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História No Light No Light - Strange and Beautiful


Escrita por: LadyDuMaurier

Notas do Autor


Oi queridos do meu core, mais um capítulo pra vocês. Novamente e sempre obrigado pelo feedback, vocês são maravilhosos.
Aproveitem o último capítulo fofo, depois só vem drama.

Capítulo 12 - Strange and Beautiful


Fanfic / Fanfiction No Light No Light - Strange and Beautiful

Quatro dias já haviam se passado e Faustus não conseguira descobrir nada, a Academia estava mais do que bem protegida, no entanto ele sabia que não poderia baixar a guarda. Uma batida em sua porta chama sua atenção, permitindo  entrada.

_ Pai, eu só vim informá-lo que a ronda noturna acabou. Todos estão em seus quartos. Prudence informava.

_ Excelente. - ele se levanta de sua cadeira no gabinete, uma ideia se passando, ao olhá-la mais atenciosamente - Prudence tem passado bastante tempo com Ambrose Spellman.

_ Nós somos colegas, ele…

_ Sem explicações, eu sei que Ambrose tem escondido algo de mim. Cartas eu suponho, quero que as encontre e traga pra mim.

_ Cartas sobre o que? Ela sabia a qual cartas o pai se referia, porém precisava ter certeza e não transparecer seu próprio conhecimento.

_ Referentes a professora Spellman, endereçadas a irmã.

_ Não pode perguntar a ela do que se trata?

_ Não é um assunto que lhe diga respeito. Apenas faça o que estou lhe pedindo.

_ Sim pai. A bruxa saía da sala, um conflito se instaurando dentro de si.

Ambrose havia sido um excelente amigo, eles não estavam apenas fazendo sexo, mas conversavam, desabafavam um com o outro, a companhia dele era divertida e por alguns momentos ela não sentia que precisava se impor ou se sentir rejeitada, apesar de ter sua família, ele não tinha pais como ela e sabia exatamente o que era a carência que sentia.

Se deitando em sua cama Prudence tentava pensar em como conversar esse assunto, ela poderia facilmente seduzir Ambrose e roubar as cartas, a alguns meses era exatamente o que faria, mas agora algo em si acendia como uma luz vermelha de atenção, além disso havia Zelda, as duas começavam a se relacionar melhor e assim como sua mãe havia morrido, Zelda vivera algo próximo causado por seu pai. A noite seria longa.

Enquanto isso Faustus chegava em sua casa, subindo as escadas, atravessando o corredor, a porta aberta do quarto de Judas lhe faz adentrar o cômodo, Zelda se encontrava lá, zelando o sono do pequeno herdeiro.

_ Eu achei que chegaria mais cedo. Ela diz sentindo as mãos dele sobre sua cintura.

_ Tenho muitos assuntos a tratar, você sabe.

_ Claro que sei. Só vim lhe dar boa noite e fazer uma visita a meu afilhado. Os olhos verdes se voltavam o encarando.

A beijando por alguns instantes, Faustus a pegava pela mão a levando para, fora do cômodo.  

_ Tenho algo para você.  Ele diz, abrindo a porta de seu quarto.

_ Eu só vim fazer uma visita, nada mais eminência. A bruxa responde o seguindo.

_ Tem algo que gostaria de lhe dar e que usasse no baile.

_ Ainda temos dois dias.

_ Em breve estarei com membros de outros covens e você com sua surpresa. Acho que esse parece o momento mais adequado. Pegando uma caixa de veludo preto, um colar com um diamante negro no centro cravejado de brilhantes se destacava, dois brincos da mesma pedra central.

_ Faustus. Ela reconhecia o conjunto, a mãe dele usará no funeral de seu pai. Diamantes negros eram uma marca dos Blackwoods, o próprio usava um anel de ouro branco e a pedra na mão esquerda.

_ Não vejo que outra pessoa faria melhor uso que você.

_ Se eu não te conhecesse, diria que está tentando me comprar.

_ Não comprar, mas talvez eu também tenha minhas próprias surpresas.

_ Espero que sejam boas.

