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História No Ritmo (Ten Chittaphon Fanfiction) - Mentiras são ruins, mas esse combo revelador já é demais!


Escrita por: AridnaDoudement

Capítulo 54 - Mentiras são ruins, mas esse combo revelador já é demais!


Fanfic / Fanfiction No Ritmo (Ten Chittaphon Fanfiction) - Mentiras são ruins, mas esse combo revelador já é demais!

Mais uma vista linda em meus olhos
Parecia que, depois de muito vagar, eu tinha encontrado, mas
Dei de cara com uma mentira no meio da esperança.

 

Cada vez mais complexo, meu erro, oh
Tristeza coberta pela luz
Naquele momento, fui pega desprevenida por um sorriso.

 

Olhe o segredo escondido, olho estranho
Caindo cada vez mais fundo, veja
Tudo parece uma mentira plausível
Coberta por doçura, woo.

ODD EYE - DREAMCATCHER.

..........................................

 

Como se eu tivesse em uma partida de futebol americano, eu driblo as pessoas pelo corredor querendo ter a paz de fazer o meu Touchdown, que é encontrar o Taeil no meio delas. Faço como que todo o corredor lotado de alunos mexendo nos seus armários fossem os meus adversários em campo e tivessem entre mim e a minha meta.

O Moon virou a minha meta no instante que pisei na instituição e deixei os meus amigos para trás.

Eu precisava falar com o Moon Taeil.

– Taeil, nós precisamos conversar. – digo, assim que o encontro e o faço se surpreender, com a minha presença repentina e baforada.

Vejo-o assentir em concordância, o seu olhar se suavizou enquanto fecha o seu armário e se aproxima de mim. Quando ele termina de ajeitar a sua mochila nas costas, sinto as pontas dos seus dedos tirarem as minhas madeixas rebeldes do meu rosto, nos quais estava alheia ao possível ninho na minha cabeça.

– Você parece que não dormiu bem... – pontua, tentando disfarçar o seu susto com o seu ato tão natural enquanto colocava as mãos nos bolsos – deve estar com peso na consciência que nem eu, suponho.

– Eu não consigo guardar esse segredo, Taeil. – desabafo, deixando os ombros caírem – Esse final de semana me matou e eu não posso esconder mais isso do Yuta.

– Eu ainda estou em choque com o ocorrido para ser sincero, mas o que você propor eu estou dentro. – afirma, me encarando em expectativa.

– Não quero contar as coisas assim para ele, como fosse uma fofoca do que vimos. – digo, cruzando os braços – A Sana deve contar, não temos esse direito, por mais consideração que temos pelo Nakamoto.

– O que você pensa em fazer, então? – indaga, franzindo o cenho – para mim essa era a única via.

– Eu quero conversar com ela antes de qualquer coisa, se não der certo podemos pensar em algo melhor. – respondo, ficando mais firme com as minhas palavras enquanto penso nessa possibilidade – Ela deve ter se sentido acuada com o nosso flagrante e por isso ela teve aquela reação.

– É, seria uma boa você conversar com ela, eu posso conversar com o Yuta e fazer um terreno antes de ele saber a verdade. – propõe, concordando com a minha ideia – mesmo que eu já sinta que ele vem desconfiando, desde aqueles dias que ela ficou sufocando ele com as inseguranças dele.

Quem não deve, não há o que temer. – cito, soltando um suspiro – essa frase nunca fez tanto sentido como agora.

– Sim. – concorda, passando as mãos em seus cabelos – mas vai dar tudo certo independente se a Sana concordar em contar tudo ou não, vou pensar em uma maneira se não der êxito com a sua conversa com ela.

– Obrigado, Moon. – agradeço, concordando com a sua sugestão e deixo essa parte decidida, ficando automaticamente mais relaxada – eu vou procurar ela mais tarde, vai dar tudo certo.

– Vai sim, relaxe. – murmura, abrindo um sorriso pequeno e deixando uma das suas mãos afagarem o meu ombro – não sei qual será a consequência com tudo isso entre eles, mas estaremos ao lado do Yuta para ajudá-lo.

