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História No Ritmo (Ten Chittaphon Fanfiction) - Uma rejeição Tácita.


Escrita por: AridnaDoudement

Notas do Autor


Olha só quem está de volta com uma nova atualização de No Ritmo? Euzinha! \0/

Boa Leitura, pessoal! <3

Capítulo 45 - Uma rejeição Tácita.


Fanfic / Fanfiction No Ritmo (Ten Chittaphon Fanfiction) - Uma rejeição Tácita.

Sou extremamente orgulhoso e teimoso
E sei que você ama isso
Um show solitário que se estende pelo topo de uma montanha
Flutuando como se estivesse no espaço
Nossos olhares se cruzam
Minha indiferença torna tudo mais interessante.

 

Amor, eu posso te destruir
Não há esperança para mim, não se iluda, se afunde junto a mim
Beba um pouco, deixe encher
Isso é completamente louco
Mau, eu sou louco.

 

Controle sua empolgação agora que pode ver
Que meu jeito de viver é o que você mais deseja
Vou além da perfeição
Posso te fazer enlouquecer totalmente.

 

Estou vivo para destruir tudo
Estou vivo, no topo da montanha
Somos muito diferentes, o que você vai fazer?

 

Porque eu sou mau e tenho essa fama
Uso sapatos de mil dólares
Uso sapatos de mil dólares
Porque eu sou mau e não seguirei sua onda
Uso sapatos de mil dólares
Porque eu sou mau, mas posso te tornar especial.

BAD ALIVE (Versão Chinesa) - WAYV.

.............................

 

A situação que me vejo caminhando é tão previsível que chega a ser cômica.

Rir para não chorar, é o que falam por aí, certo?

A previsibilidade humana é uma das coisas que menos gosto, principalmente, quando eu tenho ciência que a situação está se caminhando nessa via. A minha situação com o Tennie está caminhando para essa direção previsível a todo o vapor, porém, eu só não contava que teria a certeza que o final dessa trilha seria triste demais para o meu coração já trincado, quando já era tarde demais e o meu coração se via em pedaços.

No entanto, eu sabia que mesmo que um desastre estivesse chegando na surdina, eu poderia ser reerguida e curada aos poucos, com a companhia e a ajuda vital dos meus amigos, pois felizmente eles sempre estão ao meu lado quando menos espero e mais preciso.

– Como foi o seu final de semana entre pai e filha maratonando filmes? – questiona Snoopy, ao apoiar o braço no meu ombro e me fazendo notar a sua presença ao meu lado, desvio a minha atenção da casa do Ten para ele, esbanjando um sorriso doce e gentil para mim.

– Foi interessante, descobrir que o meu pai não chora ao ver o filme Sempre ao seu lado. – conto, como se fosse a coisa mais estranha do mundo e vejo Jungwoo soltar um arquejo desacreditado com essa novidade – o filme dura uma hora e trinta minutos, eu quase me desidratei de chorar enquanto o meu pai só ficou triste, mas não soltou uma só lágrima.

– Ele é um ser humano? Como isso é possível? – indaga, cheio de descrença e horror, fazendo uma careta e me olhando como se fosse quase uma afronta contra a história contada no filme – ele assistiu esse filme direito ou ele estava com a cabeça no mundo da lua? Escondeu o celular para a atenção ser apenas no filme?

– Só estava eu, ele e seus comentários do conteúdo assistido e o filme. – respondo-o, dando ombros e confirmando que a situação foi um fato ocorrido, Kim estava com o semblante em um exagero de descrença cômica e eu consegui me manter firme para que ele acreditasse nas minhas palavras – fazer o quê, coisas de Finn Jones.

– Faz ele ver Koizora. – propõe, dando uma última chance para provar que o meu pai é um ser humano com sentimentos – Se ele não chorar com esse filme se deserde de imediato.

– Snoopy como sempre um poço de exagero, o dia realmente começou. – gracejo, rindo do meu amigo que me dá um leve empurrão com as minhas palavras, antes de rir comigo – como foi o seu final de semana?

– Foi tranquilo até demais, com o Lucas não fazendo as suas festas de arromba é muito estranho os finais de semana. – conta, fingindo ter arrepios e arqueando as sobrancelhas bem delineadas – ele me fez essa promessa mesmo eu dizendo que estava bom pra mim só ele não extravasar na bebedeira, mas se ele quer continuar nesse caminho de tranquilidade sem festas, quem sou eu para reclamar, né?

