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História No Light No Light - After You


Escrita por: LadyDuMaurier

Notas do Autor


Olá amores, deveria ter postado ontem, mas acabei atrasando. Agradeço pelos comentários e favoritos eles motivam muito. Desculpem qualquer erro.

Capítulo 9 - After You


Fanfic / Fanfiction No Light No Light - After You

_ No que você está pensando? Zelda perguntava ajeitando sua saia, enquanto Faustus a observava sentado em sua cadeira de costas.

_ Como sabe que estou pensando em algo? Os olhos dele não se desviavam.

_ Consigo sentir seus olhos me perfurando. Vestindo a camisa de cetim azul, Zelda se voltava para o homem.

_ Posso lhe fazer uma pergunta?

_ É claro, se eu puder respondê-la.

_ As marcas em sua pele estão quase desaparecendo mas, …

_ Faustus não quero explicar o …

_ Eu não quero que me explique porque as fez Zelda. O que quero saber é como você suporta? É um nível alto de dor, o couro esfola a pele, rasga. Eu sei que você não usa feitiços de reparação ou algo para aliviar. Então como?

_ Não me lembro de termos ficado tão pessoais um do outro Faustus.

_ Eu pedi que confiasse em mim. As mãos dele se prendiam na cintura dela.

_ Se eu responder você irá me dever uma pergunta também.

_ Um jogo de Quid pro quo. Eu aceito.

Os olhos verdes ainda se encontravam incertos, no entanto lhe parecia uma troca justa e ela poderia aproveitar no momento certo.

_ Minha mãe morreu algumas décadas após o nascimento de Hilda. Eu chorei com ela, no entanto logo depois meu pai chamou a mim e a Edward, Valentim havia sumido no mundo, disse que tínhamos que ser fortes e cuidar de Hilda, não demonstrar nossa dor. Eu não entendia como poderia esconder, até aquele momento ninguém nunca me pedirá para esconder minha dor. - ela se afastava das mãos do sacerdote se dirigindo a janela - Eu estava descascando uma maçã na cozinha, pensando distraída, foi então que eu me cortei. Foi um corte profundo, provavelmente precisaria de pontos. No entanto eu apenas estanquei o sangramento e fiz um curativo, doía muito. Mas eu já não me concentrava em minha dor emocional.

_ E Edward não lhe recriminou? Ou seu pai?

_ Não, meu pai não tinha idéia e Edward, bem, ele sabia que eu precisava fazer isso. Mas cortes causam cicatrizes e são fáceis de se ver. Roubei o chicote do meu pai quando o corte se cicatrizou, couro poderia causar o mesmo efeito e ser mais discreto. Quando se permite sentir uma dor, a dor anterior deixa de existir, pelo menos por um tempo.

_ Você é mais complexa do que eu imaginava. Faustus se aproxima, tirando o cabelo sob o pescoço beijando a pele exposta.

_ Eu deveria ir, minha aula começa em vinte minutos.

_ Gostaria de estender o tempo, mas também tenho alguns assuntos para tratar. Hoje realizarei o interrogatório final com os caçadores capturados.

_ Achei que já os houvesse executado ? Os olhos verdes o encontravam.

_ Não, conversando com o conselho decidi aproveitar a noite de hoje para fazer uma linha de reconhecimento pelo sangue. A lua cheia deve fortalecer o feitiço. Qualquer descendente de caçadores será revelado e os que rastrearmos ativos, serão mortos. Em nome de todos os irmãos da noite perdidos.

_ Tome cuidado. - Zelda olhava nos olhos dele, porém assim que ouvia suas próprias palavras se arrependia, por soar preocupada -  Que o Lorde das Trevas guie sua busca.

Se aproximando ela sela os lábios dele com um beijo leve, se afastando em seguida pegando seu material fechando a porta.

Se sentando novamente em sua cadeira, o sacerdote, refletia as últimas palavras, ditas pela bruxa. Durante seu casamento com Constance, nunca havia ouvido algo semelhante, um cuidado com as aparências certamente, mas não uma preocupação, o gesto lhe agradava.

_ O que você sente Zelda? O que? Ele perguntava a si mesmo.

