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História No Brand - Danger


Escrita por: Coffeec

Notas do Autor


HEEEY OLHA EU AQUI DE NOVO

Me desculpem mais uma vez a demora, sou irresponsável como autora, eu sei
Maaas se tudo correr dentro dos meus planos, posto outro depois.

Nossa finalmente postei em um horário descente kkkkk raridade, aliás eu realmente me empolgo com capítulos grandes, então acho que manterei nesse nível mesmo pessoal.

Espero que gostem de verdade do capítulo, dei meu melhor então aproveitem!

Capítulo 14 - Danger


Fanfic / Fanfiction No Brand - Danger

Eu já estava de saída, acordei mais cedo hoje, antes que Izuku acordasse. Enquanto eu andava pela rua deserta só uma coisa passava pela minha mente. — Aquela marca no pulso dele, aquilo não era uma tatuagem qualquer, eu tenho certeza. — Chegando a estação, estava vazia, porém um homem de cabelos negros curtos no estilo militar e um casaco longo chegou logo depois. Ele ficou me olhando de canto de olho.  

— Manhã um pouco fria, não? — Falou, ele me dava uma sensação estranha, como se de algum modo sua presença não me fosse estranha. 

— Sim, está mesmo. — Um vento gelado bateu em meu rosto. 

— Esse clima sempre muda tão repentinamente. — Assenti e ficamos em silêncio. — Você trabalha de enfermeira no hospital central, não? — O olhei surpresa. 

— O quê? — Meu tom acabou saindo afiado. 

— Desculpe, falar assim pareceu estranho não é? — Ele riu — Você atendeu meu filho um outro dia, queria ter certeza por isso perguntei. — O metrô se aproximou. — De todo modo, muito obrigado. — Ele fez uma leve reverência. 

— Não é algo do qual você precise me agradecer. — Sorri. — Espero que ele já esteja melhor — Me aproximei da porta e me virei para ele. — Agora eu.. — Parei de falar ao vê-lo com uma cartola marrom. 

— Tenha um bom trabalho. — Ele se virou e foi embora, me deixando com uma terrível sensação de que estava deixando algo importante passar.  

Continuei andando com os mesmos pensamentos até chegar ao hospital que trabalho. Estava corrido como de costume, e assim que tive um descanso aproveitei para fazer uma ligação. 

— Alô? — A voz familiar ressoou na linha — Quem é? 

— A quanto tempo minha amiga. — Sorri ao ouvir levemente sua surpresa. 

— Não acredito! Inko! Já fazia um tempo que não me dava notícias, fiquei preocupada sua idiota! — Sua voz se elevou em meu ouvido. — Eu soube da fuga “dele”, você podia ao menos ter me mandado uma mensagem! 

— Se acalme. — Falei entre risos. — Eu ando com a cabeça na lua, desculpe deveria ter te avisado de que estava bem. 

— Ah... Passa os anos e você continua com essa cabeça de vento. — Ela suspirou e sua voz ficou mais séria. — Mas você não me ligou só para matar a saudade, não é? 

— Tem razão, não liguei... Podemos nos encontrar? Precisamos conversar algumas coisas... 

 

 

Eu abri os olhos lentamente, minha cabeça estava explodindo, e o barulho do despertador não ajudava. Resmungando cacei o celular entre as cobertas e desliguei o despertador. Já estava no quarto despertador. — Ai que droga. — Me sentei apressado e senti uma tontura intensa e meu estômago revirando — Pelo menos hoje eu não tenho treino... —  Me arrastei até o banheiro e joguei água fria em meu rosto, tentando me tirar a sensação de cair no sono a qualquer momento, inutilmente. Me olhando no espelho vi meus olhos um pouco murchos devido a noite passada. Já no banho, deixei a água quente relaxar meus músculos enquanto massageava minha cabeça. — Eu não deveria ter bebido daquele jeito. — Repassei a bebedeira com os garotos pela mente, minha memória estava falha e sentia que estava deixando algo importante passar. Depois de me trocar eu desci até a cozinha esperando encarar uma mãe furiosa, mas só encontrei um bilhete dela falando que seu turno começaria mais cedo hoje, o que era bem estranho, normalmente ela nunca perderia a chance de me dar um sermão. Subi para meu quarto para arrumar a desordem, ontem eu estava tão bêbado que simplesmente saí jogando minhas roupas pelo chão.  

