História No regrets, just love - 2 Temporada. - Rachaduras

POV KATY.

Eu não podia acreditar que eu definitivamente tinha perdido a Rihanna, como eu fui burra, eu a amava, eu a amo, como nunca havia amado na vida, como pude ser tão intolerante ao ponto de me deixar cegar por mágoa, todos os nossos momentos felizes valiam muito mais do que qualquer erro que ele tivesse cometido, eu não podia acreditar que tinha a perdido, por causa da minha falta de noção perdi a mulher da minha vida.

Rose brincava com Alice na sala, eu apenas passei direto para o banheiro, eu precisava de um banho, precisava relaxar.

– Não, eu não posso perder a Rihanna e eu não vou perde-la. - Falei pra mim mesma enquanto limpava as lágrimas que escorriam em meu rosto.

– Mama porque você tá chorando? A mamãe Rih morreu? - Alice entrou no banheiro com uma carinha triste me encarando através do vidro do box que nos separava.

– Não meu amor, a mamãe Rih não morreu.

– Então porque você tá chorando mama?

– Por nada meu amor, a mamãe só está cansada. - Abri o box me enrolando no roupão sorrindo para a pequena que me olhava atenta. – Que tal a gente ir tomar sorvete? - Propus.

— Eba! - Comemorou a pequena aos pulos.

Vesti um short jeans é uma regata e fui para a sala com minha pequena princesa acompanhadas de um pote de sorvete. Deixei que Rose fosse embora, afinal, ela não tinha qualquer obrigação de está ali e Alice tinha o dom de me deixar em paz e me fazer esquecer todos meus problemas, eu só precisava da minha menina ao meu lado naquele momento. Depois de muito sorvete e alguns filmes Alice havia finalmente pegado no sono, levei Alice para seu quarto logo em seguida indo para o meu.

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Acordei no outro dia com o barulho insistente do interfone. Estava um dia frio e não estava nos meus planos acordar tão cedo, não depois de uma madrugada repleta de pensamentos, relutei por uns segundos sentido o calor dos lençóis sobre meu corpo criando coragem para levantar. Sentei na cama, tateando o chão frio com os pés em busca das minhas pantufas, logo em seguida pegando meu hobby de seda jogado sobre o outro lado da cama, dando um laço sobre minha cintura enquanto caminhava para fora do quarto.

— Seu Luiz, pelo amor de Deus, são 6:30 da manhã. - Falei em tom de brincadeira

— Desculpe senhorita, mas sua irmã está aqui na recepção. - Falei meio sem jeito.

— Já falei que quem for da minha familia você pode deixar subir sempre.

— Desculpe-me mais uma vez, tenha um bom dia.

— Igualmente. - Desliguei o interfone e fui em direção ao quarto de Alice que dormia feito uma anjinha. A observei por breves segundos até que ouvi batidas na porta.

— Qual o motivo da visita essa hora da madrugada? - Falei logo que abri a porta, vendo Ângela com um sorriso largo.

– Saudade da minha irmã.

— Você veio em uma boa hora, eu preciso de colo. - Sentei no sofá vendo Ângela fechar a porta atrás de si.

— Ei, não fica assim, Rihanna vai ficar bem. - Sentou ao meu lado me puxando para um abraço.

— Ela não quer mais saber de mim, eu perdi a única pessoa que eu amei verdadeiramente, por culpa do meu orgulho idiota eu perdi a mulher que eu queria pra sempre ao meu lado e ao lado de Alice. - Falei me entregando ao choro me aconchegando nos braços de minha irmã.

— Hey, não se culpa, você teve motivos pra isso, tudo bem que você foi bem radical, mas você teve seus motivos.

— Motivos agora que não tem qualquer valor, motivos que eu nunca devia ter levado em conta, Rihanna sempre foi a melhor esposa do mundo, eu não podia ter agido da forma que agi.

— Cadê a Katheryn Hudson que eu conheço? A mulher forte que luta pelo que quer? A Rihanna te ama, um amor não morre assim, luta por ela, luta pelo amor de vocês.

— Você tem razão, mas eu não sei o que fazer, ela não quer nem me ver.

— Katy, ela não vai resistir a você por muito tempo. - O sorriso de minha irmã me passava confiança, ela estava certa, eu tinha que lutar por Rihanna, eu precisava, eu não ia perdê-la.

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Aproveitei que Alice era super apegada a tia Ângela dela, e mais uma vez estava a caminho do hospital, Rihanna mesmo não querendo iria ter que ver é fal¥ar comigo. 

— Bom dia, será que poderia falar com o médico da paciente Robyn Rihanna Fenty? - Falei ao recepcionista.

— Estou aqui. - Ouvi uma voz atrás de mim.

— Há, oi Doutor, como está a Rihanna? - Perguntei.

— Está bem, fora de perigo, se recuperando dá cirurgia logo poderá ir para casa. - Respondeu. — Bom, eu preciso ver meus pacientes, você sabe onde fica o quarto de sua esposa, tenha um bom dia. - Sorriu.

Caminhei em direção ao quarto de Rihanna, felizmente ela já estava sem todos aqueles aparelhos, seu semblante era calmo, parecia estar em um sono profundo, como aquela morena era linda, tudo nela era perfeito, até um quarto de hospital tinha vida, apenas com por ter a presença dela ali. Caminhei até perto de sua cama, sem fazer alguém barulho, apenas a olhei, a olhei como se nunca tivesse visto, cada detalhe nela era único, seus traços fortes e leves ao mesmo tempo, o contorno de seus lábios carnudos, tudo nela era perfeito, Rihanna realmente havia sido desenha a mão, desenha pelos deuses, sua beleza era divina. A observei por mais alguns segundos até me retirar do quarto.

— Senhora Katheryn. - Ouvi uma voz conhecida chamar por meu nome.

— Sim? - Olhei para trás assustada vendo o médico se aproximar. — Acabei de sair do quarto de Rihanna, ela estava dor... não me diga que aconteceu algo. - Falei aflita. Minha presença não poderia ter causado tão mal assim a ela.

— Não, não aconteceu nada com sua esposa, me desculpe o susto, mas uma das minhas pacientes pediu para falar com você.

— Quem? - Perguntei confusa.

— Suzy Miller, ela deu entrada no hospital no mesmo dia de sua esposa, porém o caso dela é mais grave. - Respondeu.

— Sei quem é, mas eu não quero falar com ela, não tenho nada para falar com ela. - Exclamei o mais educada possível.

— Eu entendo que não queira falar com ela, mas como médico eu falaria para você ir, falar com você parece ser importante pra ela.

— Continuo sem querer olhar de novo para a cara dela. - Fui rude

— Senhorita Katheryn, Suzy corre o risco de morrer ou de nunca mais se recuperar desse acidente, ela só tem a voz, escute o que ela tem a dizer, isso vai fazer bem a ela e talvez faça a você também.

— Como assim ela só tem a voz. - Perguntei sem entender.

— Ela foi atinginda por dois disparos na coluna, fizemos de tudo, mas infelizmente não conseguimos deixa-la sem sequelas, ela entrou em estado vegetativo irreversível, ela não se move do pescoço para baixo.

— Meu Deus. - Exclamei.

Imaginar algo tão ruim assim, era no mínimo assustador, eu nunca desejaria isso para ela, mesmo com os últimos acontecimentos ela não merecia um final tão trágico. — Eu vou vê-la. - Falei com um sorriso sincero no rosto, eu queria esquecer tudo que havia acontecido e começar do zero, e nada melhor que começar por Suzy a pessoa que causou toda essa bagunça.