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História Nightcall - Tic-tac


Escrita por: cecistydiax

Notas do Autor


não resisti, quis postar logo kkkkkk
gente, nessa virada de fase de nightcall, nós vamos abordar mais sobre o mitch, o passado dele e da mãe e vocês vão ver também que mitch e stiles tem algo em comum.
to muito animada! boa leitura e me perdoem algum erro!

Capítulo 28 - Tic-tac


Fanfic / Fanfiction Nightcall - Tic-tac

5 meses depois

Washington DC

 

Ao lado de Chloe, Lydia verifica a nova coleção de roupas que as duas criaram. No corredor  em carrinhos cheios de araras, vestidos, shorts, blusas, cada peça de roupa verdadeiramente linda.

Cinco meses se passaram depressa. A barriga de Lydia já evidente, mas que ela não quer ainda saber o sexo do bebê. E ao lado de Chloe, a empresa vai de vento em popa e isso é resultado do também sucesso que fizeram com sua primeira linha de roupas, produzidas com o tecido da fábrica de seu pai.

Lydia não consegue descrever a felicidade de se aproximar de seu pai biológico. Mesmo que ele viva em San Francisco, as visitas um ao outro são constantes e o laço entre eles é construído de maneira sutil e emocional.

Mitch e ela fizeram seu jantar de noivado e em seu dedo, a aliança verdadeiramente linda. E ao lado dele, o amor e a confiança. Porém, por opção de Lydia, ambos vão esperar para o casamento depois do nascimento do bebê.

James e Chloe estão namorando e completamente apaixonados. Mitch, por exemplo, nunca viu os olhos de James brilharam tanto em todos os anos que o conhece.

Não demorou muito pra Sebastian conseguir o habeas corpus, porém, em seu tornozelo, a marca que ele está sendo muito bem monitorado. E sozinho na grande mansão, ele vive por si só, com suas garantias que guardou para que quando o pior acontecesse, ele teria. E o pior aconteceu, o escritório fechou.

Lydia não evita de pensar no homem alguns momentos, imaginar como deve ser a solidão dele, é inevitável. Ela jamais desejaria o mal dele, mas sabe que Sebastian deve pagar pelas coisas que fez e em breve, ele estará diante o tribunal.

É mais um dia na empresa, empresa que ela não quer largar até o seu limite.

— Estão lindas — Lydia sussurra, passando seus dedos levemente pelas peças — Já recebemos o retorno de quando elas vão para as lojas?

— Próxima semana — Chloe diz, também admirando as roupas.

No meio do corredor, duas mulheres de negócios que somente de braços cruzados, admiram as criações delas. A roupa social, a realização estampada no olhar das duas.

— Eu ainda não sei se prefiro a primeira ou a segunda linha.

Por trás delas, Thomas caminha até as melhores amigas.

Vestido em seu terno á medida, ele tem um sorriso fechado, recebendo um olhar feliz da filha pela surpresa.

— Não sabia que você viria — Lydia entorta a cabeça levemente, dando um sorriso.

— Uma surpresa não faz mal a ninguém.

Quando é inundada pelos braços do pai, Lydia solta um suspiro de alívio em tê-lo ali. O conforto que ela sente no abraço dele é algo que ela nunca sentiu antes com Sebastian e é tanto que Lydia passaria uma eternidade ali.

— E aliás, quis saber presencialmente o que você achou das peças — Ele diz, se afastando do abraço — Chloe — Ele a comprimenta, também com um abraço.

— O tecido é incrível, Tom — Chloe diz, cruzando os braços — Definitivamente, jamais encontraria um melhor que o seu.

— As vantagens que ter passado meses viajando pelo mundo atrás de boa qualidade — Ele fala, colocando as mãos nos bolsos de sua calça — Fico feliz que vocês gostaram.

— Você fica até quando? — Lydia pergunta.

— Pego o jatinho hoje de noite ainda, amanhã cedo tenho um recital da Cami.

— Eu adoraria ir — Lydia lamenta, já morrendo de saudade da irmã — Grave pra mim.

— Eu irei — Ele sorri — Ela me mataria se eu não mostrasse pra você.

Por trás dos três, a assistente de Chloe se aproxima educadamente.

— Com licença, mrs. Wilders, seu namorado está no telefone.

— Ok — Chloe assente com a cabeça — Com licença.

Ela se afasta de Lydia e Tom, que ficam sozinhos.

— Então, como está indo meu neto?

— Você nem sabe se é menino ou menina — Lydia cerra os olhos, sorrindo — Mas o bebê está bem, fiz uma ultra ontem.

