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História Nikutai no youkubo ( Desejos da carne) - Carne trêmula!


Escrita por: Vagabond

Notas do Autor


♥ Para matar a ansiedade e também para agradecer o carinho de vocês!!!!!

**O poema que abre é meu.

**Espero que gostem !!!XD

Capítulo 3 - Carne trêmula!


Fanfic / Fanfiction Nikutai no youkubo ( Desejos da carne) - Carne trêmula!

“Meu corpo implora, mudo e sedento...

Domina-me!

Venda meus olhos, algema meus sussurros...

Torna-me teu anseio e receptáculo de teus caprichos

E, como presente, peço-te apenas,

Geme meu nome, enquanto me preenches...”

 

Minos foi até a mesa de seu cliente, como era de praxe ao ser escolhido como acompanhante. Seu olhar era desafiador, assim como o de Hades.

– Não pensei que o veria, novamente. – disse o jovem com um sorriso provocativo.

– Como eu havia dito, voltaríamos a nos encontrar e aqui estou. – falou Hades fitando-o com uma intensidade desconcertante.

– Meu trabalho é satisfazer, mas já aviso que não sou um submisso. Se deseja um pedido formal de desculpas pelo que aconteceu, posso fazê-lo agora e não perderá seu tempo. Poderá ter seu prazer com outro.

Hades olhou-o de cima a baixo, lenta e silenciosamente.

– Realmente, depois de vê-lo dançar, não creio que seja um bom submisso. Mas vejo que deve ser bom em sexo oral, já que costuma falar mais do que agir.

A frase dita com sarcasmo fez Minos sorrir e estreitar os olhos, felinamente.

– Pelo que vejo você também é um perito oral. Sinceramente, não sei o que está fazendo aqui.

– Simples, eu disse que voltaria.

– Ficou tão ofendido com o que eu falei que se submeteu a voltar aqui? – provocou Minos.

– Não é questão de submissão e sim de escolha. Eu tenho essa prerrogativa, você não. Você é pago para servir qualquer um que pague o preço e eu quero e posso pagar para que me sirva. Chamou-me de covarde, mas vejo que é você quem tem medo...

– Medo? Eu?

– Sim, você. Diz aqui que sua habilidade é fazer com que o cliente sinta prazeres nunca experimentados. – falou Hades segurando o menu com os profissionais da casa e seu talentos. – Pode ser que consiga isso com homens fracos e carentes que se deixam enganar, porque isso lhes fortalece o ego. Minha curiosidade é como você se comporta com alguém que está muito além do blefe? Alguém que saiba tanto de prazer quanto você...

Minos franziu o cenho. A voz grave e autoritária de Hades fazia com que aquelas palavras soassem mais duras e mexessem com o seu orgulho. Sentiu vontade de retrucar, mas controlou-se. Olhou nos olhos frios dele e fez o mesmo gesto da dança, como se fosse pegar uma marionete.

– Bem, acho que só saberemos na prática, não é mesmo? – disse o prostituto.

Hades sentiu o enfrentamento e sorriu, internamente, aceitando o desafio. Seguiu Minos, enquanto ele caminhava a sua frente, exibindo o corpo e andando como se fosse ele o dominante.

Chegando ao quarto, Minos notou que o ambiente havia sido preparado de forma diferente. Com Hiroaki, não necessitava de nada além de um futon, bebida e, às vezes, uma música ambiental. Agora, encontrava velas aromáticas que exalavam um perfume denso, exótico e estavam dispostas em uma geometria estudada, criando um efeito de luz e sombra sugerindo mistério e sensualidade...

O futon estava coberto por pétalas de rosa vermelha e, ao lado dele havia uma cesta com uvas e morangos, duas pequenas toalhas dobradas, um champanhe dentro de um balde com gelo e uma coleira de couro presa a uma fina corrente de prata sobre uma almofada de seda dourada.

Minos olhou em volta. Hilda é uma vadia sem noção. Por acaso ela mandou preparar tudo isso achando que vou ser o submisso desse homem só porque ela o deseja em sua lista vip?

Foi até Hades mantendo a conexão visual e sem dizer nenhuma palavra. Não andou de modo estudado ou sensual, apenas firme. E quando chegou bem perto, surpreendeu-o puxando pelo colarinho e tascando-lhe um beijo na boca.

