não era para estar aqui. Não é a hora, nem o momento.

— Foi um pequeno erro nos planos, mãe — Dante tentou soar cômico, mas a seriedade em seu tom o denunciou.

Lentamente, sem cortar a ligação de seus olhares Eva conduziu Dante. Era do mesma maneira que fazia quando seus filhos, ainda pequenos, precisavam de atenção e conforto. Logo, sentou-se em uma cadeira e Dante se ajoelhou perante a ela e deitou a cabeça em seu colo. Foi revigorante para ele sentir os dedos e o calor das mãos macias de sua mãe afagarem gentilmente seus cabelos.

— Mãe, sinto muito por não ter conseguido te proteger — Dante sussurrou, o som de sua voz abafado pelos tecidos do vestido branco que Eva usava. — Mesmo depois de tanto tempo, ainda sinto sua falta. Aconteceram tantas coisas... Algumas não pude evitar.

— Eu sei. Não se preocupe com isso por hora. — cantarolou docentemente.

Dante sorriu.

— Lembra quando tinha pesadelos?

— Sim, e eu acabava correndo para dormir com você. Às vezes fingia que tinha pesadelos somente para ficar com você — Dante confessou. Dessa vez, Eva que riu.

Uma risada melodiosa do modo como Dante se lembrava.

— Estive cuidando de você, meu filho.

— No céu? — arriscou, embora não acreditasse no conceito de paraíso e inferno igual aos humanos comuns.

Eva assentiu.

É, não havia outro lugar para sua amorosa mãe estar, pensou ele.

— Agora me conte a razão de estar aqui?

— Uma longa historia... Longa e dispensável demais para contar.

Eva suspirou.

— Fico feliz de reencontrá-lo, Dante. No entanto... Não era para estar aqui... Preso. — Eva estremeceu, entristecida.

— Devo ter um lugar reservado no inferno. — gracejou, bocejando teatralmente. — Não vejo a hora de vê-lo.

— Não, não é isso. Você está preso aqui. Nada disso é o fim, não o seu fim. — Eva elucidou com firmeza. — Ainda precisa viver... Precisa encontrar seu próprio caminho. Além disso, alguém precisa muito de você e essa pessoa o aguarda.

A primeira imagem que veio a sua mente foi Diva: Diva está bem? Como ela estaria agora? Ela está sabendo lidar com tudo que aconteceu?

Escutou a voz dela em algum lugar, distante.

Sempre que transitava entre o sombrio desconhecido e a lucidez aterradora, a ouvia com um clamor fervoroso.

Uma perturbação tomou conta de Dante, ele sentia a tristeza de Diva mesmo que pareça a anos luz como se estivesse dimensão que não podia alcançar, bem longe de onde estava agora. Apesar de morto, ainda permanecia unido a Diva. Uma ligação que ia muito além de tudo que abrangia um relacionamento normal. E que ainda era algo que ele não sabia lidar muito bem. Isto é, nada que envolvia esse tipo de conexão íntima.

E que não revelou a ela quando teve a oportunidade.

Eryna mencionou, aconselhou para que contasse, mas, pior que a alegoria de almas gêmeas, é inserir uma vida inocente em seu círculo conturbado. Estava mais que disposto a protegê-la e guiá-la para casa, só não a tê-la mais perto de seu interior quebrado.

— Ela. — murmurou. — Diva.

— Ela foi atrás de você. — Eva avisou. — Sua destinada está apostando tudo para salvá-lo.

— É bem a cara dela, agindo como uma garota imprudente, mas foi uma das coisas que me atraiu.

— Por isso deve voltar, Dante.

Ele queria realmente voltar?, ele refletiu por um momento. Querer, obviamente queria, mas poderia?

Os olhos cristalinos de Eva brilhavam marejados, ver a mãe chorar lhe cortava o coração, quebrando-o em pequenos pedaços. Algo coberto de sombras se assomou sobre eles, uma força cruel e inabalável e se lançou, um predador a espreita, sobre ambos.

— Dante... Não! — a voz doce de Eva mudou, tornando-se feia, grossa e definitivamente masculina — Dante, não deixe que te corrompam... Seja forte, meu filho!

Dante ergueu as sobrancelhas. Não tinha a mínima ideia do que Eva falava, e a impressão que tinha era como se tivesse em uma corda bamba, sem saber o que responder. Conforme as palavras de Eva se afastavam, Dante viu uma agitação, um borrão escuro passando no limite de sua visão. Ela pareceu tomar uma forma acentuada, uma forma quase... Idêntica a ele. A luz de Eva tentava lutar fortemente contra a escuridão que se formara ali. Pesada e funesta. O ar não era mais cálido e gentil, no lugar uma doentia aura de obscuridade. A escuridão, Dante sabia que vinha de si mesmo. E, se confirmou vendo a silhueta finalmente em sua forma plena, a cópia perfeita de si mesmo com pequenas diferenças, como a cor das roupas e os cabelos que eram negros e os olhos vermelhos.

Um doppelgänger, o sinônimo de morte e o que havia de negativo em todo ser. Não. Que havia de negativo nele, dentro de si mesmo.

— Dante! — Eva gritou desesperada. Ela não conseguia avançá-lo — Ouça minha voz!

