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História No Rules, No Control - Primeira e última punição: 100 vezes.


Escrita por: TianWenHit

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 1 - Primeira e última punição: 100 vezes.


Andando calmamente por Gusu, Lan Xichen, o líder da seita, estava um pouco entediado. Seu irmão havia saído para um requerimento em uma pequena vila que estava sendo atacada por um espírito maligno que parecia ser um devorador de almas.

Claro, Wei WuXian foi com seu marido e isso tornava o lugar ainda mais quieto que o normal.

Não que odiasse o silêncio, na verdade, até gostava um pouco. Foi acostumado desde a infância a portar-se de forma perfeita, fora de assuntos mundanos ou pacaminosos, levando a vida como se a própria base de cultivação dependesse de cada movimento seu e um passo em falso... A reputação como mestre cultivador estaria perdida. Não apenas isso, seu título de líder também ficaria vista com maus olhos.

O homem com o mais alto status daquela seita suspirou baixo e pensou no que poderia fazer.

Um sorriso calmo estampado em seus lábios, acenando, cumprimentando e fazendo coisas aleatórias apenas para deixar a cabeça cheia.

Os olhos escuros olharam o céu por alguns segundos, fazendo Huan fecha-los para evitar distrações. Fazia mais de três anos que seu irmão jurado, Jin GuangYao, havia morrido. Com essa lembrança, seu peito doeu... Ainda era notória a falta que ele trazia.

Mesmo com tudo que aconteceu, o líder não conseguia ficar com raiva dele. Passaram tanto tempo juntos, tratando-se como irmãos de sangue... Uma amizade que nunca pensou que iria acabar dessa forma tão trágica.

— Zewu-Jun? — A voz do discípulo soou baixa. Assim que se virou, viu o outro fazer uma pequena reverencia antes de continuar a falar. — Os convidados estão chegando.

Lan Huan ficou parado no lugar por um tempinho. Seu interno estava quase gritando raivosamente com si mesmo por ter esquecido que naquele dia iria ocorrer a reunião dos líderes de cada seita.

Essa reunião era feita a cada ano para saber como estava a situação do mundo de cultivo. A segunda vez que ocorreu (depois de toda a confusão) foi há exatamente 364 dias em Yunmeng Jiang.

— Tudo bem. Eu vou recepciona-los até o salão principal. — A voz soou ainda mais calma que seu rosto mostrava. — Obrigado, SiZhui... — O mais velho olhou para ele, percebendo que estava inquieto. — Está feliz que o mestre Jin veio?

Com essa pergunta, viu o discípulo ficar vermelho instantaneamente.

— Não é isso, Zewu-Jun...

— Pode me chamar de tio.

— Ah! — O Lan mais novo corou ainda mais. — Mas... Isso não seria errado? Não o desrespeitaria?

— Claro que não. — Sorriu baixo. — Meu irmão e cunhado consideram você como um filho, então, não seria de todo mal, verdade?

— Okay. — Xichen não deixou de notar que SiZhui feliz parecia um pequeno coelho. — Pode me chamar de A-Yuan, tio? Acho que eu ficaria mais confortável com isso...

— Me parece uma boa ideia. — Colocou a mão no ombro de seu sobrinho e falou mais baixo. — A-Yuan, não seja como seu pai, sim? Se quer alguém, lute por ele... Não deixe para depois. — Suspirou, tirando o braço de perto do jovem que já havia atingido a marca dos dezoito anos. — Não se sabe o que pode acontecer no futuro.

— V-Vou levar isso em mente... — Não ousou argumentar com seu líder. Estava envergonhado demais para falar qualquer outra coisa.

SiZhui ainda não entendia como ele havia descoberto sua paixonite por Jin Ling, porém, se Xichen conseguia ler tão bem o irmão... Para ele, o pequeno Yuan não passava de um livro totalmente aberto.

Alguns passos foram ouvidos em direção aos dois. Era um barulho pequeno e apressado, não chegando a correr.

— Zewu-Jun. SiZhui. — Fez uma reverencia para o líder. — Os convidados estão na porta da barreira.