– Sinto que o Yu vai ficar muito abalado, mas se ficarmos ao seu lado, ele não fará muitas besteiras. – murmuro de volta, soltando um suspiro enquanto tento me animar – Ele vai ficar bem, eu vou ajudá-lo ao máximo e vamos garantir que ele não sucumba.

– Você é boa demais para esse mundo, Avye Jones. – graceja, apertando a minha bochecha e me fazendo rir.

Eu empurro de leve o seu ombro e o faço sorrir abertamente, ficando mais relaxado e confortável comigo. Logo sinto o seu olhar vacilar um pouco enquanto ele fica meio sem jeito ao recolher a sua mão pousada em meu ombro, parecendo que a cada toque dado por ele, parece transparecer mais intenções do que um simples ato inocente de sua parte.

O encaro esperando pela iniciativa dele, observando-o pensativo não sabendo muito bem como iniciar a conversa, mas disposto a tomar o partido para conversarmos sobre o assunto que ficou inacabado entre nós na festa.

Quando descobrimos sobre o rolo da Sana com o Yunho, ficamos desestabilizados ao ponto de decretar aquela noite como acabada, nos despedimos rápido dos nossos amigos e Taeil me levou para casa, pois ele ficou um pouco preocupado comigo.

Depois disso, apenas nos encontramos agora sem conversar sobre nada do ocorrido antes da bomba que levamos.

Infelizmente, não iremos conversar sobre esse assunto tão cedo.

 – Avye, sobre o que aconteceu conosco naquela festa.... – começa, hesitante e suave, juntando as nossas mãos.

Uuuuh, o que vocês estão conspirando juntinhos assim? – indaga Hwang, chegando de fininho e nos assustando com a sua presença repentina.

Vejo em seu encalço Lucas e Jungwoo se aproximando em uma animação invejável para uma segunda feira de amanhã. Hoje eu e o Snoopy dispensamos a carona do Ten, pois eu fui com o meu pai até Cristal High, por causa dele sair mais cedo de casa e me dar uma ótima possibilidade de chegar antes da maioria dos meus amigos para procurar o Moon de primeira, já o Kim dormiu na casa do Wong e vieram juntos.

– Hendrey, você não está vendo? – responde Lucas em nosso lugar, batendo palmas e abrindo o maior sorrisão – O meu Shipp número um está acontecendo!

– Lá vem o Lucas com as ideias dele. – resmunga Snoopy, revirando os olhos.

Taevye está acontecendo? Taeil, seu danado, está chamando a Avye para sair? – questiona Hendrey, ficando cada vez mais deslumbrado e empolgado.

Logo ele começa a bater palmas junto com o grandão ao seu lado, olhando para em expectativa enquanto Moon abana as mãos, querendo acabar com o mal entendido com o seu desespero estampado em seu ato frenético e os olhos esbugalhados.

– Bem que eu vi a mãozinha boba dele antes de chegar! – continua exclamando, com malícia.

– Um encontro? – tagarela Lucas, pensativo e começando a se embalar nas suas ideias de casais – Podemos fazer um encontro duplo então!

– Triplo! – exclama Hwang, em seguida – A Rose vai ficar de cara no chão quando eu contar pra ela.

– Dá para os dois pararem de viajar na maionese? – pede Taeil, cortando o barato deles e me fazendo rir – Estávamos apenas conversando, como dois amigos.

– Amigos, sei. – graceja o moreno, com um sorriso presunçoso, como se soubesse mais do que achávamos.

Será que o Hendrey... Sabe? Ele disse que ia dar uma passada na festa com a Rose, mas não nos encontramos, tem uma infinita possibilidade dele saber sobre o que aconteceu entre nós dois.

Peraí, Lucas, você está namorando? – recapitulei, ao absorver as suas palavras – Quem você levaria nesse encontro duplo?

– Eu disse que tinha um encontro saindo... – murmura Hwang, fazendo Moon o encarar semicerrado.

