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História No Ritmo (Ten Chittaphon Fanfiction) - I N T E R M E D I Á R I O (parte 2)


Escrita por: AridnaDoudement

Notas do Autor


Essa parte dois vai ter o ponto de vista do Ten e da Avye em dois momentos distintos e separados por um intervalo de tempo descrito.

Capítulo 80 - I N T E R M E D I Á R I O (parte 2)


Fanfic / Fanfiction No Ritmo (Ten Chittaphon Fanfiction) - I N T E R M E D I Á R I O (parte 2)

(Ei, ei) Os momentos que não são esquecidos mesmo depois de um tempo

Na tela que será o amanhã (Eu e você, sim)

Não tenha nenhum arrependimento

Vamos ir encontrar nossos sonhos.

 

Oh, a vista que fica no final do dia (A última vista do dia)

O céu noturno colorido (O céu noturno)

Eu e você olhamos nos olhos um do outro (Ei, ei)

O sentimento pode ser expressado sem nenhuma palavra

Tudo se tornou realidade agora (Eu posso sentir)

Tudo isso pode se tornar um filme só.

 

Ooh, cinema, cinema, cinema (Ei)

Nós estamos emocionados, sobrecarregados e deslumbrantes

Ooh, cinema, cinema, cinema (we′re like a cinema)

Qualquer momento nosso provavelmente irá durar para sempre

Como um filme, como um filme.

 

CINEMA — CIX.

...............................

 

TEN CHITTAPON — INTERMEDIÁRIO 

MESES DEPOIS

Eu não gostava quando as minhas sensações, ainda mais as ruins, estavam certas.

Contudo, era tudo o que teria nesse dia sem sol e de extremo frio, a triste certeza de que estava certo.

Como se o tempo sofresse comigo e os demais presentes nessa cerimônia de despedida, estava nublado enquanto tudo parecia demasiado acinzentado — temia que a minha dor parecia parear tudo a minha volta e não apenas dentro de mim, deixando tudo sem cor e triste.

Nós ouvíamos o farfalhar das folhagens e da grama, o vento forte fazia com que apertássemos nossos casacos por conta da ventania fria que nos acertava nesse final de tarde, parecia que até o tempo estava compadecido com esse momento tão triste de despedida.

Fazia horas que todos começaram a se dispersar, deixando suas palavras de conforto a mim e a Avye, fazia muito tempo desde que ouvimos as últimas palavras de conforto e religioso de Chen, o meu amigo que estudava teologia em uma das universidades de Nova York, que vivia perambulado Julliard por conta da sua irmã da mesma turma que a minha.

Era um acontecimento triste e banal demais pra um padre ou um pastor vim, mas meu coração agradecia imensamente a disposição e cada palavra feita por ele a todos os presentes nesse enterro um pouco improvisado demais.

Eu sentia o olhar da Avye grudados em mim, preocupados e sofridos, enquanto eu só encarava a lápide a minha frente.

 

Aqui jaz, Dez Chittaphon Jones

01/10/2010 – 13/05/2025

 

Sentia-me um grande egoísta por estar imerso na minha dor, em simultâneo, que a minha namorada sentia o mesmo ou até mais, já que não estava tão preparada como eu para esse momento de despedida de alguém que amávamos tanto, mas ao contrário da Jones, eu não era altruísta, eu não conseguia compreender que não era o único que sofreu com essa perda, onde perdeu o meu melhor amigo de toda uma vida, por conta de causas naturais.

Tudo parecia tão injusto, porém, era apenas o meu lado egoísta se negando a aceitar essa realidade e uma triste verdade que soube sempre que um dia chegaria, sabia estar mais perto do que nunca esse dia, mas negar é tão mais fácil do que encarar a verdade.

Solto um suspiro entrecortado e imediatamente sinto os braços da Avye me envolverem, de maneira carinhosa e compadecida, sinto os meus olhos começarem a embargar por conta das lagrimas enquanto a lápide e as letras descritas a minha frente some temporariamente da minha visão.