— Eu tenho certeza que é um menino — Tommy sorri, mas, longo muda de expressão depois de um suspiro —  Você soube do julgamento do Sebastian?

— Sim, eu soube — Lydia comprime os lábios, neutra em sua reação — Daqui a alguns meses.

— Você vai?

— Não — Ela sussurra, encarando seu pai — Sebastian é meu passado. Eu não quero olhar nos olhos do homem que tudo que me trouxe foi sofrimento.

— Entendo — Tommy diz, dando um longo suspiro — Você e Mitch podem jantar comigo hoje de noite?

— Claro, pai.

Os olhos de Lydia não se arregalam, mas, eles se expressam levemente surpresos como a palavra saiu tão naturalmente de sua boca.

Diante dela, Tommy sente um arrepio dominá-lo e urgentemente, sua garganta fechar. Tom não fala, não reage, somente encara a filha com seus olhos marejados, emocionados com o que sempre sonhou em ouvir da boca de Lydia.

— Você me chamou de pai — Ele sussurra — Não foi?

Lydia sorri, também com seus olhos verdes emocionados.

— Você não tem idéia de quanto eu esperei por isso — Ele franze o cenho, soltando um sorriso.

Sutilmente, Lydia entrelaça mãos na cintura do pai, o abraçando.

É inevitável o pequeno arfo que Tommy solta, emocionado com o ato da filha.

— Eu te amo, pai — Ela sussurra, com seu rosto encostado no peito de Tommy.

— Eu te amo, kiddo.

Em silêncio, os dois aproveitam da presença um do outro.

 

——————————

 

Parado no meio da calçada, Mitch encara encantado o que tem na vitrine de uma loja infantil. Ele não sabe o porquê de estar ali, parado, mas, ele simplesmente encara as peças de roupas de bebês.

Mitch, é, de fato, um pai completamente apaixonado e não vê a hora do beber nascer.

— Mitch.

James, que havia parado pra comprar um cachorro quente, se aproxima e acorda o melhor amigo do transe.

— Ainda não sabem o sexo? — James pergunta, dando uma mordida na sua comida.

— Não — Mitch dá de ombros, com suas duas mãos nos bolsos do casaco — Ela não quer saber, quer que seja surpresa.

— Que chato — James diz, também olhando as roupas de bebês — Mas, eu acho que é menina.

— Eu vou ser insuportável se for pai de uma menina — Mitch comprime os lábios — Não quero nem imaginar.

— É — James ri, botando a mão na boca — Eu já imagino você todo maquiado e dando chá para as bonecas.

— Isso é o sonho de qualquer pai — Mitch dá uma cotovelada no amigo — E você e a Chloe, como estão?

— Ótimos — Ele conta, somente ao terminar de mastigar — Falei com ela há pouco tempo, parece que seu sogro está lá na empresa também.

— Ele nem disse que viria.

— Engraçado, não é?! — James franze o cenho, olhando rapidamente pra Mitch — Tudo o que você tem com o Tommy, você jamais iria ter com o Sebastian. Pelo amor de Deus, aquele cara é a própria radiação.

— Nem me diga — Mitch diz, já caminhando ao lado de James — Mas, tem algo me incomodando.

— O que?

— Eu tenho essa sensação… eu não sei, as vezes eu acho que estou sendo observado, seguido — Mitch conta sua frustração, que sente há algumas semanas — Eu sei que não tem mais chance de ser o Sebastian, mas, e o Jonathan?

— Mitch, esse cara provavelmente deve estar feliz com um emprego por ai — James tenta tranquilizá-lo — E aliás, por mais estranho que ele seja, eu acho que ele não faria mal a ninguém.

— Eu não tenho tanta certeza.

— Você conversou com a Lydia sobre isso? — J pergunta, já dobrando a esquina ao lado de Mitch.

— Não, na verdade — Ele dá de ombros, molhando seus lábios — Não quero que se preocupe, ela está tão bem e aliás, eu estou aqui por ela.

— Provavelmente, mas…

James abraça o amigo de lado, que sorri com o ato inesperado dele.

— Eu tenho uma pergunta pra você, tipo, curiosidade mesmo — James diz e Mitch o olha de maneira engraçada, já imaginando qualquer coisa — Não me interprete mal, mas, é possível fazer sexo com uma grávida?

— Mas que porra? — Mitch o empurra, rindo — Você as vezes parece que tem cinco anos, J.

— Ei, eu dormia nas aulas de biologia!

Mitch revira os olhos, somente ignorando a pergunta do melhor amigo. Os dois caminham mais um pouco e logo chegam na empresa de Lydia e Chloe.