Ele põe a caixa na cômoda e Zelda entrelaça suas mãos no pescoço dele, enquanto o mesmo a envolve pela cintura; o beijando ela sentia-se esquecendo de tudo a volta, como se o pequeno momento fosse tudo que tinham.

_ Você precisa realmente ir? Faustus pergunta descendo seus beijos pela nuca.

_ Preciso. Mas você irá me ver amanhã.

_ Às vezes penso que não é suficiente. - ele se afasta a olhando - Você é linda. Seu polegar acaricia o rosto da bruxa.

_ Obrigada. Também gosto de estar com você Faustus.

Um silêncio de olhares gritantes se instalara, nenhum dos dois estava acostumado a admitir que luxúria não era o motivo principal do relacionamento.  A beijando Faustus quebra o silêncio, se afastando e entregando a caixa fechada.

_ Tenha uma boa noite. De um beijo em Letícia por mim.

_ Eu darei. Tenha uma boa noite Faustus.

Zelda não sabia se era o fato de serem pai e filha, a ligação pelo eclipse e poder crescente  ou apenas para agradá-la mas se via falando mais sobre a filha com o sacerdote que se apresentava interessado. De certo modo isso a agradava, não queria que a aversão dele por Sabrina recaísse em Letícia, porém às vezes tinha receio ao pensar o que ele diria se soubesse a verdade.

Se teleportando, Zelda desaparecia com o presente, surgindo em seu quarto, Letícia ainda dormia, lhe depositando um beijo de boa noite e trocando as vestes, Zelda adormecia em um sono tranquilo.


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Residência dos Spellmans


Hilda fazia terminava de fazer seu chá, Ambrose pegava uma caneca de chocolate quente e Zelda lia seu jornal tranquilamente com Letícia ao seu lado em um conjuntinho azul.

_ Bom Dia tias. Bom dia Ambrose.  Sabrina se juntava, na cozinha o prato de ovos mexidos já sendo colocado a mesa.

_ Bom dia prima.

_ Bom dia Sabrina. Suas tias respondiam juntas.

_ Tia Zelda posso te perguntar algo?

_ Já está fazendo uma pergunta. Mas diga em que posso ajudá-la.  Zelda deixava o jornal de lado.

_ Você está dormindo com o Padre Blackwood?

_ O que? Zelda dizia surpresa, enquanto Hilda disfarçava o desconforto pegando a bebê no colo e Ambrose ria disfarçadamente.

_ Ouvi os meninos falando que o Padre Blackwood te convidou para o baile e já que você não disse nada sobre o seu namorado secreto.

_ Primeiro não tenho um namorado. Segundo eu posso acompanhar quem desejar.

_ Isso não responde a minha pergunta.

_ Sim, eu fiz sexo com Faustus.

_ Tia Zee como você pôde? Padre Blackwood é um insuportável egocêntrico e controlador.

_ Sabrina é sexo apenas.

_ Como pode fazer isso? Ele não é  confiável e você nem o ama.

_ Você tem dezesseis anos, não sabe o que é o amor.

_ E você sabe? Pois acho que se soubesse não faria uma besteira como essa.

_ Eu já amei Sabrina, assim como você amou Harvey, um amor menos inocente mas ainda assim amor. E sabe o que isso me trouxe? Nada. Porque o amor diferente do que pensa não tem haver com si mesma, tem haver com o outro. Você se entrega sem ressalvas de que vá se machucar, mesmo que tudo indique o contrário. Você olha nos olhos e não precisa falar uma única palavra para se compreenderem. Quando se ama, seu desejo é proteger mesmo que isso te arruine, pois o seu egoísmo não importa mais. Amar é escolher entregar seu coração em sacrifício e acreditar que ele não será destruído.  - Zelda se levantava não quebrando o olhar com a sobrinha - Mas o amor querida, não é feito para ser vivido por bruxas. Você vai aprender com o tempo que a conexão emocional não é um caminho que uma bruxa forte queira ou possa seguir.

Tomando Letícia dos braços da irmã Zelda levava a pequena para o andar de cima.

_ Ok eu não esperava ouvir tia Zee, definindo o que é amor. Mas acho que tem sua resposta prima. Ambrose dizia bebericando sua bebida.

_ Tia Hilda, sabe quem partiu o coração da tia Zee?