– Ainda não estou namorando, mas eu estou na espera desse pedido. – profere Lucas, encarando Snoopy descaradamente, enquanto o mesmo faz cara de paisagem.

– Por que eu tenho que fazer o pedido? – resmunga Kim, quando ver que todos estão esperando um posicionamento dele.

Então ambos se intensificam na conversa sobre o assunto e acabam com toda a leveza que eles tinham quando chegaram enquanto eu, Taeil e Hendrey ficamos quietinhos, alternando os nossos olhares com o bate-boca dos dois.

– Por que fui eu que tomei a iniciativa? – retruca Wong, o óbvio.

– Iniciativa bêbado não conta. – rebate Jungwoo, dando de ombros.

– Onde está escrito essa regra? – revida o Grandão, cruzando os braços e semicerrando o olhar para o seu Soulmate – Nunca li em lugar nenhum, então conta sim.

– Não vamos conversar sobre isso de novo. – encerra Snoopy em um resmungo, soltando um suspiro e desviando o olhar para um ponto qualquer.

– Claro, ‘bora fazer de bobo o pobre Wong até eu casar com a Dahyun sorriso angelical. – ironiza Lucas, imitando a voz do Snoopy, ficando chateado com o descaso dele consigo.

– Eu já disse que somos só amigos! – afirma, retomando a encará-lo, colocando as mãos na cintura e batendo o pé para dar mais intensidade na sua frase.

– Nós também éramos amigos. – retruca, magoado e desistindo do rapaz a sua frente – Mas quer saber? Deixa pra lá, eu nem sirvo para ser namorado de ninguém mesmo, imagina eu cogitar essa possibilidade absurda de virar o namorado de Kim Jungwoo.

Assim que Wong despeja as suas palavras magoadas e cheias de ironia para Jungwoo, ele dá meia volta e se mistura com os alunos dispersos pelo corredor, começando a se encaminhar para a sua aula e nos deixando para trás.

– Lucas, espere...! – pede Kim, de forma tardia, após digerir as palavras do Grandão para si, porém, a sua repreensão na minha direção é rápida – Nem vem dizer nenhuma gracinha de “Eu sabia” Avye Jones, porque eu juro que estou quase pra matar um.

– Eu não disse nada mesmo. – me defendo, com um sorriso enigmático.

– Você já disse isso por ela, BFF. – pontua Hwang, rindo.

BFF? – repito, desviando o meu olhar para ele.

IIIih Hendrey, a casa caiu. – graceja Taeil, trancando o seu armário e já se preparando para ir para a sua aula.

– É uma história bem engraçada, Gatinha.... – começa, meigo e tentando me enrolar.

O seu olhar vai em socorro a um Snoopy concentrado no celular e logo desisti ao ver o mesmo amigo começar a acenar para nós em despedida e começando a caminhar na mesma direção que anteriormente Lucas tinha ido, sem nem nos encarar direito.

– Eu adoraria saber. – cantarolo, piscando os olhos de forma adorável para ele – eu tenho todo o tempo do mundo.

Será mesmo que o meu sonho de princesa, no qual Sunshine e Snoopy viram melhores amigos para sempre, se realizou? Eu só quero que ele confirme, ai eu posso fazer estrelinhas pelo corredor por pura felicidade.

Aquele é o Johnny boy trazendo um buquê de rosas para a Gatinha?! – indaga, chocado e exasperado, olhando para um ponto atrás de nós enquanto começa a apontar com o seu indicador na direção, totalmente em choque.

O que?! – Taeil e eu exclamamos, virando na direção que foi apontada por ele.

Minha curiosidade era muito forte, mesmo uma parte de mim dizendo que era só um pretexto para Hendrey sair correndo em direção a sua sala, mas quando o meu olhar fixa na silhueta de Johnny carregando uma caixinha linda e delicada com desenhos de flores, não demora muito para eu ficar que nem as garotas abobalhadas abrindo o caminho para ele passar.

Quando o seu olhar se encontra com os meus, um sorriso enorme brota em seus lábios enquanto ele acena rapidamente na minha direção.

