1. Spirit Fanfics >
  2. Nicest Thing >
  3. Eu vou cuidar de você - Parte 1

História Nicest Thing - Eu vou cuidar de você - Parte 1


Escrita por: JoyceSantos e LikaPeluso

Notas do Autor


Pessoas! Cheguei com mais um capítulo!
Aviso: esse capítulo está dividido em duas partes (Parte 1 e parte 2). Enjoy :3

Capítulo 7 - Eu vou cuidar de você - Parte 1


Fanfic / Fanfiction Nicest Thing - Eu vou cuidar de você - Parte 1

- Eu não vou ir hoje! – Dressert se agarrava no lençol de sua cama enquanto sua mãe tentava a puxar para fora pelos pés.

- Você vai sim! – Cris continuava a puxando com a força de uma mãe furiosa.

- Não vou! E você não pode me obrigar! – Dressert parecia um gato se agarrando nas coisas para não ser levado para o banho.

- Você não teve problema nenhum em ir ontem, porque está fazendo tudo isso hoje? – Cris estava quase conseguindo tirar ela da cama.

- Foi... foi porque... – “Foi porque aquele idiota falou que gostava de mim de um jeito romântico”, esse era o motivo, mas Dressert não tinha coragem de dizer para Cris, já que ela apoiaria totalmente Castiel.

- E amanhã? E depois? Você não vai querer ir para a escola nunca mais? – Cris derrubou ela da cama e ela reclamou um pouco de dor por causa da queda.

- Isso mesmo, nunca mais! Nunca deveria ter saído desse quarto! – Dressert disse ainda no chão.

- Então você quer que eu esqueça totalmente o nosso combinado? – Cris disse muito nervosa.

- B-bem... Não... – Dressert disse fazendo círculos no lençol com os dedos.

- Então se arrume logo antes que eu faça isso a força! – Cris disse saindo e fechando a porta com força fazendo um barulho altíssimo.

“Droga, como eu vou encarar ele?”, Dressert pensou enquanto tentava escolher uma roupa. Ela pegou uma camisa sem mangas branca de abotoar e uma saia preta. “Cadê as roupas de vovó?”, ela escutou a voz de Castiel em sua cabeça.

- Sai da minha cabeça! Me deixa em paz! – ela estava falando sozinha.

Ela se vestiu, escovou os dentes e nem quis saber de tocar em seu café da manhã. Cris a levou para escola e percebeu que ela estava com a cara mais emburrada que ela já viu. Dressert mal se despediu, mas antes de sair do carro, ela ficou observando a entrada da escola e se não havia nenhum sinal de Castiel por lá. Quando percebeu que o caminho estava livre, ela correu e entrou no prédio. Passou rapidamente pelos corredores, pegou suas coisas no armário com pressa e respirou fundo antes de olhar discretamente para a sala. Suspirou de alívio ao ver que ele não estava lá. Entrou e se sentou separando o material desesperadamente. Pegou um livro e o deixou em pé na sua frente para que ele não visse seu rosto quando chegasse. Mas no final das contas, todos entraram na sala, menos Castiel.

As primeiras aulas passaram rápido. Passou o intervalo. As últimas aulas. E nada, nem sinal dele. Foi aí que Dressert começou a se preocupar e resolveu perguntar para Nathaniel que estava na sala do Grêmio se ele sabia de alguma coisa.

- Oh, é difícil ver você por aqui. A que devo a honra da sua visita? – Nathaniel perguntou sorrindo como se tivesse ganhado um prêmio.

- Castiel... Eu não o vi por aqui hoje... – Dressert perguntou.

- Ah, ele... – O sorriso de ganhador de um prêmio de Nathaniel desapareceu como se tivessem cometido um engano e o prêmio era de outra pessoa  - Ele não veio mesmo, está doente...

- Nossa, eu devo ter passado meu resfriado para ele aquele dia... – Dressert disse pensativa.

- Aquele dia? Que dia? – Nathaniel perguntou curioso, parecendo estar um pouco incomodado.