O hall do lugar é verdadeiramente chique e sofisticado. A maneira de como tudo mudou, de somente uma recepção, pra várias pessoas em espera sentadas em sofás, pessoas entrando e saindo dos elevadores, é realmente bonito de se ver.

Na recepção, o rapaz somente assente para James e Mitch e eles entram no elevador, subindo até o último andar.

Já aonde desejam, a porta se abre e diante deles duas salas. Cada um vai pra sua respectiva.

Mitch, quando abre a porta, encontra Lydia de pé, encarando a vista que sua janela lhe oferece. Ela parece aérea e por isso, Mitch se aproveita pra se aproximar.

Antes mesmo de sentir os braços dele a arrodear, Lydia sorri ao sentir o cheiro dele.

— Você nunca vai ser capaz de me dar um susto — Ela sussurra, já sentindo os braços dele passarem por sua cintura — Sinto seu cheiro.

— É? — Ele sussurra no ouvido dela, que se arrepia como todas as vezes — Isso é bom.

Lydia se vira pro noivo, pousando suas mãos nos ombros dele.

É ela que beija Mitch, deslizando seus dedos até o pescoço dele, aumentando mais a pressão e o toque entre seus lábios. A respiração presa dos dois demonstra a intensidade do beijo.

— O que te trás aqui? — Ela pergunta, baixinho.

— Saudade da minha noiva — Mitch dá de ombros — E…

Ele se abaixa, dando um longo beijo na barriga de Lydia.

— Falar com esse bebê que eu sei que já sabe o som da minha voz — Mitch sussurra, acariciando a barriga — E que eu amo demais.

Lydia sorri, admirando o noivo.

— Meu pai nos convidou pra jantar hoje — Lydia conta e Mitch sobe, ainda com a mão na barriga dela.

— Isso é ótimo — Mitch comprime os lábios, dando de ombros — Graças a Deus o meu sogro gosta de pizza e não de caviar.

Lydia sorri, revirando os olhos.

Logo, Lydia pega sua bolsa e com Mitch, vai embora dali, deixando praticamente o andar todo para James e Chloe.

E dentro da sala, Chloe morde o ombro de James para não deixar o seu gemido escapar.

 

———————————

 

Por trás dos óculos escuros, Jonathan esconde seus olhos frios.

Assim que a porta de desembarque se abre, ele empurra seu carrinho com suas malas e caminha pra fora do aeroporto de Washington DC.

Do lado de fora, vê o carro que o espera.

Um homem recolhe suas malas e coloca dentro do porta-malas, enquanto Jonathan entra no carro.

Depois da prisão de Sebastian, Jonathan pegou tudo o que era seu do seu trato com o homem e foi embora.

Somente alguns meses foram suficientes para a onda baixar e ao retornar para Washington DC, Jonathan sabe exatamente o que ele deseja.

Dentro do carro, ele não está sozinho.

Recuada, Jemma, a mesma mulher que contou a Mitch sobre o que aconteceu sobre Celine, está ali.

— Fico feliz que recebeu meu convite, Jemma — Jonathan diz, retirando seus óculos escuros — Sabia que você não iria resistir.

— O que eu ganho com isso? O que eu ganho por mentir? — A mulher, angustiada, questiona.

— O suficiente pra pagar o tratamento do seu marido — Jonathan diz, cerrando os olhos — Não é isso que você quer?

Jemma se cala, desviando o olhar.

— Não é isso que você quer? — Jonathan é mais duro e de forma rude, agarra o queixo da mulher para ela olhá-la — Você está comigo?

Calada, Jemma somente assente com a cabeça.

— Ótimo.

Ele a solta, ajeitando as mangas de sua camisa social.

— Espero que você não amarele, querida, porque eu quero Mitch Rapp preso.

 

—————————

 

Segurando sua cerveja perto da boca, Mitch observa Lydia sorrir em uma conversa animada com Thomas. Ele não sabe descrever o porquê de olhá-los, mas, Mitch gosta de admirá-la feliz e com um sorriso que iluminada todos os seus dias.

— Mitch odeia também! — Lydia diz, dando um gole na sua água.

— É peixe cru — Ele coloca a garrafa de vidro em cima da cama, se ajeitando na cadeira — Como as pessoas gostam disso?

— Viu? — Thomas abre a mão pra Mitch, que dá um high five com o sogro — Sensato.

— Vocês são perfeitos um para o outro — Ela revira os olhos, colocando uma batata frita na boca.

— Então, e as roupas? — Mitch questiona, mudando de assunto.