Eu já estava quase terminando quando uma cartela de comprimidos caiu do bolso da minha jaqueta da noite anterior. — Aspirinas? — Girei a cartela em minha mão tentando lembrar onde eu consegui aquilo. — Não me lembro de ter comprado. — Desci até a cozinha para pegar um copo d’água. — “Toma uma agora e outra quando acordar depois de chegar em casa”. — A voz ressoou em minha mente. De uma só vez as lembranças do que aconteceu ontem na cozinha do Kaminari ficarão claras e eu engasguei, cuspindo a água que estava em minha boca na pia. — MAS QUE DROGA! — Gritei em voz alta. As lembranças voltaram como uma torrente enquanto eu me apoiava no balcão. — Deus... — Passei os dedos pelos lábios lembrando do jeito que ele me jogou sobre os armários. — Mas que diabos eu estou pensando?! — Me apressei de volta ao quarto e terminei o que estava fazendo, saindo de casa as pressas logo em seguida. 

 

 

Para a minha infelicidade hoje eu cheguei cedo no colégio, tudo bem que havia saído meio que correndo, mas eu não pude evitar, estava agitado, e tenso de encontrar Katsuki, não sabia se ele lembraria, e nem queria pensar na hipótese de que lembrava.  

Depois de chegar na sala, enfrentei a Uraraka cheia de perguntas sobre como eu tinha ido embora, e me acusou de abandoná-la, não que isso tivesse feito alguma diferença já que ela estava conversando com quase todos da festa, mas até que senti um pouco de culpa. Enquanto conversávamos sobre a noite de ontem e de como minha cabeça estava me matando, Iida ficou de cara amarrada olhando para o quadro ainda vazio, já a garota falava animadamente sobre amigos novos que ela fez e em como eram gentis. — Óbvio. — As vezes me perguntava se ela sabia que era linda e que chamava a atenção desses caras.  

— Aliás.. — Ela me olhou e sorriu maliciosamente. — Quem era aquele com quem você tava de papinho em? 

— Quem? — A olhei um pouco confuso. 

— O bonito, de cabelo roxo. — Ela se aproximou me analisando. — Foi embora com ele é Izuku? 

— O quê?! — Senti minhas bochechas ruborizarem. — C-Claro que n-não! 

Ela riu e deu um tapinha em meu braço. 

— Seu safado! Não perde tempo! — Ela falou mais alto do que eu gostaria. — Ficou com ele pelo menos? Pegou o número?! — Enquanto a garota falava rapidamente, o vi.  

Ele entrou com o mesmo ar orgulhoso de sempre, enquanto Sero e Kirishima conversavam à sua frente, Kaminari estava para trás, com uma expressão infeliz no rosto. Ele passou os olhos pela classe e repousou seu olhar em mim, ele se contentou em dar um sorriso de canto enquanto se sentava. — Ei... — A voz da Uraraka chamou minha atenção. — Nem pense em fugir dos detalhes, quero todos os detalhes da sua noitada! 

— Minha noitada se passou comigo desmaiado na cama. — Passei a mão pelas têmporas. — Seguida pela minha primeira ressaca, experiência incrível devo acrescentar.  

— Você deixou ele na mão?! — Ela fez uma expressão indignada enquanto minhas bochechas ferviam. — Então ele te levou até sua casa e você desmaiou na cama? Ou você só não lembra que foi pra cama com ele? — Sorriu maliciosamente. 

— Eu não fui pra cama com ele! — Acabei falando alto, atraindo alguns olhares. 

Ela arqueou as sobrancelhas e começou a rir. Olhei em volta envergonhado e me encolhi em minha cadeira, olhei disfarçadamente para onde Katsuki estava, ele olhava em minha direção com uma sobrancelha erguida. Esboçou um sorriso debochado assim que percebeu que eu estava o olhando. — Idiota convencido. — Me virei para Uraraka que ainda ria da minha cara. 

— Você não dormiu com ele, acho que entendi. — Ela se inclinou para mim. — Assim como a sala toda. 

— Calada. — Apoiei a cabeça nas mãos tentando fazer meu rosto voltar a cor normal, inutilmente.  

— Você parece prestes a explodir. — Uma voz grossa e contida veio de trás de mim, me virei e vi Todoroki me olhando com um pequeno sorriso de canto. — Você está bem? 

— S-Sim... É que é horrível para mim chamar atenção. 

— Eu te entendo, me incomoda também. — O encarei surpreso. 

— Você é tímido?  

— Não, só não gosto de atenção. 

— Mas algumas pessoas ficam fofas com vergonha. — Uraraka chamou nossa atenção para ela. — Por exemplo, você fica uma fofura vermelho assim. — Ela apontou para o meu rosto sorrindo. — Não acha Todoroki? 

Ele analisou meu rosto. 

— Tem razão. — Eu fiquei estático. Ele sorriu e se sentou enquanto o professor começava a aula. 

— Viu, ele concorda comigo que você fingindo ser um tomatinho é fofo. — Ela sorriu ladina e se virou para o quadro. 

Deus, hoje o dia será longo. 

