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História Nine Alignments - Pancakes?


Escrita por: Liran

Notas do Autor


Esse capítulo se passa uma semana depois do último, me aproveitei e usei um outro personagem para narração. Então, espero que gostem do Noh Varr.

Aliás, cada capa de capítulo tem a imagem do personagem da qual vai estar em foco.

Espero que gostem~!

Capítulo 12 - Pancakes?


Fanfic / Fanfiction Nine Alignments - Pancakes?

Noh Varr já tinha se acostumado com qualquer tipo de ameaça, fosse onde ou quando, ele nasceu para ser um guerreiro perfeito e ali estava ela, fazendo panquecas e torcendo para poder agradar uma única pessoa. Não tinha o dever e nem era tão íntimo dessa pessoa em “especial”, mas sabia como era a sensação de ser deixado de lado e ignorado, ser a sombra de alguém ou de mais pessoas, o de segundo plano.

Mas esse tipo de pensamento não o afetava com tanta intensidade quanto antes. Os humanos chamavam isso de “ansiedade” e “depressão”, dois declínios e doenças mentais bastante danosas, além de mudarem alguém do que era antes e Nog Varr... Ele já sentiu e teve um nível de “ansiedade”, mas isso foi a muito tempo atrás, quando Carol Danvers não gostava nem de olhar na cara dele, quando o dever era cobrado de si e ele perdia o controle, a atmosfera da Terra parecia comprimir seu sistema respiratório. Não mais.

Sem cheiro de queimado, conseguiu fazer uma grande quantidade de panquecas e o mel já estava servido na mesa junto com a geleia de uva. O cheiro da massa era tão agradável que ele mesmo sorriu com o feito e daquela forma, Noh Varr esperava animar um pouco do dia de Thomas, ver menos da expressão frustrada que o mesmo carregava durante aquela semana, do treino intensivo que tinha com seu “gêmeo” Billy.

Sabia que ali, formas complexas de tecnologia tinham nomes diferentes e essa, da qual Thomas e William carregavam era a “magia” da suposta Feiticeira Escarlate, algo poderoso demais. Esperava não se apegar demais a ambos, queria não se apegar a Thomas... O ajudaria e brincaria com seu humor, mesmo que resultasse em uma briga amigável de dois “jovens adultos”.

– Espero que saia da minha casa de forma pacífica, não sou tão idiota e sei bem de cada truque seu – Declarou, nem mesmo se virando e sabendo a presença que ali tinha consigo – Esse lugar não vai facilitar as coisas para você, Encantor.

A risada de uma mulher acabou quebrando o silêncio do ambiente e Noh Varr nem se preocupava em pegar sua arma, de tecnologia Kree ela não poderia saber, mas Asgard mantinha sim tecnologia de porte “mágico”, algo mais mortal se usado por mãos de alguém mal intencionado com aquela mulher.

Se virando, ela estava deitada no sofá que ficava virado para a cozinha, a fazendo parecer uma musa do Titanic, até parecia inofensiva, mas seu olhar azul brilhava de forma estranha e sua boca, de um batom vermelho, parecia quente como veneno e lava de um vulcão ativo.

Não se intimidava assim como ela não se encolhia perante a figura de Noh Varr. Um jogo de intimidação e nenhum dos dois recuava.

– É um homem inteligente, sabe que não estou aqui para lutar – Zombou, tocando o peito e qualquer que fosse o truque, a Feiticeira Escarlate já tinha deixado algo forte em suas feias, um meio de ficar imune aquela mulher para poder proteger Tommy.

Ele não daria motivos para não conseguir protege-lo. O faria e lutaria, mesmo assim seria um prazer.

– Vim apenas alerta-lo que isso tudo é maior que você – E se sentando, cada movimento dela parecia uma ameaça, mas ele mantinha a expressão neutra para ela, fazendo assim, um sorriso sem dentes aparecer em seu rosto – Não tem forma de entregar o velocista para mim facilmente e nem irei manipula-lo – Contava, se levantando e indo até a mesa, pegando o pote de geleia – Mas outros irão vir e garanto, irá ter preferido a mim do que os outros.

– Não é minha escolha permitir que ele vá, mas se é para o bem dele e meu dever, ele não vai – Falou, cruzando os braços diante do peito.

– Você fez com que isso se tornasse um dever seu – Explanou o óbvio, franzindo levemente o cenho direito e a boca acabou ficando torta em um meio sorriso – Essa coisa que você teme em chamar de “dever” será a sua perdição assim como o dele com você.