Do outro lado da Academia Zelda se preparava para começar sua aula, encontrando Ambrose no corredor ela lhe entrega dois livros que ficará de emprestar, um a Prudence e o outro a Dorcas. Já fazia quatro dias que evitava o café da manhã em família, chegando mais cedo, porém ao acabar na sala de Faustus, não encontrara nenhuma das três.

_ Desde quando empresta seus livros a estudantes?

_ Eu empresto de acordo com a função que eles iram exercer. Neste caso, apenas funções acadêmicas.

_ Não sabia que era próxima delas.

_ É meu dever me relacionar bem com os estudantes. Agora entregue os livros, preciso começar minha aula.

_ Boa aula tia Zee.  

Seguindo para o coral, Zelda tinha apenas os dois primeiros horários, voltaria para casa cedo. Sua relação com Sabrina se mantinha cordial, no entanto sentia falta de ser mais presente, lhe colocar para dormir, aconselhar ou simplesmente perguntar sobre seu dia. Voltando seu foco para aula, a bruxa segue o tempo concentrada.


Casa dos Spellmans


Chegando em casa, Zelda encontrava Hilda em seu traje de trabalho na cozinha, revirando os olhos.

_ Chegou cedo Zeds. A mais nova sorria um pouco nervosa.

_ Sim, não tive nenhum aluno ou empecilho. Mas  porque a observação? Seus olhos a focalizaram.

_ Por nada.

_ Hilda. A voz se tornava mais séria.

O som de um carro estacionando se faz ouvir, antes que a irmã mais nova pudesse dizer alguma coisa.

_ Bem eu já estou indo, Cerberus veio me buscar. Tentando atravessar o cômodo, Hilda é barrada pela irmã.  

_ Oh não. Eu ainda não conheci seu namorado formalmente. Um sorriso satisfeito se formava.

_ Que tal um outro momento?

_ Eu acho esse momento perfeito. Zelda se dirige a porta, com a irmã logo atrás.

_ Você poderia por favor ser gentil. Ela apertava as mãos juntas em pedido.

_ Eu sempre sou agradável.

A campainha toca uma única vez antes da porta se abrir, o homem frente a ela se surpreende ao deparar com a irmã mais velha.

_ Boa tarde, eu vim buscar Hilda.

_ Eu sei, sou a irmã dela.

_ Zelda este é Cerberus e essa bem é Zelda minha irmã.

_ É um prazer conhecê-la. O livreiro sorri.

_ Hilda já me falou sobre você. E apesar de meus pedidos para que ela se afaste, parece que ela está disposta a continuar.

_ Não tenho intenções de machucar Hilda. Ela é especial.

_ Ninguém nunca tem a intenção de machucar até o dano ser feito. Hilda é minha irmã e vou dar um único aviso. Se a ferir de alguma forma, farei questão de o mandar para Inferno permanentemente.

_ Zelda !

_ Tenham uma boa tarde. Zelda sorri, enquanto Hilda puxa o namorado para fora tentando explicar o que houve.

Fechando a porta, acendendo um cigarro e se servindo de uma taça de conhaque, Zelda relaxava em sua poltrona, o barulho da porta abrindo novamente ecoa.

_ Esqueceu algo irmã?

_ Na verdade não. Mas acho que precisamos conversar.

_ Você! O que está fazendo aqui? Zelda se levantava encontrando a imagem de Mary Wardwell a sua frente.

_ Vi sua irmã saindo, ela disse que você estava. E como disse precisamos conversar.

_ Não acredito que tenhamos nada para conversar. Zelda não escondia seu desagrado com a presença da outra mulher.

_ Sim, temos. - ela faz uma pequena pausa - Sabrina.

_ Aconteceu alguma coisa com ela? Um aperto de medo a toma por instantes.

_ Sim e não. Você mesma pode responder essa pergunta.

_ Não sei do que está falando.

_ Sabrina tem estado mais distraída, distante e até triste eu diria. Ela me contou que brigaram, e sei que isso não é um assunto meu, mas …

_ Você tem razão pela primeira vez desde que abriu sua boca, não é um assunto seu. É um assunto de família. Zelda não estava disposta a continuar.