 

 

A fila no refeitório estava grande hoje, e como meu estômago ainda estava embrulhado da ressaca, decidi pegar apenas um suco de laranja. Eu, Uraraka e Iida nos sentamos na mesa de costume, era tão bom poder voltar ao normal, nós três de novo, sem afastamentos ou assuntos mal resolvidos com a Uraraka. Enquanto conversávamos Katsuki e os amigos passaram pela nossa mesa. Kaminari se aproximou e se sentou ao meu lado. Seus amigos o olharam confusos, exceto Kirishima, que voltou a se afastar com uma carranca sem olhar para trás. 

— Hey, e aí Midoriya, como você está? — O olhei confuso. — Soube que você passou mal ontem. — Ele riu. — Agora sim, você teve a verdadeira experiência de uma festa. 

— Eu que o diga, minha cabeça está me matando aqui. — Falei enquanto massageava minha cabeça. — Como vocês estão bem? — Uraraka e ele se olharam e riram. 

— Foi sua primeira vez, é igual sexo, fica melhor quanto mais você pratica. — O loiro falou tranquilamente, e eu corei constrangido. — Na sua próxima você talvez não esteja mais tão fraco pra bebida. 

— Que comparação em Kaminari.. — Iida mexeu nos óculos, seu rosto estava vermelho. 

— O quê? — O loiro o olhou surpreso. — Você é bem tímido em.. — Sorriu de canto. — Ou é virgem? 

— Q-Que t-tipo de pergunta é essa?! — Se atrapalhou nas palavras enquanto corava ainda mais, fazendo o outro rir.  

— Ah já sei. — Reparando no fato de Iida olhar para Uraraka, ele fez uma expressão debochada. — Está envergonhado porque a Uraraka está aqui, não é?  

— Eu? — Ela arqueou as sobrancelhas. 

— Você é garota, e ele é tímido. 

— Ele só não é sem vergonha igual você. — Ele fez uma cara de indignado. 

— Extrovertido. — Corrigiu-a. — Sou apenas bem aberto nesses assuntos. 

— Com certeza é. — Ela sorriu maliciosa. — Em todos os sentidos. 

Eles continuaram se provocando, enquanto eu ria, já o Iida ficava envergonhado e tentava fazê-los serem mais discretos. Notei que na mesa, não muito longe onde os amigos de Kaminari estavam conversando, aquela garota de cabelo rosa estava junto deles. Era estranho olhar aqueles três, enquanto Kaminari estava conosco.  

O intervalo havia sido divertido, o suficiente para me fazer até mesmo esquecer minha dor de cabeça. Porém agora era aula prática com a treinadora, para o meu azar. Após me trocar no vestiário, me dirigi a quadra. Ela havia dividido a turma entre os meninos e entre meninas. As meninas jogavam no time de vôlei do colégio, enquanto nós, nos basquete. 

— Como sabem, a primeira temporada desse ano já começou, e nessa sexta é nosso próximo jogo, até lá vocês vão treinar até eu ver seus corpos sem força no chão! — A treinado gritou e eu engoli em seco.  

Ela nos dividiu em seu típico treinamento de duplas, eu caí com o rapaz mais alto da turma, de cabelos brancos. Ele era claramente musculoso, e eu particularmente o ouvi falando pouquíssimas vezes, mas sabia que seu nome era Mezo Shoji. Caímos contra Todoroki e o Sero. A partida até que não foi tão difícil, o bicolor não era do tipo agressivo em um treino, muito menos o Sero, porém meu estômago estava me fazendo suar frio, e minha cabeça parecia prestes a explodir.  

Em um movimento atrasado, acabei trombando com o Todoroki, que imediatamente analisou meu rosto enquanto me ajudava a recuperar o equilíbrio. 

— Você está bem?! Está pálido... — Eu assenti diante do seu olhar preocupado. 

— Isso que dá sair no domingo a noite. — Passei a mão pelos cabelos tentando tranquiliza-lo. Ele bufou e pegou meu pulso me puxando para fora da quadra. — E-Ei Todoroki o que você está fazendo? 

Nos aproximamos da treinadora. Ele disse a ela que eu não estava me sentindo bem, e que eu deveria ficar de fora do treino de hoje.  

— Sente e descanse, você daqui a pouco desmaia aqui se continuar. — Ele me deu um olhar duro. 

— Mas... — Suspirei e me encolhi. — Tudo bem, obrigado.  

Ele assentiu e se dirigiu novamente a quadra, passou próximo de Katsuki na volta, que olhava para mim, com rosto sério. Seus olhos foram de mim para o bicolor, em seguida revirou os olhos com raiva e voltou sua atenção ao jogo. Provavelmente pensou que era exagero me tirar do treino, ou que eu estava de frescura. Bufei. 

Tomara que leve uma bolada na cara. 

 

 

Depois que o treino acabou, eu tomei um ducha fria no vestiário, para ver se minimizava a dor de cabeça. A última aula passou mais rápido do que eu esperava, acabei arrumando minhas coisas as pressas porquê combinei com a Uraraka, Iida e Kaminari no intervalo, de irmos a um restaurante para almoçarmos juntos. Já estávamos próximos ao portão quando lembrei de uma coisa. 

