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História No choices - Imagine Kim TaeHyung - The end - Parte 2


Escrita por: TwinArmy

Notas do Autor


Boa noite pessoal!

Me desculpem por fazê-los esperar quase uma semana para o último capitulo!
Ficou enorme. Pensei em dividir em dois, porém mudei de ideia.

Esse é definitivamente o último capitulo gente!
Boa leitura a todos vocês e espero que gostem!

Beijos :***

Capítulo 57 - The end - Parte 2


Fanfic / Fanfiction No choices - Imagine Kim TaeHyung - The end - Parte 2

 

Perder alguém faz parte da vida, todos passam por isso. De alguma forma o ser humano foi feito para superar e aceitar. Mas é sufocante pensar que nunca mais verá aquela pessoa outra vez, vê-la sorrir, como se outra parte sua estivesse morta e a que sobrou, em pedaços. Ayame corria por aqueles corredores sem ao menos prestar atenção no que via, seu coração batia tão rápido que até mesmo respirar estava sendo difícil.

Taehyung era uma parte dela agora, era um pedaço em sua vida. Perdê-lo de uma hora para outra nunca passou em sua cabeça e pensar nessa possibilidade a deixava sem rumo. Não tinha estruturas para continuar sem ele, não com todo o amor que nutria pelo o rapaz.

-Ayame, espere! - Mei exclamou atrás da garota.

Ayame passou o tempo todo perto da porta do apartamento, esperando o momento em que ele retornasse e somente Namjoon voltou, sujo de sangue e lhe deu a pior noticia que jamais imaginou ouvir um dia.

Taehyung havia sido baleado.

Viu de longe Hyuk e o seu pai perto de uma porta, apressou os passos até eles. Hyuk encarou a garota e logo a segurou quando a mesma se jogou contra ele.

-Ele está vivo?! - Ayame perguntou apertando a jaqueta dele entre os dedos.

O garoto estava com os olhos vermelhos e coberto de sangue como Namjoon, pela primeira vez em sua vida, o sangue não era mais o problema.

-Ele está na sala de cirurgia. - Hyuk respondeu levando suas mãos no cotovelo da garota, estava com medo dela desmoronar ali mesmo.

Ayame pressionou os olhos e abaixou a cabeça, Taehyung não podia morrer, ele não podia deixa-la. Não iria conseguir viver sem ele, isso seria impossível.

-Filha. - Sentiu a mão do seu pai em suas costas. - Ele salvou a minha vida.

Aya virou seu corpo e encarou o velho, estava limpo perto de todos os outros. Aproximou-se dele e o abraçou forte. Ela sabia sobre isso, fez questão de saber todos os detalhes quando Namjoon foi busca-la. Taehyung pulou em frente a uma bala para salvar o seu pai, e sabia que fez isso para impedir que ela sofresse mais.

-Pai... - Soluçou. - Se ele morrer...

-Não vai. - Junghyun a cortou. - Ele é forte, vai ficar vivo por você e pela criança que espera.

Ayame afundou seu rosto no peito do pai e chorou mais alto, estava desesperada, não sentia suas mãos e muito menos suas pernas. Só conseguia pensar nele, o beijo que deu antes dele sair, o tocar dos lábios e das mãos.

- Hyuk. - Mei se aproximou do garoto.

O mesmo a abraçou forte e afundou seu rosto no pescoço dela, estava nervoso, com medo e assustado. Pensar em perder Taehyung era desesperador, não conseguia imaginar uma vida sem ele e saber que Taehyung passou por isso quando pensou que ele estava morto era doloroso demais.

-Ayame, precisa de um copo de água. - Junghyun falou.

A garota não respirava, não conseguia falar. Afastou do seu pai e abaixou ali mesmo com as costas apoiadas na parede, não sairia dali até ter noticias dele.

-Eu estou bem. - Falou apenas.

Biu passou por uma das portas com um gesso em seu tornozelo e a cabeça enfaixada, estava com a expressão triste como os outros. Namjoon o ajudava caminhar com as muletas.

-Ele ainda não saiu? - Perguntou ao Hyuk quando se aproximou.

-Não. - Hyuk respondeu baixo.

Assim que se separou de Mei, começou a andar de um lado para o outro sem parar, ele não conseguia pensar em mais nada. Taehyung desmaiou depois do tiro e não voltou à consciência nenhuma vez durante o caminho para o hospital, ele estava enlouquecendo.

 Ayame afundou seu rosto nos braços e voltou a chorar, o medo dele não sair por aquela porta vivo estava consumindo-a por dentro.

-Hyuk, sente um pouco. - Namjoon falou pela primeira vez. - Precisa ver o seu ferimento.

-Ferimento? - Mei perguntou preocupada.

O garoto respirou fundo e passou sua mão no cabelo como o irmão mais novo tinha costume.

-Eu estou bem. - Falou firme. - Eu não vou sair daqui.

Hyuk havia machucado o braço quando o carro capotou, mas aquele ferimento não era nada em comparação ao que estava sentindo no momento.

Quando Mei se aproximou do braço dele ouviram a porta ao lado abrir.

Ayame ficou em pé rapidamente e encarou o homem de branco sair. Tirou sua máscara do rosto e sorriu, Aya arregalou os olhos e voltou a chorar, aquele sorriso disse tudo o que ela queria ouvir.

-Ele está bem. - O médico falou notando as lágrimas da garota. - A bala não perfurou nenhum dos órgãos dele, a cirurgia foi um sucesso.

Hyuk abaixou ali mesmo e enterrou seus dedos nos cabelos, conseguiu respirar pela primeira vez desde que entraram naquele hospital.

-Obrigada. - Ayame falou ainda chorando. - Obrigada mesmo.

O médico sorriu mais uma vez, parecia ter mais ou menos quarenta anos.

-Podem vê-lo se quiser, ainda está anestesiado. - Falou. - Entrem em dois.

O médico virou seu corpo e saiu andando. Ayame levou a manga do moletom de Taehyung que usava e secou as lágrimas que insistiam em cair.

-Vão vocês dois. - Namjoon falou encarando ela e Hyuk.

O garoto apenas balançou a cabeça e passou pela porta. Ayame respirou fundo e o seguiu, Taehyung estava deitado sobre a cama, parecia dormir. O tiro foi em se abdome, usava um moletom do hospital, quem o visse ali não imaginaria que tinha levado um tiro.

-Me perdoe. - Hyuk falou baixo pegando na mão dele.

Aya caminhou até o outro lado e pegou a outra mão dele, apertou os dedos dele com os seus e deixou mais lágrimas caírem. Vê-lo daquela forma era doloroso demais, queria que o garoto sorrisse para ela, pegasse em sua mão e dissesse que a amava como sempre fazia. Seus dedos estavam gelados.

-Eu sinto muito. - Hyuk continuou falando.

Ele curvou o seu corpo sobre o do irmão e apoiou sua testa no peito dele e chorou. Ayame levou sua outra mão na cabeça do Hyuk e passou as mãos lentamente sobre os fios. Entendia o desespero que ele sentiu, segurou Taehyung baleado em seus braços e isso sim era torturador.

-Não se culpe por isso. - Ela falou a ele. - Se tem um culpado aqui...

-Não. - Hyuk a cortou. - Não é você, você é a melhor coisa que aconteceu na vida dele então nunca diga que é você.

Ayame sorriu minimamente e levou a mão na franja de Taehyung a colocando do lado como sempre fazia.

-Esta enganado. - Falou. - A melhor coisa que aconteceu na vida dele, foi a sua volta.

Hyuk levantou seu corpo e encarou o rosto do irmão inconsciente. Ter voltado para ele também era a melhor coisa que fez na vida, quando pensou que podia perdê-lo dessa maneira, desejou nunca ter voltado.

-Eu jamais me perdoaria se isso... - Ele falou, mas parou.

Ayame o viu abaixar a cabeça e respirar.

-Ele não morreu. - Ela falou. - Ele está vivo, vai voltar para nós.

-Se importa se eu passar essa noite com ele? - O garoto perguntou a ela.

Ayame sorriu e negou com a cabeça, claro que ela não se importaria. Mas ficaria do lado de fora, esperando ele acordar.

-Ele vai ficar feliz em vê-lo quando abrir os olhos. - Falou.

Hyuk apenas sorriu e ela saiu andando, passou pela porta e Mei veio a seu encontro. Ayame passou seu braço pelo o corpo da garota e a abraçou, voltou a chorar, estava tão aliviada, não conseguia descrever o que estava sentindo.

-Precisa ir para casa. - Seu pai se aproximou.

-Não, eu vou esperar ele acordar. - Ayame falou.

-Precisa descansar, você passou por uma emoção muito forte Ayame. - Mei falou a ela. - Precisa cuidar do seu filho, assim que ele acordar a gente te avisa.

Ela não queria sair dali, queria estar com ele quando acordasse, mas também precisava cuidar do seu filho. Suspirou e balançou sua cabeça.

-Promete? - Perguntou.