 – Avye! – ele exclama entre acenos, quando me ver.

– Johnny! – exclamo de volta, rindo como uma boba e o visualizando se aproximando de nós.

– Hendrey! – exclama Hwang, querendo participar da saudação entusiasmada de nós dois.

– Você não estava em uma fuga, Shrek? – pergunta Moon, risonho e zombeiro, fazendo o rapaz se recordar da sua tentativa de fuga.

– Quer fugir comigo, Lua? – indaga de volta, com animação, enlaçando os braços dos dois – Vai ficar só entre nós, promessa de escoteiro.

– Você sempre querendo me levar para o mal caminho.... – murmura enigmático, antes de concordar com um sorriso – Vamos.

– Tchau, pombinhos! – despede Hwang, arrastando Moon consigo e deixando beijos no ar para nós dois.

Observamos os dois até sumirem no meio dos alunos, os quais estavam começando a se encaminhar para as suas respectivas aulas, com o sinal tocando como trilha sonora. Desvio a minha atenção para Seo e o seu olhar se conecta com o meu, ambos sorrimos um para o outro até Johnny se lembrar da caixinha que está segurando com as suas mãos.

– Para você. – diz, me entregando o objeto delicado, enquanto eu abro e vejo que contém nada, Johnny continua – Quando fiz o voluntariado com a minha avó nesse final de semana, fiquei fazendo artesanato com as crianças enquanto ela ficou fazendo a comida para as pessoas necessitadas, lembrei de você quando a Naeun me ajudou a desenhar nessa caixa.

– Lembrou de mim? Nossa, muito obrigado, Johnny! – agradeço, toda boba, analisando a caixa antes de abraçá-la – Ela é linda.

– Lembrei de você, porque apesar de você ser linda como uma flor, você foi uma caixinha de sentimentos que eu nunca pensei sentir ao abri-la na mais pura curiosidade. – murmura, com o olhar intenso sobre mim, me deixando sem palavras e reação.

– Você sabe fazer reanimação cardiopulmonar? – pergunto, encarando-o contemplativa.

– Aprendi sendo o parceiro do Snoopy nas aulas de primeiros socorros, por quê? – questiona, confuso e um pouco preocupado com a minha pergunta, não entendendo onde eu queria chegar.

– Acho que você vai ter que fazer isso em mim, porque o meu coração acabou de dar uma leve parada depois dessas suas palavras. – completo, comprimindo os meus lábios.

Assim que ele entende as minhas palavras, observo-o abrir um lindo sorriso antes de soltar uma risada gostosa de se ouvir, desacreditado que caiu direitinho na minha cantada. Seo me puxa para os seus braços e me abraça, enquanto sucumbo a minha vontade de rir, pois mesmo sendo uma cantada de fachada era completamente verdadeira.

O meu coração ainda vai desistir das funções dele e a culpa vai ser toda do Johnny Seo.

– Avye, acho que estou te levando para o mal caminho das cantadas, mas queria ter te levado na direção certa do meu coração. – murmura, entrando na minha onda, me fazendo rir e pensar em uma resposta.

– Você até que me mostrou a direção do seu coração, mas o meu capotou na curva do caminho para o seu. – murmuro de volta, erguendo o meu olhar para se encontrar com os seus.

– Vamos chamar o reboque, porque o meu coração está louco pra virar a morada do seu. – sugestiva, nos fazendo rir enquanto concordo com um aceno.

Vejo-o observar a nossa volta, percebendo que o corredor antes lotado estava apenas com alguns estudantes enrolando naquele espaço, além de nós dois. Eu estranhamente não queria ir para a aula, mesmo sendo a mesma matéria dele e sendo de biologia com o professor incrível que é o Yesung, eu só queria ficar ali, nos braços dele enquanto abraçava o meu presente.

Johnny me faz tão bem.

– Avye, o que você acha de termos o nosso segundo encontro neste final de semana? – questiona, voltando o olhar para mim e começando a tirar os braços da minha volta, mas me mantendo perto dele.