— Eu sinto muito pela perda de vocês. — ouço a voz cheia de rouquidão de Hendrey ao longe, como se tivéssemos separados por um longo túnel e não como se ele estivesse bem ao lado da Avye — Não posso dizer que entendo a dor de vocês, mas minha mãe sempre diz que o natural, são os pais irem primeiro que os filhos e não ao contrário, mas quando acontece é uma dor imensurável.

— Seria idiota perguntar como vocês estão, mas quero que saibam que se quiser conversar ou precisarem de algo... — começa Johnny.

— Pode contar conosco para qualquer coisa — garante Rose, afagando os meus ombros — Deixe tudo se extravasar, okay? Não sofram sozinhos.

— Vamos voltar juntos para Nova York. — avisa Lucas, ao passo que Jungwoo assente em concordância.

— Estamos aqui. — completa Seo, solidário, tentando fazer contato visual comigo.

— Soube que as sementes que jogamos antes de enterrá-lo eram de Jacarandá-mimoso. — comenta Yuta, dando uma olhada rápida para o local que o meu cão foi enterrada momentos atrás — Tem um ótimo significado espiritual.

— Tia Waan disse a mesma coisa quando deu a ideia. — concorda Avye, zelosa e amigável.

— Soube que estão em extinção por conta de utilizarem para fabricação de móveis. — conta Tzuyu, pensativa.

— Outro belo motivo para jogamos em despedida. — aponta Joy, espirituosa — Será uma árvore linda e o Dez dará um novo significado pós vida.

Todos concordam em um breve aceno junto a mim.

— Obrigado por tudo, por virem e por estar aqui. — murmura Jones, agradecida enquanto eu não conseguia nem pensar em alguma palavra a dizer a eles.

— Era o mínimo. — murmuram juntos.

— Queria que nossos encontros entre amigos fossem apenas por momentos bons, mas não seria uma amizade verdadeira assim. — murmura Avye, com a voz falha — Então...

— Obrigado. — agradeço, com a voz rouca e sem emoção, proferindo alguma palavra após tanto tempo, fazendo todos se assustarem e me encararem com avidez.

Também me assustaria em qualquer momento, pois fazia tempo que não falava nada que até estranhei a minha voz, mas o eu de agora, desse momento, estava tão esgotado emocionalmente que aceitei a minha voz daquela maneira e nem me surpreendi com a surpresa deles.

— Amigos são para esses momentos, certo? — indaga Hwang, afagando meu ombro — Vejo vocês depois.

Sinto os afagos dos meus demais amigos em despedida e o selar de Rose na minha têmpora antes de partir com o seu namorado e o pessoal até a pizzaria dos pais do Yeosang, sem demora Avye começa a me puxar para próximo das cadeiras, que estávamos sentados durante a cerimônia, e me faz sentar ao seu lado, Johnny fica de pé a nossa frente.

— Eu não entendo. — sussurro, por fim, para as únicas pessoas, além da minha família e da Avye, que entenderia a minha dor — Nada disso faz sentido.

— Ten... — sussurra Jones, impotente.

— Eu também ainda não acredito que ele se foi. — murmura Johnny, ao se recordar da forma que encontrou o Dez falecido em sua caminha — Foi tão natural e silencioso...

— Eu deveria ter feito mais. Eu sabia que ele estava quase partindo, deveria ter passado mais tempo, eu deveria... Eu... — murmuro, confuso e sentindo o peso em meu peito ficar cada vez mais insuportável.

— Você fez tudo o que podia, Tennie. — assegura Seo, me interrompendo, ele se agacha na minha frente enquanto recomeço a chorar — Vocês dois fizeram tudo para ele, ele foi o cão mais feliz que já acompanhei crescer.

— Ainda não consigo sentir que fui um pai ótimo para ele... — sussurro, enterrando o meu rosto nas mãos.

— Você não foi um ótimo pai, porque foi o melhor. — assegura Jones dessa vez, tomando o meu rosto em suas mãos enquanto me encarava, com zelo e convicção. — Você fez tudo por ele, lutou, deu carinho, atenção, fez ele ser muito além de um animal de estimação, transformou ele em seu parceiro do dia a dia, um confidente...