— Estou indo agora, A-Yuan. Lembre-se do que eu disse.

— O-okay, tio.

Lan JingYi olhou para o amigo de forma confusa, percebendo que ele estava um pouco vermelho. Primeiro pensou que ele estava com calor, entretanto, estava nevando bastante para que isso fosse verdade.

— Zewu-Jun chamou você pelo nome de nascimento e você chamou ele de tio? Está doido? — Botou a mão na testa do outro. — Está gripado? Seu rosto está vermelho...

De longe, o líder apenas pôde rir internamente por conta das palavras trocadas pelos discípulos.

Um minuto depois, estava de frente para o arco de pedra. Os 3 outros líderes o olhavam, esperando alguma ação da primeira jade cuja apenas abriu a barreira, permitindo que eles passasem.

Reverenciou-os como um agradecimento por terem aceitado a proposta. Nie Huaisang, Jiang Cheng e Jin Ling fizeram o mesmo.

— Zewu-Jun ainda não nos disse sobre o que iríamos tratar nessa reunião. — Nie abriu seu leque, apenas cobrindo o rosto.

— Nada demais. É importante que reuniões assim aconteçam, pelo menos, a cada ano. — Virou-se em direção ao salão e começou a andar. — Podemos discutir sobre a caçada noturna e as aulas dos discípulos de suas seitas sobre as aulas aqui em GusuLan.

— Boa ideia. Faz quase três anos que não houve uma organização grande. — Jiang Cheng tomou a fala, segurando-se para não perguntar de seu irmão tão abertamente.

A relação deles havia melhorado bastante, porém, ainda não conseguia se aceitar por fazer e falar tantas coisas horríveis para ele.

— Sim. Seria minha primeira organização como líder da seita LanLing. — Jin RuLan falou. Mesmo sendo mais novo, já estava na idade adulta e conseguia entender o que era certo ou errado para o bem de sua seita.

Os outros três apenas conseguiam lembrar da primeira vez que haviam participado da organização de um evento como mestres do clã. Cada um tinha um sentimento: orgulho, nervosismo e triunfo eram respectivamente de Lan, Nie e Jiang.

O passar da tarde foi rápido, a reunião fora concluída em questão de 3 horas para botar todos os assuntos do evento em dia.

Como ainda estava faltando uma hora para às 9 da noite, Lan Xichen ficou andando por um tempo. Deu uma volta na parte de gramado cheia de coelhinhos saltitantes.

Num instante, lembrou que precisava pegar algo na câmara dos anciãos. Ainda assim, mesmo com o tempo escasso, passeou lentamente observando que as estrelas estavam particularmente mais bonitas naquele céu escurecido.

Entrou na sala, pegando o livro que precisava, entretanto, quando ia sair; viu um objeto talhado em madeira. Não lembrava de ter algo como aquilo na câmara e acabou pegando para examina-lo.

Por aquela noite, havia decidido dormir mais perto dos outros líderes. Pegou o único quarto que estava disponível e este era ligado ao quarto de Sandu ShengShou apenas por uma porta fechada.

Assim que chegou no quarto, deixou o livro de lado e se concentrou no item estranho. Primeiro quis checar se havia alguma coisa estranha vindo de lá. Fechou os olhos, concentrando seu corpo na energia espiritual que emanava do objeto.

— Nada demais... Se isto é normal, então por que estaria na câmara? — Perguntou para si mesmo.

Tomou coragem e queimou uma essência qualquer no incensário, deixando uma cheiro bom pelo quarto.

Nada havia acontecido, então, Xichen ficou menos alarmado do que no início e acabou percebendo que quase meia hora depois que acendeu o item, as velas da sala ao lado foram apagadas. Provavelmente Jiang Cheng já estava dormindo.

Como se fosse um pequeno relógio vivo ambulante, assim que pareceu dar o horário regulado para dormir, Lan já estava com sono.

Deitou-se na cama com os olhos já fechados, respirando fundo, fazendo o aroma gostoso invadir suas narinas. Deixou o sono tomar conta de seu ser e não demorou muito para realmente estar dormindo.

