1. Spirit Fanfics >
  2. No choices - Imagine Kim TaeHyung >
  3. Conflicts

História No choices - Imagine Kim TaeHyung - Conflicts


Escrita por: TwinArmy

Notas do Autor


Olá, hoje venho mais cedo. *-*
Quero dizer que eu leio todos os comentários e fico muito feliz em ver a animação de vocês. Sério, muito obrigada :)
Segue mais um capitulo.

Boa Leitura.

Capítulo 15 - Conflicts


Fanfic / Fanfiction No choices - Imagine Kim TaeHyung - Conflicts

 

Estudar no período da noite não era tão ruim assim. Ayame nunca havia visto o chafariz do jardim ligado, luzes saiam entre as flores e deixava o lugar todo brilhante e iluminando. Caminhou pelos corredores e também não deixou de notar como as luzes eram lindas ligadas. As pessoas não viravam o rosto para olhar para ela, caminhavam em silêncio para suas respectivas salas e ela adorou isso.

Caminhou até a sala oito e entrou, os alunos ainda se organizavam em seus lugares. Subiu os degraus e sentou ao lado da janela. Era estanho não ver Suly, não conseguiu falar com a amiga nenhuma vez durante o dia. Tirou seu caderno da bolsa e suspirou, precisaria se acostumar com isso.

Uma garota de cabelo azul sentou do lado dela, praticamente jogou a bolsa em cima da mesa e o gesto assustou Ayame ao lado. Ela tinha o braço fechado de tatuagens e Ayame notou que em seu lábio havia um pirceng, desceu o olhar e ficou um pouco encantada com uma cabeça de dragão que a garota havia tatuado no pescoço.

-Se continuar me encarando eu vou me irritar. - A menina falou.

Ayame olhou para ela e balançou sua mão.

-Me desculpe, eu estava admirando suas tatuagens. - Falou.

A garota revirou os olhos e apoiou sua cabeça nas mãos. Suas unhas estavam pintadas na cor preta e usava muitos pingentes em seu pulso e dedos.

-Eu sou Ayame, foi transferida para o turno da noite. - Falou estendendo sua mão.

-Nick. - A garota respondeu sem apertar sua mão e sequer olhou para Ayame.

Nick? Ela não parecia ser estrangeira. Ayame se arrumou na mesa e voltou sua atenção no professor que entrara. Ficou animada por já ter tido aula com ele e conseguiu acompanhar a aula facilmente. Quando a sinal bateu, Ayame colocou sua bolsa nos ombros e olhou para Nick que ainda juntava suas coisas.

-É só Nick? - Perguntou curiosa.

-É tudo o que precisa saber. - Respondeu e saiu andando.

Ok, ficou em pé e saiu da sala como todos os outros. Caminhou pelo corredor lentamente, não conseguia reconhecer ninguém, era estranho. Passou pela porta de vidro e abraçou o próprio corpo quando sentiu o vento gelado.

-Ayame? - Reconheceu a voz de Hobi.

Virou rapidamente e viu o amigo em pé, estava perto do carro dele. O que ele estava fazendo na faculdade a noite? Carregava vários livros em seus braços.

-Hobi.  - Correu na direção dele.

O menino colocou os livros dentro do carro e foi de encontro com ela.

-O que está fazendo aqui? - O garoto perguntou curioso.

Ayame não conseguiu se segurar e o puxou para um abraço, estava com saudade dele. Hoseok pareceu um pouco surpreso, mas não demorou em retribuir o abraço.

-Minha mãe me transferiu para esse período para que eu pudesse estagiar na empresa Kim. - Ela respondeu soltando ele.

-O que?- Ele exclamou surpreso. - Não vamos mais nos ver na faculdade?

Ayame negou com a cabeça e suspirou.

-Mas o que faz aqui? - Ela perguntou.

Não tinha por que ele estar ali se estudava de manhã.

-Vim devolver alguns livros que esqueci hoje de manhã e peguei outros. - Respondeu pegando nas mãos dela. - Quero conversar com você.

Ayame virou o corpo e olhou para Yuta que a esperava no fim da escada.

-Pode ir par casa Yuta, Hobi me leva mais tarde. - Falou alto para que ele ouvisse.

O homem apenas abaixou a cabeça e saiu. Ayame sorriu e contornou o braço de Hobi, estava com frio e ele usava um moletom super quente.

-Onde quer conversar? - Ela perguntou.

-Vamos entrar no carro, está frio. - Ele respondeu e saiu com ela em direção ao seu carro.

Ayame já havia perdido as contas de quantas vezes entrou no carro dele. Hobi sempre esteve com ela, ajudando em suas fugas contra Sakura. Não conseguia tirar o sorriso do rosto por estar perto dele novamente.