-Claro. - Mei sorriu. - Nam, você leva ela de volta?

Namjoon levantou seu dedo polegar e sorriu, pegou nos braços do Biu e caminhou com ele.

-Biu também precisa voltar, ele não pode ficar andando por ai. - Falou.

-Eu vou para a delegacia, Dongjun está me esperando do lado de fora. - Seu pai falou. - Vão arrumar minha transferência para a Coreia.

A garota selou o rosto dele e concordou com a cabeça, estava feliz que o plano tenha dado certo e que o seu pai cumpriria a pena dentro de casa. Mas a preocupação que sentia no peito não lhe dava chance de dizer isso a ele.

-Eu vou te ver quando voltar. - Falou para ele.

Caminhou com Namjoon e Biu até o carro e voltou, não iria conseguir dormir, isso era obvio. Assim que Nam estacionou o carro, ela desceu e subiu direto para o apartamento, Jin andava de um lado para o outro.

-Meu deus, ele está bem? - Perguntou desesperado.

Sana e Gun estavam dormindo no sofá da sala, os dois não conseguiram ir para o quarto quando souberam do que havia acontecido. Taehyung era muito especial para Gun, o garoto não parou quieto nenhum segundo até acabar dormindo.

-Ele está bem Jin. - Ela respondeu com lágrimas nos olhos. - Ele está vivo.

Jin caiu sentado na cadeira e respirou aliviado. Pensar em perder Taehyung nisso tudo era enlouquecedor para qualquer um deles. Logo Biu e Namjoon passaram pela porta, Jin levantou rapidamente e caminhou até o garoto engessado.

-Você quebrou o tornozelo? - Perguntou.

-Pra você ver como o nosso amigo aqui dirige bem. - Biu suspirou.

Namjoon virou o rosto indignado e ‘bufou’.

-Ei, eu salvei as nossas vidas. - Rebateu. - Por isso capotei o carro.

Jin arregalou seus olhos e encarou Ayame, ela apenas balançou sua cabeça e caminhou até os adolescentes que dormiam profundamente no sofá. Estavam deitados juntos, os dois brigavam o tempo todo para ver quem era o melhor, mas se davam muito bem. Ela pegou uma manta que tinha ali do lado e os cobriu.

-Ayame, ele acordou? - Jin se aproximou.

-Ainda não, vão me ligar. - Ela respondeu. - Eu queria ter ficado...

-Mas não pode, tem uma criança ai que precisa de repouso. - Jin sorriu.

Ela retribuiu o sorriso e foi para quarto, sentou na cama. Fechou seus olhos e puxou o ar, pensou que tivesse perdido uma das pessoas mais importantes da sua vida e isso foi assustador. Deitou seu corpo para trás e se encolheu, não iria dormir, queria que ele acordasse logo.

 

...

 

-Não foi fundo. - A enfermeira falou quando terminou os pontos no braço do Hyuk.

Mei insistiu que ele fosse cuidar do braço quando o mesmo teve certeza de que Taehyung estava bem. Estava no quarto ao lado que Taehyung repousava, tinha cortado o braço quando Namjoon virou o carro.

-Obrigada. - Mei agradeceu a mulher.

Assim que ela saiu do quarto a garota abraçou Hyuk rapidamente.

-Eu fiquei com tanto medo. - Falou no ouvido dele. - Quando Namjoon entrou desesperado, eu pensei que nunca mais...

-Ei... - Hyuk levou sua mão na nuca dela. - Eu estou bem.

Mei se afastou minimamente e levou sua mão no rosto dele, Hyuk estava com os olhos vermelhos, era possível ver os traços do desespero que ele sentiu quando pensou que Tae tivesse morrido.

-Acabou. - Falou. - Acabou meu amor.

Hyuk sorriu minimamente e selou os lábios dela gentilmente, Mei levantou os seus pés e correspondeu cada toque. Estavam finalmente livres, podiam voltar para Coreia e caminhar tranquilamente na rua, viver em paz.

-Vai ficar com ele. - Ela falou separando os lábios dele. - Ele pode acordar a qualquer momento.

Hyuk beijou a ponta do nariz dela e saiu. Quando Taehyung desmaiou em seus braços pensou que aquilo fosse o fim do mundo para ele, ter o sangue do seu próprio irmão nas mãos era horrível.

Entrou no quarto dele e voltou para o seu lado.

-Precisamos voltar para o papai. - Falou. - Eles vão enfartar se você não voltar. - Sorriu. - O que eu vou fazer?

-Tem muitas coisas para fazer. - Ouviu a voz de Taehyung.

Hyuk arregalou seus olhos e encarou o irmão, ele estava com os olhos abertos.

-Acordou que horas? - Perguntou.

-Não faz muito tempo. - Taehyung respondeu fechando os olhos quando se mexeu um pouco.

Hyuk levou suas duas mãos nos ombros dele e o impediu de mexer o corpo.

-Fique parado. - Falou a ele.

Taehyung olhou em volta e respirou fundo.

-O que aconteceu? - Perguntou. - Acabou?

Hyuk sorriu e passou sua mão no cabelo, já estava pegando aquele costume como o irmão.

-Você quase morreu e me pergunta se acabou Taehyung? - Falou indignado.

O garoto sorriu minimamente, mas logo franziu a testa com a dor que sentiu ao fazer aquilo. Levou sua mão até o abdome e soltou o ar.

-Só me lembro de cair. - Falou respirando fundo.

-Você foi atingido, Namjoon e eu trouxemos você para cá. - Seu irmão falou. - Estava sangrando muito, passou por uma cirurgia, mas está tudo bem agora.

O garoto fechou os olhos e suspirou, podia ter acontecido algo pior, não pensou quando pulou na frente do pai de Ayame. Podia estar morto agora.

-Onde ela está? - Perguntou abrindo os olhos.

-Ayame? - Hyuk perguntou.

Taehyung permaneceu em silêncio, claro que ele estava se referindo a ela. Hyuk sorriu mais uma vez e sentou no banco que tinha ao lado da cama.

- Pedimos para ela ir para o apartamento. - Respondeu. - Precisava descansar, afinal, ela está grávida.

Tae virou sua cabeça e encarou o teto, queria loucamente vê-la.

-Fizeram bem. - Falou baixo. - O Haruma...

-Eu o matei. - Hyuk o cortou. - Atirei contra ele mais de dez vezes quando ele te acertou.

Taehyung o encarou, não via arrependimento nos olhos do irmão, Hyuk sofreu nas mãos daquele homem e quase morreu. Claro que tinha que ser ele a acabar com tudo.

-Fez o certo. - Falou.

-Eu sei. - Hyuk sorriu. - Ele mexeu com o meu irmão.

Tae sorriu minimamente e fechou os olhos.

-Não me faça rir. - Falou baixo quando sentiu a dor novamente.

-Me desculpe. - Hyuk falou preocupado. - Eu vou chamar uma enfermeira.

Quando o garoto foi levantar da cadeira, sentiu seu irmão mais novo segura-lo pelo pulso.

-Espere. - Falou. - Eu sei que ela precisa descansar, mas...

Hyuk sorriu com aquilo e o encarou.

-Eu vou ligar para ela. - Falou. - Mas deixe a enfermeira te examinar antes.

-Hyung... - Taehyung o chamou mais uma vez antes dele sair. - Obrigado por estar aqui, por ter ficado ao meu lado.

O garoto sorriu com aquilo e saiu andando, estava tão aliviado por ele ter acordado. Saiu pela porta e encostou-se à parede, Taehyung era a pessoa que mais amava naquele mundo, a pessoa pelo o qual estava disposto a sofrer tudo de novo somente para vê-lo bem.

-Tudo bem? - Mei se aproximou dele.

-Ele acordou, ligue para Ayame, ele quer vê-la. - Sorriu. - Eu vou chamar uma enfermeira.

Mei sorriu com aquilo e saiu rapidamente, era o que ela mais queria fazer. Avisar Ayame que Taehyung havia acordado. Hyuk voltou para o quarto com a mulher e esperou que ela aferisse a pressão dele.

-O senhor está ótimo. - Ela falou. - Precisa ficar mais uns dias aqui e depois do médico consulta-lo novamente receberá alta.

-Obrigado. - Hyuk agradeceu.

Taehyung sentou na cama lentamente e respirou fundo, o sol nascendo deixava o quarto bem iluminado com a luz solar.

-Nossos pais estão sabendo disso? - Perguntou apoiando sua mão sobre o abdome. - Ligou para eles?

-Não. - Respondeu. - Não queria preocupa-los, sabe o que eles pensariam se eu...

-Fez bem. - Taehyung o cortou.

Senhor e a Senhora Kim sofreram tanto com a morte de Hyuk que eles não suportariam uma segunda vez, com o outro filho. Ainda mais ela, que não tinha ideia de que o seu filho mais velho estava vivo.

-Ayame está a caminho. - Mei apareceu na porta. - Que bom que está vivo. - Sorriu para Taehyung.

O garoto apenas balançou a cabeça.