– Você gostava de ficar cuidando dele nos finais das festas, né? – brinco, dando um empurrão de leve nele e recebo um olhar travesso dele – Eu deixo você admitir.

– Se eu admitir.... – Snoopy começa a falar de forma leve e brincalhona, porém, as suas palavras morrem ao mesmo tempo que os seus olhos se arregalam, ao focar a sua visão em algo à nossa frente.

Quando o meu olhar se desvia para o mesmo ponto que o Snoopy olhava com tanto horror, o meu coração parecia virar farelo dentro de mim ao analisar a pessoa que caminhava calmamente na nossa direção, Ten Chittaphon.

O meu olhar se fixa primeiro em seu cabelo curto ao passar que ele se aproxima de nós, os meus olhos custaram para acreditar nessa nítida mudança do Tailandês. Eu o inspeciono desde a sua forma rígida e um pouco cansada, para alguém que teve dois longos dias de descanso, até o que fez a minha respiração falhar, o seu olhar frio e inexpressivo ao se encontrar com os meus, que analisaram minuciosamente ele e as suas mudanças claras.

Minha cabeça não parava de apitar um sinal de alerta e um pedido desesperado, para que eu apenas observe o desenvolver da situação e não faça muito alarde, porém, o mesmo sinal não deve ter apitado para Jungwoo da mesma maneira, pois mal digeriu a situação e deu a sua reação.

– Por que? Onde está o seu cabelo? – arfa Kim, acabando com a distância dos dois e envolvendo o rosto do Chittaphon com as suas mãos, para ver em todos os ângulos o novo corte do Tailandês – quem fez essa maldade? Foi o tio Niran? – finaliza em um choramingo, com os olhos marejados e totalmente desolado – O seu cabelo está tão principesco, Tennie.

– Eu quis cortar o meu cabelo e cortei. – profere, em um tom baixo e frio, tirando as mãos de Kim de seu rosto com uma delicadeza que não existia na sua voz – apenas aceite sem dramas, Jungwoo.

– Você também quis se transformar em um cavalo para dar coices de graça? – retruca, soltando um riso sem humor e descrente com a resposta grossa do Tailandês, o olhar de Kim se desvia pra mim antes de resmungar – alguém acordou de mal humor, é com você.

– Você ficou bonito. – elogio, encontrando o seu olhar duro e percebendo ele amolecer com as minhas palavras, mas logo endurece duas vezes mais.

Desvio o meu olhar com o coração machucando com a sua aura fria e eu enlaço o meu braço ao de Jungwoo, para fazê-lo ir para o carro e não sair em uma discussão com o Ten.

– Que mundo paralelo é esse? – reclama Kim, me olhando em choque e em revolta, começando a caminhar contrariado comigo – Você deveria estar chorando e brigando com ele! – então ele sussurra pra mim, quase em um suplica para que eu reaja com o Ten – Você vive falando do cabelo grande dele e tudo mais. – pede, me encarando pedinte e cheio de esperanças – Avye, dá pra me dar um apoio?

– Ten já cortou o cabelo dele. – argumento, com toda calma do mundo, abrindo a porta de trás do carro para ele – você não pode recolher o leite derramado, lembra?

– Mas você pode dar uns tapas nele para que ele não faça mais isso. – retruca, não dando o braço a torcer e escolhendo a via da birra, cruzando os braços e batendo o pé no chão.

– Sem violência, Snoopy. – peço, com doçura, fazendo uma mesura para que ele entre no carro e ao fundo eu escuto a porta do motorista bater com a entrada do Ten no veículo.

– Mas Avye... – choraminga, em uma última tentativa antes de fazer o que eu peço silenciosamente, porém, quando vou entrar ele fecha a porta atrás de si e trava, virando a cara.

Solto uma risada desacreditada e aceito a sua birra ao abrir a porta do passageiro, adentro o carro e coloco o cinto, já tendo ciência que esse trajeto vai ser longo com um Snoopy emburrado e um Ten de mal humor.

O trajeto foi realmente silencioso, pois Tennie nem ligou a rádio ou conectou na sua playlist favorita, era como se todos quisessem chegar logo no nosso destino essa manhã em comum.

Assim que Ten estacionou o carro, Jungwoo sai às pressas do carro e corre em direção ao Wong, que estava à sua espera no estacionamento da nossa escola, provavelmente para contar os acontecimentos desta manhã e na espera de um apoio automático do altão.