Hades era um homem acostumado aos desafios, raramente era pego de surpresa. No entanto, a forma como Minos puxou-o para si e o modo como ele o beijou aqueceu-lhe o sangue ao sentir a violência dos dentes mordiscando seus lábios e da língua do prostituto buscando o prazer em sua boca. Ele era intenso, um diamante bruto esperando para ser lapidado... O pensamento tangeu-lhe a mente ao perceber que aquele garoto mexia consigo.

Do mesmo jeito intempestivo que começara aquele beijo, Minos afastou-se e colheu com os dedos, o sangue que brotara dos lábios de Hades. Levou ao peito a gota rubra, descendo os dedos até o mamilo de forma lenta e provocante, enquanto retirava a calça de couro e se atirava de costas sobre o futon.

– Seu gosto é bom, Dom... me deixou excitado. Mas, como já disse antes, não sirvo para ser um submisso. – disse o jovem olhando fixamente para os olhos flamejantes de Hades que apreciavam o seu corpo nu.

O ato fez Hades ser tomado por uma agressividade primitiva que, no entanto, permanecia escondida sob uma expressão de frieza. Griffon o estava provocando, chamando-o de Dom. Mostrando de forma ousada que não usaria, de livre e espontânea vontade, a coleira que repousava sobre a almofada e deixava claro que desejava ditar as regras.

Veremos até onde você sustenta a sua impertinência, Griffon... Pensou ele enquanto permanecia em silêncio e afrouxava a gravata de seda que usava, sem nenhuma pressa. Seu lábio continuava sangrando, mas ele não se importou.

Minos notou o volume na calça de Hades e sorriu, abrindo as pernas e flexionando os joelhos. Colocou as mãos atrás da cabeça e ficou observando o que Hades fazia. Ele desejava dominá-lo? Que tentasse, então! Em nenhum segundo deixou de encará-lo, desde quando ele retirara o paletó, atirando-o a um canto, até o momento em que enfiara a mão no bolso da calça exibindo vários preservativos tirados de uma só vez.

– Hummm... vamos usar tudo isso? – questionou o jovem franzindo o cenho com uma expressão divertida.

Hades continuou sem dizer nada, cada ato seu era calmo, embora sentisse a pulsação de sua ereção sob a roupa e seu instinto predador vibrando no mesmo ritmo. Olhou para Minos e retirou o celular do bolso da calça.

– Mande o outro, agora. – disse ele e desligou.

Minos franziu o cenho, mas Hades já não lhe dava mais nenhuma atenção. A porta do quarto se abriu e Afrodite entrou. Minos olhou perplexo para Hades e para o loiro e, de repente, sentiu um frio na boca do estômago. Porém, antes que ele dissesse alguma coisa, Hades caminhou na direção do outro, olhando-o de modo que tudo o mais pareceu deixar de existir. Um clima estranho, magnético se formou naquele quarto, como se não houvesse espaço para ninguém, além dos dois...

Afrodite ainda usava a mesma roupa do espetáculo e não ousava olhar para Minos. Era parte da arte da submissão conectar-se com seu Dominador e somente a ele. Também achara estranho ser chamado ali, mas parecia que tudo já havia sido combinado e era sua função obedecer as regras da casa

Assim que os dois ficaram frente a frente, Afrodite ajoelhou-se e manteve a cabeça baixa. Hades tomou a coleira que o loiro usava e substituiu-a pela que estava sobre a almofada.

Minos levantou-se do futon.

– O que está fazendo? – perguntou ele a Hades.

Sem olhá-lo, Hades respondeu:

– Seus serviços não serão mais necessários.

A expressão de Minos evoluiu da perplexidade para a ira.

– Este é o meu quarto!

– Este quarto pertence à casa e você tem duas escolhas: ou se recolhe à sua insignificância e fica em silêncio para aprender ou se retira. – falou Hades, ainda conectado aos olhos azuis de Afrodite.

Se recolhe à sua insignificância para aprender! Mas que porra era aquela? O que aquele arrogante filho da puta estava pensando que era?

A mente de Minos fervilhava, aquilo nunca tinha acontecido com ele. Por alguns segundos, sentiu-se tomado por uma ira tão grande que sentiu o gosto amargo da bile em sua boca. Hades queria humilhá-lo e havia conseguido.

Sentia-se usurpado, mas não ia deixá-lo perceber a profundidade do estrago. Portou-se como se, de repente, sentisse um alívio. Vestiu um roupão e se encostou à porta, deixando o corpo displicente e vestindo uma máscara de não to nem aí no belo rosto.