-E o pai dela? - Tae perguntou olhando para Hyuk.

-Vai ser transferido para a Coreia, conseguiu a prisão domiciliar. - Respondeu. - Esteve aqui ontem, ele quer agradecer pelo o que fez por ele.

Taehyung abaixou a cabeça e respirou fundo.

-Sabe por que fiz aquilo, não sabe? - Perguntou.

-Sei. - Hyuk respondeu. - Não importa que foi ele que mandou me matar, não seria você se tivesse deixado ele morrer por vingança.

Por mais que Junghyun tenha salvado o seu irmão, tinha consciência de que tudo aquilo começou quando ele ordenou que o atacassem.

- Hyuk...

-Tae! - Taehyung ouviu a voz de Ayame vir da porta.

Virou sua cabeça e viu a garota ao lado da Mei, usava uma calça jeans branca e o seu moletom preto. Estava com os olhos cheios de lágrimas. Hyuk sorriu e caminhou até Mei e saíram do quarto juntos dando privacidade ao casal.

Ayame correu até ele e parou rapidamente.

-O que foi? - Ele perguntou.

-Não quero te machucar. - Respondeu se aproximando devagar.

-Venha logo. - Ele esticou sua mão a ela.

Ela sorriu e segurou a mão dele, deixou que o garoto a puxasse e o abraçou de volta quando sentiu os braços em volta de si.

-Eu fiquei com tanto medo. - Ela falou no pescoço dele. - Eu fiquei assustada, eu pensei...

-Shiu. - Ele sussurrou no ouvido dela. - Eu estou bem, eu estou vivo.

Ayame pressionou seus lábios e o apertou mais um pouco, não conseguiu dormir a noite inteira e ouvir sua voz era muito bom.

-Me desculpe por preocupa-la. - Ele falou novamente.

-Você salvou o meu pai. - Ela falou baixo. - Eu não sei nem o que dizer, mas deveria saber que eu estaria sofrendo do mesmo jeito se perdesse você.

O garoto sorriu com aquilo e apertou os braços em volta dela. Fez o que fez para não vê-la sofrer mais, mas não pensou que de nada adiantaria se algo acontecesse com ele.

-Acabou. - Taehyung falou no ouvido dela.

-Acabou. - Ela sorriu.

-Agora casa comigo. - O ouviu dizer baixo.

-Sim!- Ela respondeu ainda sorrindo.

 

...

 

Ayame passou por muitas coisas em sua vida, até mesmo coisas que nunca imaginou enfrentar. Mas agora tudo estava acabado, podia finalmente estar com Taehyung novamente e viver da maneira como sempre sonhou.

-Estamos indo. - Taehyung apareceu na porta do quarto.

O médico o segurou por pelo menos cinco dias no hospital, assim que recebeu alta começaram a se arrumar para voltarem a Coreia. Estavam ansiosos para irem para casa.

-Uhum. - Sorriu para ele.

O garoto entrou no quarto e a puxou para perto.

-Cuidado, está com o curativo. - Ela falou apoiando as duas mãos no peito dele.

Taehyung fechou seus olhos e respirou fundo, Ayame tomava o maior cuidado quando ele se aproximava, tinha medo do ferimento abrir.

-Eu estou bem. - Falou se inclinando para beija-la.

Ela sorriu e fechou seus olhos quando sentiu os lábios dele pressionarem os seus. Levantou os pés e o abraçou pelo o pescoço, Taehyung contornou a cintura dela com os dois braços e apertou seu corpo contra o dela, moviam os lábios apaixonadamente. Se alguém perguntasse a eles o que era a felicidade, ambos responderiam:

Isso, estar com a pessoa amada é a felicidade.

-Tae, Ayame. - Hyuk apareceu na porta.

Os dois se separaram e encaram o garoto sorridente na porta. Hyuk estava mais feliz do nunca, estava ansioso para voltar e ver sua mãe, conversar com ela e abraça-la.

-Vamos sair em cinco minutos. - Ele falou e saiu andando.

Taehyung sorriu minimamente e voltou a encarar a garota.

-Tem certeza de que não quer ir à audiência? - Perguntou a ela.

A audiência de Sakura aconteceria no dia seguinte, ela ficaria no Japão por ser japonesa, Ayame pensou muito se deveria ir ou não e chegou à conclusão de que não queria mais vê-la, não até toda essa angustia passar.

-Não. - Ela respondeu. - Eu não consigo.

-Não tem problema, quando achar que consegue conversar com ela, eu volto com você. - Falou passando sua mão no rosto dela.

Ayame sorriu com o carinho e balançou a cabeça.

-Vamos que a Sana quer se despedir de você. - Ele falou puxando ela pela mão.

Os dois voltaram para a sala, estavam todos com as malas prontas. Ayame caminhou até a garota triste no canto da sala e sorriu.

-Pode nos visitar quando quiser. - Falou para ela.

Sana sorriu minimamente e a abraçou.

-Eu vou sentir sua falta e a da Mei. - Ela falou. - Mas eu vou visitar vocês, prometo.

-Precisa terminar seus estudos menina. - Namjoon falou do outro lado da sala com os braços cruzados. - Ai pode morar lá com a sua família.

Gun ao lado dele revirou os olhos, ouvia isso do tio todos os dias. Sana sorriu com aquilo e encarou o garoto ao lado dele.

-Eu ainda vou te Hackear. - Falou para ele.

Jogun riu alto e cruzou os braços como o tio.

-Eu duvido. - Falou. - Você ainda me deve o seu código.

-Eu não concordei com aquilo. - Ela rebateu.

Mei se aproximou da menina e a puxou para um abraço.

-Eu vou sentir sua falta. - Falou apertando a garota em seus braços. - Venha nos ver.

-Uhum. - Sana resmungou com os olhos cheios de lágrimas.

Ayame sorriu e saiu andando, segurou as mãos de Taehyung e olhou para ele.

-Tudo bem? Não está com dor? - Perguntou.

-Estou bem. - Ele respondeu beijando o dorso da mão dela.

Biu saiu de um dos quartos com as muletas e sorriu, sua cabeça já estava melhor, mas iria ficar com aquilo no tornozelo por um mês.

-Estou pronto. - Falou. - Quero meu país de volta.

-Vamos para casa. - Hyuk sorriu ao lado dele.

 

...

 

Se alguém não encontra a felicidade em si mesmo, é inútil que procure em outro lugar. Era disso que Ayame precisava, ser feliz primeiro para assim conseguir viver, e quem foi que lhe deu forças para isso foi ele, Taehyung.

-Ah meu Deus. - Hyuk exclamou.

Taehyung virou o seu corpo e viu o garoto olhando para o lado de fora quando o avião pousou.

-O que foi? - Mei perguntou a ele.

Hyuk virou seu corpo e encarou o irmão no banco da frente, Taehyung notou os olhos dele bilhares, eram lágrimas.

-É a mamãe. - Ele falou. - Esta lá fora.

O garoto virou seu corpo e viu a mulher do lado do seu pai, estava com as mãos juntas em frente ao corpo e chorava muito. Senhor Kim havia deixado ela preparada, estava com medo dela não conseguir se manter firme então contou a ela.

-Acho que ela já sabe. - Ayame falou baixo ao lado dele.

-Sim... - Taehyung respirou fundo.

Todos desprenderam o cinto e desceram, Hyuk permaneceu sentado, estava nervoso. Taehyung ficou em pé e parou ao lado dele.

-Você não vem? - Perguntou a ele.

-Vou, claro que eu vou. - Hyuk respondeu olhando para o lado de fora. - Só estou nervoso.

-É a sua mãe. - Tae falou. - Deveria ser o primeiro a descer.

O garoto levantou a cabeça e sorriu, seu irmão tinha razão. Esperou seis anos para poder dar um abraço em sua mãe e não podia esperar mais nenhum minuto.

-Vamos. - Falou ficando em pé.

Taehyung sorriu e saiu na frente dele, apareceu no topo da escada e viu a mulher logo abaixo com as mãos na boca. Hyuk passou logo depois e ficou ao lado dele, Senhora Kim arregalou seus olhos e saiu correndo.

-Vai... - Taehyung deu um leve tapa nas costas do irmão.

Hyuk sentiu suas lágrimas caírem e desceu, correu de encontro com ela e a puxou para um abraço quando se aproximaram. Taehyung colocou suas mãos nos bolsos e desceu, Senhor Kim se aproximou dele e o abraçou.

-Meu deus, ainda bem que voltaram. - Falou.

-Hyuk, meu menino, meu filho. - Senhora Kim falava entre lágrimas e soluços. - Eu... Eu não acredito, ah Meu Deus.

As pernas dela falharam, Hyuk se abaixou junto com ela para que a mesma não caísse e a apertou entre os seus braços.

-Sou eu mãe. - Falou. - Eu estou vivo.

Senhor Kim levou suas mãos rapidamente sobre os olhos e virou o rosto, estava chorando também. Taehyung sorriu minimamente e abaixou a cabeça.

