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História Night Shadow - Cavalo de Troia


Escrita por: Felipe_Kurogane

Notas do Autor


Já faz 84 anos...

Bem depois de vários meses sem escrever aqui estou eu trazendo a continuação da historia. Depois de muito refletir eu vi que eu não poderia deixar um projeto assim inacabado, e principalmente estando tão próximo do fim, e os comentários que eu tive mesmo nesse período sem postar me ajudaram muito a continuar.

E por fim eu tenho três coisas a dizer sobre a história:

A primeira é que ela deve ter mais quatro ou cinco capítulos, este é o primeiro que dará início aos eventos finais.

A segunda é que este cap era parte do que eu pretendia deixar como um único cap, mas eu decidi dividi-lo pq caps longos não são vantajosos.

E a terceira é que o próximo já está pronto, então devo postá-lo no outro domingo, assim terei tempo para fazer tudo com calma e fazer as postagens regularmente, ufa, é isso.

Obrigado por acompanharem e Boa Leitura!

Capítulo 14 - Cavalo de Troia


Dois dias atrás - Long Island, New York.

O sol ainda despontava seus primeiros raios de luz no horizonte, quando os semideuses já se movimentavam intensamente na relva do Acampamento Sangue do Olimpo. A agitação era incomum, principalmente naquele horário onde todos deveriam estar em suas camas desfrutando de um sono calmo e livre de preocupações somente experimentado naqueles tempos de paz. No entanto, parecia que esse tempo já havia ficado para trás e se tornado apenas uma saudosa memória, assim como um sonho que se esvai em meio as nossas lembranças depois das primeiras horas da manhã.

Na noite anterior, durante o jantar que geralmente era sinônimo de alegria, brincadeiras, e comida farta, todos foram subitamente surpreendidos por um comunicado dos deuses. A mensagem apesar de ter sido dada em poucas palavras trouxera o caos ao Acampamento que há muito não era perturbado daquela maneira. Afinal, o anuncio de uma guerra já não era algo fácil de ser digerido, mas a convocação para uma batalha eminente, principalmente quando esta aconteceria no dia seguinte sem nenhum prévio aviso era algo intragável.

Passado o choque inicial, os líderes do grupo de heróis tomaram as rédeas da situação e passaram a organizar as operações de preparação. Os semideuses atenderam as solicitações de imediato, e em poucos minutos uma espécie de estado de exceção havia sido imposto, garotos e garotas corriam de lá para cá trazendo espadas, lanças, arcos, escudos e agrupando tudo no centro do acampamento. Outros tantos cuidavam de suprimentos especiais como fogo grego, balistas, e arpões, ao passo em que os restantes organizavam a situação na cidade anexa ao acampamento, a chamada “Little Olympus”.

A cidade havia sido erguida para substituir Nova Roma, agora mais ampla com elementos pertencentes a ambas as culturas, o local se assemelhava a um grande centro urbano com características modernas e tradicionais. Lindos sobrados cercavam o centro comercial composto por grandes lojas, mercados, feiras, e parques de beleza ímpar. Ainda haviam o hospital, a universidade, e as escolas, tudo feito para oferecer as melhores condições de vida aos semideuses e criaturas mágicas que ali viviam. Mesmo assim, a maior parte da população da cidade ainda servia no acampamento, e apesar da grandiosidade das construções a cidade ainda parecia vazia, isso se devia ao pequeno contingente civil, isto é, aos heróis aposentados e crianças que eram o principal intuito do Pequeno Olimpo que havia sido planejado com vistas ao futuro.

Do alto de uma das maiores construções, uma figura esquia observava o que acontecia lá embaixo. Sentada em uma das pontas do teto ela balançava seus pés à mais de vinte metros do chão, seu tronco e face eram recobertos por um casaco simples preto, vestia ainda calças jeans e botas bem lustradas. Uma de suas mãos repousava ao seu lado sobre a superfície áspera do concreto, enquanto a outra girava um pirulito em sua boca.

- Estão atrasados! – Exclamou

- Eu sei, mas não pode nos culpar, isso pegou a todos de surpresa. – Respondeu um dos recém-chegados.

