História Nine Alignments - Cause I like you a lot

Era como uma ressaca, sua cabeça latejava e seu corpo parecia dormente, ainda mais dormente quando um corpo maior que o seu estava sob si, quente e pesado.

O que fosse aquilo o deixava preocupado, não onde deveria estar e sim quem era aquele ser. Claro que ele não iria gritar como um jar jar, mas o instinto de se arrastar o mais longe possível da cama tocou mais alto o gene mutante mais tímido dele, com isso o fazendo sair de debaixo daquele homem e cair no chão.

Thomas custava a acreditar que aquele ali era Noh Varr! Porra, ele estava além de princesa Zelda, ele ‘tava mais pra princesa Peach.

— Você é muito agitado... – Noh Varr falou num resmungo e Thomas quase engasgou com a própria saliva, mas o Kree apenas se virou e olhou para Thomas, se erguendo e levantando da cama, mostrando a nudez perfeita dele.

Perfeita era o caralho! Tommy se forçou a olhar para qualquer lugar que não fosse aquele ser nu na sua frente, mas então um pensamento surgiu na sua mente do porque Noh Varr estar pelado e Tommy estar apenas com a cueca samba-canção... Ele engoliu em seco.

Seu rosto deveria estar ardendo em vários tons diferentes de vermelho e Noh Varr deveria ter notado tal detalhe, dando uma risada rouca e ainda distante de si, como se não quisesse cutucara fera que Tommy poderia se tornar.

— Não fizemos nada caso esteja pensando nisso, você estava exausto o suficiente até mesmo para uma corrida até o quarto e uma troca de beijos – Brincou, se divertindo ainda mais com o rosto corado de Tommy – Fique tranquilo, Thomas, você está seguro aqui – Contou e Tommy levantou do chão, ficando de costas para o Kree – Tudo o que você tem eu também tenho – Zombou.

— Cala a boca... – Resmungou, olhando pelo quarto, enorme diga-se de passagem, por suas roupas, uma de suas mochilas, mas nada ali – Cadê as minhas coisas...? – Perguntou nervoso e ele pode ouvir o barulho de zíper fechando e de soslaio, Noh Varr usava pelo menos uma calça jeans.

— Estão na sala, você pediu para deixa-las lá por apenas passar uma noite aqui – Explicou e Thomas concordou – E você recebeu uma mensagem da Feiticeira Escarlate, ela está preocupada demais com você e informou em meu aparelho que iria passar aqui no horário do almoço.

Pelo menos isso! Ele nunca ficou tão grato em ser resgatado por alguém, principalmente pela sua quase mãe, louca de pedra e poderosa demais para esse universo inteiro.

Apressado, Tommy levantou do chão e seguiu um tanto nervoso para sala, engolindo em seco ao notar como era luxuoso aquele apartamento e como ele iria sair dali sem não deixar as pessoas o olhando com curiosidade. Elas iriam pensar que ele e o Nor Varr... Puta que pariu, nem pensar! O que as pessoas pensam não é problema dele.

Só quando desceu e encontrou a mochila que ele ficou aliviado, mas não usou sua velocidade como de costume por se sentir ainda tonto, temia até mesmo abrir um buraco no espaço tempo, o que fazia todo o sentido, na teoria.

Lembrou do dia anterior e conteve um resmungo, aquilo sempre acabava acontecendo com ele, o alvo sempre era seu suposto irmão gêmeo e quem deveria atingi-lo? Thomas! Claro, vamos usar a família, não teria nenhum problema em falhar.

O caralho! Iria falhar e com muito gosto, tudo que envolve ele dá merda.

– Thomas, não sei preparar um café da manhã terráqueo sem que queime, poderia me ajudar? – Noh Varr perguntou e Tommy olhou de soslaio o mesmo passar, descendo as escadas e indo onde parecia ser a cozinha.

Ótimo, o alienígena tinha um dúplex e Tommy tentava achar um alugado barato longe do centro lá em Londres. O carma é bem filho da puta mesmo.

Sem responder, Tommy seguiu pela cozinha e nem se deu o trabalho em perguntar se poderia mexer nos armários, os abriu em sua velocidade normal e viu como ele tinha tanta comida ali, mas estranha demais.

Se preocupou apenas de pegar alguns ovos e bacon enquanto Noh Varr estava em uma tentativa de fazer um suco de laranja.