— Caramba eu ainda não avisei minha mãe! — Puxei minha mochila para frente enquanto procurava meu celular. 

— Ela está te esperando? Se não puder vir a gente entende. — Uraraka me olhou apreensiva. — Sei como a senhora Inko se preocupa com você. 

— Acho que ela não vai se importar, mas por via das dúvidas eu vou mandar uma mensagem. 

— Vou avisar meus pais também só um minuto. — Iida se afastou discando um número. 

— Caaara deve ser divertido. — Kaminari cruzou os braços atrás da cabeça. Seu olhar estava vazio, parecia perdido em pensamentos. 

— O quê? — A morena perguntou. 

— Ter pais presentes. — Percebendo meu olhar sobre ele, sorriu. — Não é nada do que está pensando, eles apenas viajam bastante. 

Eu já tive experiência o suficiente para identificar um sorriso disfarçado quando visse um, e aquele que ele me deu, com certeza era um deles. Eu dei um sorriso singelo para ele, mas no fundo eu fiquei preocupado com o olhar vazio que vira antes. 

Continuei revirando minha mochila sem êxito e comecei a me desesperar. 

— Hey o que foi? — Uraraka se aproximou. 

— Não acho meu celular. — Desisti da mochila e apalpei meus bolsos. — Será que eu perdi? 

— Calma, talvez você tenha esquecido lá na sala, eu mesma sempre esqueço minhas coisas lá. 

— Tem razão, vou lá ver. — Me virei e comecei a correr na direção oposta. — Já volto. 

 

 

Cheguei a sala ofegante, havia decidido subir pelas escadas para ser mais rápido, o que não demorou para me arrepender. Abri a porta e me deparei com Katsuki sentado em minha mesa com os pés apoiados na cadeira a sua frente. Estava girando algo em suas mãos, algo retangular, algo tipo... — Meu celular! — Andei até ele. 

— Vi que você esqueceu, decidi esperar para ver se você voltava atrás dele. — Esticou o celular para mim. — Me poupou o trabalho de te procurar para entregar. 

— Ah ainda bem. — Suspirei aliviado. — Achei que tivesse perdido, obrigado Katsuki! — Agradeci e me apressei para ir embora. 

— Está melhor? — Me virei para ele. Ele continuou sentado, me analisando. 

— O quê?  

— Perguntei se já melhorou, parecia mal hoje mais cedo. — O encarei surpreso.  

— Ah... Estou melhor. — Ele levantou uma sobrancelha. 

— Se você é tão fraco pra bebida, por quê bebeu daquele jeito? 

— Seus amigos queriam que eu soubesse o que é ir a uma “festa de verdade”. 

— E por que ouviu o que aqueles idiotas falam? É burro por acaso? Eles pulariam do 20° andar se achassem divertido.  

— Já começaram as ofensas? Você realmente só sabe falar comigo pra isso? Pra brigar ou dar sermão? Olha sinceramente Katsuki, eu achei que estava preocupado, mas se é só isso, eu já vou agora. 

— É o que você acha? — Estreitou seus olhos diante do meu silêncio. — Eu não deveria me surpreender. — Disse enquanto se levantava. — Mas é engraçado, porquê na minha memória, todas as vezes que eu falei alguma coisa, quem te ajudou fui eu, sem nem esperar um obrigado em troca. — Me encarou. — Como ontem por exemplo. 

Droga. Droga. Droga. Ele pode estar tentando saber se eu lembro o que aconteceu ontem... Mas e se ele não lembrar? 

— Ontem? — Falei incerto do que dizer. 

— Sim, ontem. — Sorriu cheio de malícia.  

Ok ele com certeza lembra... Mas ele não sabe que eu lembro. 

— A-Ah... Bom eu não lembro de nada, desculpe. — Ele se inclinou e olhou em meus olhos. 

— Sério? — Por um momento pareceu decepcionado, mas foi tão rápido que achei ter imaginado. — Bom você me deve um celular novo. 

— Como é? 

— Perdeu uma aposta ontem.  

— Que mentira! Não apostamos nada ontem seu... — Parei de falar ao ver seu sorriso convencido. 

— Como sabe que não apostamos nada se você não se lembra? — Cruzou os braços. — Deveria ter vergonha de mentir. 

— Eu não menti! — Ele arqueou uma sobrancelha. Desviei o olhar envergonhado. — Eu só não fui totalmente sincero... 

— Totalmente?  

— Eu realmente não lembro de muito de ontem... — Corei diante do seu olhar.  

— Se lembra de como foi embora?  

— De táxi. 

— Sozinho? — Ele não parou de olhar em meus olhos nenhum minuto. 