As palavras de Eva ecoaram ao redor dele. Ele tentou se concentrar apenas nisso — lutando para ignorar a confusão que estava em sua mente. Não parecia o suficiente. A voz de Eva parecia cada vez mais distante até por fim desaparecer.

Então, Dante percebeu que não estava mais com a mãe em sua casa, e o cenário em sua volta mudara. O céu toldado em vermelho tão escuro quanto sangue e carregado de um odor pungente de morte. O doppelgänger sorriu um sorriso cheio de arrogância e sadismo. Ele ergueu as mãos que portava uma copia exata do Santo Graal.

Era o momento de lutar.

Finalmente um pouco de ação nesse lugar, pensou cinicamente.

Às vezes nossas emoções mais sombrias tem controle sobre nós.

Dante segurou a garota firmemente nos braços. Seus olhares se encontraram. Nos dela estavam um misto de medo e felicidade. Nos dele, duvida e pesar.

Por que tinha matado ela? Estava errado. Independente do que fosse, ele não queria. No entanto, ele fez... Tirou a vida dela.

— Dante. — o fascínio em apenas uma palavra, um fraco som saindo dos lábios de Diva. Ela estava tremula quando o tocou, as pequenas mãos deslizam suavemente pelo rosto confuso de seu carrasco.

Aquele gesto fez seu peito doer rasgando sua alma, sua verdadeira alma — algo que nunca sentira antes, não fora o mesmo quando perdera a mãe e o irmão. Similares em intensidade e diferentes em propósito. Com um suspiro intenso a alma dela fora abstraída do corpo e estava morta.

Não havia mais calor, a mesma vivacidade que emanava dela quando se conheceram. Na época, Diva ainda não estava ligada ao mundo que ele, um Devil Hunter, estava acostumado. Em um tempo, que ela tinha a energia dourada, calorosa e inocente que agora estava corrompida. Dante sabia que o principal responsável por isso, fora exatamente ele.

Em sua mente não havia tempo para lamento e hesitação. Por esse motivo que criou essa forma sombria de si mesmo, a responsabilidade o corroía demais para que somente um carregasse o peso. Esta nova versão e escura de si, não sentia nada além de remorso, fúria e fome. E, em seus braços, a pessoa que depositou todas as esperanças nele, fazendo-a ir para um lugar que ninguém como ela não deveria. O Inferno.

Nada podia mudar, não podia voltar atrás e consertar. Tudo que podia fazer por ela naquele momento era aperta-la contra seus braços e continuar segurando-a. Ele nunca quis machuca-la, mas isso não parecia ter importância enquanto segurava a alma desprendida da jovem em seus braços. Algo gritou dentro dele. Ele tinha que protegê-la. Tinha. Tinha e não conseguiu... Não! Ele conseguiu e Diva não precisava sofrer agora que está morta e logo os anjos iriam leva-la aos céus que é o lugar de uma pessoa como ela poderá encontrar a paz... Longe de todos que queria machuca-la, rouba-la, viola-la e corrompê-la... Longe de um demônio.  

Uma lágrima solitária escorreu pelo rosto de semblante inquebrantável. Estava dentro dele, brigando com a dor que germinava e se fixava em seu interior. Dante queria ter dito a ela tudo que não podia em frases engasgadas na garganta, presas atrás de um sentimento de orgulho e temor fundidos — uma sentença que nunca aprendeu a pronunciar. Como ele poderia dizer algo, se as palavras simplesmente não saiam?

Demônios como ele não devem chorar.

Os dedos calejados escorreram pelas costas da donzela desfalecida — ela não esboçou mais nenhum sopro sugestivo de vida. Seu corpo retrocedeu e ele a acompanhou lentamente feito um amante que se despede de sua companheira, se encarregando de velá-la. Diva não pesou mais em suas mãos hábeis, sua silhueta perdera gradualmente a solidez e a estabilidade e se transformava em uma diáfana imagem que se reduziu a pequenas esferas diminutas que se desfaziam no ar. Seria um processo visualmente bonito se o simbolismo não fosse uma cerimônia de velório.

Por um ato instintivo, tentou apanhar uma das esferas cintilantes e não deixar escapar um único rastro de sua existência... Ainda assim, a perdeu.

As coisas saíram do controle, e nada justificaria o que fizera. No entanto, ele não se permitiria sentir. Tal como era a regra que impôs para si, nunca se deixe sentir mais do que necessário. A sua frente, duas figuras que se posicionavam em uma atitude protetora e a cólera feroz. E o olhar em ambos os rostos era o mesmo: determinação mortal.

Estava na hora de pagar pelo seu crime.


Notas Finais


~*Ost* :http://www.youtube.com/watch?v=S06MkqGKAZM (Sim, essa musica é de SS, mas me deixou tristemente inspirada na criação desse capitulo. Até porque SS é um doms meus animes favoritos. Então se quiser suar pelos olhos como eu, ouçam enquanto leem u-u)
Fiquei emotiva agora '-' (E quando fico emotiva fico inspirada para caramba @__@)
Bem, agora colocando suspense na parada, na verdade não sei se esse capitulo foi esclarecedor ou um verdadeiro tilt cerebral. Mas vocês que me digam, meus caros leitores.
E para deixar ainda mais confusos - ou não - há muita coisa por trás da morte de Dante e da Diva, muito além do Céu ou do Inferno. (Uí, pareço narradora de uma historia de suspense xD)
Até a próxima!


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