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História No Filter ( Camren) - You Need Her


Escrita por: mycamrenreal

Capítulo 10 - You Need Her


Fanfic / Fanfiction No Filter ( Camren) - You Need Her

Camila P.O.V

Muitas vezes precisamos ir embora para nos encontrarmos. Deixar tudo para trás para assim poder enfrentar o que vem pela frente. O passado tem que ser abandonado para que o futuro se concretize.

Eu deixei meu passado para trás, passado que foi repleto de alegrias mas que deve um final trágico. Mas fui embora com a promessa e um novo recomeço, em todos os sentidos.

Nós precisamos e um tempo para nos organizamos internamente. Rever nossas atitudes, nossas prioridades. Avaliar nosso próprio caráter e pensar se é isso mesmo que queremos ser. Se é esse o caminho no qual escolhemos seguir e ter a certeza de que uma vez decidido não haverá mais volta, pois nossas ações são as que irão mostrar quem somos perante os olhos dos outros.

É preciso se conhecer a fundo para que não deixa dúvidas de sua índole. E eu estava decidida à fazer uma rigorosa avaliação em mim mesma. Eu precisava me conhecer para arrumar as pontas soltas sobre quem eu queria ser sobre quem eu sou. A depois e longos cinco anos eu finalmente escolhi meu caminho. Decretei meu caráter e tomei consciência e controle sobre minhas ações. Por isso estou aqui novamente. Preciso consertar meus erros e mostrar que eu não sou aquela idiota de anos atrás. Meus sentimentos estão claros para mim agora e eu preciso deixar eles transparentes para quem realmente precisa ver.

***

Sentir novamente aquela ar quente do clima de Miami era algo que eu imaginei nunca mais ter a chance de sentir. Por mais que sempre tenha sonhado com o dia que voltaria, não tinha certeza e teria coragem de realmente o fazer. Não achei que realmente estaria pronta para esse dia, mas não posso me acovardar novamente, não mais.

No banco e trás do carro da dona Clara, eu olho atentamente a janela. Cada detalhe daquela cidade que a muito deixou e ser meu lar passa por meus olhos me trazendo uma nostalgia imensa.

- Vocês conseguiram resolver sobre sua casa? Clara pergunta sem desviar a atenção do trânsito.

- Sim, consegui mandar arrumar tudo o pré precisava  nela a uma semana. - Responde minha mãe no banco do carona.

- Está tudo bem, Mila? -  Olho para frente e encontro os olhos e Clara através do retrovisor. Assenti apenas. Eu estava cheia de medos e inseguranças por voltar ali. - Não fica nervosa. Vai dar tudo certo.

- Não tenho tanta certeza disso.  Mas não posso me esconder ou fugir para sempre.

O carro para em frente a minha antiga casa. Quase nada havia mudado nesses anos. Desci do carro parando na porta do mesmo olhando cada detalhe daquela que foi meu lar.

Entrei em uma espécie e transe sem me importar com as malas ou em responder o chamado das duas mulheres, seguindo pelo jardim até os fundos da casa eu precisava saber. Meus olhos realizaram por todo o lugar me bombardeando de lembranças, até que param onde eu realmente queria, ainda estava ali. Intacta. Me aproximei da casa da árvore onde haviam tantas lembranças quanto eu poderia contar. Lauren e eu a construímos com o auxílio do meu pai enquanto ela ainda era vivo. Era nosso cantinho, nosso refúgio, somente nosso lugar.

Observei por um tempo as madeiras pouco gastas mantendo seu vigor ainda. Subi os degraus lentamente deslizando meus dedos no corrimão.

Adentro o local empurrado e foi como se pudesse me ver ali com ela. Peguei nosso baú de memórias e fotos tiradas com a Polaroide dela. Em todas nossos sorrisos são tão grandes e verdadeiros. Eu fui tão cega e estúpida por estragar o que tínhamos.

- Fazia tanto tempo que eu não entrava aqui. -  Me assustei ao ouvir a voz de Clara entrando na casa e logo e sentando ao meu lado no colchão no chão. -  Eu tinha que praticamente arrastar Lauren desse lugar, quando vocês se entocavam aqui.

Sorri com as lembranças desse tempo. Suspirei olhando mais uma foto nossa.

- Essa era nosso mundo. Nada nem ninguém poderia nos abalar aqui dentro. Lauren dizia que tinha um escudo onde somente nós  duas poderíamos ultrapassar pois nós éramos fortes uma ao lado da outra e nenhuma tristeza entraria aqui enquanto estivéssemos juntas.