— N-Não... — Passei a mão pelos cabelos nervosamente. — Obrigado por ter me levado para casa. — Me virei rapidamente para a saída e senti ele segurar meu pulso. 

— Só se lembra disso? — Assenti sem me virar para ele. — É mesmo? 

Ele me puxou me fazendo ir de encontro a seu corpo, batendo em seu peito bruscamente. Levantei minha cabeça para olhá-lo. Ele estudava meu rosto, e seus olhos me paralisaram. 

— Então por quê está com tanta vergonha desde que entrou nessa sala? — Senti meu coração disparar enquanto buscava freneticamente uma resposta para a pergunta dele. — Realmente não lembra de mais nada? 

— Me solte eu tenho que ir encontrar meus amigos! 

Ele fechou os olhos e senti o aperto aumentar em meu pulso. 

— E-Eu... Katsuki... O q-que v-você está... — Meus olhos desceram para sua boca rosada e Deus, como eu me amaldiçoei pelo que estava fazendo. — M-Me solte.. — Murmurei. 

— Está lembrando agora? — Não sei se era imaginação, mas seus olhos pareciam ainda mais vibrantes em vermelho. Neguei com a cabeça. 

Ele sorriu e, assim como na noite anterior, me ergueu em cima de uma das carteiras sem dificuldade, quase me fazendo me engasgar com a surpresa. Segurou as laterais da mesa, me prendendo entre seus braços. 

— E agora? — Falou com a voz baixa. Senti seu hálito quente em meu rosto devido a aproximação dele. Neguei com a cabeça novamente, meu coração parecia prestes a explodir em meu peito, e sentia minhas mãos formigarem. Porém tentei ao meu máximo repreender tudo isso.  

Com um sorriso presunçoso ele começou a traçar um caminho de pequenos beijos da minha bochecha em direção a minha boca. — Você continua sendo um péssimo mentiroso Deku. — Sentia minha pele formigar e se aquecer onde seus lábios tocavam. Assim que ele chegou em minha boca ele parou, olhando em meus olhos. — Se queria tanto que eu te soltasse, por quê não foge agora? 

Eu não conseguia respondê-lo, nem eu mesmo tinha essa resposta, eu podia simplesmente empurrá-lo, mas meu corpo não moveu um músculo. Lambi os lábios na tentativa de rebater seu comentário, mas isso pareceu atiçá-lo quando seus olhos desceram para minha boca, vi seu maxilar contrair. 

Em um impulso ele rompeu com a minúscula distância e colou seus lábios nos meus. O beijo era afoito, e seus lábios tinham gosto de menta. Uma de suas mãos subiu até minha nuca, intensificando ainda mais o beijo. Sem controle minhas mãos puxavam as bordas de seu uniforme trazendo-o para mais perto. 

Seu corpo estava quente, assim como na noite anterior, e mesmo com o uniforme, eu conseguia sentir. Em contrapartida eu estava derretendo em seus braços, o calor e o sabor de menta de seus lábios estavam me fazendo perder o resto de controle que tinha.

— E aí Midoriya, achou o celular? A Uraraka me pediu para vim pergunt... — Seus lábios se separaram dos meus quando Kaminari apareceu na porta. — Oh droga... Atrapalhei? — O olhei, com o rosto fervendo e ofegante. Katsuki o dirigiu um olhar sombrio.  

— N-Não a-atrapalhou nada K-Kaminari!! — Gesticulei com as mãos enquanto falava apressadamente sem dar chances para que o loiro a minha frente começasse os insultos. — Eu já estou indo. 

Katsuki me olhou como se eu tivesse lhe dado um tapa. 

— Certo... Melhor eu esperar lá fora. — Sumiu de minha vista antes que eu pudesse responder. 

— Não atrapalhou nada?! — Katsuki me olhou furiosamente.  

Engoli em seco. 

— Se afaste Bakugou. — Baixei minha cabeça. Sentia seu olhar sobre mim, por fim ele estalou a língua e se afastou, caminhou até sua bolsa e a pegou em silêncio.  

— Como quiser. — Sua voz veio seca e distante.  

— Desculpe.. — Murmurei. Ele se virou para mim, seus olhos pareciam distantes como na primeira vez que o reencontrei. 

— Na próxima vez, se não quiser beijar alguém, fale em vez de ficar se fazendo.  

— Mas foi você quem me beijou! Não perguntou o que eu achava antes! Sempre faz isso, me joga pelos lugares como se eu fosse um brinquedo! — Elevei minha voz. 

— Eu te beijei? Quem começou com isso? Fui eu? 

— Eu estava bêbado, não sabia o que estava fazendo! — Seus olhos se iluminaram em raiva. 

— E agora? Estava bêbado? — Diante do meu silêncio ele continuou. — Precisa que eu chame seu salva-vidas meio a meio para te ajudar? Não pode dizer um “não” sozinho? 