_ Eu me preocupo com ela e seu distanciamento a tem afetado. Você é uma figura importante para ela.

_ Eu sei quem sou para minha sobrinha, estou apenas a deixando crescer.

_ Ela vai acabar se envolvendo em problemas se não tiver orientação.

_ Como se você se importasse realmente com problemas. Desde que a conheci, tem seguido cada um dos problemas dela e se envolvido. Até a estimulado.

_ Sei que meus métodos de proteção são diferentes dos seus, mas nós duas prometemos ao Edward que cuidariamos dela.

_ Não preciso que me lembre de minhas promessas. Sabrina é minha sobrinha e eu a amo.

_ Que bom que se lembre disso. Agora volte a agir de acordo com suas palavras.

_ É muita ousadia sua vir até minha casa e tentar me ensinar a como me portar com minha sobrinha.

_ Vejo que a cordialidade não é algo que todos os Spellmans possuam. Pensei que estávamos em melhor estado.

_ Eu posso ter ajudado a salvar sua vida, mas não pensei por um segundo que eu não seria capaz de dar um fim a ela.

Lilith não suportava ameaças e a conversa se tornava mais acalorada do que ela planejara; a verdade é que não estaria, naquela situação se Sabrina não houvesse se afastado dela desde a briga com Zelda, como se estivesse traindo a tia ao se aproximar. Zelda era admirável em muitos aspectos, desde a beleza de sua visão até a ousadia e habilidade em uma discussão, no entanto ameaça não era algo que a mãe dos demônios tolerasse.

_ É melhor medir suas palavras ou tomar mais cuidado. Não vai querer me ter como inimiga. Ela segura o braço de Zelda sentindo a frieza na pele alva, seguida pelas íris verdes.  

Novamente Zelda sentia uma energia semelhante à sentida no exorcismo, e agora ela conseguia identificar de onde fluía, Wardwell. A bruxa excomungada era mais poderosa do que se deixava revelar, porém no rompante, Zelda retirava parte da máscara amigável e inofensiva.

_ Essa conversa acabou. Saia da minha casa agora! Se desvencilhando a bruxa mantinha um olhar firme diante da outra mulher.

_ Sim, tenha uma boa tarde.

Vendo a outra mulher saindo, Zelda concluía dois pensamentos para si mesma; independente das palavras proferidas pela sobrinha, ela a amava e não poderia continuar sendo indiferente não estava fazendo bem a si mesma ou a Sabrina e também precisava descobrir quem realmente era Mary Wardwell, a bruxa não era somente uma excomungada acolhida por Edward.

_ Quem é essa mulher?

As horas seguintes passaram depressa, Ambrose fora o primeiro a chegar, porém parecia chateado, Zelda pensa em ir até ele, porém assim como preservava sua vida pessoal, ela não desejava invadir a do sobrinho, Ambrose sabia que poderia conversar se assim desejasse. Hilda é a segunda a chegar, na cozinha tomando uma xícara de chá, Zelda a ouvia cantarolando, chegando ao cômodo com um sorriso no rosto.  

_ Vejo que teve um bom dia de serviço Hilda.

_ Sim. E apesar da sua ameaça mais cedo Cerberus me convidou para sair de novo. Nós vamos ao cinema.

_ Um ambiente de mortais. Tome cuidado.

_ Eu sei, vou me cuidar.

_ Está estudando o material que lhe dei?

_ Estou, um pouco exagerado Zeds.

_ Espero que faça bom uso.

A porta da frente se abria novamente, porém os passos subiam diretamente pelas escadas em direção ao andar superior. Se levantando de sua cadeira, Zelda respirava fundo, deixando a irmã que agora se ocupava com o jantar.

Quando Sabrina abriu a porta de seu quarto, um pequeno brilho dourado refletia em seu travesseiro, uma pulseira refletia com runas e outros símbolos, a jovem reconhecia o objeto, que se encontrava a muito esquecido em seu porta-jóia, Zelda o havia dado em seu aniversário de um ano, estava encantado e se ajustava independente de já ser mais velha.