_ Desculpe querida. Hilda respondia negando com a cabeça.

_ Só espero que Padre Blackwood, não a machuque. Eu não confio nele. Sabrina começava a comer.

Olhando-se Ambrose e Hilda tentavam manter-se discretos; Ambrose sabia que eles estavam mais próximos, olhares soslaio, reuniões ou simplesmente andando conversando até as salas de aula, não era difícil os encontrar juntos; mas não tinha certeza o quanto envolvidos estavam. Pelo vestido que havia escolhido para o baile e feitiço que a via estudando para sua apresentação, Hilda sabia que a irmã desejava impressionar o homem, isso a deixava receosa, porém não podia intervir nas escolhas da irmã; algumas vezes, como naquele momento, ela sentia por Zelda não viver o que estava sentindo com Cerberus, amar e sentir-se apaixonada era a melhor sensação que já vivera.

Minutos depois três Spellmans se dirigiam a Acadêmica, enquanto outros dois acenavam da porta.

Cancelando suas aulas no coral, Zelda começava a decorar, com outros três professores o salão, a Acadêmica não abriria no dia seguinte e todos os preparativos precisavam ser feitos. Luzes, mesas, decoração, espaço para os músicos e claro Zelda também precisava colocar seus próprios feitiços antes da apresentação, o que era um pouco mais complicado com três pares de olhos sobre ela.

Passando pelo salão, Prudence e Ambrose se dirigiam para o jardim ao fundo, onde a grama era mais rala e árvores secas se contorciam.

_ O que aconteceu? O bruxo pergunta enquanto andavam.

_ Você precisa contar o que aconteceu com sua tia e entregar as cartas que faltam. Prudence respondia se sentando em um  banco.

_ Porque?

_ Meu pai está desconfiado de você, que está escondendo algo dele.

_ Maldito seja.

_ Ambrose ele vai arrumar um jeito de descobrir seja por bem ou por mal, eu nunca o vi tão interessado em saber algo. Seja o que for que está havendo entre ele e Zelda, parece sério.  

_ Tia Zee está tão bem com Letícia. Com o seu pai. Não quero trazer sofrimento para ela.

_ Eu entendo, até estou gostando dela. - Prudence sorria sem jeito ao admitir - Mas estou pensando em você agora, sua pena foi relaxada, mas ele pode mudar de ideia.

_ Como acha que ele irá reagir?

_ Eu não sei.

_ Não posso fazer isso. Não com ela.

_ Ambrose.

_ Tenho meus princípios Prudence, mesmo que isso signifique voltar a ser preso. Ele apertava a mão dela se sentando ao seu lado.

Apoiando a cabeça no ombro do bruxo Prudence fechava os olhos em um sorriso triste, não haveria outra escolha. Um traço dos Blackwoods que Ambrose estava para conhecer era o egoísmo.


______________________________________


Casa dos Spellmans 9:30 p.m.


Zelda terminava de se arrumar, o dia anterior com todos os preparativos havia corrido rápido, porém o dia de hoje parecia ser mais devagar que o comum.

Hilda a ajudava a fechar o vestido um vermelho escarlate, seus ombros e costas nuas, as mangas uma fina renda sob os braços, a saia com um corte mais curto a frente revelando as pernas e coberto até os tornozelos, exibindo os belos saltos em tiras. O cabelo preso em coque solto propositivamente, seu pescoço assim e orelhas já refletiam o brilho do presente de Faustus.

_ Você está maravilhosa Zelda.

_ Obrigada.

_ As jóias que o sumo sacerdote lhe deu ficaram combinaram.

_ Sim, definitivamente diamantes negros são pedras encantadoras.

_ Zelda é só sexo mesmo que está havendo entre vocês? Porque isso no seu pescoço parece o contrário.

_ O que mais poderia ser?

_ É uma joia da familia dele.

_ Faustus apenas gosta de impressionar Hilda. Nós apenas estamos…

Antes que pudesse concluir sua frase a campainha toca.

_ Você pode descer e abrir a porta, quero dar um beijo em Letícia antes de sair.