—  Deixe o Todoroki fora disso, não o use como argumento!  

— Esqueço que não posso falar dele que você fica todo irritadinho. — Riu debochado. — Quer saber? Dane-se, faça o que quiser. — Andou até a saída. — E fique tranquilo, não vou mais te tocar Izuku. — Sua voz estava carregada de raiva. Saiu sem dizer mais nenhuma palavra. 

Suspirando me recompus e saí da sala, vi Kaminari no corredor encostado na parede e tentei parecer o mais natural possível. 

— Vamos? — Sorri.  

— Vamos. — Andamos até o elevador. — Tem certeza que está tudo bem deixar ele sair daquele jeito? 

Corei diante de sua pergunta. 

— Não tenho motivos para impedi-lo, ele faz o que quiser. 

— Vocês não pareciam tão imparciais agora a pouco. 

— Aquilo não foi nada. — Meu rosto estava queimando.

— Certeza? — Levantou uma sobrancelha. 

— Certeza. — Como eu queria ter realmente certeza... 

Depois de voltarmos para o pátio eu mandei a mensagem para minha mãe, esperando uma série de perguntas, porém ela me respondeu secamente um “tudo bem, não vou almoçar em casa hoje”, o que havia com ela afinal? Estava irritada por ontem? 

— Tudo certo? Podemos ir? — Uraraka se aproximou. 

— Tudo sim, vamos. 

 

 

Eu batia o pé nervosamente no chão, realmente não esperava reencontrá-la assim, mas ela era a única com quem eu podia contar agora, principalmente nesse quesito. Vi o cabelo loiro espetado tão familiar se aproximar e sorri. 

— Inko! — Me deu um forte abraço. — Continua baixinha, cadê os saltos? 

— Oi Mitsuki! — Acabei rindo. — Eles não são práticos para o dia a dia. 

— Desculpa! — Gesticulou coma mão enquanto se sentava. — Eles são bons em qualquer ocasião. Você devia voltar a se cuidar, como nos velhos tempos, você era tão linda, ser mãe solteira não é desculpa para não se valorizar. 

— Eu não tenho mais essas vontades minha amiga. — Ela me olhou tristemente. 

— Desde que você o conheceu, nunca mais teve, já se passou tanto tempo, não acha que está na hora de se deixar ser feliz de novo? 

— Acho que acabei me acostumando de minha vida girar em torno do Izuku. Nem me imagino saindo com alguém. 

— Não vai demorar até que o Izuku ache alguém, sabe disso, e aí você terá que resolver sua vida de qualquer jeito. 

— Posso esperar até lá. — Ela suspirou fechando os olhos. 

— Se a Nana te visse hoje, teria te dado uma boa surra. — Rimos juntas. 

— Eu não duvido nada. — Sorri recordando de velhas lembranças. — As vezes gostaria que ela ainda estivesse aqui para nos dar bronca pelas péssimas decisões. 

— Ela era pior que eu. — A loira fez bico enquanto eu ria. 

— Ninguém é pior que você! — A olhei com olhos estreitados. — Masaru sim é corajoso, um verdadeiro guerreiro. — Ela riu alto mas logo seu olhar ficou um pouco triste e eu entendi. — Como ele está falando nisso? 

— Mesmo de sempre, continua fazendo acompanhamento médico, bem dizer leva uma vida normal agora. Pelo menos a melhor parte dele ainda funciona bem demais. — Ela me olhou maliciosa. 

— Você não presta. — Falei enquanto ria. — E... O Katsuki? — Ela baixou o olhar para o copo, sorrindo. 

— Depois daquilo ele mudou como nunca achei que fosse possível. — Revirou os olhos diante da minha expressão. — Não se iluda, ele continua com um gênio do cão. 

— Puxou a mãe! — Falei entre risos. 

— Ah fica quieta... — Sorriu. — Mas ele melhorou depois daquele incidente, na verdade acho que ele ainda se culpa muito, mas nunca deixa isso transparecer. — Sua face ficou entristecida. 

Antes que eu pudesse respondê-la meu celular apitou na bolsa. Respondi a mensagem do Izuku rapidamente e voltei minha atenção para ela. 

— Mas então... — Ela pegou o cardápio. — Por quê me chamou aqui? 

Limpei a garganta e escolhi as palavras. 

— Preciso de informações. — Ela ergueu uma sobrancelha. 

— Que tipo? 

— A organização. — Seu rosto perdeu a cor e logo em seguida se transformou em uma expressão séria. 

— O que quer com eles de novo Inko? 

— Izuku... — Baixei o olhar para minhas mãos. — Vi a marca nele. 

Vi ela se engasgar com o suco que o garçom a pouco trouxe. 

— Tem certeza? — Sua voz veio baixa e contida. 

— Acha mesmo que eu poderia me enganar? — Ela pareceu hesitar. — Mitsuki, por favor, ele não é como nós, sabe tudo que ele já passou. 