– Eu adoraria! – exclamo, animada, ampliando o meu sorriso enquanto abraçava a minha nova caixinha decorada e via ele fingir que foi atacado no coração.

– Eu deveria ter te ensinado RCP antes de fazer essa pergunta, porque o meu coração deu uma parada com todo esse combo da minha garota Jones. – graceja, me fazendo rir.

Eu fico nas pontas dos pés para depositar um beijo em sua bochecha e ele ao se inclinar na minha direção faz um time perfeito, virando o seu rosto na hora certa para que os nossos lábios se encontrem em um breve selinho.

Johnny. – sussurro, abobalhada, sentindo o rubor em minhas bochechas.

– Não conseguir deixar essa oportunidade passar. – confessa, com um sorriso fofo antes de começar a me guiar para a nossa aula de biologia.

As aulas do dia passaram mais rápido do que eu esperava, pois estava ansiosa para me encontrar com a Sana em alguma oportunidade, nem que eu fizesse esse momento acontecer. 

No intervalo, apenas me encontrei com o pessoal e o Yuta, recebendo a desculpa de Minatozaki lanchou mais cedo para passar o intervalo na biblioteca com suas amigas, o que me fez instantaneamente verificar se o Yunho estava com a sua turma espalhafatosa de sempre, sentado em uma mesa a algumas mesas de distância da minha.

Eles não iriam ser tão imprudentes, mas era bom conferir.

Felizmente, parecia que o universo queria que a minha conversa com a Sana acontecesse o mais rápido possível, pois a própria veio até a mim.... Bom, as circunstâncias fizeram ela vim até a mim.

Quando entrei na sala de reuniões do grêmio, fiquei confusa e surpresa com a presença da Sana no local, mas logo Xiaojun me explicou que a Nayeon não pude vir para a reunião do baile de formatura por conta das coreografias e alguns olheiros de faculdades, que estavam fazendo análise de campo para novos recrutas nas extensões de Cristal High.

Antes de começar a reunião, não deixo de jogar um bilhete para ela, pedindo para ficar na sala depois do debate para nós conversarmos sobre um assunto de suma importância, com a nossa troca de olhares, vejo-a assentir confirmando um pouco hesitante e me deixando mais ansiosa do que tudo.

Eu não sei bem o que poderia dizer para convencer ela de ter uma conversa franca com o Yuta, porém, iria tentar não só convence-la, mas escutar o seu lado da história e possivelmente entender os seus motivos.

Tudo dependia de como seria esse diálogo e do que eu descobriria com essa conversa. Eu tinha os meus medos e receios de que Yunho não foi o único caso dela, como também deveria ter mais coisas a fundo das suas atitudes na surdina, meus instintos estavam apontando para essa possibilidade mesmo não querendo acreditar.

Assim que a reunião acabou e me despedir de cada membro do conselho do grêmio, tentando a cada momento ofuscar a minha ansiedade de mandar todo mundo embora, para que a minha atenção retorne apenas para a Minatozaki, que me esperava pacientemente juntando as suas anotações para repassar a líder de torcida Nayeon mais tarde.

– Precisamos conversar sobre o que aconteceu na festa, Sana. – começo, me aproximando dela e puxando uma cadeira para sentar ao seu lado – não posso fingir que não vi nada.

– Pensei que você esqueceria o que viu, no momento que saísse da casa do Lucas. – profere Sana, soltando um suspiro e começando a erguer as suas armaduras – pensei que seria um túmulo como Taeil.

– Bem, você pensou errado. – rebato, cruzando os braços e a encarando firme – Não me compare com o Taeil e nem pense que a nossa amizade com o Yuta não vale nada, pois você está redondamente errada.

Vejo-a arquear as sobrancelhas enquanto me analisava com o seu olhar enigmático, logo ela deixa o seu comportamento delicado e condescendente de lado, cruzando as pernas e jogando as suas madeixas para trás, mantendo a plenitude e a pose de que não estava nada afetada com as minhas palavras, porém, via o seu olhar afiar na minha direção.