- Inclusive você. – Acrescentou o outro com um certo tom de ousadia.

- Como estão as coisas lá? – Perguntou ignorando a pequena provocação, principalmente ao levar em conta que iniciar uma discussão agora se mostraria extremamente tedioso e irresponsável, mais do que nunca as informações eram necessárias para determinar o futuro.

- Quíron e Lupa estão no comando coordenando tudo junto aos líderes dos chalés e das legiões, a partida será feita ao amanhecer em embarcações enviadas por Poseidon, depois o trajeto será feito em ônibus escolares em levas para não levantar a suspeita dos mortais, e a última parte será feita a pé por conta do terreno difícil. A previsão é que ao meio dia todos estaremos acampados e preparados esperando pela ordem de ataque. – Relatou o primeiro sendo conciso em seu resumo.

- Meio dia? – Estranhou.

- Aparentemente contaremos com grande ajuda dos deuses, Poseidon deve mexer uns pauzinhos na parte marítima, e os outros também devem fazer algo, sabemos que nada é difícil quando é do interesse deles. – Explicou.

- Sei... Algo mais? -

- Os deuses da profecia ainda não deram as caras, na verdade não vemos nenhum deus há um bom tempo. – Disse.

- Menos Atena que deu o aviso e a ordem, mas ainda não consigo entender o porquê de tanta emergência, é ante estratégico organizar um ataque ao inimigo às pressas. – Observou o outro.

- Talvez não, talvez suspeitem que tenham espiões infiltrados entre os semideuses, de qualquer modo sendo isso ou não, não nos interessa, o que importa é que ninguém será pego de surpresa. – Afirmou antes de erguer-se da ponta do edifício.

- E o que irão fazer? Quais serão as nossas ordens? – Questionou.

- Ora não sabe? – A figura finalmente se virou para encará-los com um sorriso felino, seus cabelos antes ocultos dentro do capuz balançaram levemente com o vento, as feições afiladas e suaves não deixavam dúvidas de que se tratava de uma mulher, tirando o pirulito da boca e atirando-o lá embaixo, ela continuou. – Façam o de sempre, fiquem calados à minha espera, amanhã eu os procurarei antes do combate para dar as suas ordens.

Dito isto ela se retirou do telhado deixando os dois rapazes sozinhos, a resposta ácida os irritara como em todos os encontros anteriores, mas o tempo corria depressa e logo a ausência de ambos seria percebida mesmo naquela confusão.

- Vamos, não temos tempo a perder. – Falou encerrando definitivamente o encontro.


Pela manhã a grande massa de heróis percorreu uma grande distância em pouquíssimo tempo, primeiro houve a travessia das águas quentes de Long Island para o frio intenso da Costa Canadense. O desembarque foi feito em tempo recorde, os ônibus amarelos tipicamente utilizados por estudantes mortais já estavam a postos à espera dos ocupantes. Os semideuses foram conduzidos por estradas cercadas por grandes arvores verdes e pinheiros que decoravam as encostas e montanhas, mas à medida que avançavam continente adentro a paisagem mudava com o verde dando lugar ao branco, dessa forma, chegaram a uma estrada praticamente deserta. O primeiro ônibus parou ao lado de uma velha placa que marcava a quilometragem. Pequenos flocos de neve caiam gentilmente dos céus, e aplicavam mais uma camada gélida sobre o chão.

Justin, a cria dos céus fora o primeiro a descer do veículo, seguido por seu amigo Aaron o filho da morte, logo após, os outros iniciaram a descida lenta e gradual dos degraus enquanto seus calçados afundavam na neve, Quíron em sua cadeira de rodas veio por último, o que não é de se estranhar, já que transportar um centauro num ônibus seria uma tarefa no mínimo dificultosa. Outros dois ônibus estacionaram logo em seguida, e em alguns minutos mais ou menos vinte ônibus desembarcaram quase mil semideuses nas margens da estrada mais próxima do Palácio Sombra da Noite, dali a distância a ser percorrida até a morada dos Night Shadows era de pouco mais de cinco quilômetros.