Hades continuou ignorando Minos e aproximou-se de Afrodite. Elevou-lhe o queixo com os dedos longos e cochichou algo em seu ouvido. O jovem consentiu e Hades sorriu de um jeito tão sensual que não parecia o mesmo homem.

Devagar, ele puxou Afrodite pela nova coleira, despiu-o e o fez deitar-se com o rosto virado para o futon, deixando expostas as nádegas que estremeceram quando ele as estapeou de forma seca, deixando a marca avermelhada dos cinco dedos de sua mão sobre a pele delicada.

Da boca do loiro, escapou um ai baixo, seguido de um sorriso e Hades prosseguiu com sua exploração. Os dedos longos deslizaram pelas costas lisas, até chegar às coxas e, ao permanecer ali, acariciando e marcando, ele substituiu os dedos pela língua e lábios, subindo e descendo, enquanto suas unhas curtas arranhavam a pele alva e arrancavam gemidos baixos de Afrodite...

O modo como estava sendo tocado fez com que o loiro movesse o corpo, ato que fez Hades reduzir a extensão da coleira e ordenar que não se mexesse. A voz masculina era autoritária e grave... Se fosse comparada a um tecido, pareceria um veludo cuja trama tivesse sido escovada para revelar a aspereza escondida entre a superfície sedosa e macia... Afrodite obedeceu e como recompensa recebeu mais uma carícia, desta vez nos mamilos já túrgidos com todo aquele estímulo...

Minos sentiu-se tomado pela tensão e pelo tesão, tudo meio embolado que o fez sentir dificuldade para engolir e aceitar que não esperava sentir-se daquele jeito. Não queria se sentir afetado pela cena, mas era impossível...

Afrodite arqueou o corpo e Hades o segurou pela nuca, pressionando-o sobre o futon, enquanto emitia outra ordem, agora em um tom de voz que Minos conseguia escutar.

– Se masturbe para mim, mas não goze... Faça devagar, sentindo a pulsação do meu pau na sua pele divina...

Afrodite obedeceu e envolveu seu pênis com a mão direita, começando a fazer um movimento de vai e vem, enquanto Hades descia o zíper da calça, libertando o seu membro e o colocando entre as nádegas do loiro, friccionando, até que o latejar encontrasse ressonância na pele desnuda.

Instintivamente, Afrodite empinou a bunda e afastou as pernas em total submissão ao intenso prazer que estava sentindo. Hades parou de mover os quadris e introduziu dois dedos dentro do corpo jovem, movendo-os de forma profunda e circular...

– Não esqueça... seu gozo pertence a mim. – sussurrou enquanto sentia as paredes internas dilatando e contraindo.

– S-Sim... m-meu s-senhor... – murmurou o loiro sentindo a próstata ser tocada de forma insistente e ritmada.

Os gemidos de Afrodite se intensificaram, seu pênis deixando escapar o líquido do pré-gozo e então, Hades puxou, ainda mais a coleira, trazendo a cabeça do loiro para perto de si. A boca de Afrodite estava entreaberta e ele ofegava. Os dedos de Hades foram ao pênis do jovem, circundando a glande úmida e colhendo a secreção que acabou sendo levada aos lábios arfantes do loiro.

– Isso, me dê sua língua... E diga a quem você pertence. – falou Hades com um tom profundo, autoritário.

Afrodite levou a ponta da língua aos dedos de Hades e quando o fez, sussurrou baixinho o que ele ordenara.

– Pertenço ao senhor, meu Dom...

– Mais alto... – ordenou Hades, agora puxando para junto de si.

O loiro repetiu a frase, o peito arfando, o corpo pedindo pelo orgasmo.

– Agora me  o seu gozo, me ofereça o que me pertence. - falou Hades entre dentes.

Lançando a cabeça para trás, Afrodite gritou, enquanto Hades cravava os dentes na curvatura do pescoço e o masturbava com força, até senti-lo estremecer e gritar rouco, gozando em sua mão.

Enquanto os tremores foram arrefecendo, Hades puxou a cabeça de Afrodite para trás e passou a língua na linha do maxilar, até chegar à coleira e beijá-la. O loiro estava ofegante e encostado ao peito de Hades. Seu corpo era segurado com força e, enquanto estremecia pela intensidade do orgasmo, os olhos frios de Hades cravaram-se nos de Minos.