- Você sabe onde ele mora? Acho que tenho que retribuir um favor para ele... – Dressert nem escutou o que Nathaniel disse.

- E-eu não sei... Favor? Que favor? – Nathaniel parecia cada vez mais incomodado.

- Hum... Você pode me dizer alguém que saiba? – mais uma vez ela não escutou o que ele disse.

- O Lysandre deve saber. Ele tem cabelos prateados, olhos de cores diferentes, âmbar e verde, usa roupas no estilo vitoriano. Não é difícil acha-lo. Mas você não vai na casa do Castiel, vai?

- Ah sim, eu já o vi na escola, obrigada Nathaniel... – E ela saiu correndo da sala.

“Onde ele deve estar?”, Dressert procurou pela escola inteira menos na escadaria. Quando ela chegou lá ele estava lá, parecia estar procurando algo.

- Oi, você é o Lysandre, não é? – Dressert perguntou se aproximando dele.

- Sim e você é... – ele colocou a mão no queixo pensativo – D... Desculpe, mas eu não lembro o seu nome...

- É Dressert, você estava indo bem... Você e Castiel são amigos, não são?

- Sim, porque a pergunta?

- Eu preciso saber onde ele mora... – ela disse percebendo que tinha um bloco de notas caído no chão atrás dele – É aquilo que você procura? – disse apontando para o bloco de notas.

- É isso mesmo, obrigado! – ele disse pegando o bloco de notas – Então você quer ir na casa dele. Por que?

- B-bem, e-eu... É que... É meio difícil de explicar... – ela disse corando um pouco sem perceber.

- Bom, se quer tanto ir, eu levo você lá... – ele disse indo em direção aos armários para pegar suas coisas.

- Não precisa, é só me explicar como eu chego lá... – Dressert disse o seguindo.

- É que... Eu não sei te explicar como chegar lá... – Ele disse tirando as coisas do armário e o fechando logo após.

- Como assim? – Ela perguntou, mas ele não respondeu e continuou andando.

Eles saíram da escola e foram a caminho da casa de Castiel. Em uma parte do caminho Dressert percebeu que eles estavam dando voltas.

- Ei... Tem certeza de que sabe onde ele mora?

- Claro... – ele disse parando um pouco pensativo – Ah! Eu acho que é por aqui! – E continuou andando.

- Você acha? – Dressert perguntou assustada.

Eles deram mais uma volta e caminharam mais um pouco. Passaram em frente de uma casa e quando estavam se afastando, Lysandre deu passos para trás.

- É aqui... – Ele disse indo em direção a campainha.

- T-tem certeza? – Ela perguntou quase tonta de tantas voltas que eles deram.

- Claro, venho aqui várias vezes... – Ele respondeu naturalmente – Bem, eu vou indo...

- Como assim? Achei que você ia entrar também! – Dressert começou a ficar nervosa ao saber que entraria lá sozinha.

- Eu tenho que voltar na escola, esqueci uma coisa...

- O que você esqueceu?

- Hum... Eu não lembro... – disse tocando a campainha – Até mais Dressert – E foi embora.

Dressert ficou esperando ansiosamente. Talvez o próprio Castiel atendesse a porta ou até mesmo a mãe dele. A dúvida terminou quando ele finalmente abriu a porta. Ele estava enrolado em um cobertor cinza, o rosto suado e abatido. Ela tentou dar o sorriso mais agradável possível e acenou para ele. Quando ele viu que era Dressert imediatamente fechou a porta. Dressert tocou a campainha de novo e ele voltou.

- Por que fez isso? – Ela perguntou nervosa.

- Porque eu sempre quis bater a porta na cara de alguém... – Ele respondeu.

- Por que não fez isso com o Lysandre? – Ela perguntou ainda mais nervosa.

- Porque ele não se importaria e não seria tão engraçado... – ele disse rindo – Por que está aqui?

- N-não é óbvio? – Ela perguntou encarando o chão.

- Não. E eu não sou bom em adivinhar as coisas, então fala logo... – ele já estava sério.

- Eu... Vim para cuidar de você... – ela disse tímida.

