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História Ninfeta - Zelena


Escrita por: Bradfork

Notas do Autor


Me perdoem, eu fiquei sem inspiração para escrever essa fanfic e esse foi o motivo do atraso. Mas volto com um capítulo tranquilo e com cheiro de romance.
Boa leitura!

Capítulo 25 - Zelena


15 dias depois

As recentes descobertas tinham mudado totalmente a minha perspectiva sobre alguns membros da família Swan. Mary era definitivamente um dos piores seres humanos que já tive o desprazer de conhecer. Ela se esconde por trás de um sorriso bondoso e atitudes gentis para te manipular e conseguir o que quer, é aquela vilã que ninguém desconfia até os créditos do filme rolarem. David seria o par perfeito, se eles realmente se amassem. Senti pena do que lhe aconteceu na época, mas depois de descobrir que ele era responsável pela morte de meu pai e meu irmão, só consegui sentir ódio e conclui que ele teve o que mereceu.  Por mais que eu ame Emma, não posso deixar de lado o fato de que ela é igual aos pais. Talvez não igual, mas capaz de coisas também terríveis. Mas apesar das traições e mentiras que rondaram nosso casamento, eu não conseguia odiá-la. Sabia que no fundo de sua alma ainda tinha uma parte boa e pura, acreditava que ela poderia se tornar alguém melhor. Por anos achei que eu seria a pessoa que transformaria Emma Swan, mas agora sabia que não. Regina seria a responsável por isso.

Foi com esse pensamento que entrei no hospital aquela manhã. A cirurgia tinha sido um sucesso, tanto Emma quanto Regina estavam em fase de recuperação e, se continuassem seguindo as ordens médicas e tomando os remédios, poderiam sair do hospital. Entrei no quarto de Regina, encontrando-a tentando levantar da cama mas falhando miseravelmente nessa tarefa. Ela ainda estava se recuperando, mas teimava em tentar fazer as coisas sem ajudas como uma criança.

Cruzei os braços e a encarei do batente da porta, enquanto a morena se enrolava toda na camisola e tentava levantar.

— Não fique só parada igual uma estatua, me ajude aqui! – Ela reclamou e ergueu a mão. Me aproximei, ajudei a se equilibrar e Regina ficou de pé. Devagar, nós duas andamos em direção ao banheiro.

— Eu trouxe algumas roupas, espere um segundo. – Sai do banheiro e mexi em minha bolsa, dentro havia uma sacola com roupas limpas para ela usar e sair do hospital vestida decentemente. Voltei e lhe entreguei. – Emma já foi liberada?

— Sim. – Regina respondeu enquanto trocava de roupas. – Um moço com cara de bobo e cabelo castanho veio buscá-la.

— Graham. – Deduzi. Emma ainda não estava em bons termos com a mãe, então a casa da matriarca não seria uma opção. Regina estava em minha casa, então deduzi que para lá ela não iria. Eu não iria me opor se fosse, Emma estava doente e precisaria de cuidados. Eu faria o possível para ajudar, mas se ela decidiu ficar com o irmão não vou interferir.

— Você conhece aquele cara?

— Sim, é irmão de Emma.

— Uhn...

— Vocês ainda não estão se falando? – Perguntei curiosa.

— Não. Quer dizer, nós conversamos. Eu expliquei sobre Henry e Emma prometeu ajudar, além de ter aceitado a doação, mas depois disso foi um silencio mortal. Ela nem ao menos me encarou. – Pude sentir o ressentimento na voz de Regina. Ela sabia que seu plano tinha machucado Emma. – Eu não deveria estar falando disso com você.

— Não, Regina. Claro que deveria. – Lhe dei um pequeno sorriso. – Eu e Emma terminamos de vez. Sempre terei um lugar para ela em meu coração, mas o nosso casamento já estava ruim muito antes de você entrar em cena. Não é justo eu te odiar e odiar Emma, sendo que as coisas já estavam dando errado há muito tempo e só estávamos ignorando isso. Sei que é estranho, mas acho que podemos ser amigas, e quero que você conte comigo para desabafar. Já tem gente o suficiente no mundo nos colocando pra baixo, nós mulheres devemos permanecer unidas.

— Você quer ser minha amiga? – Regina perguntou incrédula, como se apenas aquela ideia fosse um absurdo.

— Você já está morando na minha casa, não custa nada sermos amigas. Não acha?

— Eu poderia usar alguém para desabafar. – Regina deu risada e eu a ajudei voltar para o quarto.