Um sorriso irônico distendeu os lábios desenhados de Hades e ele percebeu que Minos estava excitado e incomodado, embora tentasse esconder o fato. Atento às reações de Minos, Hades puxou Afrodite para si, cravando os dedos nos quadris estreitos, usando o sêmen que molhara a sua mão para lubrificá-lo e fazendo-o abaixar a cabeça, novamente. Só então, sussurrou:

– Agora, vou te foder...

Alisando, devagar, a bunda com uma das mãos, enquanto com a outra buscava um dos preservativos, Hades rasgou o invólucro com os dentes e colocou em si mesmo, revelando uma ereção potente que logo se afundou no corpo do loiro.

Afrodite gritou com a invasão abrupta, porém o prazer veio junto com a dor... Olhando profundamente, dentro dos olhos de Minos, Hades começou a se mover dentro do loiro, estocando com força, enquanto deixava as marcas dos dedos na carne alva e o mantinha seguro pelos cabelos longos.

O loiro ofegava e sua expressão de luxúria, aliada ao odor quente, quase ferino da excitação dos dois disparava um sentimento tão agudo que se traduzia em uma estranha dor dentro de Minos.

Os gemidos aumentavam, os corpos se mantinham unidos. Afrodite gozou pela segunda vez e, logo em seguida, Hades virou-o, saiu de dentro dele, arrancando o preservativo e fazendo com que seu gozo, permeado por um grunhido rouco, se derramasse sobre o ventre, tórax e rosto do loiro.

A respiração entrecortada de Afrodite ainda permanecia, enquanto Hades soltava a corrente ligada à coleira em volta do pescoço do jovem e se punha em pé.

– Fique deitado, até eu sair. – ordenou com uma voz seca, muito diferente das instruções aliciantes que dera enquanto fodiam.

Como se não tivesse feito nada, Hades fechou o zíper da calça e abotoou a camisa. Se não fosse pelo leve rubor em suas faces, ninguém diria que ele havia feito sexo por um longo tempo. Ele dirigiu-se à porta do quarto onde Minos permanecia escorado, encarando-o como se ele fosse um animal raro.

Hades tornou a olhá-lo de forma intensa, comendo-o com aqueles olhos gélidos que passavam de um estado a outro em segundos.

– Seu gosto também é bom, Griffon. Mas... – os olhos azuis acinzentados pousaram depreciativamente sobre o jovem. - Vou lhe dar um conselho, nunca jogue pôquer, você ainda não sabe blefar! Aproveite o champanhe e o resto, enquanto pensa no assunto.

Ditas as palavras, Hades deixou o quarto.

Minos olhou para Afrodite que já limpara o rosto com a toalha e estava com o corpo relaxado, junto a uma expressão satisfeita no rosto.

Sentindo-se humilhado e sem ação, Minos, no entanto, admitia que subestimara aquele homem. Mesmo com sua experiência como prostituto, jamais esperaria que um homem como aquele fosse tão... sexual e com uma energia dominante rara de se encontrar.

Geralmente os Dom adoravam humilhar seus parceiros, fazendo-o experimentar dor e prazer ao extremo, até o ponto em que as duas sensações não se diferenciavam mais e então, o domínio se tornava possível e desejado pelos submissos.

Para Minos, mesmo que usasse seu corpo em troca de dinheiro, submeter-se nunca fora a sua praia. Entretanto, o mascarado era diferente. Ele podia levar alguém ao céu ou ao inferno, apenas com aquele olhar e tom de voz... E a forma como se mexia, enquanto fodia... Caralho, nunca tinha sentido tanto tesão em ver alguém trepando. Merda!

Levando as mãos aos cabelos, Minos tentou afastar as imagens que teimavam permanecer em sua mente. Pensou que o pior ainda estaria por vir. Hilda havia planejado tudo e, certamente, o homem revelaria em detalhes o que acontecera. Ela o suspenderia, novamente ou até mesmo o demitiria por tê-la desobedecido.

Merda! Merda!Maldita hora em que esse homem entrou aqui!

Afrodite abriu os olhos, sonolento, e pegou o champanhe ao lado do futon.

– Ei, vamos beber por conta da casa. – disse o loiro com uma voz enrouquecida.

– To indo embora. – respondeu Minos com o semblante fechado.

– Não fique assim, bobo! Venha, sente-se aqui e vamos aproveitar um pouco.