_ Claro. E não se preocupe, nós vamos nos divertir juntas. Hilda fazia cócegas na barriguinha da bebê que ria.

Saindo em seguida, Zelda segurava sua menina nos braços.

_ Mamãe está saindo, mas quero que se comporte com a tia Hilda. E não coma muito doce se ela te der. - ela brinca, se lembrando de Sabrina pequena toda suja de bolo de chocolate - Eu estou saindo meu amor, mas eu volto. Te amo muito. Ela beija a pequena que sorria inocente.

Colocando-a em seu bercinho, Zelda desce as escadas, Hilda não parecia à vontade com Faustus, de certo modo uma certa hostilidade, ela não culpava a irmã após sua excomunhão.

Voltando seu olhar para Faustus, os olhos azuis brilhavam em uma espécie de adoração que Zelda amava causar; como sempre ele vestia um smoking preto, por mais que já tivesse essa visão antes ele sempre lhe parecia mais charmoso.

_ Você está perfeita.

_ Obrigada. Ela diz envolvendo seu braço ao dele.

_ Tenham uma boa noite. Hilda diz, abrindo caminho para se retirarem.

Com o som da porta se fechando atrás deles, o sacerdote se volta para bruxa.

_ Você está propriamente digna de uma sucubus.

_ No entanto esta noite deveremos ser profissionais. Não queremos ser um exemplo errado aos jovens.

_ O que é errado hoje? Ele sorri, um sorriso lascivo a qual Zelda tem certeza que se pudesse a despir, ela já  estaria nua.


Se teleportando para Academia, diversos alunos já haviam chegado, assim como membros de outros covens, Zelda podia sentir olhos por sobre seu corpo, ouvir alguns sussurros, mas nada a incomodava. Seguindo para encontrar os demais membros de outros covens, Faustus sentia como se trouxesse a queda dos acólitos.

_ Faustus. Seu nome era pronunciado por vários homens lhe apertando a mão.

_ Senhores.

_ E quem é essa bela criatura que o acompanha? Um homem um pouco mais velho que Faustus perguntava.

_ Está é Zelda Spellman.

_ É um prazer conhecê-los.

_ Satanás tenha certeza de que o prazer é nosso. O mesmo homem responde.

_ Spellman? É irmã de Edward Spellman, não é?

_ Sim. Edward era meu irmão mais velho.

Seguindo por apresentações e outros assuntos mais banais, a conversa flui por alguns minutos, até que Anderson sinaliza para professora.

_ Faustus, senhores me dêem licença. Mas tenho que ajudar na abertura.

Se retirando, seguindo na direção de Anderson e os outros, ela encontrava também Ambrose que seria o mestre de cerimônia.

Poucos minutos se passam até um badalar ecoar chamando a atenção.

_ Caros presentes é prazer tê-los aqui essa noite, nesse baile de equinócio. Vossas eminências é uma honra. - ele se volta para os homens ao lado de Faustus - Agora daremos início a abertura.

Se posicionando as ao centro , as outras duas garotas vestiam vestidos pretos provocativos mas elegantes, como Zelda havia orientado, os rapazes retiravam os blazers, seguindo alguns apenas de suspensórios e a camisa branca de manga, Anderson deixará o colete.

Com o instrumental começando o rapaz iniciava a música uma melodia que crescia.


Amor, você não percebe? Estou chamando

Uma garota como você deveria ter um aviso

É perigoso, estou me apaixonando

Não há escapatória, não posso esperar

Preciso de um gole, amor, dê isso pra mim

Você é perigosa, adoro isso


Alto demais, não consigo descer

Estou perdendo a cabeça, dando voltas e voltas

Você me entende agora?


Dançando envolvendo seus corpos os três casais dançavam, uma mistura de tango com um encontro sensual de corpos e contemporânea ao mesmo tempo um técnica precisa. Zelda e Anderson não começavam juntos, apenas ela dançando à sua frente, como se o seduzisse,soltando os cabelos, o incitando a seguí-la. A voz dele forte e afinada. E os dois se união como os demais no refrão que se repetia duas vezes.


Com o gosto dos seus lábios, eu viajo

Você é tóxica, estou derretendo

Com o gosto do seu veneno, estou no paraíso

Estou viciado em você

Você não sabe que é tóxica?