Hobi deu partida no veículo e saiu.

- Vão ter que se acostumar sem mim. - Ela falou virando o corpo para o banco de trás.

Hobi sempre deixava seu jaleco dentro do carro e junto dele um moletom. Pegou a peça nas mãos e se arrumou no banco para vesti-lo.

-Sua mãe me surpreende toda hora. - Ele falou suspirando.

Ayame arrumou seu cabelo após vestir o moletom dele e o encarou.

-Nem me fale. - Falou. - Ontem ela passou dos limites de novo.

Hobi apertou as mãos no volante e prendeu o ar. Havia visto a foto e aquilo acabou com ele, não conseguiu fazer mais nada, estava lotado de trabalho, porém sua cabeça estava ‘borbulhando’ por causa daquela foto. Na foto Ayame estava nos braços de Taehyung, os dois estavam com os lábios encostados e ele sabia que Taehyung a havia beijado antes daquilo.

-Ayame. - A chamou.

-Hum. - Ela resmungou arrumando os livros dele que estavam em cima do painel.

Hoseok nunca foi organizado, Ayame o ajudava com isso desde quando estudavam juntos na escola. Era um hábito dela, e isso não mudou nunca mais.

-Eu vi... A foto... - Falou.

Ela colocou os livros no colo e olhou para ele. Sabia disso, claro que ele tinha visto a foto, fechou os olhos e respirou fundo.

-Sim. - Falou. - Tivemos que fazer aquilo, tinha repórteres nos seguindo aquela noite.

Ele continuou em silêncio, suspeitava que houvesse acontecido alguma coisa para que os dois se beijassem, afinal, ela disse a ele antes da foto que nunca fizeram nada. Mas só o fato de terem se beijado o incomodava demais. Ayame virou seu corpo novamente e colocou os livros no banco de trás.

-Ayame. - Hoseok a chamou de novo pegando na mão dela que estava apoiada entre eles para segurar o próprio corpo.

-Oi. - Se arrumou no banco e continuou segurando a mão dele.

Ele queria contar tudo o que sentia para ela, queria parar aquele carro e puxá-la em seus braços. Odiava a si mesmo por não conseguir fazer isso, mas se não falasse nada iria perdê-la para sempre sem ao menos lutar.

-Eu estou...

Quando começou a falar sentiu o carro ‘pular’ e ouviu Ayame gritar com o susto. Não tinha visto o obstáculo e passou sem ao menos diminuir a velocidade.

-Me desculpe. - Ele falou olhando para ela. - Tudo bem?

Ela começou a rir e olhou para ele. Hoseok amava o sorriso dela, amava estar com ela e não deixou de sorrir junto.

-Ainda lembra que eu implorei para não tirar carta não é?- Ela perguntou sessando o riso.

-Engraçadinha. - Ele falou mudando a marcha do carro. - E você que nem isso tirou?

Ayame fez uma careta para ele e encostou a cabeça no banco para encarar os prédios do lado de fora. Era bom sorrir assim e lembrar do passado com ele. Iria tirar carta, sua mãe sempre disse que ela nunca iria precisar dirigir, mas estava disposta a ir contra sua mãe a partir de agora.

-Avise a Suly. - Ela falou olhando para ele. - Não consegui ligar para ela e acho que amanhã vai ser a mesma coisa.

-Ela vai surtar. - Hoseok sorriu.

Ayame fechou os olhos e concordou com a cabeça, andaram mais um pouco e colocaram a conversa em dia. Hoseok não conseguiu dizer o que queria, mas iria tentar na próxima vez.

-Obrigada por me trazer. - Ela falou quando ele estacionou o carro em frente a casa dela.

Hoseok olhou para a casa e sorriu minimamente.

-Esse lugar é lindo. - Falou.

-Sim, é enorme. - Ela falou olhando para o mesmo lugar que ele. - Qualquer dia vem aqui com Suly, vamos tomar um café.

Ele suspirou e olhou para ela. Jamais conseguiria entrar, sabendo que é onde mora com outro homem seria impossível, mas não diria isso a ela.

-Vou pensar. - Apenas brincou.

-Bobo. - Ayame sorriu e se aproximou dele.

A garota queria ficar mais um pouco com ele, mas agora trabalhava e não podia perder hora. Beijou o rosto dele e o encarou.

-Eu amo você. - Falou a ele. - Vê se não me abandona. - Sorriu.

Levou a mão no rosto dele e passou seu dedo polegar na bochecha do garoto. Hoseok a encarava profundamente, queria ouvir aquilo toda hora, mas o deixava sem chão saber que não significava o mesmo que ele.

-Boa noite. - Ayame sorriu e saiu do carro.