Já passavam das dez e cinquenta da manhã quando todos começaram a marchar rumo a uma clareira à pouco mais de um quilometro e meio do Palácio, o local havia sido escolhido por Justin e Aaron, agora líderes do acampamento na ausência dos deuses da profecia, os dois conheciam o lugar devido a participação na missão que terminaria com a morte de Jason. O descampado ficava em meio a altas arvores que na teoria ocultavam a visão das altas torres no cume da montanha.

Os dois garotos andavam lado a lado um pouco distantes dos outros heróis, pareciam apreensivos e trocavam sussurros com certa frequência, mas quem não estaria nervoso naquela situação?

Diferentemente das antigas gerações de semideuses que conviviam com um ambiente em termos de comparação muito mais hostil necessitando lutar pela vida todos os dias, a nova geração acostumada a apenas treinamentos de combate e sobrevivência era bem menos preparada em termos psicológicos e emocionais, muitos só enfrentaram monstros e outros desafios dentro da segurança dos limites acampamento. E isso refletia no atual estado das tropas que enfrentariam iguais não pela primeira vez é bem verdade, mas agora não estariam munidos apenas com espadas de madeira ou disputando competições amistosas, agora suas vidas dependiam da ponta de suas armas.

 As arvores que pontilhavam a trilha em meio a floresta, logo se abriram revelando a clareira indicada, e sem demora tendas, trincheiras, e barricadas começaram a ser armadas e erguidas. A hora se aproximava rapidamente e com ela a tensão pré-combate aumentava.

- Eles já devem saber que estamos aqui. – Aaron, o filho de Hades falou em tom baixo enquanto observava as redondezas com apreensão.

- Com certeza, já vimos do que são capazes naquela ocasião. – Respondeu Justin, o filho de Zeus mantinha a mesma postura do outro, e continuou. – O que será que eles pretendem fazer?

- Algo me diz que saberemos em breve. – Disse.

- É mesmo gênio? Como você... – Ele se interrompeu.

- Isso não é hora de começar a despejar suas merdas, mas se quiser...

- Esquece essa porra, disfarça e olha ali... – Os dois estavam virados de frente um para o outro, e por isso Aaron não pode ver a luz que vinha de dentro da floresta na direção de suas costas em intervalos de tempo calculados, o pequeno fecho parecia ser refletido por um espelho ou uma superfície polida, de modo a chamar a atenção deles. Mas ignorando a pequena instrução de Justin, o filho de Hades virou a cabeça igual a um avestruz em direção ao brilho, fazendo o outro revirar seus olhos.

- Depois eu sou o idiota...

- É ela, vamos. – Sussurrou para depois falar alto. – Ah, acho que vou dar uma mijada.

- Eu também, não se pode lutar apertado não é mesmo? – Complementou o outro enquanto abria caminho entre os semideuses.

Cerca de cento e cinquenta metros adiante eles encontraram a mesma figura com quem haviam conversado na noite anterior, agora vestida com agasalhos pesados semelhantes aos usados por todos na floresta, a garota diferentemente do que foi visto na cidade, exibia seu rosto sem preocupação. Uma espada de cerca de noventa centímetros pendia do lado esquerdo de uma bainha em sua cintura, a direita uma pequena adaga oculta dentro de seu casaco servia como precaução a um possível ataque surpresa.

- Então, aproveitando a viagem? – Perguntou a garota.

- Não enrola, fala logo o que temos que fazer. – O filho de Zeus se apressou.

- Ora, mas que grosseria, desse jeito nunca vai arranjar uma namorada. – Disse com sarcasmo pungente.

- Acho que não preciso lembrar do que acontece se formos descobertos aqui. – Aaron afirmou com urgência. – Fala logo a porra das ordens Helena.

- Tudo bem... – A filha de Poseidon sorriu. – Prestem atenção... 


Notas Finais


O que acharam do retorno da Helena? O que será que ela fazer para evitar a vitoria do exército olimpiano?


Obrigado por ler!


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