— O seu melhor amigo. — completa Seo, envolvendo as minhas mãos com as dele, ele faz uma careta engraçada enquanto confessa — Nunca imaginei ter ciúmes e perder o meu posto de melhor amigo para um cão, mas fico feliz que tenha sido para o Dez.

— Acredito que só não perdi o posto de melhor amiga, porque fui mais rápida e virei a sua namorada. — murmura Avye, vendo que as palavras do Johnny tinha me feito sorrir.

Suas palavras fazem eu soltar uma risada sincera enquanto os dois sorriem, felizes após me verem rir após ficar tão pra baixo e mudo durante dias. Sinto uma das mãos de Jones começarem um bom cafune na minha nunca enquanto Johnny senta de vez no chão a minha frente, não querendo me desamparar em nenhum momento sequer.

— Vocês acham que ele vai ficar bem? — sussurro, com o olhar nas minhas mãos sendo afagas pelo meu melhor amigo humano.

— Ele deve estar em um paraíso canino agora. — assegura Johnny, soltando as nossas mãos e abanando uma delas, no ar — Sabe, tem algumas coisas que nunca mudam mesmo com a partida daqueles que amamos, tem o que sentimos por elas e a presença que elas sempre terão na nossa vida independentemente de onde elas estejam.

— Nunca tinha ouvido isso. — comenta Avye, comovida.

— Minha avó contou para mim, quando perdemos o meu avô. — conta Seo, sereno e caloroso — E é uma verdade que carrego desde então, sei que independente de onde ele esteja no paraíso que ele merece descansar, ele sempre estará vivo e uma presença constante no meu coração, como agora está com o Dez. — ele dar tapinhas nas minhas mãos unidas no meu colo — Eles estão ótimos, sentiremos saudades, é um fato, mas é só fechar os olhos e se recordar da melhor lembrança que logo, logo a tempestade da tristeza passa e um sorriso feliz nasce.

— Qual a sua lembrança mais especial com o nosso filho? — indaga Jones, curiosa, fazendo eu encara-la de soslaio.

— Acredito que todos os meus momentos com ele são especiais. — murmuro, dando ombros.

— Melhor ainda. — comenta Seo, feliz com a minha resposta.

— E a de vocês? — indago, curioso, para eles.

— As minhas são ele lambendo a sua cara quando você dava um de vacilão, logo após eu mandar. — conta Avye, abrindo um sorriso lindo e travesso.

— A minha é ele tentando me ajudar a fazer os afazeres que era para o pai folgado dele deveria fazer. Ai, ai tinha um ótimo afilhado. — comenta Johnny, fazendo ele e a Avye rirem da minha cara de envergonhado, antes de eu acompanha-los com a minha risada suave.

Eu era uma pessoa muito folgada.

Quem eu quero enganar? Ainda consigo ser bem folgado quando quero.

— Vocês acham que eu conseguirei ser pai de um bichinho de novo? — indago, temeroso e incerto, após um tempo em silêncio reconfortante com eles.

— Tenho certeza que o Dez vai amar ter vários irmãozinhos caninos que compartilharam dessa sensação incrível de ter um dono como você. — responde minha namorada, deixando um selar na minha bochecha, antes de descansar a cabeça no meu ombro.

— Eu já deixo claro que serei padrinho de todos eles. — decreta Johnny, se levantando.

— Verdade, eles merecerem ter um ótimo padrinho como você. — concordo, fazendo ele abrir um sorrisão.

— Eu sei. — profere, lançando uma piscadela para nós — E eles merecem ótimos pais como vocês.

— Agora eu sei. — sussurro, abrindo um pequeno sorriso, ao passo que sinto o peso dentro do meu coração se dissipar gradualmente.

— Relaxa, farei questão de lembrá-lo sempre. — garante Avye, abraçando-me de leve.

— Sentirei saudades do Dez. — confesso, soltando um suspiro tristonho, deixando o meu olhar marejado encontrar novamente a lapide próxima de nós.

— Todos nós sentiremos. — murmura juntos em resposta, deixando que seus olhares se direcionem para o mesmo lugar que os meus encaravam com tristeza.