Solto o cinto na mesma hora que Tennie, como consequência do nosso breve toque, os nossos olhares se encontram e permanecemos estáticos. Eu vi toda a mudança externa com toda nitidez, porém, a batalha que ele estava travando dentro de si era o que estava começando a me preocupar, via em seus olhos acastanhados uma mistura perigosa de sentimentos e um pedido suplicante para que eu me afaste, eu faço a menção de falar algo, mas logo a sua armadura se erguer e eu sinto o olhar frio dele ressurgir.

Com o maxilar trincado e me lançando um olhar raivoso, Ten sai do carro batendo a porta para descontar o seu sentimento se acumulando internamente. Comprimo os meus lábios e engulo a minha vontade de chorar, querendo muito entender o que acabou de acontecer e sentindo a rejeição ficando cada vez mais forte.

Eu estraguei tudo.

Solto um suspiro e pego na alça da minha mochila em seguida saindo do carro, com um baque suave da porta, a caminho para a entrada da instituição, sinto alguns olhares na minha direção e vejo Lucas com o Snoopy, Hendrey com a Rose e Irene acompanhada da Joy me esperando próximo a porta dupla.

Assim que me aproximo deles, Joy me abraça apertado e por um momento eu tenho que olhar para o céu azulado para não sucumbir a me desmanchar em lágrimas, por conta do seu ato acalorado e com o conforto que o seu abraço de cumprimento me causa. Hendrey reclama de monopólio e assim que Joy se afasta ele me abraça apertado, me fazendo rir e apertá-lo de volta.

Eu poderia ter estragado tudo com o Tennie, mas pelo menos eu estava bem comigo mesma e poderia me renovar com todo o carinho que ganho dos meus amigos.

Sorriu amplamente com o meu pensamento e me sinto mais calma. Com Hwang envolvendo os meus ombros com o seu braço, eu sou levada para dentro da escola, com Joy e Hendrey virando duas tagarelas que completavam as suas frases nas coincidências, fazendo Irene e Rose rirem de ambos e Lucas reclamar da velocidade que estavam falando, enquanto Jungwoo mais alegre pedia para que eles ficassem mais calmos para falar as suas novidades.

Yeosang junto a Chaeyoung e com o Changkyun nos recepciona na entrada do corredor dos armários, começando a contar sobre os seus finais de semana e o quanto eles estavam empolgados com as programações dessa semana, esse assunto fez os dois tagarelas do grupo começarem a sua competição de rap ao falar dos seus sentimentos com as novidades da nova semana.

– Oi, pessoal! – cumprimenta Tzuyu, animada e toda sorridente, fazendo com que cumprimentemos na mesma alegria de volta, deixando ela ainda mais radiante – vim convidá-los para a apresentação com a terceira idade mais tarde no auditório da escola.

– Tzuyu é um flash, senhor amado. – reclama Nakamoto, ficando atrás dela depois de ter a alcançado pelo corredor lotado de alunos – temos que fazer isso juntos, Yu-two!

– Eu sou ágil e estamos fazendo juntos. – rebate, dando um olhar de relance e lançando uma piscadela para ele, que logo bagunça o seu cabelo deixando alguns fios em seu rosto, logo ela ajeita soltando uma risada – Você que fica papeando com todo mundo, Yu-one.

– O que eu posso fazer, se tenho que fazer todo um discurso para esses leigos verem o quanto é importante essa apresentação para os futuros deles? – retruca, como se tivesse fazendo um ato de caridade necessária para mudar a percepção do mundo, logo a sua atenção retorna para nós os observando com fascínio – vocês vão está lá, certo?

– Eu preciso desse discurso motivacional de suma importância para que eu faça a minha ilustre presença no local. – argumenta Hendrey, fazendo graça para o amigo que o encara com o semblante entediado, os vários sorrisos se ampliando em concordância pelo pedido travesso de Hwang faz com que o Japonês solte um suspiro cansado – nos persuadia, Yu.

– Vai ter duas apresentações em par para mostrar a juventude cheia de oportunidades e com a sua jovialidade, nos quais serão eu com o Yuta e a Lisa com o Ten. – explica Chou, no lugar do amigo que a encara em atenção e agradecimento por ela ter tomado partido – logo depois será uma apresentação muito linda da companhia de terceira idade que a nossa cidade está patrocinando, finalizando tudo com uma dança dinâmica com as pessoas no auditório.