– O que você fez é sem escrúpulos e desleal. – continuo, vendo que ela iria recorrer a sua cara de paisagem e ao silêncio, eu precisava pressioná-la da forma certa e certeira para ter o seu retorno – Yuta tem sentimentos e o mínimo que ele merece é a verdade de toda essa baixaria que você deve ter aprontado nas costas dele, porque deu pra ver com o meu flagrante que essa não foi a sua primeira escapada.

– Não, não foi a primeira vez, mas não é da sua conta, Avye. – rebate, jogando o seu pior olhar na minha direção – Independentemente da sua amizade cheias de intenções com o Yuta, você tem uma penca de problemas para resolver na sua vida do que se meter no meu relacionamento com o Nakamoto.

– Os meus problemas não precisam ser mencionados e não é o foco da conversa, então nem tente distorcer a direção da conversa e muito menos fazer suposições sobre a minha relação com o Yuta, pois ele é como um irmão para mim. – revido, séria e na defensiva, ouvindo-a soltar uma risada falsa cheia de escárnio – A única intenção que tenho com ele é a nossa amizade sincera e sem segredos, então eu não vou fingir ser cega e burra sobre o que você anda fazendo nas costas dele. – solto um suspiro, já sabendo onde a nossa conversa vai nos levar – Yu não merece nada disso, pois ao contrário de você, ele sempre foi sincero e apaixonado, preocupado e leal a você.

– Você fala como se eu não me importasse com ele. – profere, fechando a cara e ficando séria – eu tenho os meus sentimentos pelo Yuta, mas o tipo de relação que tenho com ele é além de um simples namoro que você está acostumada a ver por aí. – ela se inclina minha direção, mantendo os nossos olhares conectados, por alguns segundos eu percebi um brilho estranho em seus olhos, mas resolvi ignorar – o meu relacionamento é um empreendimento, arranjado por se dizer, os meus casos são apenas casos, Yunho não representa nada do que uma aventura em minha vida.

Logo sinto a minha cabeça dar um pane com as suas palavras e com o que eu acabei de descobrir, me levanto exasperada enquanto deixo a minha boca fechar e abrir sem emitir nenhum som, pois estava em choque demais para proferir algo.

Céus, como a situação pode piorar de forma absurda assim em questão de segundos? Uma coisa era a Sana realmente ser a Lambisgoia de duas caras, outra coisa totalmente diferente era saber que o que eles tinham era apenas um arranjo!

– O meu comprometimento tanto emocional quanto profissional de uma vida toda é com a família Nakamoto que consequentemente coliga com o filho único deles. – continua Sana, como se estivesse dado satisfações demais para mim – então não precisa de todo esse alvoroço, eu sei quais são as minhas obrigações e metas de ascensão na minha vida, agora já que conversamos....

 – O seu relacionamento com o Yuta é.... Arranjado? – balbucio chocada, chamando a sua atenção de volta pra mim – o Yuta sabe disso?

– O Yuta está meio em... Off desse detalhe. – confessa, se levantando também e começa a ajeitar as folhas sobre a sua mesa, quebrando o nosso contato visual – ele apenas está vivendo um romance bonito comigo, com uma garota prendada e perfeita.

Vejo-a soltar um riso falho e cortante, antes de se repor e retomar a encontrar o seu olhar com o meu, se encostando na mesa e deixando as folhas de lado.

– Eu fui educada e fardada para amar um rapaz que não faz ideia do que acontece ao seu redor, que só pensa em dançar e não liga para o império da sua família. – continua, tamborilando os seus dedos na mesa – Ser namorada do Yuta Nakamoto aqui pode ser apenas um relacionamento leal, normal e fofo, mas para mim, no mundo empresarial e na nossa terra natal... É um negócio futuro e de grande influência, ele não tem a mínima capacidade de compreender tamanha grandeza da situação.