Em uma dolorosa despedida silenciosa.

 

. . .

 

AVYE JONES - INTERMÉDIO

DOIS ANOS DEPOIS

 

Primeiro encontro da turma de formandos de 2022 de Cristal High.

Após anos sem reencontra o pessoal da nossa turma, aqui estamos nós.

Ouço Tennie soltar um suspiro ao passo que sorriu com o seu drama, ambos observamos por tempo demais a faixa na frente da entrada da pizzaria do Kang's, apenas imaginando o caos que deve estar do lado de dentro do local, com toda a turma de formandos de Cristaldale do nosso ano se reencontrando após anos.

Tinha pessoas que adoraríamos encontrar e aquelas que não queríamos nem ouvir o nome, todas em um único lugar, Ten e eu não sentimos muito prontos para esse momento, mas uma hora ou outra teríamos que entrar, certo?

Eu devo dar iniciativa após a tentativa dele de me distrair...

— Pronto? — pergunto, desviando o olhar para ele.

— Você sabe que não. — resmunga em resposta.

— Ah se anime, Tennieee. — cantarolo, começando a me encaminhar para a porta dupla do loca, arrastando-o junto — O que de desastroso pode acontecer nesse reencontro?

— Não diga isso! — exclama, horrorizado.

— Tarde demais. — cantarolo, rindo, abrindo uma das portas e deixando a passagem livre para ele — Vamos, animação, Tennie.

— Você está animada demais para o meu gosto. — resmunga, encimado.

— E você tá um ciumento em pessoa. — brinco, abraçando-o enquanto caminhamos para dentro do local lotado.

— Por que o Xiaojun teve que ligar convidando? — sussurra, ainda desconfiado.

— Por que ele está organizando com o Kang? — revido, sussurrando de volta, antes de começar a acenar para os nossos colegas de turma — Supera, anda.

— E se fosse você descobrindo após anos esse crush da Lisa comigo, como se sentiria? — bufa, consternado, gesticulando a mão no ar enquanto eu acenava aos conhecidos por nós dois.

— Faz tempo, e nem eu sabia e olha que ele era do meu grupo de biologia. — repito a mesma resposta pela quinquagésima vez — Eu descobrir com você, quando o Yeosang estava fofocando e nos contou naquele dia, antes de avisar que ia montar esse reencontro.

— Nossa amizade pode ter sido uma grande mentira! — exclama Ten, ao passo que Lucas se aproxima de nós — Bem, que foi estranho na época ele fazendo todo um suspense sobre a crush suprema dele. Nossa, ele falava como eu sobre você, como não percebi antes?!

— Então você falava por aí de forma apaixonada sobre mim, é? — brinco, começando a dar beijinhos no seu rosto para acalmar a fera ciumenta habitando Ten Chittaphon.

— Existe prova mais viva que o Moon Taeil? — rebate, começando a ceder as minhas carícias — Avye, se continuar assim vou te levar pro banheiro...

Com sorte, consigo tampar a boca do Tennie antes dele terminar a frase pecaminosa dele ao passo que Wong para na nossa frente.

— Qual é o assunto da DR da vez? — indaga Wong, com um sorriso enorme e o olhar curioso, Taeil e Chae se juntam a nós em seguida, acenando com a cabeça enquanto tomam os seus refrigerantes.

— Ele está com ciúmes de um carinha que gostou de mim no período da escola, que ele trata como bom amigo há anos. — conto, não dando importância a sentimentos do passado.

Eu estou namorando firme esse vacilão a quase oito anos enquanto Xiaojun e Lisa estão juntos a uns bons cinco anos, não tem com que estressar com sentimentos já esquecidos e enterrados no passado.

Exceto se você seja Ten Chittaphon, é claro.

— Ah, vocês descobriram do Xiaojun? — aponta, antes de solta uma sonora gargalhada que chama atenção de todos — Estava tão na cara que ele era na sua.

— Até você sabia? — resmunga Tennie, ficando estupefato.

— Me diz quem não sabia. — rebate, rindo.

— Inacreditável. — suspira, derrotado.