— Então, Emma disse que vai ajudar com a situação do Henry, certo?

— Sim, por que?

— Preciso te contar algo que descobri. – Respirei fundo e me sentei na cama ao lado de Regina. – Lembra que eu estava procurando algo na empresa e não te contei? Bom, eu acabei encontrando.

— O que é?

— Eu tenho essas memórias de quando era criança de um cara chamado James Swan, irmão de David. Antes da Swan Inc. prosperar e começar a dar lucros, eles fecharam uma grande parceira com meu pai. Eu sou filha de Robert Gold, ele era um empresário que costumava investir em empresas de pequeno porte e ajudava as mesmas a crescer. – Senti meus olhos arderem mas me recusei a chorar, eu estava cansada de fazer isso. – Enfim, James fechou um acordo com meu pai e ele investiu um grande capital na Swan Inc., poucos dias depois do acordo ser fechado ele voou junto com meu irmão Neal para oficialmente conhecer seu outro parceiro, David Swan. Algo deu errado e o avião em que os dois estavam caiu, causando a morte da minha família. Na época James foi acusado de sabotagem e preso, está na cadeia até hoje. O que eu procurava na empresa eram documentos que comprovassem a legitimidade do acordo entre as duas famílias, conseguindo assim expor que a Swan Inc. é na verdade Swan Gold Inc. Eu fiz uma visita a James e ele me contou que na verdade foi tudo ideia de David, para que os dois ficassem com o dinheiro do capital e tivessem pleno controle da empresa, mas David armou para que o irmão levasse a culpa sozinho.

— Oh... Zelena, eu sinto muito. Isso é terrível. – Regina passou o braço em volta do meu ombro e deu um aperto em forma de solidariedade. – Emma sabe disso?

— Não. – Respondi rapidamente. – Ninguém da família sabe, todos acham que David é um santo. Eu achava isso até recentemente. Nunca mencionei nada porque James tinha praticamente sido banido da família Swan, ninguém nunca foi visita-lo e era como se não existisse.

— Você está com medo de contar para Emma e ela não querer me ajudar com Henry. – Confirmei com um aceno de cabeça. – Você precisa contar. Emma precisa saber quem o pai realmente é.

— Ela vai ficar arrasada. David sempre foi a pessoa em que Emma se espelhou.

— Posso ir com você quando for contar. Sabe, apoio moral. Amigas fazem esse tipo de coisa.

— Faria isso?

— Claro, Zel. – Regina me abraçou de lado. – E amigas usam apelidos, então nem tente reclamar quando eu te chamar de Zel.

— Tudo bem, Regi. – Debochei e nós duas começamos a dar risada.

Escutamos batidas na porta e demos de cara com a Dra. Meredith Grey, ela segurava uma prancheta na mão e tinha um sorriso nos lábios.

— Bom dia, Regina. Como se sente. – A médica se aproximou e eu levantei da cama para que ela examinasse Regina sem interferência.

— Pronta para ir embora.

— Seus sinais vitais estão regulares. – Meredith falava enquanto usava um estetoscópio para escutar os batimentos da morena. – Continue tomando os seus remédios e volte em dez dias para uma checagem regular, se sentir alguma dor além do desconforto comum volte imediatamente.

— Eu vou garantir que ela siga as recomendações.

— É bom ter alguém que cuide dela, você tem sorte Regina.

— Eu tenho.

A médica se despediu e saiu do quarto, em seguida veio uma enfermeira empurrando uma cadeira de rodas.

— Eu posso ir até o carro sozinha. – Regina resmungou enquanto eu a ajudava sentar na cadeira.

— Pretende ir se arrastando até lá? — Retruquei.

Empurrei a cadeira durante todo o andar até o elevador, depois para fora do hospital até chegar ao estacionamento e finalmente no carro. A enfermeira nos acompanhou dando algumas recomendações, e depois que ajudei Regina entrar no carro ela se foi e levou a cadeira de rodas junto.

Ao chegar em casa ajudei Regina a se acomodar na sala de estar, onde ela ficaria mais confortável durante o dia. Conversei com a empregada para auxiliar Regina já que eu teria que ir trabalhar durante a tarde. Despedi-me da morena e deixei claro para que me ligasse caso sentisse algum tipo de dor, eu voltaria na mesma hora e a levaria ao médico se algo de errado ocorresse.