_ Você deveria voltar a usá-la. Com caçadores e Satanás sabe lá o que mais está solto nesta cidade, uma bruxa deve se manter protegida. Zelda dizia sob o batente da porta.

_ Tia Zee. - a adolescente sorri - Nós podemos conversar?

_ Se você deseja. Adentrando o cômodo, Zelda se senta na cama ao lado da sobrinha.

_ Me desculpe tia, eu não devia ter falado com você, como falei. Eu estava chateada e acabei descontando.

_ Eu também estava chateada Sabrina, e talvez por isso tenha levado suas palavras mais em consideração do que deveria.

_ Não, Ambrose estava certo, ele disse que eu fui cruel com você e eu fui. Você sempre cuidando de mim e eu agindo como uma ingrata.

_ Sabrina, você não é mais uma criança e acho que é um pouco difícil pra mim, enxergar que não é mais minha garotinha. Sabrina, você é poderosa e tem boas intenções, mas não pode ajudar ou intervir na vida dos outros, é preciso saber quando.

_ Obrigada. Sabrina a abraça de surpresa.

_ Sei que não sou Diana, não sou sua mãe. Mas isso não significa que eu me importe menos.

Sabrina naquele instante se sentia como a garota que corria para os braços da tia quando outras crianças falavam algo, por não ter sua mãe, Zelda sempre esteve lá para confortá-la e recolher seus pedaços.

_ É melhor você ir tomar um banho agora, sua tia Hilda logo terminara o jantar. Se levantando, tomando o caminho para porta, Zelda voltava o olhar uma única vez, vendo a sobrinha sorrir.

Descendo para o andar inferior, Ambrose atravessava a sala apressado com Luke.

_ Algum problema Ambrose? Ela terminava de descer as escadas o vendo, colocar o blazer.

_ Sim, uma convocação do Padre Blackwood. Mas não posso entrar em detalhes tia Zee.

_ Tem haver com a linha de reconhecimento?

_ Como sabe? Luke parecia surpreso.

_ Não importa. O que está havendo?

_ Uma reivindicação de prisioneiros. Pela igreja de Rivendell. Temos que ir. Luke explica, os dois saindo.

Zelda sabia que Thomas provavelmente era um dos reclamantes, seu amigo era do coven do qual as bruxas pertenciam e se havia algo a qual ele odiava, eram caçadores.Sangue se paga com sangue. E enquanto eles vivem são uma ameaça a nós.”  O discurso usado em Londres, lhe ressoava na memória.

_ Só espero que não derramem sangue inocente.


Igreja da Noite


O conselho se reunia ao lado do sacerdote, cinco homens todos vestidos de preto, com um pequeno broche de diamante negro no lado esquerdo do peito, a mesa de madeira era longa, na ponta oposta Daryl , Thomas e outros três homens se encontravam; Daryl fazia a requisição, apesar da territorialidade de Greendale, nenhuma bruxa havia sido morta, o que dava razão a Rivendell, para julgar o que fazer com os caçadores.

_ Isso é um absurdo, nós os capturamos. Uma de nossas bruxas foi atacada. Se a ameaça foi contida em Greendale, é inaceitável que reivindicar nosso trabalho.  O homem mais velho a direita de Faustus argumentava.

_ Acredito que corpos falem mais do que um ataque. Além disso mortais foram mortos também, nosso coven não teve participação, mas desejamos respostas, não vamos ser responsabilizados por ações de outros. Um rapaz jovem, com uma aparência não superior do que trinta, os cabelos ondulados sob os ombros.

_ Por acaso estão nos acusando da morte de mortais?! O mesmo homem ao lado de Faustus se pronunciava novamente.

_ Não, apenas desejamos o mesmo que vocês que os responsáveis sejam penalizados pela lei das bruxas. Damian concluía.

_ Nós os capturamos, interrogamos até o ponto suportável para os corpos e o mantivemos encarcerados. Porquê não se pronunciaram antes? O Lorde das Trevas é claro, as leis toleram o período de três dias máximos a pronúncia. Diz Faustus se levantando.