-Eu senti tanto a sua falta. - Senhora Kim chorou mais alto. - Se não fosse o seu irmão eu teria ido junto com você.

Hyuk fechou seus olhos e afundou o rosto no peito de sua mãe. A mulher passava sua mão entre os cabelos negros do filho e chorava. Todos estavam em volta e viam aquela cena com lágrimas nos olhos.

-Eu também. - Ele falou. - Pensei que morreria de saudade.

Senhor Kim abaixou ao lado dos dois e pousou sua mão sobre a cabeça do filho e encarou sua ex-mulher.

-Nosso filho voltou. - Sorriu. - Não existe coisa melhor do que isso.

Senhora Kim fechou os olhos e escorou sua testa na cabeça do garoto que chorava baixo.

-Eu te amo. - Falou para Hyuk. - E isso nunca mudou.

O garoto sorriu e levantou a cabeça, seus olhos estavam vermelhos.

-Eu também, nunca me esqueci de vocês dois. - Falou e levantou a cabeça encarando Taehyung que estava em pé ao lado deles. - Vocês três.

Tae apenas balançou sua cabeça e sorriu para o irmão, não conseguia descrever o que estava sentindo.

-Sabe, você deveria abaixar aqui e me abraçar também. - Hyuk murchou seus olhos. - Isso sempre acontece nos filmes.

Taehyung apenas revirou os olhos e saiu andando, ouviu o irmão sorrir. Caminhou até Ayame e segurou nas mãos dela.

-Estou tão feliz por eles. - Ela falou limpando o rosto, estava chorando também.

-Seu pai já deve estar na sua casa, vai dar um oi para ele. - Falou beijando a mão dela.

Ayame sorriu e concordou com a cabeça.

-Eu vou, preciso ver mais alguém também. - Sorriu. - Te vejo depois.

Suly e Nick estavam eufóricas com a chegada dela e Ayame sabia disso. Caminhou até um taxi e entrou, olhou pelo vidro do carro e viu que Taehyung ainda a encarava com as mãos nos bolsos.

-Eu te amo. - Ela falou e viu-o sorrir, de certo entendeu as palavras saírem dos lábios dela.

 

...

 

-Como assim já estão na Coreia? - Suly perguntou.

Jungkook foi buscar a garota na faculdade quando recebeu uma mensagem do Jin dizendo que eles pousaram há cinco minutos.

-Recebi a mensagem agora, não quer ver a Ayame? - Perguntou pegando na mão dela.

-Sim. - Ela respondeu sorrindo.

Ambos caminharam em direção ao carro e entraram, Suly passou todos esses dias preocupada com a sua amiga, Kook queria poder fazer alguma coisa e finalmente podia. Estacionou o carro onde o avião deles pousou e ela desceu correndo.

-AYAME... - Gritou e todos que ainda estavam ali olharam para trás.

Suly pulou na garota e chorou.

-Eu senti tanto a sua falta. - Resmungou.

Jungkook se aproximou e viu que todos ali riam de alguma coisa, olhou na direção de Suly, a mesma ainda abraçava Ayame.

-É, eu sou... Eu não sou a Ayame. - A garota falou.

Suly se separou rapidamente e arregalou seus olhos, Kook não deixou de fazer o mesmo, não era Ayame, era a garota que se parecia com ela. Conheceram Mei antes deles irem para o Japão, mas Suly conversou bem pouco com ela, ainda não tinha se acostumado.

-Kook... - Jin veio correndo na direção dele, mas o mesmo ainda encarava Suly. - Ei, eu estou correndo na sua direção com os braços abertos, me dá atenção.

Jungkook virou o rosto e sorriu na direção do amigo.

-Não avisou o Jimin? - Kook perguntou.

-Avisei sim, ele deve estar correndo para me ver agora. - Respondeu confiante.

Suly curvou seu corpo e fechou os olhos.

-Me desculpe, eu estava tão animada que não prestei atenção. - Falou para a garota.

-Não tem problema. - Mei sorriu gentilmente.

Taehyung se aproximou das duas.

-Suly, Ayame foi ver o pai dela. - Falou. - Depois disse que iria ver alguém, acho que se referia a você.

Suly encarou o namorado da amiga e sorriu.

-Acho que nos desencontramos. - Falou desanimada.

Ouviram outro carro estacionar, dele desceu Jimin e do seu lado Ume, logo atrás a porta abriu e Nick apareceu. Jin sorriu e saiu andando na direção deles, a garota sorriu para ele e correu, pulou em seus braços e o apertou.

-Estou de volta. - Ele falou girando ela no ar.

Jimin colocou suas mãos nos bolsos e segurou a mão de Ume com a outra e se aproximou do irmão.

-Que bom que ficou vivo. - Falou.

Jin colocou Nick no chão e encarou o seu irmão mais novo.

-Na verdade eu fiquei cuidando de duas crianças... - Respondeu. - Não me deixaram fazer nada.

-Ei. - Gun gritou. - Eu não sou criança.

O garoto estava sentado na escada do avião e parecia desanimado.

-É sim. - Namjoon rebateu ajudando Biu com as malas.

Jimin sorriu e se aproximou, abraçou o irmão mais velho e o mesmo retribuiu o aperto.

-Mamãe vai ficar feliz em vê-lo. - Falou.

-E você, fala pra mim que já pediu essa garota em casamento. - Falou no ouvido dele, mas Ume ouviu e sorriu com aquilo.

Jimin se separou do garoto e puxou Ume ao seu lado, levantou a mão da garota e foi possível ver um anel no dedo anelar dela.

-Meu deus, ele pediu. - Jin exclamou.

-Sim, vovó surtou. - Jimin riu alto. - Mas ela não manda mais em mim, estou bem crescidinho para ela fazer as escolhas por mim.

Jin sorriu e levou sua mão no ombro dele, Jimin tinha feito a coisa certa.

-Vê se não perca ela dessa vez. - Falou.

-Jamais. - Jimin exclamou e beijou Ume rapidamente.

Nick se aproximou dele e o puxou para um beijo, Jin fechou os olhos e correspondeu rapidamente. Contornou a cintura da garota e a levantou do chão.

-Precisa conhecer a minha mãe. - Ela falou entre os lábios dele.

-Com certeza...

 

...

 

-Pai! - Ayame abriu a porta da casa rapidamente.

Estava tudo do mesmo jeito de quando saíram, sentiu uma vontade imensa de chorar. Subiu a escada e não o encontrou em parte alguma, desceu e viu quando ele saiu da cozinha.

-Filha. - Sorriu.

Ayame correu na direção dele e o abraçou.

-Ai que susto. - Falou. - Pensei que algo tivesse dado errado e você ficou na cadeia.

O homem sorriu e se separou da filha, Ayame notou que ele usava um avental e estava sujo de farinha.

-O que é isso? - Perguntou sorrindo.

Junghyun segurou a barra do avental e sorriu junto com ela.

-Prisão domiciliar. - Respondeu. - Vou cuidar de mim mesmo daqui para frente. Ou eu tinha empregados, ou podia receber quem eu quisesse aqui e claro que fiquei com a segunda opção.

Ayame respirou fundo e sentou no sofá, Junghyun caminhou até ela e sentou ao seu lado.

-Eu vou sempre estar com você. - Falou para ele. - Eu não vou te abandonar.

-Eu sei meu amor. - Ele sorriu.

Ela pegou nas mãos dele e apertou os dedos dele entre os seus, notou que ele não usava mais a sua aliança e ele notou que ela viu.

-Assinei o papel do divórcio antes de voltar. - Ele falou. - Nos separamos no Japão.

Ayame sorriu tristemente e o encarou.

-Eu sinto muito que as coisas tenham terminado assim pai. - Falou. - Eu queria que fosse tudo diferente, que fossemos uma família normal.

O homem suspirou e sorriu.

-Eu já sabia que esse seria o nosso final. - Falou. - E fico feliz por isso, você finalmente vai viver como eu sempre quis.

Ayame sentiu seus olhos arderem.

-Sabe de alguma coisa sobre a mamãe? - Perguntou a ele.

-Ela pegou quarenta anos, não participou de nenhum assassinato e o único tiro que ela deu na vida foi em mim e eu estou vivo, então ela vai cumprir pena por roubo e tentativa de homicídio. - Respondeu.

Aya encarou o tapete, quarenta anos. Ayame será uma mulher bem mais velha quando ela sair, isso se ela aguentar todo esse tempo. Era assustador pensar assim.

- Pai, alguém fugiu? - Perguntou.

Ele esteve com Haruma antes do velho morrer, deve ter ouvido alguma coisa. Ayame queria ter certeza de que tudo tinha acabado.

-Eu ouvi Haruma dizer que a filha do Wang... Como ela se chama?

-Lola? - Ayame falou arregalando os seus olhos. - Eu tinha me esquecido dela, o que houve com ela?

-Fugiu, não deixou rastro nenhum. - Ele respondeu.

Ayame fechou suas mãos em punhos e prendeu o ar, ela também deveria pagar por tudo o que fez. A última vez que viu a garota jogou-a escada abaixo.