– A parte dinâmica é o momento que vocês iram se conectar com a sua jovialidade interna e extravasar esse momento de sobrecarrego escolar. – conclui Yuta, fazendo Chou de apoio para os seus braços – então eu quero todo mundo lá, hoje vamos matar os nossos indícios de sedentarismo que cisma em nos habitar.

– Acho que é a quinta vez que escuto o Nakamoto decretar a sentença de morte do sedentarismo nesse corredor. – comenta Seo, soltando uma risada e parando ao lado do amigo, antes de nos cumprimentar e ser cumprimentado de volta, continuar a nos informar – eu vou guardar uma fila próxima do palco para nós.

– A cadeira ao seu lado vai ser todo da Avye. – graceja Changkyun, não perdendo oportunidade e fazendo Lucas com Jungwoo o estapear em seus braços enquanto Hendrey dá um peteleco na testa em uma sintonia surpreendente, logo ouvimos ele reclamar consternado massageando a testa – não pode nem ter livre arbítrio de shipp neste grupo!

– Para de ir contra a maré, Gênio. – retruca Irene e Chae ao mesmo tempo, no lugar dos meninos, recebendo acenos em concordância.

– Resumindo, nós estaremos lá. – profere Rose e o Yeosang em seguida, passando um pouco de credibilidade do grupo unido para Yuta e Tzuyu, e confirmando a nossa presença para Johnny guardar o nosso lugar.

Logo nos despedimos e nos separamos em grupos pequenos para os caminhos em comum, como eu já estava com todo o material das primeiras aulas, me encaminhei para a sala de aula junto com o Seo e o Chang em uma breve conversa sobre os novos assuntos de biologia.

Como o esperado, a aula de biologia passou bem rápido com a nova dinâmica do professor Yesung em fazer equipes nos lugares das duplas como no trimestre anterior e de antemão o meu grupo foi formado, com os membros: Xiaojun, Johnny, Changkyun, Jooheon e Sorn.

Sorn já estava mais à vontade com o Xiaojun, mesmo com Johnny um pouco cauteloso com os dois, porém, logo tudo foi esquecido quando começamos a arquitetar o nosso novo trabalho em grupo e os seus possíveis assuntos.

Os restantes das aulas passaram tranquilamente, a parte mais divertida entre as trocas de salas eram as interações com o pessoal, que constantemente ficava lembrando um ao outro do evento de dança no auditório no final das aulas escolares.

Com a programação especial do dia, o intervalo foi tirado da grade e as aulas tiveram o tempo um pouco mais reduzido para que os alunos não entrassem em exaustão com a carga de matéria em um dia completo.

Junto com a Irene e a Joy caminhamos para o auditório, logo quando chegamos no corredor amplo para o ambiente que haveria o evento, já podíamos ver o aglomerado de alunos passando pela porta dupla do local ou apenas papeando próximo a entrada.

Quando entramos no lugar, o meu olhar inspeciona o ambiente na procura dos nossos amigos e logo os encontro sentados na terceira fileira próximo ao palco, sinalizo para as meninas apontando na direção e nos encaminhamos para lá, assim que chegamos na fila o pessoal começa a se realocar e a se ajustar ao lado de quem quer ficar, deixando eu sentar ao lado de Yeosang e do Johnny.

Não demora muito para a inspetora Yoona aparecer no palco e anunciar o começo do evento, todos os alunos gradativamente silenciam pelo local e se preparam para assistir a programação feita com todo apreço em parceria.

A primeira apresentação em par é de Tzuyu com o Yuta, ambos estavam em roupas sociais e com chapéus de abas largas sobre as cabeças, sorrisos largos não faltaram durante toda a apresentação com uma música bem good vibes tocando. A sintonia dos dois no palco foi de matar todos os espectadores com doçura e momentos eletrizantes, nos quais ambos juntaram as suas técnicas fazendo uma performance em par estilo Vogue Dance.

Os passos eram elegantes, com movimentos angulares e lineares de braços, pernas e tronco. A semelhança beirava muito a como se eles tivessem desfilando pelo palco com lindos modelos, não era atoa que de vez em quando Yuta ou Chou paravam em certo passo para posar na direção de uma câmera invisível para tirar fotos, deixando a coreografia divertida e muito fofa.

