História No que eu me tornei - Eu te amo

"E o medo mais triste chega causando arrepios,
De que você nunca amou a mim ou a ela ou a ninguém"

*** Ellie ***

-- Oi Max!

Ouço a voz da vaca.

-- E aí?

-- Não vai me apresentar sua namorada?

A vaca está forçando ele assumir ou não algum compromisso comigo, o que eu sei, ele não vai fazer. Então não dói tanto quando Max responde:

-- Ela não é minha namorada.

-- Está se divertindo? - pergunta Stef para mim.

-- Muito! - respondi, terminando minha bebida.

-- Quer dançar? - a tal pergunta a Max.

-- Agora não, Marcie. Estou com meus amigos, se manda.

Ao que parece a Marcie não entendeu, por que ficou onde estava, com as mãos ainda em cima dele e ele não fez nada para afastar.

-- Você não disse isso na sexta passada.

Então era com ela que ele estava? Pois pode ficar com ela de novo.

-- Gregg, vem cá! - Stef chamou o barmen. -- Deixa eu te apresentar minha amiga. Ellie!

Acho que a Stef já passou do ponto um pouco bêbada para bêbada demais.

Gregg se aproximou de mim e estendeu a mão.

-- Muito prazer. - eu disse, apertando sua mão.

-- O prazer é meu, linda.

Gregg tinha os olhos verdes lindos. Era loiro.

-- Uma bebida por minha conta?

-- Claro! O que você sugere?

-- O abridor de pernas. - ele disse, sorrindo para mim.

-- Nome bem sugestivo.

-- Você vá gostar. - ele preparou a bebida e me entregou decorada com duas fatias de limão.

-- Obrigada. Você leva jeito com essa coisa.

-- Obrigado.

-- Vem, Marcie. Vamos dançar. - disse Max.

Eu não lhe dei atenção.

-- Gata!

Me virei e vi David.

-- Oi! Nossa, eu não te vi a noite toda.

-- Mas eu vi você. Estava esperando aquele cara se afastar de você, não quero confusão. Você está incrível.

-- Obrigada.

-- Quer dançar?

Olhei para pista de dança o suficiente para ver Max e Marcie em uma dança sensual que me matou de ciúmes.

Eles só não transavam por que estavam vestidos.

-- Quero.

Ele me levou pela mão para o meio da multidão, dançamos de forma natural. As luzes piscavam nos deixando parcialmente coloridos e me deixando um pouco tonta. Talvez eu não devesse ter bebido vodka.

Procurando por Max, vejo quando Marcie puxa o rosto dele o beijando.

Me deu vontade de vomitar.

-- David, avisa aos meus amigos que eu fui embora.

-- Como assim? Agora? - ele parecia confuso.

-- Só faz isso, por favor.

Ele se afastou para falar com eles que ainda estavam no bar.

Antes que David chegá-se lá eu já tinha passado pela porta em direção à noite quente. Não tinha dinheiro para pegar um táxi e tinha deixado meu celular em cima da cama de Max.

Teria que ir a pé, mas não queria ir para lugar nenhum.

Antes que eu me afastá-se muito da boate, Max começa a chamar por mim.

-- Ellie!

Continuei andando como se não tivesse ouvido.

-- Ellie, espera! Porra. Ellie, para! - ele disse, me puxando pelo braço até eu estar de frente para ele.

-- Aonde é que você vai?

-- O mais longe possível daqui.

-- A pé?

-- Sim, a pé.

-- Mas são duas e meia da manhã, é perigoso. Eu te levo para casa.

-- Não! - puxo meu braço da sua mão, dando uns passos para trás para manter uma certa distância.

Eu estava um pouco bêbada mas com muita raiva, ia usar essa raiva para me dar força.

-- Volta lá para dentro, vai se divertir com a Marcie.

-- É por isso que você está assim? - ele se aproxima, colocando as mãos nos meus ombros.

-- Não toca em mim.- afastei seus braços bruscamente. -- Você praticamente comeu a vadia na minha frente.

Notei pela expressão em seu rosto que ele se espantou com meu jeito de falar, mas agora eu ia falar a merda que eu quisesse.

-- Mas a culpa é minha. Eu sempre soube que tudo o que você queria era conquistar mais uma garota idiota. Eu te odeio, Max.

Virei as costas mas ele não deixou eu ir muito longe, me puxando novamente ele diz:

-- Eu te amo.

Parei por um momento sem saber se tinha ouvido direito, até perceber que ele diria qualquer coisa que ele achasse que eu queria ouvir.

-- Desgraçado. Seu cretino. Filho da mãe.

-- Você está me xingando agora? Acho que você tem andado tempo demais com a gente.

-- Eu também acho. Não me segue, Max. Se você sente qualquer coisa que seja por mim, me deixa em paz.

E ele deixou.

Me afastei, mais ainda pude ouvir ele ao celular com Sammy. Quando já estava bastante longe, ouço me chamarem novamente.

Mas não é Max.