-Agora me deixe terminar as panquecas, vai ver os seus amigos. - Ele ficou em pé.

-Quer ajuda? - Ela perguntou. - Eu não sei muita coisa, mas... - Sorriu.

-Não, eu preciso aprender. - Ele murchou seus olhos. - Agora vá.

Ele falou e saiu em direção a cozinha, Ayame ficou em pé e sorriu mais uma vez. Era muito bom tê-lo, mesmo que tivesse Taehyung ao seu lado, iria se sentir muito sozinha se ele também não estivesse com ela.

Arrumou o moletom que usava e saiu da casa, passou pelo a porta e virou o seu corpo e encarou a mansão. Cresceu ali, tudo o que passou foi naquela casa, mas mesmo assim era doloroso deixar aquele lugar com ele sozinho.

-AYAME! - Ouviu a voz da Suly.

Ela virou seu corpo e viu a garota descer do carro do Kook e correr em sua direção, Ayame correu até ela e quando as duas se chocaram caíram ao mesmo tempo no chão.

-Ah que saudade. - Aya falou.

-Meu deus o bebê, o bebê. - Suly ria alto.

Ayame arregalou os olhos e riu junto com ela, as duas deitaram no asfalto e encararam o céu enquanto uma segurava a mão da outra.

-Acabou Suly, acabou. - Falou fechando seus olhos.

-Não, está apenas começando. - A garota sorriu ao seu lado.

Ayame sorriu e a encarou, Suly esteve com ela o tempo todo, amava aquela menina loucamente. Se não fosse ela, não teria chegado aonde chegou.

-Ei, eu sei que estão com saudades, mas o que acham de saírem da rua. - Kook apareceu ao lado delas olhando em volta.

As duas riram mais alto e sentaram.

-Eu abracei sua prima achando que era você, que vergonha. - Suly falou arrumando o cabelo.

-Irmã, ela é minha irmã Suly. - Ayame sorriu.

A garota arregalou os olhos e tapou sua boca.

-Sério? - Kook exclamou. -Bom, faz sentido.

-Me conte tudo. - Suly se aproximou.

Ayame sorriu, estava com tanta saudade dessa euforia dela.

-Conto...

-Vamos sair da rua antes? - Kook perguntou puxando as duas pela as toucas dos moletons que elas usavam.

 

...

 

-Você é linda querida. - Senhora Kim falava enquanto segurava as mãos de Mei.

Hyuk estava ao lado delas sorrindo o tempo todo, Taehyung nunca o viu tão feliz como estava ali. Ainda estavam na pista de pouso.

-Obrigada. - Mei sorriu um pouco envergonhada.

-Vai me deixar casar com ela mãe? - Hyuk perguntou.

Mei arregalou seus olhos e encarou o garoto ao lado, mas ele não tirava os seus olhos da mãe. Senhora Kim sorriu gentilmente.

-Se ela aceitar querido, tem o meu consentimento. - Respondeu.

-O meu também. - Senhor Kim exclamou ao lado de Taehyung.

 Taehyung sorriu e saiu andando, aqueles três tinham muito que conversar ainda. Aproximou-se de Namjoon e Biu.

-Eu queria agradecer a vocês dois. - Falou. - Por tudo.

Os dois pararam de fazer o que estavam fazendo e sorriram na direção dele. Biu estava escorado nas muletas dando ordem a Namjoon sobre o que fazer com as bolsas de armas que eles levaram.

-Sabe que não precisa disso né? - Biu perguntou.

Taehyung sorriu minimamente e encarou o policial.

-Vai ficar com as armas? - Perguntou.

-Vou, Biu não pode ficar com todas elas. - Respondeu encarando o amigo.

Biu fechou seus olhos e balançou a cabeça.

-Não deveria ter pegado as minhas se eu soubesse que teríamos ajuda da policia no Japão, olha só o que deu, perdi. - Resmungou.

-É só tirar a licença e eu te devolvo. - Namjoon sorriu.

Taehyung virou sua cabeça e viu Gun sentado na escada do avião, estava daquele jeito desde quando chegaram.

-O que ele tem? - Perguntou ao tio dele.

-Não sei, acho que ficou triste em deixar aquela amiga dele. - Respondeu e saiu andando com Biu até o carro.

Taehyung caminhou até o garoto e sentou ao seu lado.

-O que foi Gun? - Perguntou.

-Nada. - Ele sorriu. - Só vou contar os dias que completarei dezoito e trabalharei para você.

Tae sorriu com aquilo e passou sua mão na cabeça dele.

-Estarei esperando. - Falou. - Você nos ajudou muito.

-Vamos Gun. - Namjoon gritou do carro.

O garoto ficou em pé e respirou fundo.

-Vida normal novamente. - Resmungou. - Gostei tanto da adrenalina. - Falou e saiu andando.

Todos foram saindo aos poucos, Jimin se aproximou da escada onde Taehyung permaneceu sentado e sentou ao lado dele.

-Ow. - Bateu nos ombros dele. - Soube que vai ser papai.

O garoto riu e permaneceu em silêncio.

-Eu disse ao Kook uma vez que de nós quatro você seria o último a ser pai, parece que eu errei. - Riu alto.

Taehyug virou sua cabeça e o encarou, Jimin sempre foi o seu amigo, desde quando estavam na escola e faculdade.

-Parece que tomou um rumo na sua vida. - Falou a ele encarando Ume que conversava com Nick.

Ele estava perto quando contou a Jin que pediu ela em casamento, ficou feliz pelo o amigo.

-Finalmente. - Jimin sorriu. - Acabou Tae... Acabou.

Taehyung sorriu e encarou seu irmão que não parava de falar com a sua mãe e o seu pai. Sim, tinha acabado, mas para ele só estava começando.

-Sim. - Falou apenas.

 

...

 

Ayame entrou no elevador e apertou o botão, estava de volta ao prédio que morou com Taehyung. Estava tão ansiosa para ver suas coisas, o lugar, sentiu tanta falta. Mas tinha uma pessoa que ela queria conversar. Assim que a porta abriu, ela caminhou até a porta do Hobi e quando foi bater viu um papel colado na porta.

“Apartamento vago”

Arregalou seus olhos e sentiu-os arderem, ele foi embora? A última vez que o viu disse que estava grávida e pediu para ele esquecê-la. Mas não queria que ele fosse embora. Fechou seus olhos e respirou fundo.

Voltou para a porta ao lado e entrou, estava tudo como antes. Sorriu e caminhou até a janela enorme.

Estava de volta.

-Sabia que seria a primeira coisa que faria. - Ouviu alguém falar.

Ela virou rapidamente e viu Taehyung encostado na porta.

-Oi? - Sorriu.

-A janela, seria o primeiro lugar que iria. - Ele respondeu fechando a porta.

Ela juntou suas mãos nas costas e o encarou, ele estava lindo. Usava uma calça jeans preta e um moletom vermelho.

-Deveria ficar com os seus pais e o Hyuk essa noite. - Falou para ele.

O garoto sorriu e colocou suas mãos nos bolsos e a encarou.

-Eu não consigo mais ficar longe de você. - Falou olhando nos fundo dos olhos dela.

Ayame fechou os olhos e sorriu mais uma vez, amava tanto aquele garoto que seu coração iria explodir a qualquer momento.

-Eu também. - Falou baixo.

-Então tem como desfazer essa distância entre nós? - Ele perguntou.

Ela ainda permanecia na janela e ele na porta, isso estava sendo sufocante para ele. Ayame caminhou até ele e parou antes dele toca-la.

-Está machucado. - Sorriu e ele caminhou até ela apressadamente.

Segurou o rosto dela com as duas mãos e selou seus lábios urgentemente, Ayame fechou os olhos e se entregou a ele, abriu a boca e deixou que a língua dele invadisse sua boca. Levou suas mãos nos cabelos dele e o apertou contra ela. Taehyung caminhou sem separar as bocas e a sentou em cima do balcão que tinha ali.

Ayame parou o beijo e segurou o rosto dele com as duas mãos.

-Não podemos, sabe disso. - Falou sorrindo.

-Droga. - Ele exclamou colocando ela no chão.

Taehyung não podia se mover muito por causa dos pontos e do curativo, o médico receitou que ele deveria fazer o mínimo de esforço possível.

-Eu vou tomar banho. - Falou um pouco nervoso e saiu andando.

Ayame riu alto e encostou ali mesmo, levou sua mão até o colar e o beijou. Estava tão feliz que tinha medo de tudo isso ser um sonho. Quando pensou em voltar para a janela ouviu o interfone, correu até a porta e abriu.

-Ayame. - Era Nick.

A garota sorriu e a puxou para um abraço.

-Me desculpe não ter ido com a Suly, estava cuidado do Jin. - Ela falou sorrindo.

-Não tem problema, senti tanto a sua falta também. - Ayame sorriu.

Jin estava encostado na parede do corredor e encarava as duas com o mesmo sorriso que tinha nos lábios delas.

