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História No Limite do Sentimento - Retorno


Escrita por: lovefaro

Notas do Autor


Pra alegar mais a noite de vocês que já deve estar a todo vapor por causa da saída do Prior, aí está mais um capítulo! Boa leitura!

Capítulo 19 - Retorno


Fogaça se remexeu na cama quando o sono o deixou. Sua ereção matinal apertava a bunda nua de Paola e, quando ele se deu conta disso, abriu os olhos imediatamente.

Ela estava deitada de lado com as duas mãos apoiadas embaixo do rosto enquanto estava num sono que parecia ser tranquilo. Se ele não conhecesse a peça de todas as formas possíveis, poderia até dizer que é um anjo. Nem parecia que apareceu na noite passada quase nua em seu apartamento e quase o levou à loucura.

Henrique observava a respiração tranquila da mulher e seus pensamentos estavam conturbados. Nos últimos tempos, Paola havia virado dois extremos na vida dele: seu céu e seu inferno; sua calmaria e sua tormenta. Apesar de já conviverem há um certo tempo juntos, algo o fazia sentir que não a conhecia verdadeiramente; que sabia apenas como era seu corpo e sua casca de juíza durona, além da sua falta de escrúpulos. Mas o coração dela ainda era um lugar que faltava ser explorado e ela não parecia dar o braço a torcer.

Com delicadeza, o advogado tirou o cabelo das costas da argentina. Ela chegou a mover as pernas, mas não acordou de fato. Com a pouca reação dela, Fogaça começou a distribuir beijos pelas costas e lateral do corpo da mulher. Assim, Paola despertou e um sorriso manhoso se formou em seus lábios quando percebeu o que o homem estava fazendo, mas ela não se mexeu. Então, Henrique começou a descer mais os beijos e roçou sua barba por fazer em uma das nádegas dela.

— Se você no parar vou enfiar sua cabeça no meio das minhas pernas. - Ela falou com sua voz um pouco mais grave do que o habitual por causa do sono.

Fogaça levantou imediatamente sua cabeça e viu os olhos de Paola ainda fechados, como quem estava curtindo as carícias.

— Bom dia pra você também, lindinha. Abre os olhos, vai. - Henrique subiu com os beijos para a bochecha dela e ela se virou de barriga para cima já com os olhos abertos.

— Buenos días, Henrique. Tá querendo sexo matinal?

— Paola, você não sabe receber um carinho?

— Gosto de carinhos quando eles envolvem prazer.

— Por que não estou surpreso? - Ele gargalhou e deu um selinho nela.

— No disse que era pra você estar.

— Porra, por que esse mau humor todo? Pensei que você tivesse gostado da nossa noite.

— Henrique, eu no tô de mau humor. Eu só acordei faz pouco tempo. Ainda preciso assimilar isso e eu adorei a noite. Podemos repetir ahora?

— Olha, Paola, eu quero muito... mas antes precisamos conversar.

— Conversar sobre...?

— Vai fingir demência agora, caralho?

— No, Henrique, cacete, no vou. - Ela se sentou na cama revirando os olhos e fez biquinho, além de estar com os braços cruzados.

— Grossa. - Ele riu e deu um selinho no biquinho dela. — Paola, é o seguinte. Você simplesmente dorme com outro cara e...

Ele foi cortado quando ela levou a mão à boca e fez menção de vomitar.

— Cê tá bem? - Henrique colocou a palma de uma das suas mãos nas costas dela, que foi respondido com um sinal de “espera”, abrindo uma das mãos para ele.

— Paola, é sério... o que você tem? Tá me enrolando pra gente não continuar a conversa, né?

A argentina deu quase que um pulo da cama e correu para o banheiro. Preocupado, Fogaça foi atrás dela e a viu ajoelhada no vaso sanitário com a tampa aberta.

— Segura meu cabelo. - Ela disse e ele segurou o cabelo dela num rabo de cavalo. Paola se apoiou nas bordas do objeto e colocou para fora tudo que havia comido nas últimas horas.