Corações eram distribuídos por eles e uma comoção do público era o retorno, todos envolvidos e se divertindo com a apresentação da dupla de amigos. Em certo momento da apresentação ouvi Yeosang e Jungwoo cantando a música da performance enquanto se agitavam em seus lugares, logo descobri que a música chamava All Good de um grupo coreano muito popular chamado Astro – devo ressaltar que Johnny e eu assim que descobrimos já fomos à procura da música.

Com Tzuyu sendo carregada pelo Yuta, ambos terminam a apresentação fazendo a última pose para a câmera invisível, no qual se tornou visível já que o pessoal da nossa fila fez questão de salvar aquele momento fofo dos dois amigos.

Dando um pequeno giro com a amiga nos braços, ouvimos um gritinho animado de Chou com o ato antes de finalmente voltar a ficar com os pés firmes ao chão, o ato final dos dois foi ver o Nakamoto fugir da amiga para parte dos bastidores e deixar todos risonhos ao observar a espontaneidade que exalava deles.

Com Yoona toda sorridente, por conta da apresentação autêntica dos dois amigos, ela solta os seus agradecimentos ao par e deixa alguns comentários sobre a performance, aquecendo os nossos corações e nos fazendo concordar ao proferir todo o sentimento que foi compartilhado por eles para o público, finalizando o seu discurso ao apresentar o próximo par que iria se apresentar: Ten e Lisa.

Eu sentia uma crescente expectativa do público com a apresentação que estava para começar, porém, não entendia toda a minha ansiedade para ver a performance, não era a mesma sensação de ânsia para assistir como das outras vezes, mas sim quase um temor do que estava por vir, do que poderia acontecer.

O mesmo alerta do início do dia começa a soar na minha cabeça, enlouquecidamente, quando o instrumental da música da apresentação dos dois começa a tocar. Uma musicalidade muito conhecida pelos meus ouvidos e familiar demais para mim.

as batidas do meu coração falham com a familiaridade.

Coincidências existem, certo? Por que eu não sinto essa sensação de acaso familiar se apossar em mim? Com os meus pensamentos a mil, sinto o meu estômago revirar e o ar começando a sumir de mim.

Com o meu olhar fixo no par entrando no palco, com roupas ousadas e de certa forma elegante, de imediato noto que os seus semblantes estavam mais sérios e centrados, como a música e a coreografia exigia.

Assim que ambos ficam ao centro do espaço que iriam fazer a performance, as luzes foram reduzidas para deixar o ar mais dramático e intenso, logo as primeiras letras são cantadas de forma melodiosa enquanto os passos são feitos pelo casal no espaço que seria um salão improvisado.

Cada passo era familiar por mim e pelo meu corpo, que trabalhou arduamente durante dias nessa coreografia com o Tennie, sentia uma parte se esvair de mim.

Cada deslize de Lisa pelo palco e logo o seu corpo se encontrando com o de Ten, em uma intimidade intrigante e que tinha um detalhe especial para mim ao ensaiar, se transformavam em dores piores do que ficar sem ar de tanta descrença com o que via diante dos meus olhos.

Tennie me usou para ensaiar a coreografia que faria com a Manoban? Porque essa pergunta parece tanto uma resposta para a minha confusão? Por que dói tanto assistir? Tinha uma possibilidade, não deveria me atingir dessa maneira... Contudo, doía tanto que parecia dor física.

No entanto, o pior estava por vim, de forma dolorosa e intensa para o meu pobre coração e a minha memória do último ensaio. Quando Lisa finalizou a coreografia fazendo a jogada de perna, Chittaphon a trouxe para si e deixou a sua perna torneada deslizar até firmar ao chão, como o ensaiado várias vezes por nós, nesse momento o seu olhar se encontrou brevemente com os meus, em puro desafio e indiferente.

Era um aviso do seu ato final, mas só tinha caído a ficha quando era tarde demais e eu já tinha visto tudo.

Ten a fez permanecer com os corpos juntos enquanto falava algo apenas para ela, que logo concordou com veemência com o que ele tinha falado e em um ato de empolgação finalizou o espaço que os separavam unido os seus lábios em um ósculo.

Então toda a verdade que estava subentendida caiu sobre mim, esmagando os meus sentimentos e alguma esperança que tudo pudesse ser insegurança da minha parte, por conta dos momentos que Ten foi tão imprevisível comigo.