-Ele vai conhecer a minha mãe. - Nick falou baixo. - Está nervoso.

-Para com isso Jin, a mãe dela é um amor. - Ayame falou.

-Eu sei, vou me sair bem, vocês vão ver. - Ele sorriu mais uma vez, estava claramente nervoso.

Nick revirou seus olhos e voltou a encarar a garota.

-Compre um celular e me ligue, agora me deixe acama-lo. - Sorriu e a abraçou mais uma vez.

-Ok. - Ayame sorriu e fechou a porta.

Tinha até se esquecido de que derrubou seu celular em baixo da água antes do seu pai leva-la para o Japão. Virou seu corpo e viu Taehyung em pé na escada.

-Era o Jin? - Perguntou.

-Uhum, Nick veio me ver. - Ela respondeu caminhando até ele. - Vou tomar banho com você.

-Mas não vai mesmo. - Ele falou e voltou a subir. - Instruções médicas e eu não vou conseguir me segurar, então fique longe.

Ayame riu alto com aquilo e correu atrás dele, mas o mesmo fechou a porta antes dela passar.

- Tem certeza? - Ela perguntou.

-Tenho. - Ele respondeu firme e ela sorriu.

E pensar que a sua vida seria assim a partir daquele momento era de fato uma sensação incrível. Estava contando as horas para eles casarem de novo, e poderem cuidar do seu filho e envelhecerem um ao lado do outro.

 

...

 

Um mês depois.

 

- Está brincando comigo? - Yoongi entrou na sala indignando. - Quando seu irmão disse que você estava aqui eu não acreditei.

Taehyung levantou sua cabeça e encarou o amigo.

-Hyuk está aqui? - Perguntou.

-Está lá fora, me ligou e disse para tira-lo daqui de dentro a força. - Respondeu fechando a tela do notebook dele.

Hyuk não conseguiu entrar na empresa depois que as coisas voltaram a funcionar. Os traumas eram enormes e ainda não suportava entrar no lugar onde tudo começou.

Tudo estava uma correria, todo o dinheiro que Haruma e seus homens roubaram voltaram para as contas das empresas Kim e o dinheiro ‘limpo’ que a empresa Choi ainda tinha ficou para Ayame, ela decidiu fechar a empresa do seu pai e investir nas empresas Kim, sendo assim uma investidora.

-Eu já estou saindo. - Ele falou.

-Hoje é o seu casamento Taehyung, levante dessa cadeira agora. - Yoongi exclamou.

Não tinha dia melhor do que aquele para os dois, finalmente se casariam novamente. Passaram-se um mês depois que tudo terminou.

-Eu sei. - Taehyung falou. - Só estou arrumando umas coisas.

-Hyuk disse que está aqui desde manhã. - Yoongi tornou a falar.

Yoongi trabalhou bem duro com os executivos nesse tempo que todos estiveram no Japão, todos foram processados e receberam as penas que mereciam. A empresa voltou a funcionar normalmente, novos executivos foram promovidos e Min voltou como o líder.

Taehyung não viu Ayame desde que acordou, estava trabalhando com os novos executivos o dia todo.

-Sim... - Taehyung suspirou. - Eu vou encerrar por hoje.

Yoongi sorriu e colocou sua mão no bolso.

-Vai logo, eu te vejo daqui a pouco. - Falou.

Taehyung sorriu e saiu dali, colocou o seu casaco e desceu. Todos que voltaram a trabalhar curvaram o seu corpo, era estranho estar de volta depois de tudo o que aconteceu. Passou pela porta de vidro e viu o seu irmão do outro lado da rua em cima de uma moto.

-Boa tarde senhor. - O seu novo manobrista entregou as chaves.

Taehyung pegou as chaves da mão dele e entrou no veículo, deu a volta na avenida e parou ao lado do seu irmão.

-Finalmente saiu. - Hyuk falou irritado. - Vai se casar hoje rapaz, precisa relaxar.

Taehyung sorriu minimamente e encarou a avenida.

-Eu sei. - Falou. - Não vou perder o horário.

-Eu sei que não. - Hyuk sorriu. - Você casaria com aquela garota quantas vezes fosse preciso, só quero que venha comigo para um lugar antes.

Tae virou seu rosto e encarou o irmão mais velho confuso.

-O que está aprontando? - Perguntou a ele.

-Nada, os meninos querem beber uma última vez com você. - Respondeu. - Mas você só vai beber um copo, não pode chegar à cerimonia bêbado.

Taehyung sorriu novamente e ligou o motor.

-Sabe que eu não fico bêbado fácil. - Falou. - Vai na frente.

-É pra já! - Hyuk falou fechando seu capacete e saiu.

 

...

 

- Meu Deus, nem parece que está grávida de três meses. - Nick exclamou.

Ayame estava em frente ao espelho, estava provando o seu vestido e girava sem parar para tentar analisa-lo de todos os ângulos.

-Nem marca no vestido. - Suly falou logo depois.

Ayame já estava de três meses e sua barriga não mostrava isso. O vestido estava bem justo em sua cintura, realçando suas curvas perfeitamente.

-Parem com isso. - Ela sorriu levando sua mão na barriga. - Eu vejo diferença.

Mei sorriu do outro lado do quarto e se aproximou.

-Tire o vestido, precisa arrumar o seu cabelo. - Falou para ela. - A mulher já chegou.

Ayame sorriu para a sua irmã e foi no banheiro tirar o vestido pesado. Colocou um mais leve e saiu, estava tão feliz que não cabia em seu peito. Desceu para a sala e as viu conversando com a mulher sobre penteados, Yona servia chá para todo mundo, uma das coisas que deixou Ayame muito feliz aquela semana foi a volta de Yona e Yuta.

-Sente-se aqui garota. - Sorriu para Ayame quando a viu.

O casamento seria na casa onde seu pai estava, a cerimonia seria nos fundos entre o jardim e a estufa. Taehyung e ela decidiram fazer a festa lá para que o pai de Ayame a levasse até o altar. Junghyun ficou muito emocionado quando soube que estaria no casamento da sua filha, Nick e Suly organizaram as coisas com a ajuda de pessoas profissionais, a casa estava maravilhosa.

-Não prenda muito, o noivo ama o cabelo dela solto. - Suly falou.

Ayame sorriu e abaixou a cabeça, ainda se lembrava muito bem de Taehyung dizendo que amava o cheiro do seu cabelo e eles desarrumados. Foram tantas coisas que ela não conseguia parar para pensar em todas.

-Suly, conseguiu falar com o Hobi? - Perguntou para a garota quando a mulher iniciou seu penteado.

-Não. - Suly suspirou. - Nem sinal dele.

Ayame e ela tentaram ligar para ele durante esse mês que passou e nada, Hobi havia ido embora sem avisar ninguém. Ela não queria que as coisas continuassem assim, Hobi era o seu melhor amigo desde criança, sentia falta da companhia dele.

-Cheguei. - Ume passou pela porta. - Olha que lindo.

Levantou o buque, era realmente lindo. Todas elas estavam animadas e correndo atrás das coisas, Ayame se sentia grata por isso.

-Jimin me ligou, parece que eles levaram Taehyung para beber. - Falou logo em seguida colocando as flores no balcão.

-Sério isso? - Nick perguntou. - E se ele ficar bêbado?

Ayame sorriu com aquilo e olhou para ela.

-Não. - Falou. - Taehyung não fica bêbado.

Ficou ali por algumas horas, estava começando a ficar ansiosa. Mesmo que já tivesse entrado em um tapete vermelho com ele a sua espera, agora era seria diferente. Taehyung estaria olhando para ela e ela estaria sorrindo.

-Prontinho... - A mulher falou.

-Ficou lindo. - Suly sorriu.

Ayame ficou em pé e respirou fundo, em poucas horas seria uma Kim novamente. Tudo seria diferente agora, teriam um filho e começaria sua própria família. Estava cursando moda e pretendia fazer o seu estagio com a mãe da Nick e abrir um dia a sua própria loja.

-Vai se arrumar. - Mei apareceu do lado dela. - Chegou a hora de ser feliz.

Mei e Hyuk compraram um apartamento e moram juntos desde então. Ayame ficou sabendo que ele pretende pedi-la em casamento logo e não via a hora disso acontecer. Namjoon foi promovido e Biu estava tentando seguir o mesmo ramo que ele, já que era perito em armas.

Kook e Suly ainda estudavam e estavam cada dia mais apaixonados. A mãe da Nick amou o namorado da filha, Jin e ela se deram tão bem que os dois saiam para comer às vezes.

-Sim. - Ayame sorriu e voltou para onde deixou o seu vestido.

Pediu para cada uma delas serem suas madrinhas e aceitaram na mesma hora. Colocou o vestido e se encarou no espelho, ele era brilhante e bem rodado. O colar que ganhou de Taehyung brilhava em seu pescoço, não tirava ele por nada.

-Ayame. - Mei entrou no quarto. - Olha só quem chegou.