Correu em direção à porta quando passou pelo portão e parou imediatamente quando lembrou que usava o moletom ele. Virou o corpo, mas Hoseok já havia saído.

-Bom, eu devolvo depois. - Resmungou a si mesmo.

Entrou em casa e o imenso relógio da sala marcava meia noite. Sua aula acabou as dez, não tinha percebido a hora passar e sempre fora assim quando estava com Hobi, o tempo passava em um piscar de olhos. Subiu a escada e entrou no quarto lentamente, Taehyung estava dormindo, não conseguia ver seu rosto. Caminhou até o banheiro e tirou o moletom do amigo, tomou um banho quente, vestiu seu pijama e deitou ao lado dele devagar. Não queria acorda-lo.

Arrumou-se em baixo das cobertas e sentiu ele se mexer, virou o corpo e o viu se virando, podendo assim, ver o seu rosto. Taehyung estava realmente dormindo, sua franja pendia para o lado e seu rosto se encontrava sereno como sempre quando dormia. Ayame apoiou sua mão no rosto, não sabia o porquê, mas gostava de vê-lo dormir.

Adormeceu depois de um tempo

 

...

 

O tempo estava muito limpo aquela manhã, Ayame amava o frio e ficou animada quando acordou sentindo um pouco do ar fresco. Yuta dirigia com cuidado no trânsito, Taehyung precisou ir mais cedo, por isso, Yuta a levava essa manhã e a garota preferia assim. Chegar com ele só lembraria a todos na empresa que ela era esposa do chefe.

-Tenha um bom dia Ayame. - Yuta falou quando o manobrista abriu a porta do carro para ela.

-Obrigada Yuta. - A garota sorriu e saiu do carro.

Desceu do veículo e arrumou sua saia. Usava um salto alto nos pés e um blazer vermelho, tinha que se vestir adequadamente a partir de hoje.

-Bom dia Senhorita. - O manobrista sorriu na direção dela.

-Bom dia. - Ayame sorriu novamente e entrou na empresa.

Havia decorado tudo quando Ume mostrou o lugar a ela. Caminhou até o elevador, tentou ignorar as pessoas reverenciando a ela, mas era impossível. Todos abaixavam a cabeça quando a mesma passava, torcia para isso acabar um dia. Apertou o botão e subia até o departamento pessoal.

-Bom dia Ayame. - Ume a cumprimentou assim que a viu.

-Olá Ume. - Sorriu se arrumando em sua mesa.

Ainda permanecia igual, estava esperando Taehyung falar com os funcionários para que arrumassem um lugar igual aos outros.

-Precisa revisar sua planilha de ontem. - Ume falou arrumando algumas pastas. - Não ficou...

-Sim, ficou péssimo! - Sorriu sem graça.

Ume sorriu junto com ela e negou com a cabeça.

-Foi a melhor que vi. - Falou. - Digo, fazendo pela primeira vez, tiveram piores.

Ayame sorriu e começou arrumar as coisas na mesa. Ume era uma garota muito gentil e tentava deixar as pessoas bem confortáveis, isso era muito visível.

-Kim. - Jonh se aproximou da mesa de Ayame.

A garota ficou em pé rapidamente e olhou para o homem. Ele estava um pouco mais rude do que ontem, Taehyung com certeza já deu a ordem para tratá-la como uma funcionaria normal.

-Sim. - Respondeu.

-Pegue suas coisas, vai ficar no deposito a partir de hoje. - Falou e saiu andando.

Ume olhou um pouco confusa para ela, mas permaneceu em silêncio. Ayame juntou suas coisas rapidamente e saiu atrás dele, passaram por uma porta, era uma sala pequena e havia prateleiras que subiam até o teto com muitas caixas em suas repartições.

- Seu trabalho começa aqui. - Ele falou colocando sua mão no bolso.

-O que devo fazer? - Ela perguntou ainda olhando em volta.

O homem acompanhou o olhar dela e a encarou logo em seguida.

-Em cada caixa dessas contém muitos registros. - Respondeu. - São registros financeiros que acumularam durante quatro anos, quero que pesquise o capital de cada ano e separe por datas e valores.

Ayame arregalou os olhos e encaro o rapaz, isso levaria meses.

-Tudo? - Perguntou sem seu consentimento.

-Está reclamando? - Ele perguntou sério.

Ayame negou com a cabeça e reverenciou a ele, não estava nem um pouco a fim de ouvi-lo gritando com ela no segundo dia.

-Não senhor, começarei agora mesmo. - Respondeu.

-Ótimo. - Jonh falou e saiu andando.

Ayame respirou fundo assim que ele fechou a porta. Iria fazer o que mandou, tirou o salto e subiu uma pequena escada que tinha ali. Começaria pelas caixas de cima.

 

...