– Você já aproveitou, seu loiro safado. Ah, talvez eu deva mesmo, aproveitar um pouco antes do fim! – falou Minos com um suspiro saído do fundo dos pulmões.

– Do que você está falando? – perguntou Afrodite.

– Do que você acha que estou falando? O que acabou de acontecer aqui?

– Aconteceu que eu fui muito bem comido por um homem lindo que tem um pau, simplesmente, ma-ra-vi-lho-so e você assistiu tudo de camarote como um voyeur. Conclusão: putos também tem o seu dia de sorte, meu amor!

Minos franziu o cenho.

– Você sabia que isso ia acontecer?

– Eu? Bem, desde que a Hilda veio com aquele papo de show eu desconfiei que tinha algo no ar. E é claro que ela conhece bem a gente, tenho que admitir. Você é um rebelde sem causa e eu sou chegado em fetiches. O mascarado gostosão é riquíssimo e a nossa querida “mãe” não o perderia por nada.

Minos olhou para Afrodite que já abrira o champanhe e agora despejava o líquido na taça, enquanto devorava um cacho de uva. O loiro fazia uma expressão de prazer e isso deixava Minos com um vazio e um tesão não satisfeito. Suspirou e aceitou uma taça de champanhe antes de tomar um banho, vestir as roupas e deixar o prostíbulo.

Quando saiu pelo corredor, ouviu um ronco e espiou para o quarto onde jazia um grande ofurô e, ao lado dele, estava Shun, estendido em um futon e lendo, calmamente, uma revista em quadrinhos. O jovem espichou a cabeça ao notar que Minos estava ali.

– Ei, Griffon! – disse Shun, baixinho.

– O quê? – perguntou Minos, com um movimento de cabeça.

Shun apontou para ofurô e mordeu a língua com uma expressão sapeca. Só então Minos percebeu que quem estava ali era Hiroaki e roncava alto em meio à água fumegante. Com sinais, Shun contou que o yakuza estava completamente apagado.

Os dois riram baixo, e Minos continuou seu caminho até a saída lateral do prostíbulo. Quando colocou os pés na calçada, uma chuva fina começou a cair, mas desta vez a água estava fria ele não estava nem um pouco a fim de se molhar.

Caralho! Puta que pariu! Xingou ele, mentalmente, antes de atravessar a rua com a intenção de abrigar-se embaixo de um toldo. Porém, antes que ele concretizasse seu ato, uma voz grave, vinda de um carro negro que estava parado ali, à sua espera, cortou o ar úmido.

– Quer uma carona?

Ao ouvir aquela voz, o cérebro de Minos a reconheceu, porém ele não estava acreditando na resposta que lhe vinha à mente. Elevou uma sobrancelha, antes de espiar para dentro e ver aquela face...

– Você?

Hades deu um meio sorriso.

– Entre, a chuva está fria.

Com o cenho franzido, Minos se perguntou se aquilo era uma espécie de piada sem graça feita pelos deuses daquele lugar ou uma simples situação bizarra. Com um sorriso debochado ele olhou para Hades, porém, em seguida, o sorriso morreu em seus lábios. Os olhos daquele homem, antes gélidos, agora pareciam flamejar ao ponto de desconcertá-lo. A boca perfeita se abriu em um sorriso viril, quase triunfante.

– Entre, Griffon... Você quer e eu também... – disse Hades.

No exato momento, trovões retumbaram sobre as suas cabeças e os relâmpagos cortaram o espaço e se bifurcaram no céu noturno.

O coração de Minos acelerou e ele aceitou o convite, sentando no banco de couro que Hades havia sinalizado. Uma voz sussurrava que aquilo era um erro, outra o desafiava a entender o porquê daquele homem insistir em atravessar-se em seu caminho.

– Eu continuo não entendendo qual é a sua. Com tantos outros caras prá infernizar, porque me escolheu? – falou Minos.

O desabafo, dito de forma natural e franca, fez Hades gargalhar, pela primeira vez em anos. Ele olhou para o rosto do jovem, tocando-o na coxa de forma íntima, mas sem ir além de uma breve carícia.

– É simples, eu quero foder você. – disse Hades colocando o carro em movimento.

– E se eu não o quiser?

Hades tornou a fitar a expressão desafiadora de Minos.

– Se não quisesse, não estaria aqui. Já mostrei a você o que é blefar, Griffon. Custo acreditar que, inteligente como é, ainda não tenha aprendido.

