História No mundo da Luna - Por que aranhas? Por que não podia ser sigam as borboletas?

Depois de ter passado o plano da poção polissuco, que diga-se de passagem foi um completo fracasso, pois não conseguiram descobrir nada com Draco, Hermione vai a biblioteca quase todos os dias, procurando, lendo um livro atrás do outro, tentando descobrir o que está acontecendo em Hogwarts através da lógica. Já Luna que nunca foi fã da lógica e sim da fé buscava conhecimento através do entendimento de criaturas mágicas das quais quase ninguém ouviu falar.

Luna era a única que não tomou a polissuco, mas sábia do plano, o que deixava Rony e Hermione irritados com Harry, pois ele acabou contando isso a ela entre uma conversa e outra. Entretanto, a menina se mostrou digna de confiança, pois ninguém mais ficou sabendo, o que significa que não aconteceu nenhum vazamento do que estavam fazendo, o que aliviou em muito as costas de todos, pois com certeza seriam expulsos se descobrissem tudo.

Em uma terça-feira de belo dia, ensolarado, mas sem calor, às vezes um vento fresco tocava os rostos, Harry viu Luna sentada na grama do lado de fora do castelo. Era um dia realmente muito belo. Dava para ouvir a canção dos pássaros enquanto experimentava a luz do sol entrando pelos poros da pele.

- Luna... Não sabia que estava por aqui. - Diz Harry sentando-se ao seu lado na grama. Estendendo os braços para trás e apoiando as mãos no chão.

- Olá Harry! Gosto daqui. Dá para esquecer-se de muita coisa e relaxar a mente. - Luna fecha os olhos -Tenho andado pensando em muitas coisas das quais não gosto.

- O que, por exemplo?

- Penso muito em minha mãe.

- O que houve com sua mãe?

- Ela morreu. Eu tinha... Uns nove anos.

- Nossa! Me desculpa. Eu não... Eu nem fazia ideia Luna. Meus sentimentos.

- É. Foi bem horrível. Um dia ela estava fazendo experimentos e deu tudo errado e dai então... - Luna suspira e olha para o céu segurando uma lágrima.

- Acho que posso entender um pouco desse sentimento. - Harry olha para o horizonte com expressão vazia.

- É. Me sinto incompleta. Mas agora... - Luna fita os olhos de Harry - Descobri novas pessoas! Posso até dizer que tenho amigos. Não posso?

Harry sorri e sente vontade de abraçá-la, mas quando chega mais perto de Luna logo são interrompidos.

- Harry!! Luna!! Vocês tem que ver isso! Rápido!

Harry e Luna levantam e começam a correr atrás de Rony. Seja o que for, não parece nada bom, pois ele está a caminho da ala hospitalar. Chegando até lá os três se deparam com Hermione, mas ela não se mexe, está em uma posição estranha, está... Petrificada!

- Não! - Esbraveja Luna. - Não pode ser! O que houve?

- Ela foi encontrada na biblioteca. Portando isto. - A professora Minerva mostra um espelho de mão. - Tem algum significado para algum de vocês?

Todos balançam a cabeça dizendo que não.

- Não se preocupem crianças. - Suspira Minerva. - Ela vai ficar boa. Assim como os outros ela só está petrificada. Conseguiremos fazer com que ela volte à vida assim que a professora Sprout terminar de cultivar suas plantas.

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Naquela noite, Harry sente que deve procurar por Hagrid. Após ter ouvido a história de que ele teria aberto a câmara secreta através do diário de Tom Riddle, Harry se vê na obrigação de investigar, ainda mais agora, que Hermione foi petrificada.

- Rony! Rony! – Sussurra Harry próximo a sua cama – Acorda Rony!

Rony acorda como quem diz “o que diabos você quer de mim?”

- O que foi Harry? Já estava quase dormindo.

- Temos que ir lá no Hagrid. Hoje! Agora! Vamos usar a capa de invisibilidade do papai.

- Você ficou maluco? Vamos chegar lá e o que vamos perguntar? “Olá Hagrid, por acaso você não tem soltado algo grande e peludo pelo castelo?”

- Eu não sei, mas temos que tentar, Hermione precisa da nossa ajuda.

Rony tira sua coberta de cima de seu corpo, se senta na cama e olha para o chão.

- Acho que você tem razão. Mas vamos usar a saída ao norte. Vai ser mais rápido se precisarmos voltar se algo der errado. – Rony engole em seco, demonstrando uma pitada de medo.

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Mais tarde, Harry e Rony acabam de descobrir que Hagrid acaba sendo levado pelo ministro da magia a Azkaban, mas antes disso, ele deixa uma dica para os dois meninos que estavam escondidos na capa de invisibilidade:

- Se alguém está procurando alguma coisa.. Sigam as aranhas!

Após Hagrid, o ministro e o diretor Dumbledore saírem da cabana, Rony diz:

- Harry! As aranhas estão indo para a floresta proibida. Hagrid está louco? Como vamos segui-las até lá?

- Conheço alguém que pode nos ajudar. Ela deve saber de alguma coisa sobre essas aranhas.

- Ah não. Você não vai chamar a Luna não é? Ela parece ser uma boa pessoa, mas é doidinha Harry.

- Não temos escolha. Ela parece saber lida com criaturas mágicas. Vamos até o castelo. Talvez consigamos entrar na sala comunal da Corvinal sem sermos vistos.

Rony acha muito arriscado entrar na sala de outra casa, porém Harry consegue entrar após um monitor sair, no tempo entre a porta abriu e fechou, ele entrou sem ser visto usando a capa.