 

-Três investidores? - Taehyung perguntou ao Senhor Min.

O homem estava parado em sua frente, estava desesperado, três investidores cancelaram os contratos e fizeram acordo com as empresas Jung. Não sabia como contar isso ao rapaz, mas não tinha escolha, ele precisava resolver isso agora.

-Sim. - Respondeu. - Estou cuidando da ‘multa‘ de rescisão de contrato.

Taehyung enterrou seus dedos no cabelo e respirou fundo, as empresas Jung já estavam passando dos limites. Levantou a cabeça e encarou o pai do seu amigo.

-Quanto perdemos com isso? - Perguntou.

Min abriu sua agenda rapidamente e analisou o papel, queria dar o valor correto ao chefe.

-Foram oito milhões e quinhentos e setenta mil. - Respondeu logo em seguida.

Taehyung sorriu soprado e passou a mão no rosto. Aquilo não era grande perda no capital da empresa, mas com certeza teve uma queda muito grande no departamento financeiro, teria que repor aquele dinheiro e com a multa ganharia muito mais, mas já estava pensando em outra coisa.

- Eu vou cuidar disso. - Falou. - Antes do entardecer o dinheiro vai estar na conta do departamento.

Min segurou sua agenda no peito e apenas balançou a cabeça.

-Tudo bem. - Falou. - Se me permite... - Se aproximou da mesa. - Por que não cobrimos com a ‘multa’? Serão doze milhões com os juros.

 Taehyung bateu a caneta na mesa e pensou um pouco, mas já tinha outra ideia em sua cabeça.

-Não. - Respondeu. - Enviei esse dinheiro para a conta das empresas Choi.

Min arregalou seus olhos minimamente e tudo o que fez foi concordar. Saiu da sala, Taehyung abriu seu notebook, iria enviar o dinheiro para a empresa Choi para aumentar o capital e assim os juros ficariam maiores já que agora as empresas são uma só. Com isso, receberia o dobro caso outro investidor cancele o contrato.

Pegou o telefone e discou para o departamento pessoal.

-Sim senhor. - Jonh atendeu no primeiro toque.

-Quero todos os registros dos últimos meses, pra agora. - Falou e desligou o aparelho.

Precisaria reorganizar as coisas antes de cobrir a perda no departamento financeiro. Começou a mexer em algumas planilhas quando ouviu bater na porta.

-Entre. - Falou encarando o computador.

Ayame passou pela porta com uma caixa em suas mãos. Taehyung levantou a cabeça e encarou a garota se aproximar.

-Sim, eu estou organizando os registros agora. - Ela falou suspirando.

- Trouxe todos?- Ele perguntou.

Ela concordou com a cabeça e colocou a caixa em cima da mesa dele.

-Eu trouxe do ano todo, não sabia exatamente de qual mês queria. - Ela falou abrindo o objeto.

Taehyung encarou o computador.

-Eu quero a partir do mês seis. - Falou.

Ayame começou a mexer ali dentro, a sorte dela era que começou pela caixa desse ano e tudo já estava em ordem, por datas e valores.

-Pronto. - Colocou as folhas na frente dele.

Pegou a caixa nos braços e reverenciou, aquilo era estranho, mas agiria como todos na empresa. Quando virou o corpo Taehyung levantou a cabeça.

-Ayame. - A chamou.

-Oi. - Olhou para ele.

-Preciso do seu nome. - Falou.

Ela arqueou uma sobrancelha e voltou até a mesa. Por que ele queria o nome dela? Colocou a caixa em cima da mesa dele novamente.

-Não entendi. - Falou.

-Estou enviando doze milhões para o capital da empresa do seu pai, mas eu não quero pôr no nome dele ou da sua mãe. Quero por no seu já que é a herdeira. - Falou ficando em pé.

Ayame arregalou os olhos e com isso deu um passo para trás, era muito dinheiro.

-Não acho que minha mãe aceitaria isso. - Falou ainda sem acreditar.

-Ela não tem que aceitar nada. - Ele falou sério. - Sou eu quem decide isso, e não tem como alguém interferir, além de ser a minha esposa é uma Choi.

Ayame ouvia aquilo e não tinha ideia do que pensar, mas agora era esposa dele e ele podia fazer bom uso do nome Choi já que uniram as empresas. Pegou a caixa nas mãos novamente e se arrumou.

-Tudo bem. - Falou olhando para ele. - Vou precisar assinar alguma coisa?

-Vai. - Ele respondeu. - Lembre-se Ayame, você só vai assinar alguma coisa quando eu estiver perto, entendeu?

Ela inclinou sua cabeça confusa, mas concordou. Não entendia muito bem esse mundo dos negócios, ainda estudava para isso, então não iria questionar nada.

