História Ninfomaníaca - Chapter Thirty-Six

Illinois, July 2015

Point Of View Candice Adams

-Eu não acredito que esse cara deu em cima da minha mãe. –disse Justin com nojo.

-Ele tem razão, Pattie é magnífica.

-Adams. –rosnou Jeremy.

-O que pensa em fazer agora? –perguntou Justin.

-Eu não sei. –bufou sentando em sua cadeira.

-Não querendo ser intrometida, mas eu acho que você deveria ir nessa inauguração. –disse certa.

-Você tá louca? –perguntou Justin, irritado.

-O Sr. Bieber precisa mostrar a ele que não tem medo de ameaças. E que é claro, não foge de uma briga. Porque sinceramente, isso é um chamado para uma briga entre presidentes de dois jornais. Por favor, não somos fracos! Você precisa mostrar a eles que o Bieber Times, É e SEMPRE vai ser o maior jornal de Chicago.

-Concordo! –disse assentindo pensativo. –Adams, marque quatro presenças para essa inauguração! –disse e franzi o cenho.

-Sr. Bieber, você tem mais um filho... –disse lembrando-o.

-Eu sei, não vou levar os meus filhos. Levarei a Chantel. –assenti, me segurando para não revirar os olhos ao escutar o nome daquela vaca.

-Tudo bem. Ahn, e sobre a sua secretária? –perguntei.

-Contrate outra. –disse ele rápido.

Assenti e fui direto para minha mesa. Era hora de trabalhar!

***

“[06/07/2015 19:01]

O que houve com você? Vi que não foi trabalhar hoje” –Bieber.

Suspirei ao ler a mensagem.

Essa manhã eu havia acordado indisposta. Tudo por conta da minha menstruação que veio com mais intensidade do que nas outras vezes.

Eu geralmente ficava mal nesse período. Desmaio, sinto cólicas horríveis, e a única vontade que eu tenho é de morrer para nunca mais sentir essa dor.

“[06/07/2015 19:01]

”Menstruação, acho que a pior que já tive :/”

Respondi, desligando o celular.

-Eu vou comprar uns negócios para Lilly, quer que eu pegue algum remédio para cólica pra você? –perguntou Nat, entrando no quarto.

-Não, eu estou bem. –disse.

-O seu “estou bem” está mais para: “eu estou fodida”.

-Vai logo Nat. -disse bufando.

-Estou indo. E ah, sábado a Lilly vai consultar pra saber o sexo do bebê. –disse ela. –Ela quer que a gente esteja com ela nesse momento. –ressaltou. Bufei, e fiz um sinal de “legal, ok” com a mão.

Minutos ou horas depois, escutei uma batida na porta.

-Entra sua puta. –disse lenta.

-Bom saber que agora eu tenho uma buceta no lugar de um pau. –disse Justin.

Sentei na cama, franzindo o cenho.

-O que faz aqui? –perguntei.

-Bom, eu tenho uma irmã. Sei do que vocês mulheres precisam quando estão nesses dias.

-Eu quero morrer. –disse me jogando pra trás. Justin tirou sua calça jeans e camiseta e deitou ao meu lado na cama.

-Por que ligou o ar? –perguntou ele.

-Porque tá quente? –ele riu e negou.

-Quer que eu faça alguma massagem em você? –perguntou ele, me puxando para mais perto de si. Neguei.

-Eu só quero comer. –disse mordendo o lábio. Ele gargalhou e assentiu, saindo da cama. –Onde você vai?

-Quietinha. –disse saindo do quarto. Revirei os olhos. Minutos depois ele retornou com uma sacola em mãos.

-Você comprou comida pra mim? –perguntei arqueando a sobrancelha, sorrindo.

-Chocolate, salgadinho, marshmallow...

-Você. é. o. melhor. –disse pausadamente, me jogando em seu corpo que estava sentado na ponta cama.

-Só não me faz cair no chão. –disse rindo.

-Eu precisava disso. –disse pegando uma barrinha de chocolate e comendo em seguida.

-Come devagar. –disse ele.

-Não consigo. –disse revirando os olhos ao sentir aquele gosto maravilhoso.

-Nossa Candice, parece que você está tendo um orgasmo. –disse ele gargalhando.

-É foda. –disse rindo. –Não sei como você pode não gostar de chocolate. –disse, ao me lembrar de uma vez ele ter comentado que não gostava desse doce.

-Eu sou uma pessoa diferente.

-Oh, com certeza você é. –disse sorrindo.

-Quer fazer alguma coisa agora? –perguntou.

-Podemos assistir um filme. –disse sorrindo.

-Tudo bem. –ele assentiu, colocando um filme qualquer na netflix.

***

-Tá cansada? –perguntou, fazendo carinho em meus braços.