Por conta da força que havia feito, seus olhos lacrimejaram e estavam um tanto vermelhos. Quando se levantou para ir lavar sua boca e mãos, Henrique notou isso.

— Caralho, você tá chorando, Paola?! Dá pra me explicar o que tá acontecendo?!

A juíza revirou os olhos e fez um gargarejo com água antes de responder Fogaça.

— Cara, eu no tô chorando. Tô así por causa da força que fiz.

— Menos mal... mas cê comeu alguma coisa que não te fez bem? Ou... Paola,
você tá grávida?! Caralho!

Fogaça tirou outra revirada de olhos de Paola.

— Claro que no, homem! Tô há uns dias enjoada, porque eu tomei uma pílula do dia seguinte depois que transei com aquele cara e nunca me faz bem, é uma bomba de hormônios. Mas daqui a pouco passa. É que o meu anticoncepcional tinha acabado... no tive escolha. Mas já comprei e tô tomando em dia.

Henrique respirou fundo, um tanto aliviado por Paola não estar grávida, mas ainda assim indignado por ela ter ido para cama com outro homem.

— É exatamente sobre isso que quero conversar com você.

— Sobre isso o quê?

— Sobre você ter feito sexo com aquele engomadinho...

— Henrique. - Paola respirou profundamente tentando encontrar as palavras certas. — Olha, eu transei com ele. Foi péssimo, horrível, horroroso, um espanto, me faz mal só de lembrar. Mas no tem como voltar atrás, porque aconteceu. Foi um impulso meu, porque pensei que você tinha mentido pra mim e não admito mentiras. Mas no errei em ter feito o que eu quis, já que eu e você no temos compromisso algum. Soy libre e você também. Podemos, por fabor, esquecermos disso? E também eu preciso ir.

Fogaça ouvia em silêncio cada palavra dela e tentava digerir. Como ela conseguia ser tão fria em relação ao que os dois tinham? Como que pra ela era tão normal falar tudo aquilo? Ele não a entendia e tinha a impressão de que nunca conseguiria entender. O advogado engoliu em seco, sabendo que não tinham mais o que conversar sobre aquele assunto e que ela não daria o braço a torcer.

— Ok, Paola. Nos vemos no fórum.

Ela deu de ombros vendo o quanto aquilo havia mexido com ele, mas não tinha mais o que fazer. Não havia como mudar os pensamentos e muito menos os sentimentos dela em relação àquela situação. 

Paola terminou de se limpar, tomou um banho rápido, colocou sua lingerie da noite passada e vestiu seu sobretudo após voltar para o quarto e ouvir barulhos na cozinha. Ela desceu e viu Henrique fazendo ovos mexidos para o café da manhã.

— Quer tomar café?

— No, obrigada. Tô com pressa. Até mais.

Ela acenou para ele e saiu sem dar sequer um selinho em Henrique. Paola foi direto para casa, pois antes de ir trabalhar passaria em um lugar e Fogaça não demorou para começar a se arrumar e ir para o fórum.

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Assim que chegou em casa, fez uma ligação e respirou aliviada com o sucesso que obteve.

Entrou no banheiro, tomou um banho rápido, arrumou-se e foi para um lugar onde não ia há algum tempo.

— Buenos días, doutora Thaís.

— Bom dia, Paola. Quanto tempo! Fico feliz que tenha voltado.

— Como no voltaria? Eres mi psicóloga preferida.

— Você diz isso para todas.

As duas mulheres sorriram e se cumprimentaram com um abraço e um beijo na bochecha, ainda na recepção.

— Nunca. Mas sério, gracias por me receber. Preciso que me ajude.

— Primeiramente, você precisa compreender a si mesma. Vou fazer o possível para te dar todo o suporte necessário e estabelecerei meios para que você consiga isso.

— Ok.

— Vamos à minha sala, então?

— Sí. Vamos.

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A sessão durou mais que o esperado por Paola, fazendo com que ela se atrasasse para chegar ao fórum.