Ela suspirou vencida. 

— No que eu posso ajudar? Sabe que eu não tenho muito que oferecer, larguei a organização junto com você. 

Sorri. 

— Obrigada Mitsuki, então primeiramente, sabe se atualmente tem algum jeito de tirar aquela marca, sem matá-lo? 

 

 

Sair com eles tinha sido realmente muito bom pra mim, fazia tempo que não saía com amigos assim, a festa eu não colocava na contagem porquê estava caindo de bêbado. Mas mesmo tendo rido sem parar com meus amigos, não consegui tirar o Katsuki da cabeça. Ele parecia irritado de uma maneira diferente, quase como se eu o tivesse magoado. — Maldição... — Ele tinha um cheiro tão bom, parando para pensar agora. 

Dobrei uma esquina, perdido em meus pensamentos enquanto andava. — Por que ele fez aquilo? Ele estava querendo provar alguma coisa para mim? Estava brincando? Acha que pode fazer o que quiser quando bem entender? Idiota! — Senti meu coração acelerar trazendo consigo a lembrança do beijo. — Aquele convencido... Eu odeio ele... Eu... Realmente odeio ele? — Enquanto andava passei por um beco, distraído demais para notar qualquer coisa. 

— Então é esse o garoto? — Uma voz desconhecida me tirou de meus devaneios. — Ele não parece muito especial. 

— Mas é ele. — Me virei e vi, ali no beco, encostado em uma parede um rapaz, não parecia muito mais velho que eu, ele usava uma jaqueta de capuz, mas seus cabelos caíam para frente, rebeldes, de cor azul celeste. Em sua boca tinha uma cicatriz, e em seus olhos pesadas olheiras. Mas o que mais me chamou atenção foram seus olhos, vermelhos, frios... Mortos. 

— Midoriya Izuku, certo? — Me perguntou. — Ouvi falar bastante de você.  

— Quem é você? — Dei alguns passos para trás com um péssimo pressentimento. — Como sabe meu nome? 

— Oh que indelicadeza a nossa, este é Shigaraki Tomura, e você pode me chamar de Kurogiri. — Pela primeira vez vi, mais atrás, onde era mais escuro no beco, notei uma segunda presença. Ele era alto, vestindo roupas formais, mas em sua cabeça havia uma espécie de fumaça, uma nuvem negra no lugar. 

Mas que droga é essa?! 

Recuei, porém me obriguei a não fugir antes de saber mais. 

— Responda a minha pergunta! — Vi o jovem chamado Tomura dar um sorriso de canto. 

— Pelo menos você tem coragem, não é qualquer um que usa esse tom comigo. — Diante do meu silêncio ele continuou. — Respondendo a sua pergunta, digamos que um conhecido de sangue seu, também é um conhecido nosso. 

Conhecido de sangue... Só pode ser uma pessoa... 

— Facilita o trabalho e vem com a gente. 

— Ir com vocês pra quê?  

— Ah vai saber, não sou eu que cuido disso. — Ele olhou para o outro. — Pegue-o. 

Ao ouvir isso uma descarga de adrenalina correu pelo me corpo e eu comecei a correr na direção oposta a eles. Em questão de segundos vi uma nuvem negra se formar a minha frente e uma mão sair de lá. Graças ao meu reflexo, consegui me jogar para o lado sem ser pego.  

Continuei a correr a toda velocidade até começar a perder o fôlego. Parei e me virei para trás e vi outro portal se abrir deixando Tomura sair de lá. Antes que eu pudesse fugir ele me jogou em um beco lateral. Me levantei com dificuldade e vi Kurogiri parado do outro lado do beco. 

Estou cercado. 

— Eu pedi com educação para você facilitar o trabalho e você me faz isso?! Garoto de merda. — Ele caminhou em minha direção com punhos serrados. 

— Shigaraki, sabe que não pode feri-lo, suas ordens são claras. 

Notei que a luz vermelha de meu relógio estava piscando. — Ótimo, significa que posso tentar ganhar tempo até a ajuda chegar. 

Tomura se aproximou e tentou pegar em meu braço, eu desviei e no impulso desferi um soco em seu rosto, fazendo-o virar o rosto bruscamente.  

— Se você estiver bem pouco machucado acho que não tem problema, não é!? — Gritou e me deu um forte soco na barriga, em sequência tentou me dar outro em meus rosto ao qual me defendi. — Desgraçado. 

Me golpeou com um chute me fazendo bater de encontro a parede, o que me tonteou um pouco. 

— Oi oi vamos lá, coopere e você não vai se machucar. — Andou até mim. — Não quer rever seu conhecido? — Se agachou ao meu lado. — Por que? Está com medo? Podemos levar sua mãe até você, se quiser. 

Senti meu coração dar um pulo e meu corpo ferver com a ideia de minha mãe nas mãos deles. 