°~°~°~°~°~°~

Os cílios longos tremeram levemente antes de se abrirem. Estava no mesmo lugar, porém, ainda não era manhã. Estranhou esse fato já que sempre acordava quando o sol estava dando sinais de vida.

Tentou fechar os olhos novamente, porém, escutou uma conversa no quarto ao lado.

— Tem certeza que deveria estar acordado? — A voz de Jiang soou um pouco baixa mas estava audível.

Não que Lan quisesse espiar, na verdade, não queria.

Quando se levantou, percebeu uma névoa estranha pairando por todo o chão do quarto.

— Está tudo bem, não estou com sono de qualquer forma.

"Espera..."

Levantou assustado, indo até o quarto do amigo, abrindo a porta rapidamente.

— Desculpa pela intrusão, mas‐ — Antes que pudesse continuar, viu uma situação cuja nunca pensou que aconteceria.

"O que?" Pensou chocado.

Como se tivessem ignorado a presença do Lan, continuaram a conversar.

— Sente-se... Deve estar cansado por conta do dia cheio. — O de roupas roxas falou, fazendo o que havia pedido para o outro.

O Lan Xichen do sonho sentou perigosamente próximo do outro líder.

— Jiang Cheng, não caia nisso! Deve ser alguma coisa armada! — O verdadeiro falou, porém, novamente, foi ignorado.

— Estou. Hoje foi cansativo. — A falsa jade reclamou baixo.

O coração estava batendo rápido. Não entendia o que estava acontecendo. Estava se vendo diante dos seus próprios olhos e isso não era o reflexo da água!

— Você sempre se esforça ao máximo para tentar atingir as expectativas dos outros. Não devia maltratar-se tanto. — A mão de Jiang foi colocada no ombro alheio. — Mas posso tentar fazer seu estresse se aliviar um pouco.

— Seria ótimo. O que irá fazer? — A cabeça de Lan pendeu para o lado, curioso.

Uma visão fofa, aos olhos de Cheng.

— Isso.

Pensou que não poderia ficar mais surpreso, porém, ao ver o outro líder aproximar-se perigosamente de 'si', arregalou os olhos.

Deixou a compostura de lado, andando apressadamente até os dois e tentando separa-los. Quando a mão de Xichen tentou alcançar o de robes roxos, ela atravessou-o... Como se fosse uma mera paisagem.

Havia ele ficado louco? Delirante?

Nao conseguiu parar o inevitável. Quando virou o olhar, conseguiu ver os lábios colados em um selinho com bastante ternura.

Novamente, seu coração começou a palpitar rapidamente.

O que podia fazer além de observar? Não conseguia tocar no mais novo e nem em 'si' mesmo. Então, apenas viu a falsa jade arregalar os olhos e separa-los.

— J-Jiang Cheng? Por que fez isso? — Uma respiração descompassada e uma face levemente rubra fez o outro sorrir baixo.

— Como sempre, um santo. — Afagou o cabelo alheio. — Quero ver até onde eu posso toca-lo para que comece a implorar por mais.

— Por que eu imploraria?

— É sério que você não sabe nada sobre isso? — Recebeu uma afirmação do outro. — Vou fazer você se sentir bem, sim? Apenas preciso da sua confirmação...

Como antes, ele balançou a cabeça positivamente. Sinceramente parecia que ele estava curioso com tal coisa.

Não percebeu que estava prendendo a respiração até ver os dois trocarem mais um selinho. Este que se transformou em um beijo guiado pelo mais experiente. Conseguia ver nitidamente a língua do Sandu entrar em 'sua' boca.

Um gemido surpreso saiu dos lábios da falsa jade e isso ligou algo no corpo do terceiro indivíduo presente.

Quando menos percebeu, Jiang já havia empurrado ele no chão, ficando por cima do corpo ainda coberto. Uma de suas mãos já havia escorregando para o cabelo longo do mais velho, puxando de forma leve para que pudesse raspar seus dentes na clavícula bem aparente.