- Vocês viveram muitos momentos juntas, e seu que ainda podem viver muitos outros.

- Lauren nunca ira me perdoar, Falta. Falta eu não tiro a razão dela. As meninas também. A mesmo que isso acontecesse não acredito que um dia voltaríamos a ser como antes.

Olhei para baixo sentindo meus olhos já marejados quando vi lá no fundo do nosso baú a pulseira pretas que eu havia lhe dado igual a que eu tinha no braço. Eu havia as visto em uma lojinha perto da praia e na mesma hora Lauren me veio na cabeça. Gravei nossos nomes e só tiramos no dia do acidente. Ela ainda usava quando chegou ao hospital e Clara me entregou a dela a pedido da mesma antes da minha viagem.

- Eu sinto tanta falta dela. - Disse baixinho alisando seu nome na pulseira em meu braço. Nunca havia tirado a minha dali.

- Por mais que ela tenta não demonstrar, eu sei que ela sente sua falta também, Camila. Eu acho que por isso ela se entregou a não luta para a recuperar.

- Eu  não acho que ela vá melhorar com minha presença. Ela me odeia e me culpa por estar daquele jeito. Ela pode até piorar comigo aqui.

- Eu conheço minha filha, Camila, e conheço  você também. Ela precisa de você, assim como você precisa dela. - Clara carinhosamente me acolheu em seus braços afagando meus cabelos. - Sei que você também se culpa. Sim, você errou feio magoando minha filha com aquelas palavras. Mas se arrependeu e a salvou doando seu sangue. Todos erramos em algum momento de nossas vidas, Camila. A temos que lutar para conserta-los. A boca está lutando e isso é muito.

- Estou com medo. -  Admiti a ela e a mim mesma. - Não sei se conseguirei suportar a raiva dela. Ela não vai aceitar minha ajuda.

- Não, seu que não vai no começo. Mas insista, não deixe ela tá afastar novamente. Vocês necessitam uma da outra. De tempo ao tempo.

***

Lauren P. O .V

Quieta. Era assim que eu estava desde o momento em que vi aquele rosto tão conhecido. O rosto que habita meus sonhos a anos e anos. Era ela. Ela era a pessoa que minha mãe escondia. Camila. O amor da minha vida que me despedaçou.

As meninas estavam agitadas com a volta dela, pois eu sabia que apesar de tudo elas também sentiam falta dela. Apenas Dinah estava calada, assim como eu.

Dinah foi a que mais tomou partido e minha dor e a que mais sentiu raiva da Latina pelo que ela havia me feito. Talvez até mais do que eu mesma. Mas eu sei que lá no fundo ela se martirizada por abandonar sua amiga nos momentos difíceis que ela enfrentou sozinha depois do meu acidente.

- Ela está tão....mulher.quer dizer o corpo dela está mais definido. O rosto deu pra ver que está mais expressivo. Ela está linda. - Ally disse pensativa.

- Está mesmo. - Concordou, Normani. Mas ela parece meio abatida. Triste. Mesmo sorrindo para dona Clara, não era o mesmo sorriso de antes.

- Deve ser a culpa que ela carrega. - A voz fria e seria de Dinah causou silêncio no carro.

Eu nada disse. Nem conseguiria. Tinha um nó em minha garganta. Eu não estava preparada para ver Camila novamente. Isso me causou tantas emoções distintas. Sentimentos controversos e minha cabeça começou a latejar.

Dinah deixou as meninas em suas casas e logo me levou a minha. Não trocamos nenhuma palavra. Cada uma ficou perdida em seus pensamentos e sentimentos. Ela me ajudou a chegar em meu quarto e se sentou na cama enquanto eu fui para a janela.

Permanecemos em silêncio por um bom tempo.

- O que vai falar para sua mãe? - Pergunta ela de repente.

- Sinceramente? Eu não sei. Eu não esperava que ela tivesse em contato com"ela" todo esse tempo.

- Sua mãe nunca sentiu raiva de Camila, mesmo depois de ouvir a verdade do que ela fez.

- Ela é agradecida a ela por ter doado o sangue, eu acho. A gratidão que ela sente é  muito grande.

- Vai dizer que o que sabemos?

- Não.  Vou esperar para ver se ela vai me contar que está se encontrando cem ela.