— Xiaojun descobriu da fofoca do Yeosang, como bom alimentador da rádio corredor de Cristal High, e riu sobre isso, não sei porque você tá pilhado com isso. — Murmura Taeil, dando de ombros.

— Exato! Obrigado, Moon. — afirmo, aliviada, fazendo-o sorri em resposta — Acredito que o Xiaojun e o resto do pessoal julgou que meu maravilhoso namorado deve ter amadurecido mais do que imaginaram.

— É, jogaram expectativa demais. — zoa Chae.

Chittaphon revira os olhos e cruza os braços, todo emburrado.

— É, porque nenhum deles é namorado da arrasadora de corações aqui. — resmunga, lançando olhares cortantes para os meninos e terminando esse olhar para mim — Lucas conta o resto da lista dos caras que eu não sabia ser apaixonado pela minha namorada.

— Ah, você não vai querer saber. — cantarola Johnny, se aproximando na surdina e já se envolvendo na conversa.

— Vai se arrepender amargamente. — concorda Chae.

— Eu te faço a lista. — Taeil propõe, enquanto começa a digitar no seu celular — Só os meninos, ou eu coloco as garotas também?

— Garotas também? — pergunto, surpresa, fazendo os demais rirem enquanto o Tennie choraminga.

— Isso, 'bora contar. — propõe Lucas, travesso — Assim ele tem um colapso de vez, mas já fica sabendo de tudo.

— Você é péssimo, Lucas. — decreta Ten, fazendo a gente rir — Péssimo.

— Meu noivo é perfeito, seu vacilão. — rebate Jungwoo se materializando entre nós em defesa do seu namorado-que-acabamos-de-descobrir-ser-seu-noivo.

— Meu senhor amado, cara. — murmura Johnny, assustado, colocando a mão sobre o peito na direção do coração — Avisa que vai aparecer.

— Noivos? — exclamamos juntos, com a novidade.

— Ah, vocês perderam o Lucas fazendo todo uma sessão de High School Musical nessa pizzaria para propor o Snoopy em casamento! — conta Hendrey, entregando refrigerante para nós dois, enquanto nossos amigos começam a nos rodear em saudações de boas-vindas — Foi lindo e super engraçado!

— Nós avisamos que não sabíamos dançar bem. — explica Irene, rindo ao se recordar do desastre de hoje mais cedo que participou — Aquele pedido do Ten em namoro com a Avye foi uma exceção, porque geral sabia dançar de forma desengonçada.

— É, deu pra perceber hoje. — Reclama Wong, fazendo o seu noivo deixar um selar meigo em seus lábios.

— Eu disse pra vimos cedo! — reclamo, batendo no ombro do Tennie, que não se arrepende nada do seu momento de distração enciumada em hora errada comigo.

— Você não estava reclamando quando repetimos após ver que já estávamos atrasados. — rebate, com um sorriso travesso e malicioso.

— Ten! — exclamo, sentindo minhas bochechas queimarem de tanto corar.

— O que vocês estavam fazendo, hein seus danadinhos? — pergunta Chae, fazendo todos abrirem sorrisos maliciosos junto a ela e o Ten.

— Jogando Mario Kart. — resmungo a primeira coisa que vem a minha cabeça e a que vejo na minha frente.

Não acredito que o Xiaojun e o Yeosang colocaram realmente um videogame em um dos cantos da pizzaria para o pessoal jogar.

— Fazendo amor. — dedura Chittaphon, abrindo um sorriso enorme, orgulhoso e feliz.

— Te odeio. — suspiro, batendo a mão na testa.

— Nós acreditamos. — prefere os nossos amigos, antes de caírem na gargalhada.

— Eu perdoo o meu Aten por conta desse atraso amoroso. — sentencia Jungwoo, todo radiante — Aliais quero meus minis ATens correndo por esse lugar nos próximos encontros, hein.

— Pode deixar. — afirma Chittaphon, fazendo eu ficar que nem tomate ao seu lado.

— Ten! — gemo, empurrando-o de leve.

— Vocês vieram! — exclama Dejun, ao se aproximar e nos cumprimentar.