_ Sim, foi um erro. Porém as leis são claras em dizer que o sangue se paga com sangue. É a lei máxima, as bruxas de Rivendell, assim como o jovem Connor assassinado próximo a Greendale, pertenciam a este coven. Por tanto o direito nas escrituras profanas nos resguardam. Diz Thomas como um advogado encerrando seu caso.

Um silêncio toma conta da sala quando Ambrose a adentra com Luke, ficando de pé mais afastados.

Daryl acredito que nós dois desejamos a segurança de nossos covens e mesmo contrário a meu desejo. Concordarei em entregar os prisioneiros se dois de meus mentorados os acompanharem. Não duvidamos da palavra de vocês, mas todo cuidado é pouco em tempos como estes.

Mandar uma escolta, não era uma ação comum, nenhum dos conselheiros da Igreja da Noite, permitiria a intrusão de membros de fora em decisões desse porte, mas Faustus conseguia enxergar no outro sacerdote, seu semblante exausto, e mesmo contrariado a seus conselheiros Daryl aceitaria.

_ Eu aceito.

_ Mordecai, leve Daryl e os demais até os prisioneiros. Faustus dizia dispensando mais formalidades corteses, ordenando o homem mais velho a seguir com os outros.

_ Sim Padre. Senhores me acompanhem.

Se retirando antes dos demais, Faustus lança um último olhar a Luke e Ambrose; a forma como Thomas agirá durante seu discurso e a mudanças de planos em nada o agradaram. Chegando em sua sala, fechando a porta em um estrondo.

_ Maldito bastardo. A voz libertava o aborrecimento.

_ As coisas não saíram como você esperava não é? A cadeira atrás da mesa do sacerdote se vira, revelando a imagem de Zelda em um vestido preto.

_ Não, aquele infeliz. - Faustus, dava um soco na mesa - Estão levando os prisioneiros.

_ Thomas estava entre eles. Ela conclui.

_ Oh sim, fez um belo discurso. Ele não pertence nem mesmo  estas terras! Contou algo a ele?

_ Não, não nos vimos nos últimos dias. Ouvi Ambrose e Luke quando estavam de saída. imaginei que Thomas estivesse envolvido com o problema.

_ Por isso está aqui?

_ Sim, imaginei que ficaria neste estado. Ele pode ser um tanto extremo quando o assunto são caçadores. Faustus você não pode ficar neste estado. Ela se levanta, parando frente ao homem.

_ Eu perdi a oportunidade de exterminar o perigo que ronda meu coven, então me diga uma razão para não me revoltar.

_ Talvez tenha sido melhor que outro coven cuide desse assunto.

_ Por que? Acaso acha que não seríamos capazes de não…

_ Não! - ela fala o segurando pelos ombros- Por Satanás Faustus, você é o sumo sacerdote, em uma caça às bruxas seria um alvo. E se esqueceu, tem um filho que precisa de você vivo. Vivo.

_ Acho que você mesma já ouviu palavras semelhantes. Ele ironiza.

_ Sim, mas se algo acontecesse a mim, Hilda cuidaria de Sabrina e Ambrose. Meus sobrinhos não ficariam sozinhos. Seu filho não tem mais Constance só você. E esse coven não precisa perder outro sumo sacerdote.

O brilho nos olhos de Zelda eram vivos e ele sabia que ela estava em parte certa, mas também emotiva. A sinceridade de suas palavras porém o pegava de surpresa, não estavam sendo calculadas, mas saiam espontaneamente.

_ Você não é alguém que eu esteja disposto a ter como perda.

A voz grave e o brilho azul lhe alcançando eram tudo que Zelda precisava ouvir, segurando o rosto dele em mãos, ela o beija em um beijo que nem a mesma percebia o quanto precisava. As mãos de Faustus a traziam para perto, seus corpos colidindo um ao outro, o corpo da bruxa encostando na mesa.

As batidas na porta  acabavam por ser ignoradas, fazendo o homem do outro lado a abrir.

_ Atrapalho algo? Thomas diz, seus olhos de encontro no casal a poucos metros.

_ Thomas. Zelda diz quebrando o beijo, suas mãos soltando o rosto de Faustus, pousando nos ombros.