Deu espaço e Ayame viu Sana passar com uma bolsa enorme nas costas.

-Meu Deus, você está linda. - A garota arregalou os olhos.

Aya sorriu e foi de encontro com ela.

-Pensei que não chegaria a tempo Sana. - Falou puxando a menina para um abraço

-Eu também. - Ela resmungou. - Preciso me arrumar urgente.

Falou e saiu correndo. Mei já usava o vestido roxo que combinava com a decoração.

-Estou muito feliz por você. - Falou para a sua irmã.

Ayame se aproximou dela e pegou em sua mão, as duas ficaram muito próximas desde quando voltaram para Coréia, não se sentia sozinha quando estavam juntas.

-Obrigada. - Sorriu. - Eu espero sentir isso para o resto da minha vida.

 

...

 

Quando esteve naquele mesmo lugar há um tempo, pensou que seria o fim, casar com Taehyung aquela vez foi desesperador, pensou que nunca mais seria feliz novamente. Mas agora, estava ali segurando o braço do seu pai e se segurando muito para não borrar sua maquiagem. Iria casar com amor da sua vida e dessa vez, tinha certeza de que seria feliz para sempre.

-Eu te amo meu amor. - Seu pai falou ao seu lado. - Não sabe como eu estou feliz.

Usava um smoking preto e não conseguia parar de sorrir desde quando viu Ayame. Jonghyun já fazia tudo, cozinhava, limpava, estava se saindo muito bem dentro de casa.

-Eu também pai. - Ela sorriu.

Assim que a marcha nupcial começou Ayame fechou seus olhos e deixou que o seu pai a puxasse, quando entrou no corredor de flores viu Taehyung, usava um smoking e estava lindo, lindo como sempre.

Ela não aguentou e deixou que uma lágrima escorresse, viu de longe ele sorrir e aquilo foi o suficiente para não segurar as outras que teimavam em cair, estava feliz e aquilo não tinha preço.

Colocar aquela aliança novamente foi maravilho, estar em pé naquele altar novamente com ele era indescritível.

-Pode beijar a noiva.

Taehyung levou sua mão na cintura de Ayame e a puxou, selou os lábios dela em um beijo forte e maravilhoso.

-Eu te amo. - Falou em seus lábios. - Não imagina o quanto.

Ayame sorriu e segurou na gravata dele.

-Eu te amo mais. - Falou.

Abraçou o pescoço dele e ouviu todos aplaudirem, Taehyung contornou a cintura dela com os dois braços e a levantou do chão. Ser feliz era isso, amar o que te rodeia, se permitir sentir coisas, arriscar e viver intensamente. Aproveitar tudo e lutar, Ayame só precisava encontrar isso para finalmente entender o que para ser feliz, precisava se permitir, se abrir e aproveitar.

-Eu estou tão feliz querido. - Senhora Kim abraçou seu filho mais novo com lágrimas nos olhos.

-Eu também. - A esposa do seu pai falou ao lado.

Taehyung sorriu para as duas e encarou Ayame ao lado que conversava com o pai.

-Eu também. - Falou.

Hyuk se aproximou segurando a mão de Mei e o encarou.

-Casou primeiro do que eu. - Brincou. - Vê se pode.

Senhora Kim sorriu e abraçou o braço do filho, não conseguia ficar longe Hyuk, tinha medo de acordar de um sonho e ver que tudo era uma ilusão.

-Você também vai querido, tem a garota perfeita ao seu lado. - Falou a ele.

Mei sorriu envergonhada e abaixou sua cabeça.

-Eu sei mãe. - Ele falou e olhou para o seu irmão mais novo. - Vai para Paris?

Ayame disse a Taehyung que queria passar a lua de mel onde eles foram da outra vez, queria aproveitar o lugar de uma maneira diferente.

-Sim. - Ele respondeu colocando suas mãos nos bolsos.

-Tae. - Namjoon se aproximou. - Viu o Biu? Ele disse que ia pegar arroz para jogar em você e sumiu.

Taehyung levantou uma sobrancelha e o encarou.

-Ele ainda está bêbado? - Perguntou.

Todos eles beberam antes do casamento e Biu passou um pouco dos limites junto com Yoongi, mas estavam todos ali, em pé.

-Mais ou menos. - Namjoon sorriu.

Hyuk riu alto e olhou em volta.

-Eu sabia que não seria uma boa ideia, ainda bem que o noivo é imune ao álcool se não o casamento entraria para a história. - Falou procurando por Biu

Taehyung sorriu minimamente e olhou para Ayame de novo, ela estava com Suly e Ume, as duas não paravam de arrumar a maquiagem dela.

-Tio. - Gun se aproximou. - Eu vou embora.

Namjoon olhou para o garoto confuso.

-Por quê? Não vai ficar até os noivos saírem? - Perguntou.

Gun encarou Taehyung e sorriu, gostava dele como se fosse seu tio de sangue. Tae se aproximou do garoto e bagunçou seus cabelos.

- O que foi? - Perguntou.

-Nada. - Ele suspirou.

Namjoon sorriu ao lado dele e passou seu braço pelo o pescoço do sobrinho.

-Sério que está nervoso com aquilo? - Perguntou baixo, mas Taehyung ouviu.

-Nervoso com o quê? - Taehyung perguntou.

Gun abaixou a cabeça emburrado e empurrou seu tio, virou o corpo e saiu andando. Nam riu alto e encarou seu amigo.

-A Sana está conversando com um menino desde quando chegou e eu acho que ele não gostou muito. - Respondeu.

Taehyung balançou sua cabeça e viu o pai de Ayame se aproximar lentamente

-Oi. - Sorriu. - Eu queria lhe parabenizar.

Taehyung tirou suas mãos dos bolsos e curvou um pouco o seu corpo.

-Obrigado. - Falou.

Junghyun sorriu e colocou sua mão no ombro do garoto.

-Sabe que sou eu que devo agradecer por tudo. - Falou. - Obrigado por amar a minha filha, por salva-la, por me salvar, por tudo.

Taehyung endireitou seu corpo e o encarou.

-Eu vou cuidar dela. - Falou. - Vou amar sua filha até o último dia da minha vida.

O homem sorriu e balançou sua cabeça, sabia que a sua filha estava com a pessoa certa. Ayame se aproximou dos dois e entrelaçou os dedos nos de Taehyung.

-Pai, quando eu voltar de Paris, eu vou ver a mamãe. - Falou. - Eu acho que está na hora de me despedir direito.

-Se sentir bem querida, não hesite. - Junghyun sorriu.

Taehyung e Ayame cumprimentaram todos eles, iriam para Paris aquela noite mesmo.

-Estaremos aqui quando voltarem. - Biu sorriu.

-E para onde você iria? - Yoongi perguntou. - Espera, acho que eu conheço aquela garota.

Todos olharam para onde o garoto bêbado olhou, uma garota andava lentamente e não parava de olhar para Yoongi.

-Ela me deu tanto fora, mas vou tentar de novo. - Yoongi sorriu e saiu andando.

Uma risada se fez presente entre eles. Ayame estava agradecido por tudo o que fizeram.

-Obriga por tudo pessoal. - Falou.

 -Ei Gun. - Sana apareceu. - Por que está correndo de mim?

Todos eles viraram seus corpos e viram os dois ao lado perto de uma mesa.

-Eu estou normal. - Ele respondeu mexendo eu seu celular.

-Vem aqui. - Sana segurou o rosto dele com as duas mãos e deu um selinho em seus lábios. - Para com isso.

Namjoon ao lado engasgou com a bebida e todos riram alto. Sana falou muito sobre Gun por mensagem com Ayame e Mei, e o menino claramente fez o mesmo com o tio.

-Que fofos. - Jin falou.

-Eles precisam terminar o estudo. - Namjoon falou.

-Ai meu Deus. - Hyuk falou. - O deixe, está na flor da idade.

A mãe e o pai de Gun se divorciaram e o menino continuou morando com Namjoon. Eram como unha e carne.

-Por que fez isso? - Gun perguntou.

-Se me der outro antes de eu ir embora, eu te passo o meu código. - Ela sorriu e saiu andando.

Ayame sorriu e encarou Taehyung ao seu lado, o garoto sorria como os outros. Estava tudo perfeito.

-Ayame. - Alguém a chamou.

A garota virou rapidamente quando reconheceu a voz de Hoseok, ele trajava uma camisa sócial e uma calça jeans. Seus cabelos estavam bem arrumados e estava sorrindo.

-Hobi! - Ela foi de encontro come ele. - Meu Deus, onde você estava?

Quando ela se aproximou dele o abraçou. Hoseok correspondeu o gesto.

-Me desculpa, eu precisava desse tempo. - Ele respondeu se separando. - Você disse que me queria aqui um dia, e eu estou. E se você está feliz, eu também estou.

Ayame sorriu e limpou rapidamente uma lágrima que escorreu. Ela o amava demais e torcia muito para o futuro médico encontrar alguém que pudesse fazê-lo feliz e ama-lo como merece.

-Vamos. - Taehyung se aproximou.