E eu adoro o que você faz

Você não sabe que é tóxica?


As mãos do rapaz sob as costas deslizavam, os corpos unidos em movimentos rápidos, deslizando uma perna pelo chão e a envolvendo no jovem Zelda sorria sabendo o efeito posterior no sacerdote, a cabeça do jovem momentaneamente em seu pescoço, ela o abraçando e depois se afastando.


Está ficando tarde para desistir de você

Tomei um gole do copo do demônio

Lentamente está tomando conta de mim


Alto demais, não consigo descer

Está no ar, está por toda parte

Você me entende agora?


Se posicionando todos em uma fila, Anderson a segura pela cintura, enquanto Zelda e os demais erguem as mãos , se separando os três começam a dançar em casais mais lentamente, antes do refrão retornar, apenas o som dos instrumentos.


Com o gosto dos seus lábios, eu viajo

Você é tóxica, estou derretendo (tóxica)

Com o gosto do seu veneno, estou no paraíso

Estou viciado em você

Você não sabe que é tóxica?


Intoxique-me agora, com o seu amor, agora

Acho que estou pronta agora (acho que estou pronta agora)

Intoxique-me agora, com o seu amor

Acho que estou pronta agora


Com os movimentos mais rápidos, Anderson a ergue, neste instante pétalas de rosas caiam do teto do salão sob os presentes, que exibiam olhares surpresos.

_ Ela é uma libertina. Shirley dizia ao lado de outras mulheres.

_ Como ela ousa. Outra complementava.

Perto delas no entanto Faustus e os demais pareciam fascinados.

_ Ela é diabolicamente maravilhosa.

_ Diria que estamos diante da personificação do pecado.

_ Parece que Faustus está bem acompanhado.

Uma salva de palmas tomava conta, agradecendo , deixando o salão, outras músicas seguiam a noite.

Se dirigindo a Faustus, Zelda sorri ao vê-lo se dirigir a ela, as pétalas já parando de cair.

_ O que achou?

_ Surpreendente.

_ Você comentou com os rapazes no Dorian que eu dançava. Achei que gostaria de uma amostra.

_ Então foi isso?

_ Sim. Agora as rosas, foram uma ideia aleatória.

_ Eu deveria lhe punir por permitir que aquele moleque a tocasse da maneira que fez.

_ Sempre cumpro minhas penitências eminência. Ela sussurra.

_ Tia Zee foi maravilhosa. Sabrina diz se aproximando com Nicholas ao seu lado.

_ Obrigada querida.

_ Padre Blackwood. A jovem apenas o olhava indiferente.

_ Sabrina. Espero que apreciem a noite.

_ Espero que tome cuidado. Ela respondia, mas dirigida a Zelda, se afastando com o acompanhante.

_ O que exatamente foi isso? Faustus se voltava para Zelda.

_ Ela sabe sobre nós.

_ Como?

_ Ela me questionou e resolvi falar a verdade. Mas você não passou pela aprovação.

_ Como se a aprovação de uma adolescente me importasse. Realmente ela é filha do Edward.

_ Não fale do meu irmão.

_ Quer dizer que se eu quiser beijá-la agora não precisamos mais esconder. A mão dele pousa em sua cintura.

_ Você ainda é um viúvo recente Faustus. Não sei se…

_ Sou o sumo sacerdote Zelda, não precisamos dar satisfações a ninguém, posso silenciar todos os comentários que possa temer.

Pegando a mão de Faustus, Zelda os tirava do salão, parando no meio de um corredor.

_ O que você está propondo?

_ Que me tornemos nosso relacionamento público. E depois…

_ Sem depois. Eu aceito o aqui e agora. Sem promessas futuras.

_ E o futuro?

_ Eu gosto de você Faustus, de estar na sua presença, nos seus braços - ela faz uma pausa traçando o rosto dele - Me é suficiente saber que o agora é real. Não preciso de títulos.

Olhando dentro dos olhos verdes, Faustus se lembrava de seu casamento com Constance, o título era o que havia o mantido, porém Zelda não o desejava e isso o surpreendia. Uma parte dele imagina o que ela responderia quando era ainda uma estudante se aventurando com ele.