– Foda-se, eu não vou ser seu brinquedo. Pare o carro que eu quero descer. – disse Minos levando a mão à porta do carro.

Hades parou o carro, porém quando Minos moveu o corpo, ele o agarrou pelo braço, puxando-o em direção a si.

Por milésimos de segundo, os olhares se encontraram.

Minos estava irritado, Hades com tesão...

Então foi a vez do mais velho tomar a boca do jovem na sua e beijá-lo com tal sofreguidão que ambos se perderam no frenesi das línguas e da saliva que se misturava com uma paixão obscena...

Quando o beijo estancou, ambos arfavam baixo e nenhuma palavra mais foi dita. Minos pensou que Hades o levaria a um motel, mas, para sua surpresa, ele estacionou frente a um prédio baixo para os padrões japoneses, em uma rua transversal no bairro Shinjuko. O elevador os levou até a pequena cobertura que deixava espaço para uma vista parcial da baía de Tóquio.

Hades entrou, revelando um apartamento despojado, mas com um estilo ocidental marcante na decoração em tons quentes.

Inteligente, Minos sabia que ele não morava ali. Estava tudo muito arrumado, sem sinais dos tradicionais rituais cotidianos, onde alguma coisinha sempre ficava fora do lugar... O cara é rico, certamente usa esse lugar prá transar sem compromisso. Analisou, enquanto olhava em volta, se detendo em uma foto em preto e branco que cobria toda a parede.

Coincidentemente, a imagem da foto era do bairro em que morava, o Roppongi. Havia uma figura central que ele reconheceu sendo o velho Tadaka e seu táxi verde. Sorriu com certo enlevo até sentir a presença de Hades às suas costas.

– Vou tomar um banho. Ali é a cozinha, se estiver com fome ou sede, fique à vontade para pegar algo na geladeira.

– Não, obrigado. Bebi champanhe e comi uvas deliciosas... Cortesia de um cliente rico e gostosão. – respondeu Minos com deboche.

Hades olhou-o com um ar cínico e o deixou. Dez minutos depois, ele voltou. Estava nu, os cabelos negros soltos e molhados e... sem máscara!

Minos entreabriu os lábios, hipnotizado pela beleza do rosto viril e do corpo que só vira coberto com ternos caros. O peito era como o seu, sem pelos. O abdômen era rijo, as pernas eram longas com coxas musculosas e o sexo... Pela deusa Amaterasu!, como dizia Afrodite.

– Vem... – ele disse estendendo a mão na direção de Minos.

O jovem foi com o desejo estampado nos olhos violáceos. Quando estavam bem próximos, Hades tocou-lhe os lábios com os dedos e sorriu, substituindo-os pela língua... Minos sentiu que segurava o ar nos pulmões e então soltou o ar pela boca, entreabrindo os lábios num gesto que fez Hades colocar sua boca na dele, invadindo-a com a língua como se o tivesse penetrando, possuindo-o com seu sexo...

Minos correspondeu com voracidade, a língua tocando a de Hades num bailado afoito e molhado. As mãos experientes do mais velho o despiram e logo estavam no quarto pequeno, porém com uma cama ampla, encimada por um dossel.

Hades cobriu o corpo de Minos com o seu e tornou a beijá-lo, deslizando a língua e os lábios pela pele alva. A boca voraz mordia a carne trêmula, subindo e descendo, os dentes arranhando a parte interna da coxa, fazendo com que Minos se abrisse, gemendo e arfando, dominado pelo prazer...

O mais velho não parava, não dava tréguas... Continuava sorvendo e lambendo, até chegar à entrada que pulsava e se contraía a cada carícia. Minos arqueou o corpo e Hades enfiou a língua, puxando-o de encontro a boca, enquanto cravava as unhas nas coxas que se moviam em desespero.

– Se abra prá mim... – falou Hades passando a língua nos lábios e agora mordiscando a virilha, roçando o nariz nas bolas que enrijeceram, arrancando um gemido profundo de Minos.

O corpo de Minos se contorceu, o prazer que sentia era inédito e estarrecedor. Ele era um prostituto, acostumado às mais variadas formas de prazer com homens e mulheres. Entretanto, nas mãos de Hades era como se a sua experiência fosse um álbum incompleto, cheio de lacunas e figuras repetidas.