-Um pouco. –disse fraco.

-Você fica até quando? –perguntou ele meio constrangido.

-Eu fico 4, 5 dias... acaba quinta, eu acho.

-Você tá mal desde ontem?

-Não estava tão mal. Geralmente eu fico ruim no segundo e terceiro dia.

-Isso é muito complicado pra mim. –disse rindo.

-Talvez porque você é homem.

-Certamente. –sorriu de lado.

Ficamos alguns minutos em silêncio, até que eu quebrei:

-Você e a Chantel, ahn... vocês têm algo? –Justin franziu o cenho e respondeu.

-Não. Quer dizer... antes nós tínhamos, mas agora, não mais.

Assenti.

-Eu não gosto dela.

-Me conta uma novidade. –disse rindo.

-Se eu te dissesse que foi ela que... meio que, disse para Jazzy transar com o Cristopher, o que você faria? –perguntei mordendo o lábio.

Justin me tirou de seus braços e sentou-se na cama.

-Eu... ela disse? –perguntou entredentes.

-Ela falou que se a Jazzy quisesse ter algo sério com o Cristopher, ela precisava “avançar” as coisas. –disse engolindo em seco.

-Eu vou quebrar aquela... puta. –disse bravo.

-Justin.

-Tá, eu sei que “podemos resolver tudo sem violência”. –disse imitando a minha voz no final.

-Tentativa falha de me imitar. –disse rindo.

-Eu não acredito que a Chantel fez isso. A minha irmã, ela achou que tinha uma amiga. Única. –revirou os olhos.

-Como assim?

-Além daquele nerd, ela não tem amigos. –disse revirando os olhos.

-Sério?

-Sim, ela não gosta de fazer novas amizades. –disse e eu assenti.

-Eu falei pra Chantel que se ela voltasse a se aproximar da Jazzy eu arrebentaria a cara dela. –Justin riu.

-Eu tenho certeza que faria um grande estrago.

Ficamos mais alguns minutos em silêncio até que Drew falou:

-Dorme Adams, você precisa descansar. –disse. Assenti e beijei seu peito nu.

Quatro dias depois...

Mordi o lábio enquanto via Justin terminar de colocar o seu terno.

-Vê se não chega muito perto da Chantel tá? –disse rápida, arrancando o riso de Justin.

-Está com ciúmes? –perguntou virando-se pra mim, enquanto colocava a gravata em volta de seu pescoço. Levantei da cama e fui em direção a ele.

-Nem morta eu estaria. –disse dando um nó em sua gravata prata.

-Pode deixar que eu não vou ficar perto dela. E se ela se aproximar de mim, eu vou ficar pensando em você... no quanto eu gosto de seus olhos e no quanto a sua boca me vicia. –disse, soltando um risinho logo depois.

-Eu odeio você. –disse dando um selinho nele.

-Eu também. –disse malicioso. –Vai ficar aqui? –perguntou. Assenti.

-Preciso ter certeza que não vai chegar aqui bêbado e com uma Jeffries pendurada em seu pescoço. –disse cínica, voltando pra sua cama. Justin riu e negou com a cabeça.

-Tchau Adams.

-Tchau Biebs. –disse me virando de bunda para cima, olhando as playlists que tinha em meu celular.

-Só pra avisar que sua bunda é tentadora. –olhei por cima dos ombros e ri.

-Vai logo Bieber! –disse, jogando uma almofada em sua direção.

***

Acordei com o celular tocando. Franzi o cenho e olhei para o relógio que tinha no bidê da cama. 10 p.m.

-Alô.

-Adams...

-Sr. Bieber?

-Sim, preciso que venha para inauguração agora. Chantel não pode vir.

-O que, mas eu...

-Mandarei Justin ir te buscar. Arrume-se logo, não ficarei esperando por você à noite toda.

Olhei pro celular confusa.

Justin me mandou uma mensagem, dizendo que logo chegaria.

Puta merda, Jeremy estava louco.

-Vamos, Candice. –gritou Drew.

Sai de seu quarto.

-Vocês não podiam entrar, só os 3? –perguntei começando a ficar irritada.

-Meu pai teimou que eu tinha que ter uma “acompanhante”. –disse. –Vamos para sua casa.

***

-Nat, tem algum vestido pra me emprestar? Não vou ao shopping faz um tempinho. –disse bufando. Ela assentiu e pegou um vestido de sua mala.

-Você comprou novo né? –perguntei.

-Sim. –riu.

Coloquei o vestido e depois fiz uma maquiagem rápida.

-Estou bonita? –perguntei e ela assentiu.

-Gostosa pra caralho. –riu.

-Tá, vou nessa. –olhei no relógio e já se passava das 10: 45 p.m.

-Demorei? –perguntei saindo de casa.