A beijando, ignorando as vozes e música, seus corpos pareciam mais unidos, uma espécie de energia os conectando.

_ É melhor voltarmos. Você é o diretor.

_ Maldito seja. Faustus responde, a ouvindo rir.

Se recompondo, retornando ao baile Faustus se juntava aos outros sacerdotes, Zelda se sentando ao seu lado, sua mão sob a dela sobre a mesa. Após uma hora as músicas mais agitadas, davam espaço a mais lentas.

_ Gostaria de dançar Zelda? Um dos homens se volta da conversa em sua direção.

_ Desculpe Gastón, mas já prometi a próxima dança.

_ Senhores espero que continuem aproveitando a noite. Faustus se levanta seguindo para pista de dança com Zelda.


Strange & Beautiful (I'll Put A Spell On You)


Eu venho acompanhando seu mundo de longe

Eu venho tentando estar onde você está

E secretamente eu vou caindo e me distanciando.

Despercebido

Pra mim, você é estranha e linda

Você seria tão perfeita comigo, mas apenas não consegue ver


Com as mãos em seus corpos, seus olhos se mantinham íris verdes e azuis, presas uma a outra. Zelda inspirando o perfume conhecido que lhe proporciona conforto.

_ Essa noite me lembra do nosso período  na academia. Eu te tirei para dançar quando se afastou do meu irmão e do corpo docente.

_ Sim. Você estava provocando a nós dois.

_ E você se divertiu me levando para uma sala de aula depois.

_ Você não se incomodou pelo que lembro.

O sorriso descarado no rosto de Faustus, a fazia revirar os olhos por instantes.

_ Você fica muito elegante de smoking.

_ Obrigado.

_ Mas fica muito melhor sem nada. Ela sussurra.

_ Podemos dar um jeito nisto.

Continuando a música até o fim, os dois desapareciam do salão, a caminho do gabinete de Faustus.

_ Eles vão notar sua ausência.

_ E a sua também, não precisam de mais explicações.

Abrindo a porta uma coruja cinza, piava batendo na janela. Faustus parecia surpreso com a ave.

_ É um familiar? Zelda perguntava enquanto o sacerdote abria a janela, deixando a ave pousar sobre a mesa, uma mensagem na perna.

_ É  o familiar de Ethel. Ele responde fazendo referência a babá de Judas e pegando a mensagem.

Lendo-a o rosto do bruxo franzia.

_ Preciso ir.

_ Vou com você.


Se teleportando para mansão os gritos o choro do menino era ouvido do andar de baixo, subindo os dois encontravam Ethel e Judas.

_ O que aconteceu? Faustus exigia uma explicação.

_ Não sei Padre, ele estava bem. Comeu, estava quietinho. Após o banho ele começou a chorar e não parou desde então, mas agora acho que ele está com febre.

_ Me dê ele Ethel. Zelda dizia pegando o pequeno, uma das mãos o segurando e a outra, checando a temperatura, a boca e a barriga.

_ Não é fome, cólica ou algo que eu tenha lidado antes.

_ Tirou a pulseira  que ele estava usando?

_ Sim, para o banho. Eu a coloco de volta depois, mas acho que esqueci. A jovem aponta o presente na cômoda.

_ Já sei o que ele tem. Faustus onde guarda suas soluções?

_ Em um armário na estufa.

_ Ethel fique com ele. Nós já voltamos.

Deixando a jovem, os dois desciam novamente.

_ Zelda o que ele tem ?

_ Ele foi azarado Faustus, um feitiço simples. Quando Sabrina era pequena, tentaram o mesmo com ela por causa de sua dualidade, reconheço esse tipo. Quando apertei a barriga o ele não aumentou o choro, não era uma dor específica. Mas Ethel acertou, ele esta com febre, uma é a consequência do feitiço, ele provoca uma alta febre interna. Ela agora está se manifestando para fora.  

_ Eu vou matar quem fez isso.

Chegando a estufa Zelda, recolhe alguns frascos e  ervas , os levando para cozinha. Misturando com cuidado, murmurando um contra feitiço, a bruxa coloca em uma mamadeira, o aspecto tinha um tom levemente esverdeado.