- Você? Cuidar de mim? – Ele riu sarcasticamente – Falou a garota que está usando as roupas que a mãe escolheu.

- Eu escolhi as minhas roupas... – ela disse olhando séria para ele – Vamos acabar logo com isso – Ela disse empurrando ele para o lado e entrando na casa.

- Ei! Não pode entrar desse jeito! Quem você pensa que é? – Ele fechou a porta e foi andando atrás dela arrastando um pouco o cobertor no chão.

- Cala a boca e me deixa cuidar de você! – ela disse tão séria que o fez desistir de implicar com ela.

A primeira coisa que ela percebeu foi que não havia mais ninguém em casa. Tinha poucos móveis e tudo estava limpo e organizado. Castiel foi até o quarto e ela o seguiu. Ele se jogou na cama enquanto ela ficou observando cada detalhe do quarto dele. Não tinha muita coisa, as cores eram neutras como azul e branco, tinha alguns pôsteres do Winged Skull colados nas paredes e tudo parecia organizado e limpo. Em um canto do quarto ela viu uma guitarra e logo se lembrou de seu pai, que mesmo gostando mais do violão, tocava guitarra algumas vezes. Ele dizia que queria ter uma banda quando era pequeno, mas as coisas não deram muito certo e ele tornou-se Gerente de compras de um supermercado.

- O que foi? – ele perguntou depois dela ter ficado um tempo em silêncio.

- Nada... – ela disse ainda olhando a guitarra com uma expressão triste.

- Não parece ser nada... – ele disse olhando para a guitarra também. Muitas coisas também passavam por sua cabeça.

- Eu vou... Preparar alguma coisa para você comer... – ela disse indo em direção à cozinha.

Ela foi até a cozinha e abriu a geladeira se espantando pelo fato de ela estar quase vazia. Tinha alguns pedaços de pizza em um prato, refrigerantes e algumas garrafas de água. Ela procurou mais um pouco pela cozinha e conseguiu encontrar alguns legumes. “Não é muito, mas acho que vai ficar bom”.

Ela começou a cozinhar enquanto milhares de coisas passavam por sua cabeça. A maioria eram lembranças de seu pai, mas algumas eram sobre Castiel. Onde estão os pais dele? Pelo que ela pôde perceber, não parecia que mais alguém morava ali. Ela estava distraída com seus pensamentos e nem percebeu Castiel se aproximar dela. Quando ela virou de costas levou um susto tão grande que quase deixou a bacia com alguns legumes cortados cair no chão.

- Você quase me matou de susto... – ela disse com a mão no peito, como se seu coração tivesse quase parado.

- Desculpe, eu só queria ver o que você estava fazendo... – ele parecia diferente. Como se estivesse em um momento de nostalgia, lembrando de alguma coisa muito boa que até o anestesiava. Seu rosto estava calmo e sereno, o que fez Dressert se preocupar.

- Deixa eu ver se você está com febre... – ela se aproximou dele e colocou a mão direita em sua testa. Ele fechou os olhos ao sentir o toque dela – Você está muito quente, isso não é bom...

- Talvez seja porque você está perto demais de mim... – ele respondeu com um olhar que a fazia ter arrepios.

- V-você tem que se deitar... A sopa está quase pronta, eu levo para você depois... – ela se virou rapidamente e começou a colocar os legumes na água fervente com as mãos trêmulas.

- Mas eu quero ficar aqui com você...

- Pare de ser teimoso! Você precisa descansar! Tem que melhorar logo se não vai acabar tendo problemas! – ela disse como se fosse uma mãe, mas sem olhar para ele, mantendo toda a sua atenção na sopa.

- Eu sei... Mas deixa eu ficar só mais um pouco... – ele pediu com a voz calma, mas parecia uma súplica.

“Afinal, faz muito tempo que não vejo alguém cozinhar só para mim”, ele pensou sorrindo sem se preocupar em estar sendo muito emocional, afinal, ela não ia ver.


Notas Finais


Finalmente o Lysandre apareceu, todo perdido hahaha
Esperamos que tenham gostado! Logo tem mais ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...