— Ficaram perfeitas — Lydia diz, enquanto acaricia sua barriga de maneira automática e natural — Próxima semana está nas araras.

— Minha noiva é estilista e eu me pergunto todos os dias como eu consigo me vestir  desleixado — Mitch brinca, afundando seu rosto carinhosamente no pescoço de Lydia, que sorri.

— Eu era exatamente como você — Tommy conta, coçando o queixo — Diferente de Sebastian, que passava gel no cabelo, sempre andava tão bem arrumado, eu somente usei terno e gel no cabelo na adolescência no baile de formatura.

Ele ri, sendo acompanhado de Mitch e Lydia.

— Meu baile de formatura convidados de fora não eram permitidos e eu fiz Mitch pular o muro da escola — Lydia relembra uma das loucuras de Mitch e dela antigamente.

A conversa entre Lydia e Tommy rende e continua, mas, Mitch está longe dali.

Os seus olhos pousam acidentalmente em uma figura familiar o encarando do lado de fora do restaurante e eles ficam ali. Mitch se incomoda, sente sua pulsação acelerar com facilidade.

De terno, ele vê Jonathan parado no meio da calçada e a vontade de ir atrás de uma satisfação, de saber o que ele quer, a raiva o motiva a se levantar da cadeira inesperadamente.

— Mitch? — Lydia não entende, o olhando juntamente com Tommy.

Mas, Mitch não consegue dar ouvidos. Somente dá atenção á sensação forte e ruim que sente ao lembrar de quem Jonathan é.

Sob o olhar assustado de Lydia, ele caminha pra fora do restaurante e ao parar na calçada, não consegue mais ver Jonathan.

Mitch olha para todos os lados, procurando pelo rapaz, em vão.

Semanas que ele possui a mesma sensação de estar sendo observado e fora da vista de Lydia, os ataques de pânico de Mitch se tornaram constantes, algo que não acontecia há anos.

A falta de ar que sobe nele, o tremor no seu corpo e como se tudo estivesse mudo ao seu redor e somente o som de sua respiração descompassada o atormentasse.

 

— Mitch.

Lilian sussurra, sentindo seu coração doer em ver o pequeno completamente encolhido, sentado no chão.

— Querido.

Ela se agacha, o abraçando com gentileza.

Lilian aperta seus olhos, deixando suas lágrimas rolarem enquanto tenta lutar contra a vontade de desabar.

Seu rosto ainda arde e sua barriga dói, resultado das agressões de seu marido e que o pequeno Mitch, infelizmente, presenciou.

— Olhe pra mim — Lily pede, pousando suas duas mãos no rosto do filho — Respire fundo, Mitch.

Diante dela, ele chora e os sons que saem da boca dele é a luta que Mitch enfrenta para tentar acalmar-se.

 

— Mitch!

Lydia segura o braço dele, o puxando para virá-lo pra si. Quando o faz, coloca as mãos no rosto dele com gentileza. Lydia o encara completamente preocupada, como se não existisse nada além de necessidade de saber o que está acontecendo.

— Olhe pra mim — Ela pede.

Os olhos angustiados de Mitch sobem dolorosamente até o rosto de Lydia.

— Respire fundo — A ruiva pede.

Ela encosta sua testa na dele, unindo suas mãos e carinhosamente, Lydia as leva até sua boca.

— Eu estou aqui, ok? — Lydia sussurra, olhando diretamente nos olhos de Mitch.

Mitch está de pé, mas está encolhido, com seus ombros caídos. E angustiada, Lydia coloca a cabeça dele em seu ombro, deixando sua mão na nuca dele.

Seus olhos se apertam, tentando manter a calma. E quando abre, vê o pai encará-los, visivelmente preocupado.

Em meio a agonia, Mitch encara o vazio do chão lembrando-se de cinco meses atrás.

 

Assim que fecha a porta do apartamento, Mitch sorri ao ver Lydia correr pro banheiro pra tomar banho depois de uma viagem de volta para casa.

Quando anda, Mitch sente algo em seu pé e quando olha, vê uma carta.

Ele se agacha para pegá-la e ao prestar atenção, a vê sem remetente ou destinatário.

Mitch se levanta, abre e na grande folha, o que tem escrito, faz a respiração dele não encontrar uma saída.

 

Tic-tac.

Tic-tac.”


Notas Finais


eai, o que acharam? confesso que fiquei um pouco nervosa, porque sinto em pequei em não ter abordado sobre a vida do mitch antes, mas, ai está e vocês vão poder acompanhar mais daqui em frente.
até o próximo!


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