-Tabom. - Falou. - Preciso ir agora, tenho que arrumar todos os registros. - Resmungou desanimada.

Taehyung colocou as mãos no bolso e ficou a encarando até sumir pela porta. Sabia que Sakura iria tentar fazer Ayame passar o dinheiro para o nome da empresa, estava confiando na garota, depois do que viu na festa tinha certeza de que ela não seguiria a ordem da mãe.

Voltou a sentar e continuou com seu trabalho, iria sair muito tarde hoje e queria começar o quanto antes. Depois de muitas horas ali, fechou seu notebook, arrumou suas coisas e saiu da sala. Era dez horas da noite e Kang dormia em cima da mesa.

-Kang. - Ele falou.

A mulher levantou rapidamente e ficou totalmente sem jeito quando viu ele em pé.

-Me desculpe, eu, ai meu Deus. - Falou perdida.

-Estou saindo. - Falou. - Está dispensada.

O garoto caminhou em direção ao elevador e saiu, quando chegou fora do prédio notou Yuta andando de um lado para o outro. Caminhou até o homem.

-O que está fazendo aqui? - Perguntou.

Sabia que Yuta levaria Ayame até a faculdade depois do serviço. O homem reverenciou a ele rapidamente e soltou o ar.

-Ayame não saiu ainda. - Respondeu. - Já são dez horas, as aulas dela até acabaram.

Taehyung fechou seus olhos e suspirou, não tinha o que fazer, Yuta não conhecia a empresa para ir atrás da garota. Virou o corpo e voltou para dentro do prédio, caminhou até o elevador e subiu até o departamento pessoal. Somente algumas pessoas estavam na mesa e quando o viram entrar ficaram em pé rapidamente.

-Onde ela está? - Perguntou sério.

Claro que eles saberiam quem era a pessoa que Taehyung procurava. Um deles olhou para o lado e respondeu.

-Ali. - Apontou para uma porta.

Ele respirou fundo e caminhou até a sala, quando abriu a porta a viu sentada no meio de milhares de folhas. Ayame se assustou e olhou para ele.

-O que está fazendo aqui?- Ela perguntou.

Taehyung fechou seus olhos e suspirou.

-Yuta está lá em baixo há horas, sabia disso? - Perguntou.

Ayame arregalou os olhos e ficou em pé, estava na cara dela de que havia perdido hora.

-Meu deus. - Falou desesperada. - Que horas são?

O garoto virou e saiu andando sem respondê-la. Ayame fechou a porta da sala e deixou tudo como estava para recomeçar dali amanhã. Correu atrás do garoto pegando seu celular da bolsa.

-Meu deus, eu perdi aula. - Falou ainda desesperada. - Como? Isso é possível? - Perguntou olhando para ele.

Taehyung colocou suas mãos no bolso e continuou em silêncio. Assim que saíram do prédio, Ayame correu em direção ao motorista.

-Yuta, perdi totalmente a noção do tempo. Me desculpe. - Falou.

O homem balançou a mão um pouco desesperado, não era normal a ‘patroa’ se desculpar e aquilo o deixou sem jeito.

-Não. - Falou. - Não se preocupe comigo, vejo que agora irá embora com o seu marido.

Ayame olhou para trás e viu o manobrista entregando a chave nas mãos dele. De fato, se ela fosse embora com Yuta, o mesmo acharia entranho. Sorriu para o homem e concordou com a cabeça.

-Vou sim. - Falou. - Muito obrigada por me esperar.

O homem balançou novamente sua mão e saiu. Ayame foi em direção ao carro de Taehyung e encostou-se ao veículo chamando a atenção dele.

-Vou com você. - Falou. - Yuta acharia estranho se eu entrasse no carro e fosse embora.

Taehyung abriu a porta do carro e olhou para ela.

-Entre. - Falou.

Ela deu volta no carro e entrou ao lado dele, arrumou o cinto e soltou o ar. Estava cansadíssima, tinha arrumado somente cinco caixas o dia todo e dentro daquela sala tinha mais de quarenta.

-Vamos comer em algum lugar? - Perguntou olhando para ele.

 Taehyung trocou a marcha do carro e suspirou.

-Não, tenho muita coisa para fazer ainda. - Respondeu virando o carro.

O garoto não tinha terminado a transferência e iria terminar o serviço em seu computador em casa. Ayame não disse mais nada, pois sabia o quanto ele trabalhou pelo o horário que saiu e pela conversa que tiveram na sala dele. Quando foi comentar sobre isso ouviu o celular dele tocar e o mesmo levar ao ouvido rapidamente.

-Fala. - Atendeu.

Ele ficou em silêncio, Ayame conseguiu ouvir a outra pessoa falar sem parar, mas não era compreensível. Taehyung fechou seus olhos e respirou fundo.