Contudo, ele sempre foi a previsibilidade humana que mais temia em minha vida em todas as situações, para mim parecia um ato que nunca poderia esperar dele, porém, lá no fundo eu já sabia que essa situação poderia ocorreria na primeira oportunidade, pois mesmo conhecendo ele desde sempre Ten tinha tendência em impressionar todos com as suas atitudes e comigo não era diferente, mesmo eu conhecendo a peça que era o Chittaphon.

O que custava ele ter sido sincero comigo desde o início? Eu senti a própria desolação iludida, mas lá no fundo eu sabia que isso iria acontecer e estava fingindo que não. Por que eu alimentei as minhas esperanças de um sentimento tão bem adormecido? Eu sou uma idiota.

– Avye, você está bem? – murmura San, próximo ao meu ouvido em uma tentativa de não fazer muito alarde, sinto a costa da sua mão secar as minhas lágrimas que nem tinha percebido que tinha exteriorizado.

– Eu preciso sair daqui, San. – sussurro, com a voz falha e cortante, vejo-o assentir e compreender, encontrar com o seu olhar me deu ainda mais vontade de chorar e eu tinha que sair dali.

– Irene, emergência de banheiro. – anuncia, fazendo com que ela movimente o restante do pessoal na fila para dar um certo espaço para que ele passe.

– Logo agora, Kang? – resmunga, sem vontade de relocar o pessoal para que ele saísse do seu lugar.

– Podemos escolher momentos para soltar fluidos? – retruca, irônico e humorado, fazendo ela revirar os olhos e começar a movimentar o pessoal – olha que o primeiro passo do sedentarismo é a preguiça.

– Cala a boca, San. – resmunga, fazendo Chang rir e começar a apressar os outros junto com a Bae.

Assim que Kang se levanta tendo espaço para sair da fila, eu pego o embalo e começo a segui-lo para fora do auditório usando a mesma desculpa, como se estivéssemos praticamente apertados para ir ao toalete, caminhamos de forma rápida e logo estávamos fora do local, respirando o ar arejado do corredor amplo do lado externo.

Como se eu quisesse me torturar mais um pouco, dou uma última espiada no palco pela brecha da porta dupla do local e vejo os dois recém apresentados ainda juntos no mesmo lugar, só que agora apenas abraçados de forma carinhosa.

Guardo essa visão na minha memória antes de fechar a porta de vez e dar as costas para aquele lugar, sendo amparada para Yeosang que já temia esse momento há muito tempo, pois apenas eu que tinha a teimosia de cultivar esperanças em uma situação que estava viva em minha mente apaixonada.

Acho que terei que ver o filme Koizora nesta tarde com o meu pai, pelo menos estaria chorando por um motivo que não seria eu sendo uma trouxa na minha vida amorosa.

 


Notas Finais


Olá pessoas do meu kokoro!

AAAAAAA QUE SAUDADES DE VCS E DESSA MARAVILHA DE HISTÓRIA!

Eu até respondi uns comentários para matar a saudade, mas merecíamos uma att urgente.

É oficial, acabou a pausa e as minhas atividades e provas finitas, ebaaaaaa \0/

Depois de três semanas sem att, até bateu em uma saudade dos vacilos do Ten>.<

Ai ai esse vacilo terá muitos frutos e dores de cabeça, mas não vejo a hora de vcs verem o ponto de vista do Tennie hasuhsuahahs tá imperdível u.u

Acho que escrevi esse capitulo na base do surto e um calmante, pq tadinho do meu travesseiro ele sofreu uns bocados até ele quer bater no Tennie ._.

~Até a minha avó rindo do que eu arquitetei pra escrever quer dar uns puxões na orelha do Ten hasusahasuhas ela é time Ritmers, shipp Johnvye até o Ten melhorar no cap...~

~Ten nesse capitulo ficou que nem na era debut, mas propriamente de acordo com o seu meme fenomenal "WHERE'S MY HAIR?"~

To em love com a apresentação do Yu-Two e Yu-One ai mds T-T

Vcs perceberam que dois indivíduos nem foi citado no cap? Babado para o próximos capítulos e o futuro capitulo especial do Tennie...

[PREVIA] Avye e Ten tem a bendita conversa, na qual as consequências e as palavras trocadas, fizesse com que tudo mude novamente.

~Ai ai se preparem, pq eu chorei que nem uma condenada escrevendo essa conversa ._.~

Com a conversa o capitulo ficou enorme e cheio de informações, então preferi fazer só um capitulo com esse final de arco da historia e iniciar um novo u.u

Vejo vocês com o capítulo novo no sábado!

Bjs Ari <3


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