Blackwood se voltava com um sorriso para o outro homem.

_ Sim, atrapalha. Mas a que devo a invasão de minha sala? Soltando Zelda, o mesmo se colocava frente a mulher.

_ Apenas avisando, que estamos de saída e que devolveremos seus garotos pela manhã.

_ Obrigado pelo aviso, aguardarei notícias pela manhã.

_ Tome cuidado, eu não quero lhe ver ferida novamente pelos mesmos erros. Os olhos do bruxo se focavam em Zelda, que sentia em si o amargor das palavras; de todos os homens com quem estivera este realmente havia a assistido em pedaços.

Saindo Thomas deixava Faustus satisfeito e Zelda um tanto aturdida.

_ É melhor eu ir.

_ Não,não essa noite. Você não vai fugir.

_ Não estou fugindo.

_ Sim esta. Está pensando nas palavras que ele disse.

_ É complicado.

_ Não, não é. Apenas fique. Seja o que for, não farei nada para ferí-la.

Segurando as mãos da bruxa, Faustus a transporta até seu quarto. Em instantes todas as velas no cômodo se acendem.

_ Você está sempre entre o ferro e a prata. Seus valores e crenças forjados como uma armadura contra o peso do mundo e o que quer que ele use para atingi-la. Forte como o ferro. E ainda assim seus desejos reluzem como prata, com o que você deseja ter e se permitir.

_ Faustus… eu

_ Apenas se permita Zelda.

Fechando os olhos Zelda, sente as mãos dele abrindo o zíper de seu vestido, os lábios quentes beijando seu pescoço, um arrepio percorrendo sua coluna; virando-se, seu olhar o encontra, tirando desfazendo a gravata a enrolando na mão direita, a bruxa retira o blazer, colete e a camisa branca, suas mãos deslizando pelo peitoral o sentindo, como se mapeasse cada centímetro.

O beijando, a gentileza de seus toques se perdiam em uma fome ávida de desejo, a trazendo para si, Faustus mal sentia seu cinto ser retirado, em pouco tempo apenas uma boxer cinza cobria seu corpo. O empurrando para cama Zelda s colocava sobre ele, desfazendo o fecho do sutiã vermelho, seu corpo se debruçando possibilitando o bruxo a beijá-los e mordisca-los, se satisfazendo dos gemidos cada vez mais altos. As mãos de Faustus desciam fazendo um caminho de marcas devido a pressão cada vez mais possessiva, um aperto forte sobre sua bunda , faz Zelda arquear as costas, os fazendo trocar de posição.

_ Mesmo que beleza fosse ganha por mérito, você seria linda. A voz grave diz, antes de começar a traçar um caminho de beijos, dos lábios até o meio das coxas, rasgando a única peça de renda que ainda lhe cobria o corpo, seus olhos se deliciam mais uma vez com imagem da bruxa de cabelos desalinhados e rosto vermelho corado.

Afundando sua língua sob a intimidade quente e doce, Faustus concluía que Zelda Spellman era seu sabor favorito.

_ Maldita seja sua boca Faustus. A respiração da bruxa se tornava mais entrecortada.

_ Apenas retribuindo o que sua bela boca me forneceu mais cedo na Academia. Seria injusto não retribuir. Com isso ele a preenche com dois dedos, cada vez mais rápido, circulando su clitoris e batendo em seu ponto G.

O corpo de Zelda estremece, se contorcendo, suas mãos despenteado por completo os cabelos do homem.

_ Faustus, eu preciso de você… preciso...dentro de mim. Eu…

_ Ainda não querida.

Tirando os dois dedos que a preenchiam um gemido frustrado se liberta, o sacerdote os oferece a ela que os chupa sentindo seu próprio gosto. Dois tapas seguidos a pegam de surpresa, o agarrando e arranhando suas costas, como as garras de um predador.

_ As gentilezas acabarão. Ele diz mordiscando o lóbulo da orelha dela.

Puxando os braços dela sob a cabeça os prendendo com uma mão, as íris azuis a devoravam por inteiro. Retirando a boxer, ele se coloca entre suas pernas, sua ereção sendo abraçada pela intimidade quente sensível.