-Faça o que for preciso, se quiser tirar as empresas Jung do mapa, tire! - Exclamou um pouco nervoso e desligou o telefone.

Ayame endireitou seu corpo e olhou para Taehyung surpresa. Ele disse empresa Jung? A empresa do pai do seu melhor amigo?

-Empresas Jung? - Não conseguiu se segurar e acabou perguntando.

Taehyung trocou a marcha do carro novamente e apoiou seu cotovelo no vidro.

-Sim. - Respondeu. - Estão fazendo de tudo para nos derrubar, estão fechando acordo com os nossos investidores.

Se estava transferindo milhões para o nome dela, era o mínimo que ele podia fazer, explicar o que estava acontecendo. Ayame levantou uma sobrancelha confusa.

-Jung não faria isso. - Ela falou. - Não acha que foram os investidores que procuraram a empresa dele?

Conhecia muito bem o pai do Hobi, era um homem muito gentil, não conseguia imagina-lo planejando tal coisa.

-Ayame, é tudo o que precisa saber. - Taehyung falou um pouco impaciente.

Ela sorriu soprado e olhou para o lado.

- Eu faço parte disso também. - Exclamou. - Estou estudando para isso...

Taehyung olhou para ela e suspirou mais uma vez, sua cabeça estava um turbilhão, não estava com um bom humor para conversar sobre isso com ela.

- Estudando, falou certo. - Falou. - Enquanto isso, fique longe desse assunto.

Ayame arregalou os olhos e começou a rir, estava indignada. Uma hora ele pede o nome dela por ser uma Choi, agora era para ela ficar longe do assunto?

-Está brincando né? - Ela perguntou.

Taehyung estacionou o carro e abriu a porta. Ayame tirou o cinto e saiu logo atrás dele.

-Eu pareço estar brincando? - Ele perguntou quando entraram na casa.

Tirou seu casaco e pendurou ao lado da porta.

-Não pode agir assim toda vez que formos conversar Taehyung, precisa me explicar as coisas, você viu como é a minha mãe? - Ela exclamou.

Taehyung passou a mão no cabelo e olhou para ela.

-Eu sei muito bem como é a sua mãe. - Respondeu.

- Ótimo, então sabe que ela vai tentar mexer na minha cabeça. - Falou. - Como quer que eu me posicione contra ela se não tenho ideia do que esta acontecendo?

Taehyung havia pensado certo, Ayame estava disposta a ir contra sua mãe a partir de agora.

-Olha...

-Não vai querer deixar isso para depois vai? - Ela o cortou.

Poderia esperar, mas ter ouvido o nome da empresa do pai do Hobi a deixou um pouco inquieta. Sabia que o amigo não herdaria a posição chefe na empresa, mas era a vida dele também. O que estava acontecendo?

-Chega. - Ele falou calmo para a surpresa dela.

-Chega?  - Perguntou.

-Sim, chega. - Ele repetiu se aproximando dela.

-Não!

Quando ela foi continuar falando, ele levou a mão no rosto dela e colocou seu dedo indicador nos lábios dela. Ayame arregalou os olhos e tirou a mão dele dali, ele não iria fazer ela parar de falar daquela maneira.

-O que...

Ele se aproximou de novo e a puxou.

-Para Ayame. - Falou firme.

Ela apoiou as mãos no peito dele e enrugou a testa, por que ele estava agindo daquela maneira? Quando foi se afastar, ele a virou de costas para ele e segurou em sua cintura, Ayame arregalou os olhos quando viu Yona no canto da sala um pouco assustada. Estava explicado. Ela levou as mãos nas mãos dele e o puxou fazendo com que a abraçasse por trás, Yona estava ali desde que hora? Precisava consertar qualquer dúvida da mulher.

-O que faz aqui ainda Yona? - Perguntou sorrindo.

Taehyung continuou parado atrás dela enquanto seu braço rodeava a cintura da menina.

-Me desculpem, eu não queria me intrometer. - Falou. - Eu só estava esperando vocês chegarem para eu poder ir.

Ayame sorriu mais uma vez, estava nervosa, seu coração não parava de bater aceleradamente com ele ali, segurando ela em seus braços. Por que ficava dessa maneira quando estava tão perto dele?

-Pode ir Yona. - Falou.

Taehyung sentia perfeitamente o cheiro dos cabelos dela, por que gostava tanto daquele cheiro? Fechou os olhos e esperou Yona passar pela porta para poder se afastar. Não estava esperando que ela o puxasse daquela maneira.

-Pronto. - Ela falou dando um passou para frente.

Taehyung virou e saiu andando em direção a escada.

-Não podemos discutir aqui. - Ela falou o fazendo parar. - Nem beber e muito menos discutir.

