História Night Of a Hunter - O inferno na Grécia Antiga

CAPÍTULO 2

Esta semana estava sendo perfeita. Tinha recebido meu pagamento segunda feira e estava gastando-o por aí. Ganhei uma bolada para apagar um cafetão em Las Vegas, moleza. Hoje a noite promete, irei a uma das baladas mais chiques aqui de Nova York. Frequento muito esse tipo de lugar, mas esse era o meu preferido. Então coloquei um vestido azul bem escuro, super sofisticado, um salto alto e carreguei a maquiagem. Quando estava saindo fui esconder a bolsa com o dinheiro e as lembranças vieram.

~FLASHBACK ON~

Já tinha formado meu dossiê completo com as informações da vitima. Carlos Braga, o cafetão dos cafetões de Las Vegas. Pesquisei tudo sobre ele e podemos dizer que descobri até seu tipo de cueca preferido. Hora de agir. Já tinha preparado meu terreno e já tinha conquistado o cara.

Cheguei na frente de um hotel magnífico onde estava tendo uma festa para um empresário famoso e as prostitutas do Braga estavam lá, ele também, já que era amigo do tal aniversariante. Desci do meu carro e todos os olhares masculinos estavam na minha direção, não tenho certeza se eram para mim ou para o meu carro que era um clássico. Mas enfim, fui em direção ao elevador e o segurança me deixou passar sem que eu abrisse a boca, o que era errado pois só permitidos poderiam entrar. Ignorei o fato, já que ele estava babando, pisquei para ele e entrei no elevador apertando o botão da cobertura. O elevador se abriu e o som alto fez meu peito estremecer no ritmo das batidas. Cheguei na porta do único quarto que tinha no andar e havia dois homens postes parados lá. Sorri. Eles não tiveram nenhuma reação.

-Estou com o Braga. – Falei seca.

-Deve ser uma das putas. – O maior falou para o outro me abrindo passagem. Dei um chute nas suas bolas que o fez gemer e cair no chão.

-Pode ter certeza que não. – Falei angelicalmente enquanto o outro ria de canto.

-O que está acontecendo aqui? – Braga apareceu na porta.

-Nada. – Sorri. Ele sorriu e fechou a porta quando entrei.

O lugar estava divertido até, apesar de ter prostitutas tirando a roupa em cada canto do apartamento.

-Tenho uma coisa para você. – Sussurrei e seu ouvido e pude sentir seus pelos se arrepiarem.

-Quer ir para um lugar mias reservado? – Braga falou com a voz tremula. Apenas mordi os lábios e disse que sim com a cabeça. Nos levantamos e fomos para a suíte do luxo do quarto. Apesar de nunca termos trocado beijos e muito menos transado ele me queria, eu vi em seus olhos. Começou a beijar meu pescoço e começou a passar as mãos fortemente pelo meu corpo. Abriu o zíper do meu vestido deixando-o cair no chão. O joguei violentamente na cama.

-Adoro mulheres que sabem comandar. – Falou maliciosamente. Subi em cima dele de modo que cada perna minha ficassem em um lado de seu corpo. Coloquei os dedos em seu lábio em forma de silêncio. Me abaixei , mordi sua orelha e fui distribuindo selinhos em seu pescoço e chupei forte o local do último. Ele gemeu baixinho.

-Está pronto para ir para o inferno? – Falei e estranhamente senti sua ereção mais pulsante com essas palavras.

Então rapidamente enfiei a agulha no local que estava minha marca e apertei a seringa fazendo com o que o veneno se espalhasse em sua veia central. Tapei a boca dele para abafar o grito. Ele estava sufocando olhando em meus olhos com suas pupilas se dilatando. Sorri com prazer. Não posso descrever o sentimento que é uma pessoa implorando por sua vida com os olhos, é como um orgasmo. Quando ele finalmente apagou, coloquei a seringa na minha bolsa, coloquei meu vestido e então fui embora com um sorriso sanguinário no rosto.

~FLASHBACK OFF~

Sorri involuntariamente com aquilo e logo peguei minhas chaves e fui para a boate. Cheguei lá e era lindo. Toda sua decoração era com o tema Grécia antiga e tinha uns caras tipos deuses gregos sem camisa dançando em altares. Já gostei do lugar. Fui direto para o bar e sentei em um dos bancos.

-Um Martini por favor. – Sorri para o garçom vestido com um manto branco.

-É pra já. – Sorriu de volta. Era regra ser lindo para trabalhar aqui? Meu deus.

Virei para a pista de dança tentando visualizar alguém para levar hoje. Logo avistei um cara perfeito parado com um copo na mão olhando para mim do outro lado do salão. Sorri para ele e o fiquei encarando por alguns segundos.

-Aqui está. – Falou o garçom.

-Obrigada.

-Ia te oferecer um drink, mas já vi que foi tarde. – Falou o cara que eu estava olhando. Como ele era lindo. Pensei um instante antes de deixar meu queixo cair.

-Nunca é tarde. – Sorri de canto.

Começamos a conversar fazendo trocadilhos e elogios. Precisava apenas de um lance para joga-lo na minha cama.

-O dia está lindo não é? Ótimo para andar com um guarda-chuva azul. – Um homem sussurrou no meu ouvido. Apesar de não fazer sentido eu sabia exatamente o que significava.  Eu trabalhava apenas com pessoas com grande importância no mundo do crime, só os chefões. E aquelas palavras significavam que tinha um trabalho para eu realizar. Alguém iria morrer em breve.

-Preciso ir agora, obrigada. – Dei um beijo no canto da boca do bonitão e então segui o homem de terno preto que se perdia na multidão.

Ele estava encostado em uma mesa bebendo uma taça de champagne. Me encostei na mesa de frente para ele.

-Natasha Romanoff, podemos conversar?

-Podemos, mas qual a necessidade de quatro seguranças? – Mesmo eles estando disfarçados e espalhados pelo salão eu reconhecia um segurança apenas pelo cheiro. Ele me olhou surpreso.

-Não são por sua causa. – Sorriu. – Tenho um trabalho para você.

-Todos tem. – O cara acenou para um homem grande que estava atrás de mim que trouxe uma maleta e abriu em minha frente revelando os milhões de dólares que ali habitavam.

-Pela quantidade deve ser importante.

-Tem um assassino profissional que precisamos morto. E apenas você é capaz de mata-lo.

-E o pagamento?

-Dez milhões assim que você trouxer a cabeça dele. – Aquelas palavras foram como um chamado para mim. Ele explicou tudo e como eu seria beneficiada. Aceitei na hora.

-E como é o nome dele?

-Shannon Leto.