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História No mundo de Harry Potter - Malditos como somos!


Escrita por: Biafernds

Capítulo 25 - Malditos como somos!


Fanfic / Fanfiction No mundo de Harry Potter - Malditos como somos!

Harry... Você... Você é um ofidioglota?

Esse questionamento e a expressão de susto de Emily não saiam da cabeça de Harry, durante o seu caminho de volta para A TOCA. Nem por um momento na conversa que ele tivera com Emily, junto com Hermione e Rony ele sequer lembrou-se de contar isso. Nesse momento Harry se sentiu a pessoa mais esquisita do mundo, Emily deveria estar pensando o quão fora do normal ele era.

 

 

 

A senhora Weasley estava tranquila tricotando em sua poltrona na sala, levou um susto quando Harry abriu a porta com certa força e saiu apressado, passando pela sala e depois subiu as escadas rapidamente, fazendo com que a madeira  rangesse.

Molly se levantou e foi em direção as escadas, parou no primeiro degrau e abriu a boca para perguntar o que estava acontecendo, mas Harry foi mais rápido e não havia sinal do garoto. Ela bufou e voltou a se sentar, mas quando estava quase se acomodando em sua poltrona a porta abre novamente; dessa vez era Emily. A garota passou como um furacão assim como Harry, subindo as escadas correndo, não dando tempo para que a sra. Weasley questionasse nada. Os dois haviam passado tão depressa que Molly achou que nem notaram a sua presença ali.

 

 

 

 

Harry entrou no quarto de Rony colocou a sua vassoura encostada em sua cama e se posicionou em frente à janela. Naquele momento ele sentia raiva, por ser daquela forma. Ele era o único que tinha que passar por aquelas coisas na vida. Não se sentia um garoto normal e sim um esquisito com uma cicatriz ridícula na testa. Emily deveria o achar um amaldiçoado do nível que ela poderia ter ficado com mais medo dele do que daquela cobra.

Harry... Você... Você fala com cobras!  Um ofidioglota! Você é um ofidioglota!

O que Emily disse não saia de seus pensamentos naquele curto período de tempo, além do rosto assustado da garota que o encarava muito séria. “Ela deve ter ficado com medo... Medo de mim!” Pensou o garoto, e no mesmo instante a porta se escancarou. Harry se virou e viu Emily, entrando afobada.

 

 

 

Logo que cheguei até A TOCA, subi rapidamente as escadas e chegando ao corredor que levava ao quarto de Rony, (imaginando que Harry poderia estar lá) larguei a minha vassoura encostada na parede ao lado da porta do quarto e entrei. Harry estava de costas e se virou rapidamente me encarando com um semblante assustado.

- Por que saiu correndo... Daquela forma? – falei brava tentando recuperar o fôlego.

Houve alguns segundos de silêncio enquanto eu observava Harry me olhar com aqueles olhos azuis arregalados.

- Eu não queria te assustar mais! – disse um Harry rabugento.

- Hã!? – não entendi absolutamente nada, a única coisa que eu queria naquele momento era abraça-lo e agradecer. – Como assim? Não deveria ter saído correndo que nem um doido e Harry você nem deu tempo para eu poder te agradecer. O que aconteceu? – minha respiração ainda era ofegante.

- Não deveria ter vindo atrás Emily. Eu sou... Eu... – a voz de Harry saiu um pouco baixa. Ele olhava para o chão, mexendo nos cabelos espatifados. – Um esquisito! Sou completamente esquisito. Um doido como você mesmo disse. – passou as mãos pelo rosto. Harry se sentiu péssimo, lembrando-se da fisionomia assustada de Emily, afirmando que ele era um ofidioglota.

- Harry! – exclamei chegando mais perto dele e ele afastou um passo e voltou a encarar a janela. – Por que está dizendo isso? – logo veio à causa em meus pensamentos do por que ele estava falando aquelas bobagens. – Eu não queria ofender você... Eu não sabia que você é um... Um...

- Ofidioglota. – concluiu Harry, ainda mantendo os seus olhos na janela, contemplando árvores que balançavam seus galhos bruscamente por causa do vento forte.

- Eu fiquei assustada, mas... – falei o que não deveria, pois ele nem deixou continuar.

- Eu sei! – disse aumentando o tom de sua voz – ­­Eu sou extremamente estranho. Desculpa, não queira deixar você assustada. – ele se virou de frente para Emily. – Só que eu sou assim! Sempre fui... – respirou fundo e voltou a encarar a janela. – Tudo por causa dele! – Harry deu um soco na parede e sua voz estava mais grossa.