— Xiao Dejun. — murmura Tennie, todo modo enciumado.

— Junnie! — exclamo de volta, abraçando-o e tentando despistá-lo do mau-humor do Tennie com ele.

— Ai, ai isso vai ser muito divertido. — sentencia Lucas, fazendo nossos amigos rirem.

— Tzuyu faz alguma coisa! — implora Rose para a amiga, que revira os olhos antes de nos cumprimentar com um aceno discreto ao se aproximarem.

— O que está rolando? — questiona Snoopy, para às duas garotas, fazendo o foco do grupinho unido no meio do local ficarem nelas.

— Rose quer que eu faça algo com a Sana conversando em uma das mesas com o Yuta. — explica Chou, dando de ombros.

— O Yuta está conversando com ela?! Por quê? Onde? — indago, ficando chocada e agitada com toda a calma dela e de todos os nossos amigos, ao mesmo tempo que procuro os dois pelo local — Quem deixou essa catástrofe acontecer?! Tzuyu faz alguma coisa!

— Por que eu tenho que fazer algo? — reclama, fazendo uma careta — Vocês são amigos dele também!

— Mas você que é a possível namorada dele, ué. — profere Hendrey, fazendo os demais concordarem enquanto ela fica boquiaberta com a afirmativa.

— Claro que não! — rebate, horrorizada. — Somos só amigos.

— Sabe quem era só amigos? — retruca a maioria, antes de cair na maior risada após um apontar para os casais que se formaram depois de um bom tempo de amizade.

— Isso... Isso não significa que vai acontecer com a gente. — argumenta, ficando toda corada com a possibilidade — Yuta não namora desde a Sana, ele deve ter seus sentimentos não superados com ela ainda.

— Eu quebro a cara dele, se tiver. — Resmunga Aisha, entrando na conversa ao passo que abraça seu namorado.

— Tão carinhosa a minha namorada. — provoca Seo, apertando o nariz dela de leve.

— Sua namorada está faminta, cadê a pizza que você ia levar pra mim, homem? — retruca, dando tapinhas na mão dele.

Sorriu feliz pelos dois, vendo ambos irem até à mesa cheia de tira gosto a procura de uma pizza do gosto da Japonesa, porém, meu sorriso morre gradualmente ao visualizar o Yuta e a Sana conversando em uma das mesas no canto, ambos sorrindo e conectados de certa forma.

O meu olhar fulminante na direção deles, chama atenção dos demais, fazendo geral encarar sem disfarçar a mesa dos dois.

— Hendrey, você é o mais de boa pra entrar no meio da conversa e pescar as coisas no ar. — peço, cutucando-o na costela e sem deixar meu olhar desviar, fazendo-o quase derramar o refrigerante em si, com os choques que levou com as cutucadas em seu ponto fraco — Vai, lá.

— Calma, mulher. — pede antes de propor, fazendo todos desviarem a atenção para ele — Posso fazer algo muito melhor.

— O quê? — indagam todos, curiosos.

Rose arregala os olhos, quando o olhar do seu namorado se encontra com os dela.

— Hendrey, nããão-

— Pessoal. — pede Hwang, em alto e bom som, puxando a Rose para os seus braços quando ela ameaça fugir das suas ideias — Um minuto da atenção de vocês, chegam mais!

— Se você fizer isso que eu estou pensando... vai dormir no sofá por um mês. — ameaça Rose, aos cochichos, para Hendrey.

— É para uma ótima causa. — Hen cochicha de volta, apontando com o queixo para o Japonês se juntando a nós — Olha o Yuta vindo se juntar, amor.

— Eu te odeio. — choraminga.

— Eu também te amo e sei que não vive sem mim. — rebate, deixando um selar na testa dela, antes de subir em uma cadeira, voltando a sua atenção para todos — Pessoal, quero anunciar algo que todos esperam há anos.

— O que ele está aprontando? — Indaga Nakamoto, aos sussurros para mim, assim que para ao meu lado.

— Te digo se dizer o que estava conversando com a Sana. — sussurro de volta, em negociação, sentindo os nossos amigos prestando atenção na nossa conversa aos sussurros, do que uma possível novidade do Hendrey e da Rose.