Os dois garotos se encararam e apenas se cumprimentaram com um baixar de cabeça.

-Vamos. - Ela sorriu. - Espero que fique.

-Eu vou. - Hobi respondeu.

Caminharam para fora da casa e quando pisaram na escada que ficava logo depois da porta, todos começaram a jogar arroz sobre eles. Ayeme sorriu novamente e olhou em volta, estavam todos ali, sua família e amigos, as pessoas que mais importavam em sua vida.

Entraram no carro e ela viu alguém atrás de uma das árvores, era uma garota. Estava com as roupas sujas e uma sacola nas costas. Arregalou os olhos quando reconheceu a Lola.

-Tae... - Tocou no braço dele.

Quando voltou seu rosto para a árvore, ela não estava mais ali. Lola estava morando nas ruas?

-O que foi? - Ele perguntou.

-Nada. - Ela respondeu, entrelaçou os dedos nos dele e trouxe ao seu colo.

Não iria se preocupar com aquilo, Lola fez muitas coisas e cada uma das pessoas estavam pagando da sua maneira. Se aquele era o fim dela, estava merecendo aquilo.

 

...

 

-Meu Deus, eu pensei que nunca mais voltaria aqui. - Ayame correu em direção à janela.

Era noite, estavam no mesmo hotel que vieram da outra vez que casaram. Taehyung sentou em uma das poltronas e ficou olhando para ela.

-Eu também. - Ele falou.

Ela virou de frente para ele e encostou suas costas no vidro da janela.

-Eu te amo sabia. - Falou. - Eu te amo muito.

Taehyung sorriu com aquilo e apoiou sua cabeça na mão.

-Eu sei. - Falou.

Quando Ayame foi caminhar na direção dele ouviu seu celular tocar na mesa ao lado. Pegou o aparelho em suas mãos e encarou Taehyung.

-É a Suly. - Falou. - Um minuto.

Ela virou de costas para ele e conversava baixo, Taehyung arqueou uma sobrancelha e ficou em pé. O que estava acontecendo?

-Obrigada Suly. - Ayame falou e desligou.

Virou o seu corpo e colocou o telefone ao lado e o encarou.

-Parabéns, você é pai de uma garotinha. - Falou para ele

Ayame foi ao hospital para ver o sexo do bebê, mas houve algumas complicações e ela não conseguiu ver o resultado, então pediu para Suly pegar quando saísse e a mesma acabou de ligar para contar que ambos seriam pais de uma menina.

Taehyung sorriu.

-Sério? - Perguntou.

-Sim. - Ela respondeu e correu até ele.

Quando Ayame se aproximou pulou e encavalou suas pernas no quadril dele e o beijou loucamente. Taehyung a segurou rapidamente e correspondeu cada toque, caminhou em direção à cama e a deitou gentilmente.

-É menina. - Ele falou descendo os lábios para o pescoço dela

-Sim. - Ayame sorriu - Você esteva certo.

Taehyung sorriu e a encarou nos olhos.

-Vai ser linda como a mãe. - Falou

-Vem aqui. - Ayame o puxou e tomou seus lábios novamente

Sentiu o garoto se arrumar entre suas pernas e corresponder o beijo, amava ele loucamente, tudo o que lhe pertencia era dele. Levou suas mãos nos botões da camisa dele e começou a desabotoar uma por uma. Taehyung levou sua mão por baixo do vestido que ela usava e alisou sua perna e barriga.

-Tire isso. - Ele falou puxando a peça para cima

Ayame sorriu e ajudou ele se livrar daquele vestido, ficou apenas com as peças intimas e o virou na cama, sentou em seu colo e voltou a beija-lo. Taehyung sentou rapidamente tirando sua camisa por completo e segurou no quadril dela.

Voltou a beija-la, Ayame se moveu sobre ele o mesmo arfou em seus lábios, virou a garota sobre o colchão e desprendeu o seu cinto o jogando para longe. Tirou sua calça e voltou para cima dela, beijou sua barriga e levou sua mão no fecho do sutiã e o tirou, levou sua boca nos seios da garota.

Ayame curvou seu corpo e apertou os lençóis com as mãos, Taehyung causava coisas que ninguém mais no mundo causaria nela. Levou as mãos no rosto dele e o trouxe até os seus lábios

-Me beija... - Sussurrou.

Taehyung a beijou com intensidade, movia seu corpo sobre o dela e ambos estavam indo a loucura com aquilo. Sentiu sua mão descer em sua calcinha e puxar a peça, pararam o beijo para se livrar da última peça e logo ele voltou para cima dela.

-Eu te amo. - Falou.

-Eu sei. - Ela sussurrou.

Sentiu-o conectar seus corpos e revirou os olhos com a sensação. Taehyung começou a se movimentar sobre ela devagar e gemia baixo ao seu lado, Ayame fechou seus olhos e se entregou por completo, amava estar com ele, amava cada toque e beijo, não existia pessoa mais feliz do que ela.

Levou sua mão no peito do garoto e o virou na cama, sentou sobre ele e continuou com os movimentos, Taehyung deitou sua cabeça no travesseiro e fechou seus olhos, apertava as pernas dela com força, estava delirando.

Ayame apoiou as mãos no peito dele e acelerou os movimentos fazendo com que ele gemesse alto, sorriu com o que causou nele e se inclinou para beija-lo. Taehyung mordeu os lábios dela e desceu em direção ao seu pescoço.

-Ayame... - O sentiu passar suas mãos nas curvas do seu corpo.

Ayame parou com os movimentos e sorriu, estava cansada. Taehyung levantou seu copo e a virou ficando por cima, e tomou o controle. Ela fechou sues olhos e arranhou as costas dele com a sensação que sentiu, Taehyung mordeu o pescoço dela acelerou os movimentos.

Se abrisse seus olhos, estaria em outro mundo, era assim que se sentia com ele. Em outro mundo, um mundo só deles, onde somente o amor deles era o suficiente. Sentiu aquilo acabar ao mesmo tempo que ele e soltou o ar.

Taehyung soltou seu corpo sobre o dela e a beijou intensamente, Ayame cruzou seus braços sobre o pescoço dele e o correspondeu.

-Você é minha. - Ele falou entre o beijo.

-Sou. - Sorriu.

Ele parou o beijo e afundou seu rosto no pescoço dela.

-Eu quero te levar para um lugar. - Taehyung falou baixo.

-Agora? - Ela perguntou.

- Sim... - Respondeu.

O garoto se levantou e Ayame conseguiu ver a cicatriz em baixo da costela dele onde levou o tiro, aquilo fazia parte dele agora e estava começando amar e esquecer o que passou com aquilo. Sentou junto com ele e sorriu.

-O que está aprontando? - Perguntou.

-Nada. - Ele respondeu levando sua mão no rosto dela. - Vamos tomar um banho e ir.

Caminharam até o banheiro e entraram juntos em baixo da água quente. Sentiu o garoto abraça-la por trás e beijar o seu pescoço.

-O que acha de Kim Nabi? - Ele perguntou.

-Oi? - Ela perguntou virando o seu corpo.

-O nome dela. - Levou sua mão até a barriga dela. - Nabi, significa borboleta.

Ayame sorriu e beijou o pescoço dele.

-Eu amei. - Falou.

Taehyung sorriu.

-Obrigado por me fazer o homem mias feliz do mundo. - Falou apoiando sua testa na dela.

 

...

Ayame desceu do carro e sentiu seus olhos arderem, Taehyung havia levado ela para praia que veio bêbada assim que eles chegaram da outra vez.

-Sério? - Ela perguntou a ele.

Taehyung se aproximou por trás dela e a abraçou.

-Sim, esse lugar aqui me lembra muitas coisas. - Respondeu.

Ayame riu alto e murchou os olhos.

-Eu bêbada te dando trabalho? - Perguntou.

-Não. - Ele respondeu baixo. - Eu estava com o meu mundo nos braços naquela vez e não fazia ideia, queria voltar aqui para mostrar que eu percebi isso e vou fazer dele a minha vida.

Aya parou de sorrir e olhou para ele, o vento da praia balançava os seus cabelos lentamente, estava lindo sobre a luz da lua.

-Para sempre. - Falou.

-Sempre. - Ele sorriu e a beijou.

 


Notas Finais


É isso!

Gente, primeiramente eu gostaria de agradecer todos vocês.
Agradeço o carinho que recebi por mensagens e pelos os comentários, aproveito para me desculpar por não ter conseguido responder todas vocês, mas saibam que eu li todos eles e agradeço de coração cada palavra. Fiquei imensamente feliz por vocês me acompanharem até aqui, a fic ficou um pouco grande e fiquei muito grata por não terem desistido dela.

Eu sempre fico triste por terminar mais uma história, mas ao mesmo tempo fico feliz e animada!
Não vou cansar de agradecer vocês! <3

Comentem o que acharam do último capitulo.
Não se esqueçam de mim, eu voltarei! *----*

Beijos e até a próxima fic!

Amo vocês!!
:****


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