- Você não tem culpa de nada disso. – falei com um aperto no meu coração. – Eu não acho você estranho. Eu fiquei um pouco assustada, mas não era por que estava te achando esquisito ou sei lá o que. Eu só, não estava esperando isso.

Ele se virou sem olhar em minha direção, mas consegui ver bem quando ele revirou os olhos e fez uma careta. Isso me irritou e fiz questão de me aproximar.

- Será que você pode me olhar e parar com essa besteira. – me alterei e junto aumentei o meu tom de voz.

- Besteira? – Harry riu sem humor. – Não é com você, não é mesmo? – arqueou as sobrancelhas. – Todo mundo sabe que essa é a marca do Bruxo das Trevas. Ofidioglossia é um dom raro geralmente associado à Magia Negra, é uma habilidade incomum passada através de gerações, não pode ser aprendida. Você já ouviu falar de um bruxo decente que soubesse falar com cobras? – o garoto permanecia muito sério e nervoso.

- Você... Você foi uma exceção, Harry. Se não fosse você, aquela cobra poderia...

- Não sou! Eu sou igual a ele! – o garoto só deu atenção à primeira frase dita pela garota. – Ele habita em mim.

- Você NÃO é igual a ele! Não é! – bradei em um tom ligeiramente nervoso e alto. Cheguei perto dele, um calor começou a subir pelo meu rosto. Sentia vontade de sacudi-lo para o fazer parar de falar aquelas coisas.

 Harry estava de frente à garota, os dois estavam muito próximos, ela colocou as mãos nos ombros dele e o olhou com carinho. Ele sentiu aquela coisa esquisita no estômago.

Fred e Jorge entraram em seguida e logo atrás veio Hermione.

- O que houve? – questionou Hermione. – Vocês dois saíram correndo que nem doidos. – ela cruzou os braços.

- Havia uma cascavel... – comecei a contar. – Em cima de um tronco de árvore, bem próximo a mim. Eu não sabia o que fazer. Eu... ­– olhei para Harry e ele estava novamente de costas olhando pela janela. – Harry me ajudou.

- Com magia? – Hermione questionou quase gritando. – Não se pode usar magia fora...

- Não Hermione! Você esqueceu que eu posso... Falar com cobras. – Harry não deixou Hermione continuar, se manteve de costas olhando pela janela.

Hermione arqueou as sobrancelhas e suspirou fundo. – Mas... Está tudo bem?  – perguntou em um tom baixo.

- Sim! – afirmei. – Comigo está! Mas com o Harry... Não! – cruzei os braços e todos os olhares se voltaram para ele, que no momento se virou para me encarar.

- Mamãe quer todo mundo lá embaixo agora! – Gina apareceu na porta avisando.

 

 

 

Todos foram até a sala ao encontro com a senhora Weasley, ela estava de pé olhando para cada um com um semblante bravo, Rony entrou e logo se sentou ao lado de Harry. A senhora Weasley havia o mandado guardar as vassouras que os gêmeos, Gina e ele haviam deixadas jogadas na porta da sala.

- Muito bem... – a senhora Weasley colocou as mãos na cintura. – Quero saber o motivo daquela pressa toda. Quase me mataram de susto.

- Bom... É que... Emily quase foi mordida por uma cobra. – contou Hermione.

- Céus! – exclamou Molly.

- Não aconteceu nada! – falei rapidamente – Como disse Hermione, foi quase.

- Se está tudo bem, então exijo saber o motivo daquela correria toda. – questionou Molly com voz de autoridade. Houve um silêncio. – Anda... Desembuchem!

- Eu impedi que a cobra atacasse a Emily. – Harry disse se levantando rapidamente – Eu conversei com a cobra, a senhora entende. Não vou mais assustar a senhora entrando daquela forma em sua casa, desculpa senhora Weasley. – o garoto se retirou, subindo as escadas, dessa vez sem tanta pressa.

- Não se preocupe senhora Weasley. – Hermione se levantou e apoiou a mão sobre o ombro de Molly que estava quase indo atrás do garoto. – Ele está chateado... A senhora sabe que ele não gosta nem de lembrar que ele pode fazer isso, assim como o Você Sabe Quem.

- Tudo bem! – Molly suspirou compreensiva. – Mas fiquem avisados... Não quero ninguém entrado correndo daquela forma. – Ouviu-se um ”Sim, senhora Weasley”  e “Sim Mamãe.”

- Peço desculpas senhora Weasley! Eu não deveria ter entrado daquele jeito em sua casa e não quero que a senhora pense que eu sou folgada, má educada, eu só queria ir atrás dele e saber se estava tudo bem e...

- Tudo bem querida! Não penso isso de você. – ela fez um gesto com a mão, demostrando que estava tudo bem e convidou todos para tomar chá.

 

 


Notas Finais


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