Depois de sair da consulta, ela pegou seu carro e saiu dirigindo rapidamente pelas ruas de São Paulo para não se atrasar ainda mais.

Ao chegar, foi diretamente para sua sala e foi surpreendida por Henrique que estava sentado em um estofado ali presente, no canto da parede.

— Demorou demais, vossa excelência.

Fogaça falou pausadamente e arrancou um pequeno grito dela, pois ela não tinha percebido a presença dele ali, já que estava com pressa.

Ela levou a mão direita ao lado esquerdo do peito por causa do susto.

— Que estás haciendo aqui, assombração?

— Caralho, Paola. Você demorou demais.

— Desde quando você controla os meus passos?

— Porra, deixa de ser grossa. Fiquei preocupado.

— No precisa ficar mais así, cariño. Já estoy aqui, então puedes ir.

— Não ganho nem um beijinho?

— Claro que ganha.

Ela foi até ele e passou uma perna de cada lado sentando em seu colo e a mão dele foi parar quase que automaticamente na bunda dela. Iniciaram um beijo fervoroso, daqueles que roubam quase todo o ar que existem nos pulmões.

Trocaram diversas carícias naquele lugar. Ela abriu alguns botões da camisa dele para tocar aquele peitoral tatuado que tanto gostava. Ele levantou a saia midi dela fazendo com que ficasse na altura da cintura para explorar as pernas lindas que ela possuía e abafavam os suspiros e quase gemidos pelas carícias com beijos.

Para a infelicidade deles, foram interrompidos por batidas na porta e se separaram em questão de segundos.

Paola se levantou do colo de Henrique e começou a ajeitar sua roupa que estava um pouco amassada e o mandou fazer a mesma coisa.

Ela ria do semblante de desespero dele, pois a excitação do homem era visível e teria que dar um jeito de encobrir aquilo.

Ligeiramente, ela o mandou ficar de pé, entregou o paletó que estava em cima do estofado mandando ele colocar no antebraço e levá-lo a frente do corpo e assim ele fez.

— Pode entrar.

— Excelência, a senhora vai se atrasar para a audiência.

Carine olhou para o canto e viu Henrique em pé e imóvel, sem saber bem o que fazer, ele a cumprimentou. Ela foi até ele e depositou um beijo de cada lado das bochechas do advogado.

— Parece que você não tem senso de direção, doutor Fogaça. Vive aqui nessa sala. - Carine disse irônica.

— Impressão sua. É que às vezes gosto de cumprimentar os meus colegas de trabalho.

— Gracias pelo aviso, Carine. Já estou indo. - Paola se manifestou um tanto quanto incomodada. 

A loira percebeu uma tensão entre a juíza e o advogado, desconfiada de algo resolveu sentar e esperar.

— Ok. Te espero para irmos juntas.

— Por acaso você perdeu o senso de direção também, Carine? Yo virei bússola ahora?

Ela não deu tempo para a loira responder, porque viu que Henrique sorria discretamente e achava graça da situação.

— Está rindo de quê, doutor?

— Nada.

— Bueno. Carine, você pode ir para a sala de audiências sozinha, eu vou em seguida. Doutor, compre uma bússola para se locomover aqui dentro, pois nossa colega acha que você no tem senso de direção. Podem até compartilhar entre si já que os dois parecem ter o mesmo problema.

Ambos pronunciaram a palavra "excelência" em uníssono, mas foram interrompidos pela juíza.

— Ahora me deem licença, por fabor, preciso responder um e-mail antes de ir.

Também pronunciaram a palavra "certo" em uníssono e foram em direção à porta.

Antes que pudessem sair, Paola chamou a atenção dos dois e usou ainda mais o deboche e ironia que fazia parte de sua personalidade.

— Ei, só um aviso: cuidado para no se perderem pelo caminho. - Ela sorriu de imediato deixando os colegas sérios, então saíram e a deixaram sozinha.

Fez o que precisava e logo foi para sala de audiências onde passou o resto da manhã.


Notas Finais


Hasta la vista, babys! 😘❤


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