Harry tenta achar os quartos e entra por engano nos dos meninos, após isso, desce algumas escadas e encontra o quarto das meninas. Pisando nas pontas dos pés para não fazer barulho, mas sem sucesso, pois Luna não estava ali, no entanto, notou que uma das camas estava vazia. Ao sair dos quartos e chegar até o salão da corvinal notou que Luna estava dentada no sofá em posição fetal, parecia estar dormindo e sentindo frio. Harry se descobre da capa e toca os braços de Luna tentando acordá-la.

- Harry? O que você... – Luna parece estar em estado de vigília que é quando não estamos dormindo e nem acordados. É um estado de transição do sono.

- Luna... – Cochicha Harry ainda balançando seu braço – Acorde... Preciso de você.

Luna finalmente acorda, mas ao perceber que Harry está realmente ao seu lado no salão da Corvinal, ela pega algo para se cobrir, pois estava utilizando roupas íntimas para dormir, e acaba por pegar a própria capa de invisibilidade.

- Ual! O que houve? Por que meu corpo está invisível?

- Essa é a idéia – Diz Harry sorrindo – Essa é a capa de invisibilidade, foi dada a mim pelo meu pai. Bom... Não em vida é claro.

- Que incrível Harry. E o que você está fazendo por aqui?

- Vim pedir sua ajuda. É melhor você se vestir. É uma longa história. Eu conto no caminho.

No caminho ate a entrada da Floresta Negra, Harry e Rony contam toda a história para Luna. Estavam todos dentro da capa quando finalmente chegam até a entrada da floresta. Começam a caminhar quando Luna opina sobre:

- Pelo que sei... Aranhas não possuem esse poder de petrificar. Mas talvez Hagrid quer que elas nos conte alguma coisa.

- Aranhas vão nos contar uma história? – Diz Rony aparentando estar com muito medo de adentrar na floresta.

- Vamos Rony! Temos que ir até o fim. – Harry tenta encorajar o amigo.

Os três continuam a seguir as aranhas pela floresta. Passam por lugares bem complicados. São milhares de aranhas indo a uma direção única. Até que chegam a um lugar sem saída em forma de círculo.

- Quem está ai? – É uma voz velha, mas forte. Parece vir na direção de seus olhos, mas não vêem nada.

Várias pernas saem de baixo de um tronco de árvore. É uma aranha gigantesca, 3 vezes maior do que qualquer aranha gigante já vista. Tudo indica que seja a líder entre elas.

- Hagrid? É você?

- Nós somos amigos do Hagrid. Vo... Você... – Gagueja Harry – Você é Aragog?

- Sim... Hagrid nunca mandou ninguém até aqui. O que vocês querem?

Rony e Luna parecem começar a sentir ainda mais medo, pois os filhos de Aragog começam a aparecer de todos os cantos. Sentem um mau pressentimento sobre confiar nessas aranhas.

- Ele está encrencado – Diz Luna evitando olhar diretamente para a grande aranha. – Ele foi acusado de abrir a câmara secreta. Você... Sabe algo a respeito?

- Isso é mentira! – Esbraveja Aragog e começa a andar para ainda mais perto dos três. – Hagrid nunca abriu a câmara secreta.

- Então se você não é o monstro... Quem é?

- Nós não falamos sobre isso. Trata-se de uma criatura antiga que as aranhas temem mais do que tudo.

- Harry! – Rony puxa a camisa dele para ele começar a prestar atenção no que acontece ao seu redor.

Harry vê que várias aranhas se aglutinaram ao redor deles. Desconfia que elas permaneceram nessa conversa “amigável”.

- Bom...Nós já vamos. Obrigado.

- Já vão? Eu acho que não. Meus filhos e minhas filhas não fazem mal a Hagrid por ordem minha, mas não posso negar-lhes carne fresca quando elas entram de tão boa vontade em nosso ninho. Adeus. Amigos do Hagrid.

As aranhas começam a cercá-los. São muitas! Não possuem um feitiço forte o bastante para todas.

- Arania Exumai! – Um feitiço poderoso derruba uma das aranhas. Mas Harry sabe que não chega nem perto do bastante.

- Olhem! O que é aquilo? – Observa Luna.

- O carro! Vamos! Harry, Luna! Entrem! Rápido!

Luna entra e antes de fechar a porta joga fora um pó colorido no chão e diz:

- Rápido! Isso vai distraí-las.

- O que você fez? – Diz Rony que começa a dirigir o carro e acelerar.

- É adubo animal mágico. O cheiro atrai outros insetos carnívoros.

- Brilhante! – Esbraveja Harry.

O carro avança, aos trancos e barrancos, mas chega em uma parte da trilha que fica emperrado em lama.

- Tira a gente daqui Rony!

- Eu sei Harry! Vamos! Funciona! – Rony tenta acelerar com carro, porém uma aranha os alcança e agarra Luna através da janela.

- Calma Luna! – Harry mira o mais próximo da aranha e lança o feitiço. – Ufa.

- Obriga... Obrigada, Harry! – Luna parece estar bem, mas machucada.

Rony finalmente consegue desatolar o carro e segue até o fim da floresta. Chegando lá o carro os expulsa e volta a entrar na floresta. Rony fica olhando o carro voltar sozinho.

- Parece que... O carro é mais uma criatura da Floresta Negra agora. – Diz Luna olhando para Rony que faz uma cara de tragédia.

Luna limpa o sangue em seu rosto e vira-se para Harry.

- Foi uma aventura emocionante, não é? – E olha para o céu.

- Emocionante? Quase fomos mortos. Se um dia Hagrid sair de Azkaban eu mato ele!

- Uma coisa é certa. – Diz Harry ajudando Luna a se limpar do sangue. – Hagrid nunca abriu a câmara secreta. Ele era inocente.