Com a língua, traçou uma linha imaginária do local onde seus dentes estavam para o maxilar definido e reto, mordendo ali, conseguiu arrancar um gemido mais alto de Lan.

— Pensei que o barulho era proibido. — Sorriu baixo antes de repetir o ato, acabou recebendo outro som alto em troca. — Tem certeza que vai continuar gemendo assim?

— Não consigo controlar... Isso é estranho e- — Quando seu pau foi alcançado pela mão de Jiang, um novo som saiu de seus labios, fazendo-o tremer abaixo do corpo do homem que o provocava tão descaradamente. — E eu tenho certeza que isso vai contra alguma regra.

— Não pense nisso agora. Já começamos e iríamos ser punidos de qualquer forma. — Sorriu enquanto fazia movimentos lentos sobre o membro coberto. — E você está duro. — Chegou mais perto do ouvido alheio. — Como acha que iria resolver isso sozinho?

Lan Huan não sabia onde enfiar a cara. Dois homens estavam praticando imoralidades bem na sua frente e ele era um. Entretanto, o pior era que não fazia menção de tirar os olhos daquela cena.

Não conseguia.

As roupas do homem deitado foram retiradas com cuidado. Xichen não pode deixar de pensar ao ver o outro alisando tão suavemente em 'sua' pele que parecia tocar em uma joia refinada.

Isso era um sonho?

Estava tudo tão perfeitamente detalhado. Desde as luzes dos pequenos lampiões entrando pela janela, iluminando suavemente o corpo dos dois homens que se beijavam novamente.

Por instinto, a falsa jade rodeou a cintura do mais novo com suas pernas, roçando levemente a ereção que tinha no pano da vestimenta interna cuja era da mesma cor do robe roxo jogado no chão.

Com o movimento súbito, Jiang Gemeu baixo. A respiração do líder que continuava em pé falhou por um instante, percebendo que havia algo errado.

Estava da mesma forma que o seu 'eu' do sonho.

Completamente duro.

Tentou focar em fazer aquela sensação desaparecer. Não podia pensar coisas assim com seu amigo, não mesmo! Seria vergonhoso encara-lo no dia seguinte após ver uma cena tão íntima.

Um gemido manhosamente alto o fez voltar a atenção para os dois. Agora, Jiang estava... "!!!!" Huan soltou uma exclamação de surpresa. Isso realmente era certo? Ele passava a língua na pequena fenda do pau que já estava um pouco molhado com um líquido transparente.

Abaixou um pouco mais a cabeça, tomando o mais velho em seus lábios, com cuidado para não machuca-lo com os dentes ou se engasgar sem querer.

A respiração descompassada fez ele entrar em colapso. Estava duro demais para aguentar e gemeu baixo ao ver que a jade havia liberado algo na boca alheia, com um gemido mais alto.

— Merda. Droga, droga! — Pela primeira vez na vida, Lan amaldiçoou de forma espontânea.

O seu próprio pau doía por estar tão apertado, necessitado e teso. Seu subconsciente não estava aguentando mais.

— Eu realmente quero foder você agora. —

A voz totalmente rouca fez um arrepio passar por todo seu corpo, concentrando-se na área mais quente de sua pele. Essa era, coincidentemente, a parte mais dura também.

— Por favor, anda logo...

— Não quero te machucar.

— Pouco me importa! Você não disse que teríamos que continuar? Foda-se a dor. Apenas faça o que disse e me foda. — De fato, não era para sair como um gemido, porém, soou como um.

Mesmo que a jade não soubesse o que significava tal palavra, provavelmente, iria fazer os dois sentirem-se bem. Então, pouco ligava para as expressões que não conseguia decifrar.

Nessa altura, a última peça da veste do mais novo foi quase arrancada de seu corpo por ele mesmo. A falta do pano revelou um membro avantajado assim como o seu. Roçou os falos com certa lentidão, arrancando gemidos de ambos.

Não conseguia parar de ver, mesmo se quisesse, Lan Xichen estava entorpecido com aquela cena, porém, não havia se tocado nenhuma vez. Seu autocontrole estava quase no fim.