– Não sei porque tanta antipática comigo, Thomas – Noh Varr comentou, assim que ambos colocaram tudo na mesa na cozinha e se serviram.

– Não é algo relacionado a você – Sussurrou, cabisbaixo e já cansado de bancar o durão.

Ele só não queria estar no meio de outra confusão, ele nunca era o herói no meio de algo idiota, era apenas a princesa Peach e nada mais.

E como essa confusão terminava? Com ele e um alien tendo uma conversa e um típico café da manhã americano.

– Sua antipatia por mim é por causa que namorei a Kate Bishop? – Indagou e Tommy quase engasgou com o suco.

– Não tenho sentimentos pela Kate, não desse jeito – Explicou.

– Então é negação por gostar de mim? – Indagou, o olhar agora sobre Tommy que se concentrava na comida – Thomas?

De novo aquela merda?

– Não é por me negar em gostar de você – Rebateu, a paciência esgotando.

– Então você gosta de mim – Noh Varr sorriu e Thomas negou com a cabeça – Também gosto de você, Thomas, bastante, mas não serei como aquele mercenário vermelho maluco – Deu de ombros e Thomas o encarou, confuso – Só que de todos os outros jovens vingadores não nutriam um ódio a mim sem motivo explícito.

– Você ficava dando em cima de mim, acho que isso é motivo o suficiente – Franziu o cenho e Noh Varr deu uma risada – Não achei graça.

– Você nunca acha – Respondeu, olhando para a porta da cozinha quando alguém bateu.

Tommy preferiu terminar de beber o suco e seguir Nor Varr em seguida, quando viu Wanda ali na sala o olhando preocupado, não recusou o abraço dela, ele sabia que já tinha sido cruel com as palavras e sobre seu passado nos vingadores, mas essa antipatia tinha acabado e ele não era mais um babaca.

– Você está bem? – Ela perguntou, segurando seu rosto e o virando para ver alguma ferida mesmo ele sendo mais alto que ela – Ela usou magia com você, talvez não tenha deixado nada no alimento, mas isso me preocupa – Comentou e Tommy segurou suas mãos – Thomas?

– Me chame de Tommy, por favor – Sussurrou, cabisbaixo e sentindo o rosto corar – Noh Varr me ajudou, agradeça a ele... – Acenou com a cabeça.

– Me preocupa que ela não ter usado todos os truques da manga... – Sussurrou – Thor já mencionou que ela é muito perigosa e ardilosa, só não sei o que ela pretende com isso...

– Ela queria me usar pra atrair o William – Contou para ela e Wanda negou – Sou a isca de novo...

– Thomas... – Ela sussurrou – Eu me preocupo contigo, você sabe disso, não? – Ela indagou e Tommy acabou concordando – Ela vai aprender uma lição assim como Emma, de não tocar em vocês.

Wanda deveria ter esquecido que ele era apenas uma isca, o plano b e outras coisas. Ele poderia até mesmo sorrir e afastar Noh Varr com sua grosseria, mas ele deveria ter ficado pior depois de ter encontrado a entidade “Mãe”.

– Eu irei treina-lo assim como treinei seu irmão, poderei mantê-lo longe da ameaça, mas creio que não posso fazer isso sozinha – Lhe sorriu, olhando para o lado e seu olhar focando em Noh Varr – Um kree pode ajudar um mutante, não é? – Indagou de repente e ambos a olharam confusos – Vejo que estão íntimos...

– Nem pensar! – Thomas falou, horrorizado – Não é o que você está pensando.

– O que seria, Tommy? – Noh Varr provocou, sorrindo de forma marota.

– Não se meta que até ontem você flertava com mulheres! – Vociferou e a risada disfarçada de Wanda chamou novamente sua atenção – Não tem graça... – Sentiu o rosto aquecer...

– Posso leva-lo até onde Billy está treinando, aproveitar que ele já começou cedo hoje – Sugeriu e Thomas concordou – Ótimo! Deixaremos suas coisas aqui, para a segurança dos seus pais – Sorri - Seja criativo no treino dele – Olhou para Noh Varr.

– Não seja criativo pelo amor que você tem pela vida – Thomas falou, mas Noh Varr sorriu ainda mais provocador pra si.

– Vou caprichar.

Talvez aquela face significasse “bem-vindo ao inferno” e Thomas já sentia falta da parte “galante” do kree.