Ele não disse nada e sumiu escada a cima. Ayame caminhou até a cozinha e encostou-se ao balcão, abraçou o próprio corpo e balançou a cabeça.

- Para com isso. - Falou a si mesmo.

Caminhou até a geladeira e preparou um lanche, estava faminta. Depois que lavou seu prato e o copo notou sua bolsa em cima do balcão. Yuta com certeza tirou do carro quando voltou para cá, a pegou do balcão e foi até a sala. Como perdeu aula iria estudar um pouco, ficou ali mais ou menos uma hora e meia. Quando sentiu seus olhos pesarem, guardou suas coisas e subiu.

Entrou no quarto lentamente e viu Taehyung sentado em sua cadeira, estava debruçado sobre a mesa e parecia dormir. Ayame se aproximou e o viu de olhos fechados, estava dormindo. Caminhou até o banheiro e tomou um banho quente, o moletom de Hoseok ainda estava ali, pegou a peça não mão e voltou para o quarto, guardou em uma de suas gavetas e olhou para Taehyung.

-Eu deveria chamá-lo? - Perguntou a si mesma.

Ele já possuía um gênio ruim, tinha medo de acordá-lo e o mesmo despertar mais nervoso do que o normal. Suspirou e pegou um cobertor, se aproximou dele e colocou em suas costas. Olhou para a tela do computador e minimizou o arquivo, não iria fechar, não sabia se ele havia terminado, desligou a tela e o encarou mais uma vez. Ele parecia muito cansado, levou a mão em sua franja e puxou para trás, seu cabelo era muito macio.

Taehyung abriu os olhos e olhou para ela. Ayame pulou no lugar e saiu andando, seu rosto queimou. Entrou no banheiro e fechou a porta.

-Por que foi passar a mão no cabelo dele sua idiota? - Resmungou baixo.

Encarou o reflexo no espelho e respirou fundo.

-Ele não deve ter sentindo, ele só acordou na hora errada. - Falou fechando seus olhos.

Virou e saiu do quarto, ele não estava mais ali. Correu para a cama e deitou em baixo das cobertas, iria fingir dormir quando ele voltasse. Só não esperava que realmente fosse apagar, fechou seus olhos e adormeceu em segundos.

 

...

 

-Ele saiu era seis horas se eu não me engano. - Yona falou para a garota.

Ayame estava sentada em sua cama, acordou com Yona batendo na porta. A mulher estava com medo da menina perder a hora e a chamou quando viu que a mesma não levantava.

-Entendi. - Ayame falou.

Não estava atrasada, só não entendia por que Taehyung saiu tão cedo. Fechou os olhos e suspirou, não iria se importar.

-Obrigada Yona. - Sorriu para a mulher.

-Disponha. - Yona falou e saiu do quarto.

Ayame jogou as pernas para o lado e caminhou até banheiro, fez sua higiene matinal e se arrumou. Hoje estava mais frio do que o normal, vestiu uma calça jeans branca, um salto preto e um blazer preto, amarrou seus cabelos no alto e desceu.

-Eu preparei seu café. - Yona sorriu quando a viu.

-Obrigada Yona. - Ayame sorriu mais uma vez e foi até a cozinha.

Serviu uma xicara e tomou ali em pé mesmo, queria chegar cedo, tinha muitas caixas para organizar ainda. Pegou sua bolsa que deixou no sofá noite passada e saiu, Yuta já a esperava.

-Hoje eu vou ficar de olho no horário Yuta. - Falou para o homem enquanto entrava no carro.

O homem sorriu e não disse nada, seguiu direto para a empresa e a deixou na porta. Ayame desceu rapidamente e entrou, caminhou até o elevador e subiu para o departamento pessoal.

-Bom dia Ayame. - Ume veio de encontro com ela.

-Bom dia Ume. - Sorriu.

-Senhor Kim deixou avisado que quando você chegasse era para subir para a sala dele. - Falou.

Ayame levantou uma sobrancelha, o que será que ele queria? Não disse nada e saiu andando, voltou para o elevador e subiu até o último andar, onde ficava a sala dele. Kang não estava ali, bateu uma vez e entrou.

Taehyung estava encostado na mesa e tinha um homem sentado no sofá ao lado. Assim que eles a viram Taehyung desencostou da mesa e caminhou até ela.

-Bom dia. - Falou segurando o rosto dela com as duas mãos e selou seus lábios em um beijo casto.

Ayame arregalou os olhos, mas não fez nada. Prendeu o ar e levou as mãos nos braços dele, o que ele estava fazendo? Fechou os olhos e retribuiu aquele selar. Assim que ele se separou dela a encarou nos olhos.

-Repórter. - Falou baixo.