Cheguei à empresa e fui direto para a minha sala, evitando os olhares tortos que alguns funcionários fieis de Emma sempre lançavam em minha direção. Mergulhei de cara no trabalho, era o único modo de esquecer o que tinha acontecido com meu pai e irmão. Ao longo dos anos me deixei acomodar, virei uma simples esposa e dona de casa, deixando de lado qualquer tipo de ambição. Mas agora que estava trabalhando novamente, lembrei como era bom me sentir útil em algo.

Eu só me dei conta que havia escurecido quando minha barriga roncou de fome e eu olhei pela janela, encontrando o céu negro de Seattle. Levantei da cadeira e andei até a ampla janela de vidro, que dava uma visão privilegiada da cidade. Me perdi naquele momento por alguns segundos e só voltei a mim quando uma mão encostou de leve em meu ombro, me fazendo virar assustada. Belle me encarava com seus olhos azuis claros, uma sacola na mão esquerda e a direita ainda encostada no meu ombro.

— Não sabe bater, Srta. French? – Perguntei irritada com a intromissão.

— Me desculpe, Sra. Swan. Quer dizer, Sra. Gold. Eu não fiz por mal, mas sei que passou o dia todo trabalhando e deduzi que estivesse com fome, então te trouxe o jantar. – Ela levantou a sacola me mostrando.

— Obrigada, eu realmente estou com fome.

— Então vou preparar tudo. – Belle disse. Nós duas saímos do escritório e fomos em direção a uma pequena copa que havia naquele andar. Não era muito grande, pois por se tratar do ultimo andar, apenas duas pessoas trabalhavam ali. A secretaria, que no caso era Belle, e a CEO da empresa, que sou eu.

Belle retirou um recipiente da sacola e pegou um prato com talheres no armário, colocou a comida para mim e ajeitou na mesa.

— Tem comida o suficiente para duas pessoas. – Notei ao me sentar. – Você já jantou?

— Ainda não. – Suas bochechas ficaram vermelhas e sabia que a menina estava morrendo de vergonha.

— Sirva-se e jante comigo. – Apontei para o lugar oposto ao meu. Belle rapidamente se serviu e sentou-se, começando a comer. – Há quanto tempo trabalha aqui, Srta. French?

— Alguns anos. – Belle respondeu depois de engolir a comida. – Eu tenho diploma em administração, mas nunca procurei exercer a profissão pois teria que estagiar na área, e não pagam tão bem quanto esse emprego.

— Nós temos ótimos programas de estágio aqui mesmo na Swan Inc. – Comentei. – Emma nunca te ofereceu nada?

— Sra. Swan me ofereceu diversas vezes, ela sempre foi muito generosa. Mas alguém em minha condição social não pode se dar ao trabalho de perder nenhum centavo.

— Oh.

Comemos em silencio por alguns minutos até que eu largasse os talheres e empurrasse o prato, satisfeita com a quantidade. Belle fez o mesmo e levou os nossos pratos até a pia, logo alguma faxineira noturna iria aparecer e lavaria a louça.

— Sra. Gold, eu sei que isso não é da minha conta, mas a Sra. Swan algum dia vai voltar para a empresa?

— Tem razão, isso não é da sua conta. – Levantei da cadeira e cruzei os braços, dando passos lentos em direção à menina. – E ela vai voltar, isso é apenas um arranjo temporário.

— Entendo.

— Boa noite, Srta. French. – Dei as costas e andei em direção à saída.

— Sra. Gold... – Belle me chamou mais uma vez. Me virei e a encarei. – Você gosta de basquete? – Arqueei uma sobrancelha como se a resposta para aquela pergunta fosse obvia. Eu tinha cara de que perderia o meu tempo com algo tão simplório quanto basquete? – Os Lakers estão vindo para a cidade jogar a final do campeonato contra os Redhawks e eu tenho um ingresso sobrando. Você não gostaria de me acompanhar?

— Você sabe que sou sua chefe, certo? – Belle balançou a cabeça afirmativamente. – E isso é extremamente inapropriado.

— Foi só uma ideia boba que tive. Me desculpe, Sra. Gold, não vou te importunar besteiras novamente. – Ela abaixou a cabeça e passou por mim rapidamente.

— Belle. – Chamei novamente num tom de voz firme. – Eu não disse que minha resposta era não.


Notas Finais


E ai, vocês shippam Zelena e Belle? Será que a Zelena vai enfrentar um jogo de basquete só pra ficar perto da Belle? Sem contar que ela ainda tem que enfrentar a Emma e contar a verdade sobre o David.
Comentem o que estão achando, beijos.


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