Eu sabia que não era exatamente essas questões que queríamos perguntar uma a outra, mas não tínhamos coragem de expressar o que realmente sentíamos.

-  Eu preciso tomar um banho, você me ajuda? - Perguntei me virando para ela.

- Claro. Vou separar suas roupas.

- Deixa que eu faço isso, Dinah. Pode ir descansar se quiser. - Olho para minha mãe entrando em meu quarto com um sorriso tímido em seus lábios.

Dinah me olhou em uma pergunta silenciosa se poderia ir. Eu apenas concordei com a cabeça e ela deixou um beijo em meus cabelos antes de sair do quarto.

Minha mãe seguiu em direção não closet e separou minhas roupas em silêncio. Observei cada movimento seu imaginando que ela estava buscando a melhor forma de me falar algo.

- Como foi seu dia ? Perguntou trazendo a cadeira de banho e logo me colocando na mesma.

- Foi...interessante. - Ela me olha confusa. -  A o seu?

- Muito bom. - Me conduziu ao banheiro começando a tirar minha roupa. -  Hoje uma chama de esperanças nasceu em mim.  -  A olhei enquanto ela ligava o chuveiro. Clara apenas sorriu para mim me colocando debaixo da água me fazendo fechar os olhos. Sempre amei tomar banho, sentir a água percorrer meu corpo e hoje mesmo sendo desconfortável e vergonhoso ter alguém me dando banho eu ainda amo esse momento.

- Esperança de que?

- De que tudo possa melhorar. -  Parou de passar sabonete em mim e olhou em meus olhos. -  Principalmente para você, amor.

Eu nada disse, pois sabia que ela se referia a Camila. Ela tem esperanças de que nossa amizade deseja restabelecida. Mas isso será algo impossível por conta do maldito sentimento que ainda você em mim. Mesmo ferido ela ainda resiste em meu peito.

Depois de me dar um banho regado a carinhos e paciência minha mãe me secou a me vestiu me conduzindo a minha cama. Eu sabia que era muito esforço para ela mas não poderia fazer nada.

- Já arrumei alguém para cuidar de você.

- Uma babá. -  Disse fechando a cara.

- Uma fisioterapeuta que ainda se disponibilizou a trabalhar como enfermeira também, ou seja ficará com você o dia inteiro.

- Não deve ser ser boa em seu trabalho a esta tão necessitada assim para trabalhar assim, não tendo outros pacientes.

Minha mãe sorriu negando com a cabeça se levantando.

- Ela é a melhor para você, meu amor. Isso eu garanto.

- Como você pode saber disso?

- Porque você a conhece muito bem.

Franzi minhas sobrancelhas a bando sorrir abertamente para mim, e então...não...não...

- Não. Não me diz que...

- Camila está de volta, Lauren. Ela se formou em enfermagem e está terminando de cursar fisioterapia. Ela cuidar a de você.

- NÃO! - Afirmei seria. Eu não quero ver ela em minha frente e muito menos ter ela tocando em mim.

- Você já é uma mulher, Lauren. Já esta na hora de parar com essa infantilidade e aprender a perdoar.

- Como você pode defender ela depois do que ela me faz? EU sou sua filha. Você tinha que estar do meu lado.

- Eu sempre estarei do seu lado, Lauren. E é exatamente por isso que contratei ela. Você precisa dela e ela precisa de você. Vocês têm que superar o passado e se entender. - Se aproximou da cama e segurou minha mão. -  Ela se arrependeu profundamente. Ela ligou toda semana desde que foi embora para saber como você estava. Estudou fisioterapia por sua causa,  filha. Ela se culpa muito a sofre muito com tudo isso assim como você. Se você soubesse o que ela passou. Mas isso será ela quem irá te contar quando você se permitir ouvir de coração aberto. Por isso trate de se comportar e conversar com ela.

- Eu não quero ela aqui....

- Já está decidido, Lauren Michelle. Um dia você ainda vai me agradecer. -  Andou ate a porta e parou antes de sair. -  Ela começa amanhã.

Clara saiu sem me dar chance de responder. Eu não acredito que ela fez isso. Mas se  ela e Camila acha que eu vou aceitar ela aqui estão completamente enganadas.

- Eu já me livrei de muitas enfermeiras, posso me livrar de você também, Camila. - Disse para mim mesma querendo de todas as formas acreditar em minhas proprias palavras.


Notas Finais


Erros arrumo depois😘


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