Subindo pegando novamente o menino nos braços, Zelda começava a dar a mamadeira, o ninando em seus braços. Aos poucos o choro diminuindo até cessar. Colocando a pulseira novamente Zelda o colocava no berço adormecido.

_ Não retire, nem mesmo para o banho. É uma proteção.

_ Sim senhora.

_ Ele está bem? Faustus pergunta observando o filho sereno, com o rosto ainda vermelho.

_ Sim, ele está. Mas Ethel acho melhor passar essa noite com ele.

_ Claro.

Pegando a mão de Faustus, beijando seu ombro, Zelda o tirava do cômodo.

_ Você está bem?

_ Estou apenas surpreso que isso tenha acontecido. Obrigada.

_ Eu sou a madrinha dele, não é apenas sua obrigação protegê-lo.

A beijando calmamente, tudo que Faustus desejava era ter cada centímetro dela com sigo. Quebrando o beijo a levando para seu quarto, fechando a porta atrás deles.

_ Quero que passe a noite comigo. Ele diz a contemplando frente a sua cama.

Toda sua razão dizia a Zelda para não ficar, porém depois da forma como ele a havia olhado, suas palavras; ela não conseguia.

_ Sim.

Se aproximando puxando o zíper, deixando o vestido cair no chão, o contraste das pedras se tornava mais evidente na pele pálida, Zelda não usava um sutiã, apenas uma calcinha vermelha.

_ Minha. Ele diz tocando o pescoço exposto.

_ Sua.

Beijando-se se entregando à paixão do momento, nenhum dos dois tinham presa ou descontrole, explorando cada centímetro de seus corpos, os pontos específicos de prazer e entrega. Faustus não sabia se alguma vez fizera ou sentira algo parecido, nada em seus anos lhe parecia tão pessoal e íntimo, mas a sensação era acolhedora e quente em seu peito, e quando Zelda o abraçara dormindo em seu ombro, parecia tão certo, quanto a lua no céu.  

Despertando com o sol entrando no quarto, Faustus olhava a mulher em sua cama ainda adormecida, serena como uma briza.

_ Bom dia. Ele diz a vendo abrir e piscar os olhos .

_ Bom dia. Que horas são?

_ Cedo. Ele responde, enquanto ela se debruça sobre seu corpo.

_ Eu preciso ir. Ela encontra seus olhos.

_ Eu sei.

_ Mas eu gostei de estar aqui com você.

_ Eu também.

Se levantando Zelda recolhia seu vestido.

_ Tem tempo para um banho ? O sacerdote pergunta de pé ao seu lado.

_ Apenas um banho sim. Ela responde com um sorriso contido, Faustus sempre tinha segundas e terceiras intenções.

_ Eu me dou por satisfeito.

Deixando o vestido sobre a cama, o seguindo para o banheiro, os dois se refrescam em um banho quente, com espuma e beijos. Terminando Faustus veste  um roupão preto, enquanto Zelda termina de se secar, vestindo as roupas da noite anterior.

_ Tenha um bom dia eminência. Ela se despede selando seus lábios.

_ Que Satanás a abençoe. Ele a observa se afastar desaparecendo a sua frente.

Descendo para cozinha , ainda nas escadas uma imagem conhecida surgia, um olhar perdido e incerto em seu rosto; ele nunca a vira assim.

_ Prudence. O que está fazendo aqui?

_ Precisamos conversar pai. Sobre os Spellmans. Ela revelava a mão com dois envelopes.

_ Você sabe o conteúdo? Ele termina de descer invadindo o espaço pessoal da garota.

_ A verdade. Prudence sabia que as consequências de sua escolha não seriam fáceis, mas não havia mais como voltar atrás.


Notas Finais


Música da apresentação é Toxic , eu estava escutando nesta versão cover quando escrevi : https://youtu.be/pquLcwR_MfU

A coreografia assim como o vestido de Zelda foram inspirados pelo clipe de Parachute de Cheryl Cole : https://youtu.be/AP84FXC8rQQ

Fic recomendada: https://www.spiritfanfiction.com/historia/flames-16264417


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