– Você tem ciência que isso além de ser surreal, é horrível da sua parte, certo? Você ainda não visualizou que nesse seu meio louco de ganância programada, há alguém que não faz a mínima ideia do que estão manipulando pelas suas costas? Não faz ideia das suas intenções e do que estão planejando? – esbravejo, descrente e enojada com a garota a minha frente – Sana, ele está de corpo e alma por você! Que horror! Quanta maldade e falta de sensibilidade!

– Você fala essas coisas, porque nunca teve que sacrificar nada! – rebate, tentando continuar com a sua pose plena e nada abalada, mas conseguia ver que as minhas palavras estavam a desestabilizando cada vez mais – Sempre há sacrifícios em todas as escolhas que fazemos, eu escolhi salvar o declínio da minha família sacrificando o meu livre arbítrio de amar para ficar com alguém que continuaria alheia e despreocupada com tudo o que ele já desdém. 

Vejo o seu olhar ficar ressentido e vacilante, mas o brilho de carinho e determinação se destacam em seu olhar nebuloso.

– Então o Yuta poder ficar aéreo sobre tudo enquanto é feliz sob a minha maneira… Não é tão horrível e sim consideravelmente amável da minha parte, pois eu estou dando uma ilusão na qual ele pode acreditar e se agarrar enquanto eu tenho que aguentar toda a realidade e trabalhar para que tudo prospere.

– Você por um acaso está se escutando? Está escutando a sua merda de desculpa? – esbravejo, perdendo a compostura e o pouco de paciência que existia em mim – É lógico que é horrível o que você está fazendo! Você está enganando o Yuta descaradamente! Está mentindo, traindo e usando ele! Você já pensou na possibilidade de estar no lugar dele? Nunca ouviu dizer que “não se faça aquilo que você não quer que façam com você”?

– Consequências. – se limita a dizer, dando de ombros e me desmontando toda, com tamanha insensibilidade e frieza – Eu sei o que faço, então não venha bancar a Certinha e sabe-tudo para cima de mim enquanto a sua vida é regada de flores e estar de rolo com três pessoas ao mesmo tempo, Avye.

– Céus, o que tem a ver a minha vida amorosa com a sua sacanagem pra cima do Yuta, sua doida? – rebato, brava e ao ponto de arrancar os cabelos dela.

– Simples, eu apenas estou usando a sua escolha de enrolar o Johnny amando o Ten enquanto se diverte com o Taeil e nega o seu triângulo amoroso para explicar que  você não está tão diferente de mim, fazendo escolhas com o seu livre arbítrio e sendo moralmente horrível como eu. – replica, ficando cara a cara comigo, esbanjando um sorriso zombeiro – Ambas fazemos escolhas ruins, tendo as facilidades nas nossas frentes e a oportunidade de resolver tudo da maneira certa, mas fingimos não visualizar e continuamos a cometer mais erros já que os anteriores são moralmente amenos.

Solto uma risada sem humor, ficando boquiaberta com o que estava escutando.

– Deixar o Yuta feliz à minha maneira enquanto tento ter experiência  com outros, quando ainda não fui oficialmente enlaçada eternamente pelo Nakamoto, não é tão horrível assim. – pontua, suavemente e na maior cara de pau.

– Sana, você está comprometida, namoro é uma etapa do ciclo para o casamento, se você não sabe devo te dizer, é diferente de estar solteira tendo casos e experiências. – pontuo, desacreditada com a sua maneira de manipular as coisas para o seu lado, logo decreto – o Yuta precisa estar ciente das suas intenções e de ambas as famílias, você pode ter feitos as suas escolhas, mas ele não, então você vai contar para ele toda a verdade e tudo o que fez, ele deve decidir o destino dele sabendo de todas as tramoias.

– Eu vou contar, é? – repete, debochada, soltando uma risada sem humor – E se eu não contar? Vai fazer o que?

Eu vou arrastar a sua cara no asfalto até se arrepender das suas sacanas, sua nojenta.

– Eu não vou fazer nada contra você, Sana. – profiro, entredentes e trincando o maxilar – Mas não vou ficar calada sobre isso, muito menos o Moon, pois ao contrário de você, nós somos honestos e temos decência.