Ela olhou para o homem despercebidamente e notou ele em pé. Usava um crachá no pescoço e uma caderneta na mão. Não era muito a cara do Taehyung deixar um repórter entrar em sua sala, se aquele homem estava ali, significava coisa séria.

-Bom dia. - Sorriu.

Taehyung virou o corpo e colocou as mãos nos bolsos.

-Pronto, estamos os dois aqui. - Falou sério. - O que queria nos dizer?

-Eu queria saber do acordo de um ano. - O homem falou arrumando seu gravador.

Ayame arregalou os olhos. Mas como descobriram? Taehyung por outro lado não demonstrou nenhuma reação e continuou encarando o repórter.

-Temos muitos acordos. - Taehyung respondeu. - Se fosse mais especifico.

Ayame não sabia o que fazer, se fosse dizer um ‘A’ iria estragar tudo. Então estava apostando em Taehyung.

-Sobre ficarem casados somente por um ano. - O homem respondeu.

Mas como ele sabia disso? Ayame não conseguia pensar em uma maneira de como ele descobriu isso.

-E da onde foi que você tirou isso? - Taehyung perguntou calmo.

-Eu...

-Se pretende vir aqui fazer matéria sem prova, é melhor sair da minha sala agora. - Falou ríspido. - Agora se me mostrar alguma prova, ou um papel no qual assinamos isso, eu posso responder qualquer uma das suas perguntas.

Ayame fechou suas mãos em punhos e continuou encarando o homem, como Taehyung conseguia se manter calmo em uma situação dessa?

- Vejo pelo o olhar da sua esposa que estou falando a verdade. - O homem rebateu.

Como foi que esse repórter entrou aqui? Ayame estava louca para perguntar isso ao Taehyung. Precisava ajuda-lo, balançou sua cabeça e passou seu braço pelo o de seu ‘marido’ e sorriu.

-Só estou tentando entender, como foi que entrou aqui? Ainda mais para dizer essas coisas sem sentido. - Falou olhando para Taehyung ao lado.

-Ele já estava aqui dentro. - Taehyung respondeu encarando o homem. - E o estranho é que eu não vejo a minha secretaria desde que cheguei, está armando alguma coisa? - Perguntou ao homem.

Isso era verdade, Ayame não tinha visto Kang quando entrou na sala. O que será que aconteceu?

-Eu não armei nada, só disse a ela que por acaso vi seu filho na recepção. - O homem falou desligando o gravador. - E por acidente ela deixou a porta aberta.

Taehyung sorriu soprado e passou a mão no cabelo. O que esses repórteres não faziam para ter uma boa noticia? Estava cansado disso.

-Saia da minha sala se não quiser que os seguranças venham até aqui. - Taehyung falou.

O homem guardou o gravador em sua bolsa e sorriu.

-Eu ainda pego vocês. - Falou e saiu andando.

Taehyung suspirou e voltou a encostar-se à mesa. Ayame continuou parada, ainda estava assimilando o que acabara de acontecer.

-Credo, como que ele teve coragem de vir aqui?- Falou.

-Não viu no crachá dele? - Taehyung perguntou. - Ele trabalha para as empresas Jung, não é um repórter, por isso entrou de penetra, se fosse um de verdade, perderia a licença dele.

Ayame arregalou os olhos, então as empresa Jung estava mesmo armando tudo?

-Então por que não o desmascarou na hora? - Perguntou.

-Eu queria ver qual era o jogo dele. - Respondeu. - Mas vejo que não tem nenhum.

-Como será que ele desco...

Taehyung avançou na direção dela e tapou a boca da menina. Ayame deu um passo para trás assustada e ficou olhando para ele.

-O que acha de almoçarmos juntos? -Perguntou.

Ela enrugou a testa e piscou algumas vezes. Ele estava a chamando para almoçar? Puxou a mão dele dali e inclinou sua cabeça.

-Nunca...

Ele tapou de novo e se aproximou.

-Ele está na porta, o que acha de colaborar? - Perguntou baixo e um pouco nervoso.

Ayame virou a cabeça e conseguiu ver uma sombra pequena no canto da porta. Revirou os olhos e quando ameaçou a ir até a porta, Taehyung a puxou e selou os lábios dela. Ayame se assustou com aquilo e segurou os braços dele. Por que estava beijando ela? Levou a mão no rosto dele e o correspondeu, não havia língua, eles apenas movimentavam os lábios. E foi o suficiente para deixar as pernas dela fracas.

-Por que me beijou? - Perguntou quando ele se afastou minimamente.

-Por que eu quis. - Respondeu.


Notas Finais


É isso, espero que estejam gostando e continuei comentando, adoro ler todos eles.
Até o próximo.

Beijos.
:******


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...