_ Faustus…

_ Deseja algo? Ele sorri, beijando e mordendo seu pescoço.

_ Você. Somente você… sacerdote. Ela pronunciava o título, sua voz desaparecendo.

_ Que suas súplicas sejam atendidas.

Ele começa a se movimentar mais rápido a estocando de maneira bruta, cada vez mais fundo em seu núcleo. Os gritos e gemidos libertos, pareciam uma sinfonia orquestrada por beijos famintos e apertos que deixariam hematomas no dia seguinte. Chamando seu nome, Zelda chega ao clímax o sentindo chegar em seguida e desabar ao seu lado.

_ Ter perdido aqueles prisioneiros não me parece mais tão ruim. Ele se volta para encará-la beijando seu ombro.

_ Sim, existem vantagens em o ter vivo. Ela sorri.

_ E pretende desfrutá-las.

_ Enquanto for de seu interesse.

_ O que quer dizer? Ele franze o cenho.

_ Quanto tempo antes de mim você teve outra mulher?  

_ Tem certeza que quer usar sua pergunta com algo insignificante?

_ Eu julgo o que é insignificante.

_ Um ano eu acho, logo após Constance anunciar a gravidez. Após dois abortos, eu não reagi muito bem. Acabei indo para Nova York, conheci uma bruxa em um bar, apenas uma noite.

_ Uma única noite?

_ Sim. Apesar de meus apetites, tenho minhas responsabilidades. E como disse não houve significado.

_ Eu imagino.

_ E você. Qual foi sua última vez?

_ Chicago, dois anos atrás. O nome dele era Peter O'brien, porém durou um pouco mais do que uma noite.

_ Quanto?

_ Sete meses, o conheci em uma ópera. Hilda havia saído acompanhado Sabrina em uma excursão com mortais.

_ E porque acabou?

_ Em primeiro lugar ele não era um bruxo e segundo tínhamos prioridades diferentes. Seria um erro deixar qualquer coisa mais séria.

_  Isso me agrada. Ele tira uma mecha de cabelo que caia sob os olhos verdes.

_ A mim também.  Ela lhe dá um rápido beijo, selando seus lábios.

_ Estive pensando no baile do equinócio de primavera. Gostaria que me acompanhasse.

_ Faustus não sei se seria certo, Constance partiu a poucos meses. Não desejo ser algo de conversas.

_ Sou o sumo sacerdote e você é não apenas uma professora da Academia, mas a madrinha profana do meu filho. Não há razão para que falem. Ele a puxa colocando, sob seu corpo.

_ Se eu aceitar, você não poderá me tocar de maneira que não seja profissional.

_ Está me provocando?

_ Estou me divertindo.

_ Então você aceita?

_ Você deu bons argumentos, mas faltam três semanas. Acho que pode me dar mais alguns. Ela sussurra em seu ouvido.

_ Lhe darei todos que desejar.

Se beijando os dois continuavam a jogar um jogo que nenhum tinha certeza de para onde estavam sendo levados; Zelda não passaria a noite e Faustus não admitiria que a preocupação e as lembranças lhe reveladas o haviam marcado mais do que desejava.



Casa dos Spellmans 06:30 a.m.


_ Bom dia tia Hilda. Sabrina entrava na cozinha.  

_ Bom dia amor. Hilda respondia lhe entregando um prato com ovos mexidos.

_ Onde está tia Zelda?

_ Estou aqui. Acabei dormindo um pouco a mais do que esperava. Bom dia querida. Zelda surgia, em um vestido azul real.

_ Bom dia tia Zee. Você chegou tarde.

_ Como disse Sabrina, ontem tive um compromisso. Zelda se senta se servindo de uma xícara de café.

_ Sei. - a sobrinha voltava seus olhos para tia - Espere um pouco, isso é uma mordida no seu pescoço.

Hilda se aproximava junto com a adolescente.

_ Amaldiçoado seja. Zelda diz sabendo que a partir daquele momento não teria paz.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, tenho uma semana antes da semana de provas, tentarei postar algo.
Música tema do capítulo: https://youtu.be/35SHdRQddy4

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