— Medo? — O olhei de canto de olho e ri. — Eu não estou com medo de alguém como você. — Ele me analisava friamente. — Se tocarem nela... — Me deu um chute no estômago, me fazendo cuspir sangue. — Não os perdoarei. — Outro chute.  

— Já chega Shigaraki, vamos embora antes que alguém chegue. 

Tomura se afastou, notei que Kurogiri pretendia abrir um portal. — Essa é minha última chance. — Me levantei ainda com dores intensas no estômago e tentei correr. Senti um aperto em meu braço e vi o rapaz de cabelos azul celestes me segurando. Uma dor aguda começou a subir de meu braço, e quando o olhei, ali onde ele estava segurando, minha pele estava se soltando. — Não posso ser pego! — Ele me puxou. — Não pode ser assim! — Em uma última tentativa frustrada tentei desferir um soco em direção a ele, comecei a sentir uma queimação ao longo do braço enquanto juntava forças para acertá-lo, mas ele desviou e eu acabei errando. Nesse momento uma pressão absurda seguiu a direção de meu soco, jogando Tomura longe, e batendo em um dos prédios na lateral, atravessando-o como se não fosse nada. O prédio começou a ruir, e o chão tremia como se estivesse tendo um terremoto. 

— O que você fez?! — O rapaz gritou por cima do barulho alto.

Olhei de meu punho para o estrago no edifício chocado. — Isso foi... o One For All?!

— O prédio vai desabar! — Ouvi Kurogiri gritar. 

Destroços estavam caindo do enorme buraco. Sem pensar comecei a correr, quando a estrutura começou a ceder, fumaça atrapalhando minha visão, tentei correr com tudo que pude e vi um portal se abrir a minha frente. 

— Então, vai vim com a gente ou quer morrer soterrado aqui? — Olhei em pânico para o garoto. — Você tem 10 segundos. 

10... Olhei para cima, o prédio caíria a qualquer momento. 

9... 

8... Não posso morrer aqui... 

7... 

6... Mas não posso ir com eles... 

5... 

4... Mãe... All Might... Me desculpem... 

3... 

2... Corri em direção a eles. 

1...  

Antes que eu pudesse chegar a eles, uma espécie de fita enrolou meu corpo e me puxou para cima bruscamente. A pressão do aperto era grande, e quando me dei por mim fui jogado no terraço do prédio ao lado do que iria desabar. 

— Levante-se garoto. — Uma voz séria e um pouco rabugenta falou, estranhamente, muito familiar. — Temos que sair daqui o mais rápido possível. 

A minha frente estava um homem com roupas pretas simples, um cinto de utilidades era a única coisa com outra cor se não preto em seu visual, fora é claro, uma espécie de lenço em seu pescoço. Ele tinha cabelos pretos até a altura dos ombros, bagunçados, e em seu rosto um óculos amarelo escondia seu rosto. 

— Sempre atrapalhando não é Eraser Head?! — Um portal se abriu a nossa frente. — Não consegue ficar sem meter o nariz nos assuntos dos outros.  

— Shigaraki Tomura, o que você e sua turminha andam aprontando pela cidade?  

— O mesmo de sempre... Agora passe o garoto. — Falou sombriamente. 

— Não farei isso. — Aqueles dois estavam emanando uma aura sinistra. 

O edifício continuou instável enquanto mais poeira subia do beco. 

— S-Senhor, o prédio... — Falei atraindo a atenção de todos. 

— O garoto por acaso é doente Kurogiri?  

— Não até onde eu sei. 

— Você está bem? — O homem de preto perguntou sério, preocupação latente na voz. 

Só então olhei para mim mesmo, um de meus braços estava com um ferimento aberto graças a Tomura, e o outro, quebrado, tentei mexe-lo débilmente, e uma dor excruciante vinda dos dois braços me atingiu. Tossi, e sangue veio. Limpando meu rosto em meu ombro, o mesmo ficou coberto de sangue. Senti meu nariz sangrando e uma vertigem aguda, me fazendo me agachar para que não caísse. 

— Interessante. — Tomura falou simplesmente. — Agora saia Eraser.  

— Vai ter que passar por mim para chegar ao garoto. — Assumiu uma posição defensiva. 

O prédio atrás de nós soltou um barulho ensurdecedor e fez menção de despencar em direção ao chão. 

Precisamos sair daqui o mais rápido possível, do contrário, se continuarmos aqui, todos vamos morrer!


Notas Finais


Tuts tuts tuts, aaa finalmente Shigaraki apareceu, estava me doendo não tê-lo feito aparecer ainda. Aizawa como Eraser então? Aí meu coração.

Tomura e Kurogiri vs Eraser? Quem leva?
Tentarei postar o mais rápido possível, não desistam de mim

Até o próximo meus queridos
Bjs no bumbum.


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