– Nesse jogo não é você que ganha, acho que soube disso quando notou as defesas e entrou em um local que a deixou apenas entrar – Dessa vez foi ele quem sorriu – Saía de minha casa, Encantor, senão deixarei cicatrizes de uma batalha que não pôde vencer.

E ela deu apenas de ombros, mexendo sua mão em uma volta e sumindo em fumaça verde, sua imagem desaparecendo como uma miragem e deixando Noh Varr só novamente. E a idiota tinha levado seu pote de geleia embora...

A porta do apartamento abriu e ele sorriu com a figura de Thomas entrando, a feição cansada e a mochila sendo largada no chão. Se arrastando em passos até o sofá da qual Encantor não estava e resmungando algo da qual o Kree não entendeu, mas não se importou.

– Como foi o treino? – Perguntou, servindo o prato de panquecas na mesa e indo até a geladeira pegar algum alimento para complementar.

Sorte da bunda dele que Kate o ajudou a fazer e reconhecer as frutas comestíveis e não venenosas da Terra, assim ele consegui ir ao mercado e “comprar” algo. Morango ele sabia que Thomas era alérgico, então seria banana e uma frutinha estranha e azul, pegando ambas e colocando na mesa.

– Foi um cu... – Dessa vez, ele conseguiu ouvir e deu uma risada – Como eu posso controlar um dom que nem meu é? É uma merda, não quero isso! – Esbravejou contra a almofada.

Então, Noh Varr decidiu provoca-lo um pouco, assim quem sabe, Tommy levantaria e comeria um pouco, deixando o mal humor de lado e talvez envergonhado. A ideia era simples, se aproximava dele e devagar, se sentou em cima de Thomas, uma perna de cada lado e deixando seu peso por cima dele.

Cinco segundos se passaram e não foi jogado no chão, nem mesmo a velocidade do outro foi usada para sair da posição constrangedora. Mas Tommy resmungou e não parecia rejeitar o peso em si, parecia... Apreciar.

Se não havia recusa, tentou massagear os ombros e costas do mesmo, de forma lenta e vendo ele suspirar, seu corpo estava tensionado demais e aquilo parecia sim relaxar o seu corpo de alguma forma, ignorando que era Noh Varr fazendo aquilo. Então chegou um ponto que ele queria testar o limite daquela “intimidade”, aproximar o rosto até a nuca, o nariz encostando nos fios brancos e as mãos apoiadas no ombro, sentia o cheiro de suor e a colônia que ele usava.

Era tão humano... Frágil e em perigo, a personificação da teimosia e ousadia, o humano mais comum e singular que Thomas era, o mutante que ele era.

– Eu fiz panquecas, mas acho que você vai ter mais fome depois de come-las – Sussurrou no ouvido do outro, não foi sua intensão soar rouca a voz, mas acabou que ele parecia com malícia.

– Legal... – Respondeu e Noh Varr se levantou, mesmo que quisesse ficar um pouco mais ali, sabia que o outro iria se recuperar da exaustão e joga-lo pela janela.

E não precisou servi-lo. Tommy devorou cada panqueca com deleite, não precisando trocar palavras com Noh Varr. Era uma rotina que ele já estava acostumado e tinha o detalhe da Encantor entrar, mas não conseguir sua magia, talvez não conseguir influenciar a quem tivesse ali. Isso o preocupava já que precisava falar com a amante de Kate Bishop sobre o uso da magia em Tommy, talvez até mesmo com a Feiticeira Escarlate.

Mas por momento, iria protegê-lo.

Enquanto arrumava as coisas, ou melhor, deixava largado na pia, seu “celular” tocava com uma mensagem nova e parecia telepatia, mas a grandiosa Feiticeira Escarlate queria falar com ele, afinal, era a magia dela que o protegia.

Da mensagem veio a ligação e ele ouviu com atenção o que ela falava, de sentir uma ameaça e Noh Varr falou da visita que teve e puxou o assunto para conversar sobre Thomas.

– O que tem o meu nome? – Tommy falou, saindo do corredor de toalha e franzido o cenho para o Kree.

Justo quando tinha terminado a chamada, “sortudo” acabou sendo com a situação já que apenas sorriu galante e Tommy fez a costumeira carreta.

– Assuntos particulares, docinho – Brincou.



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