— O que isso tem a ver com... Ah. — começa a dizer antes de entender, porém, sorri antes de me tranquilizar — Não era nada de mais, na verdade, estávamos nos resolvendo em definitivo e jogando conversa fora, com a cabeça mais fria e anos mais maduros.

— Você ainda 'tá afim dela ou algo do tipo? — cochicha Snoopy, ficando entre nós dois e envolvendo os nossos ombros com seus braços, nossos olhares recaem ao Japonês entre nós — tipo apaixonaaado e tal?

— O quê?! Não! — responde, horrorizado, esbugalhando o olhar para nós dois, como se tivesse acabado de nascer um terceiro olho nas nossas testas.

— Você gosta da Tzuyu, né? — indaga Kim, com um sorriso travesso e conspiratório.

Observamos com expectativas, Yuta franzi o cenho com a pergunta e ponderar o questionamento, porém, antes que ele possa nos responder, ouvimos Ten falar alto ao nosso lado, quebrando toda a oportunidade que poderíamos ter de saber sobre os seus verdadeiros sentimentos a respeito da Chou.

— Hendrey, abortar. — solta Tennie, fazendo as mãos em cocha envolta da sua boca, Rose abre um sorriso iluminado ao escutá-lo enquanto chama a atenção do Hwang que se interrompe após abrir a boca — O Japonês jogou as cartas.

Hen faz um joinha discreto antes de bater as mãos.

— Bem, vocês vão ter que esperar mais alguns meses. — determina, fazendo todos soltarem um coro descontente ao passo que o anunciador desce da cadeira e se junta a nós.

— Te amo, Ten. — suspira Park, abraçando o meu namorado ao passo que Yuta rir da situação armada.

— Vocês são inacreditáveis. — decreta Nakamoto, balançando a cabeça por conta das nossas artimanhas.

— O que você ia anunciar? — pergunta Joy, curiosa.

— Meu casamento com a Rosa do meu jardim, mesmo ela não estando pronta para isso. — conta, dando de ombros.

— E você ia fazer isso, assim do nada? — indaga Chang, chocado.

— Era para uma boa causa. — responde, abrindo um sorriso arteiro enquanto lança uma piscadela para nós.

— Você é demais pra mim. — decreta Park, antes de começar a bater nele em revolta enquanto ele gargalha e provoca a sua namorada enfurecida.

— Viu? — sussurro para o meu namorado, ao passo que seu celular vibra com chegada de novas mensagens — Não aconteceu nenhuma catástrofe.

— É, até que tudo deu certo... — começa a falar, enquanto desbloqueia o seu celular para visualizar e ler a mensagem recém-chegada — 'Tá de zoa que a Seulgi e a Nayeon gostavam de você!

— Que honra. — comento, antes de me afastar dele.

Vejo-o de soslaio, ficar boquiaberto antes de apontar para o Kun próximo de nós, fazendo-o parar de comer um tira-gosto e dar atenção para o Tailandês.

— Qian Kun, vamos conversar depois. — sentencia, antes de começar a vir atrás de mim — Avye! — exclama, pasmo — Que lista grande é essa?!

— Taeil, você me paga. — resmungo, ao pé do ouvido dele, assim que passo perto dele.

Observo o meliante abri um sorriso enorme e arteiro, enquanto observa um Tennie enciumado e consternado atrás de mim pelo local.

— Todos em seus lugares que vai começar o rodízio de pizzas maravilhosas dos Kang's! — anuncia Yeosang, após passar pelas portas duplas da cozinha para o local recheado de ex-alunos.

Em seguida, o pessoal faz uma salva de palmas em comemoração, antes de se dispersarem para as mesas, depois disso a paz reina enquanto nos empanturramos da melhor pizza já feita nesse país.

Bem, eu empanturro o Tennie com pedaços de pizzas para ele ficar quieto enquanto murmuro toda dócil, ao pé do seu ouvido, que o meu coração é apenas dele e  dele.

Ai, ai tinha que ser o idiota-vacilão-enciumado que eu amo.

 



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