– Oh, quanta magnificência! Vai lá, conte tudo para ele! – exclama, soberba e irônica, abanando a mão como se tivesse me despachado – além de ser a minha palavra contra a sua, você vai acabar com todas as convicções e o mundo dele, você vai machucá-lo de uma forma irreversível

– Pelo menos estarei sendo sincera. – pontuo, suave e certeira, vendo-a fechar a cara e ficar na defensiva.

– Espero que esteja ciente disso, porque você não pode simplesmente jogar a bomba nele e ver o que ele faz. – revida, dura e inexpressiva – Yuta consegue ser uma pessoa inconstante em um estalar de dedos.

– E eu aqui tentando entender o seu lado sem escrúpulos e que não há desculpas que façam perdoá-la... – murmuro, desgostosa e entristecida – Ainda bem que eu pedi para uma pessoa confiável e que sabe manejar a situação com maestria preparasse o Yuta para a verdade.

– Você... Você não pode fazer o que acha certo e estragar tudo, Avye! – ralha, estupefata e descrente, com os olhos esbugalhados, finalmente compreendendo que tinha outras vias e uma delas era o Moon com o Yuta conversando em algum lugar pela instituição.

– Não é o que eu acho e sim que é o certo, você tem uma escolha a fazer, Sana. – continuo, sentindo uma calma me possuir – você pode contar tudo para ele ou deixá-lo descobrir da minha maneira.

– Isso foi uma ameaça? – replica, semicerrando o olhar pra mim.

– Foi um aviso. – pontuo, cansada e esgotada dessa conversa.

– Ótimo, vamos ver quem ele vai acreditar entre nós duas. – declara, me olhando de cima abaixo e já decretando a sua vitória nas entrelinhas.

Odeio ser subestimada.

– Você fez a sua escolha. – sentencio, dando as costas para ela e começando a caminhar para a saída.

Contudo, ao abrir a porta da sala do grêmio, os meus pés congelam ao chão enquanto prendo a minha respiração, deixando os meus olhos se arregalar gradualmente ao dar de cara com um Nakamoto destroçado e atordoado parado do lado de fora.

Yuta tinha escutado tudo.

 


Notas Finais


Olá pessoas do meu kokoro!

Primeiramente.... Não deu pra postar na quarta-feira pq tive uma penca de atividades para entregar no mesmo dia ._.

~Final de semestre vibes~

Então como prometido, hoje teve att eeeeeeeeeeh \0/

Ai ai esse capitulo, estou sem palavras, mas os créditos da ideia é toda do meu amigo Rô!

Tadinho do Yuta mano, ele antes era só corno agora ele é um monte de coisa E corno hasuhsauhsahashasu

O que vocês acham que vai acontecer? Meu coração já está a mil com o que já escrevi do outro capitulo, só digo uma coisa: Cristal High vai a baixo e viva YuYu (Yutzy? Tzuta?)! \0/

Finalmente posso começar a shippar certo depois do próximo capitulo hasuhashas

E a DR do Luwoo minha gente??????????? Ai ai Lucas vai sofrer tanto nos próximos capítulos quando descobrir umas coisas ai .-.

O Taeil todo coisado com os atos dele, muito pitico mesmo, faz as talaricagens e depois não sabe nem conversa sobre o assunto XD

Contudo, entretanto, todavia..... Johnyve me mataaaaaaaaaaaaa, mesmo depois de escrever vários capítulos deles, eles ainda continuam me matando de boiolagem haussahashhau

~Ai eu vou chorar tanto em um capitulo futuro por ai....~

[PREVIA] Nakamoto vai tirar satisfação com Sana sobre toda a verdade que escutou, Avye e Taeil ficam preocupados com o amigo, mas as verdades estavam apenas no inicio da sua descoberta...

Ai mds, coloquem os cintos que a ladeira que a gente vai descer com o Japonês é sem freios hihihihi

Semana que vem tenho prova everyday, então sábado no máximo posto o capitulo novo u.u

~Ou antes disso~

Até semana que vem, pessoal!

Bjs Ari <3


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