-Um pouco. -respondeu Justin.

***

-Vamos pegar um drink? –perguntou Pattie. Assenti. –Logo voltamos.

Já fazia alguns minutos desde que chegamos na festa.

Jeremy estava bravo, era visível.

-Você e o meu filho...? –perguntou enquanto pegava dois copos de vodca com energético.

-O que tem? –perguntei, pegando mais dois copos de whisky.

-Vocês têm alguma coisa. –disse certa. Engoli em seco.

-Ahn, não. –disse.

-Sim. Gostaria de saber o que de fato vocês tem. –disse ela.

-A gente não tem nada, Pattie.

-Eu e o Jeremy também não. –disse piscando o olho, voltando para a mesa onde seu marido e filho estavam.

-Obrigado. –murmurou Justin assim que deixei o copo em sua frente na mesa.

-Então Candy, qual a área do jornalismo que você mais gosta? –perguntou Pattie.

-Eu gosto de escrever então trabalhar como repórter, na redação, me deixaria muito feliz. –disse sorrindo.

-Você já trabalhou em algum jornal? –neguei.

-O BT é o primeiro jornal onde trabalho. –disse mordendo o lábio.

-Deve ser uma merda trabalhar em algo que você não gosta né?! –Justin alfinetou Jeremy (mesmo sem o próprio perceber).

-Bom, eu gosto de trabalhar pro Sr. Bieber. –omiti uma parte da verdade. Eu gosto de ser assistente do Jeremy, porém entre ser assistente pessoal e redatora (ou qualquer cargo que envolva o jornalismo), eu escolheria o que eu estudei e lutei pra conseguir.

-Ora, ora, ora... Jeremy Bieber, Patricia Mallette Bieber e Justin Bieber. Como vão? –perguntou um homem incrivelmente jovem.

-E você seria...? –perguntou Justin.

-Sou Josh Morgan, dono do novo jornal. E você linda moça, creio que não seja da família Bieber, certo?

-Sou Candice Adams, assi.. –antes que eu terminasse a minha frase, Pattie interrompeu:

-Namorada do meu filho.

Franzi o cenho.

-Ah, sim! Pattie, permita me dizer que está incrível.

-Oh, disse a mesma coisa para o meu marido. Ele está incrível. –disse ela. Segurei o riso.

-Bom, aproveitem. –disse ele sem graça.

-Como assim “namorada do meu filho”? –perguntou Jeremy.

-Eu não queria que ele achasse que Candice é "só a assistente que fica atrás de você sempre".

-Mas...

-Mas nada Jeremy!

-Gostaria de agradecer a todos pela ilustre presença na inauguração do meu jornal. O Morgan Times, será o novo e melhor jornal de Chicago, trabalharemos duro para alcançar o topo do mundo. Fiquem a vontade para dançar e mais uma vez, obrigado. –disse o tal Josh.

-Eu vou dar um soco na cara dele! –disse Jeremy com raiva.

-Pai, podemos resolver tudo sem violência. –disse Justin, me fazendo sorrir. Olhei pra ele que piscou o olho pra mim.

-Pattie, gostaria de dançar com você. –Josh disse. Pattie relutou, até ser puxada pelo braço.

-Calma Jeremy. –disse, vendo ele começar a ficar vermelho.

-Ele acha que é quem para chamar a minha mulher para dançar?

Minutos depois, Josh estava caminhando sua mão para colocar na bunda de Pattie, quando Jeremy foi em direção a eles.

-Já chega seu moleque! Eu aguentei você falar no meu ouvido a noite inteira! Acabou! –disse dando um soco na cara de Morgan.

Tal pai, tal filho. Dois ciumentos inconsequentes.

-Deu Jeremy. –disse Pattie, afastando Bieber de Josh.

-Escuta bem garoto, você não está lidando com um iniciante! Guarda bem o que eu vou te falar: o Bieber Times é o maior e melhor jornal de Chicago, considerado duas vezes seguidas o maior do mundo. Você não está lidando com qualquer pessoa, você está lidando com Jeremy Jack Bieber, e eu vou ter o prazer de daqui a alguns meses, talvez anos.. dizer o que todos nós aqui sabemos, nenhuma pessoa tem capacidade pra tirar eu e minha família do topo! –disse Jeremy saindo do salão seguido de Pattie.

-Boa sorte, você vai precisar. –disse Drew.

Justin pegou em minha mão e antes que saíssemos do salão falei alto:

-Stronzo. –arrancando uma gargalhada de Justin.

Sim, havia acabado de chamar Josh de imbecil, assim como chamei o CEO italiano a algumas semanas atrás.

-Eu realmente preciso de sexo! -disse assim que coloquei meu pés para fora daquele enorme salão.

"Minha mãe não gosta de você, e ela gosta de todo mundo."