Seu pênis latejava, mas suas mãos estavam agarradas aos lençóis, enquanto Hades o explorava a seu bel-prazer. Ele se escutava gemer e grunhir, estava pronto, precisava sentir-se preenchido, ansiava pela penetração...

Porém, o mais velho continuava a dominá-lo, apresentando-o a um mundo que ele achava conhecer, mas que jamais vivenciara com tanto ardor.

Hades sorriu, sua língua sentindo o pulsar da pele quente de Minos, os ofegos e o desespero que aumentava o seu tesão. Devagar ele subiu pelo corpo do jovem, até fitar-lhe os olhos aquosos...

– Diga... Diga o que quer, Griffon. – sussurrou, ele.

Minos mordeu o lábio inferior, por dentro seu desejo implorava para que ele se entregasse, dissesse as palavras que acabariam com aquela tortura erótica. No entanto, ainda resistia, embora não soubesse até quando...

Hades o fitava com uma luxúria explícita e encostava o pênis no seu, deslizando, comungando do latejar pungente que implorava por alívio. Os corpos estavam colados, ardentes...

Elevando os braços de Minos, acima de sua cabeça, Hades mordiscou-lhe a ponta da orelha e perguntou, mais uma vez. O jovem se contorceu, respondendo em meio a um gemido:

– Quero você... Me fode...

Hades suspirou, vitorioso e sua mão buscou o preservativo embaixo do travesseiro. Com rapidez ele colocou em si mesmo e se posicionou. Seu pênis se afundou no interior de Minos numa invasão cuidadosa, lenta... Olhava-o, cheio de desejo para então mover seus quadris com força, estocando forte, mergulhando e saindo num ritmo vertiginoso, enquanto o puxava pelas nádegas, atraindo-o cada vez mais para si...

O jovem gemeu e moveu a cabeça para trás, as mãos antes nos lençóis agora se agarravam ao corpo vigoroso que se movia sem tréguas sobre o seu.

Hades também gemia e seu prazer começava a exigir mais. Mais contato, mais velocidade, mais fundo dentro daquele corpo que o enlouquecia. Ele puxou Minos contra si,colocando-o em seu colo. Queria senti-lo gemer, junto ao seu ouvido, queria enfiar a língua em sua boca e beber dos ofegos entrecortados...

Minos o cavalgava, o mordia no pescoço, em meio às estocadas cada vez mais rápidas, sentia-o estremecer a cada investida cadenciada pela chegada do clímax... Então, fechou os olhos e ofegou, o gozo tomou posse da sua pele, dos seus ossos, do seu sangue... estremecendo-o, tragando-o para onde Hades o mantinha unido ao seu corpo.

– Olhe prá mim... – ordenou Hades, estreitando Minos ainda mais contra o seu peito.

O jovem obedeceu e agarrou-se ao corpo de Hades, mergulhando no olhar lúbrico, gemendo cada vez mais alto, até gritar e cravar as unhas nas costas molhadas de suor do mais velho. Seu sêmen explodiu em jatos, molhando ambos os corpos, seus cabelos grudaram-se as suas costas e ele estremeceu convulso, abraçando o pênis dentro de si com as contrações de seu corpo e sentindo-se tragar para outro mundo.

A pressão prazerosa sobre o seu membro e o rubor do belo rosto de Minos, fez Hades cerrar os dentes e agarrar os cabelos do jovem rente à nuca num gesto de posse... Ele gemeu rouco, enquanto seu corpo era sacudido por fortes espasmos e o orgasmo invadiu-o com fúria, abrasando e invadindo espaços até então intocados...

Os dois ofegaram juntos, numa sinfonia de suores e gozo. Minos sentiu como se estivesse drogado, seu corpo relaxou e seus olhos se fecharam sem que os pudesse controlar.

Hades também estava ofegante, mas seu corpo reagia ao torpor orgásmico. Não sabia o que era e nem a razão de tanto desejo. Mas, a verdade era que Griffon despertava sua libido em um nível absurdo. Queria fodê-lo, dominá-lo, fazê-lo seu. Entretanto, ao penetrá-lo e sentir-se abarcado pelo calor úmido do corpo dele, uma porta secreta se abriu e, ao mesmo tempo em que lhe deu um prazer voraz, o advertiu para deixar as coisas em seu devido lugar...


Notas Finais


À todos que passam por aqui:
♥VOCÊS EMBELEZAM O MEU MUNDO!!! MUITO OBRIGADA!!! ♥Bjs, até o próximo capítulo!!! XD


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