Isso mudou quando viu o que estava prestes a acontecer.

A glande melada –com um tipo de óleo que Jiang havia pegado em suas coisas– encostou na entrada da falsa jade. Não fez menção de entrar, pelo contrário, gostava de ver a face de 'Xichen' irritada por querer algo cuja o verdadeiro não sabia o que era.

— Eu vou entrar.

Essa frase foi o suficiente para Lan Xichen arregalar os olhos e reunir todo e qualquer tipo de força que tinha sobrando em si para poder acordar.

°~°~°~°~°~°~

Um pouco suado, levantou. Ele lembrava sim de tudo que havia ocorrido no sonho estranho. A névoa que rodeava o quarto falso havia sumido, então, achava que já estava na realidade novamente.

Resolveu dar uma olhada e levantou-se, andando até o quarto vizinho. Bateu na porta, porém, não houve resposta.

— Jiang Cheng? — Chamou de forma baixa, afinal, ainda estava de noite.

Nada.

Ficou preocupado, resolvendo abrir a porta. Assim que o fez, encontrou o outro numa mesma situação que ele há momentos atrás: Suado, agitado e... Principalmente... Duro.

Ficou envergonhado, fazendo menção de virar-se para ir embora. Entretanto, a vida não é um mar de rosas e assim que tocou a porta, escutou a voz baixa: — Lan Xichen?

"Oh, céus! Que vergonha."

— Perdão, e...eu não deveria estar aqui nessa hora. — Apressadamente, tentou abrir a porta, porém, sua mão foi enrolada por uma corrente elétrica.

— Está agindo de forma estranha. O que houve, líder da seita Lan? — Jiang ainda estava meio sonolento. O que assustou o mais velho.

"Se ele conseguia ter essa mira mesmo com os olhos quase fechados..." Suspirou, balançando a cabeça repetidas vezes.

— Hm....? — A expressão de confusão substituiu a feição que antes estava cansada. — Oh.

"Porra!" Gritou internamente, lembrando-se de copiar sessenta vezes a frase 'não devo ser promíscuo ou falar palavras sujas' quando voltasse para o quarto.

— Agora entendi. Perdão por me ver nesse pobre estado deplorável. — Mesmo dizendo essas palavras, ainda não fez menção de soltar Zidian do pulso da Jade.

— Tudo bem. Você fez barulho... Eu vim ver o que havia acontecido. — Repreendeu-se silenciosamente.

Agora, teria que escrever oitenta vezes a frase 'não devo ser promíscuo, falar palavras sujas ou mentir'.

— Barulho? De que tipo? — Não sorriu ou falou na maldade. Apenas queria saber até onde a pessoa, que desejava há tanto tempo; sabia sobre essas coisas imorais.

— Líder da seita Jiang... Pare de brincar. — Falou, ainda virado de costas.

— Não estou. — Estranhou o fato do outro nem lhe dirigir o olhar. Pensou por alguns segundos e mordeu os lábios quando imaginou o que seria. — Agora eu queria fazer uma pergunta.

— Diga. — Soou quase como um sussurro. — Eu ainda preciso dormir. Hoje vai ser mais complicado que ontem.

— Por que a primeira jade de GusuLan se recusa virar-se para mim? — Mesmo que quisesse brincar com ele, apenas perguntou de forma séria. Claro, era uma fachada. Ele estava rindo internamente.

— N-Não estou.

— Então, vire-se. Zewu-Jun sempre é um cavalheiro, então, por qual motivo está sendo rude ao falar com um igual? — Na mente do mais velho, ele estava falando sobre os títulos de importância que carregavam para o Clã.

Porém, na mente de Jiang Cheng isso tinha um outro significado. Um mais perverso.

"Estamos duros. E provavelmente em par de igualdade em excitação."

— Perdão. — Dito isso, virou-se, escondendo a elevação no meio de suas pernas com a manga comprida das vestes.

Jiang sorriu de forma maldosa e puxou Zidian para trás. O Lan, consequentemente, foi para frente e não lembrou de cobrir o tal problema quando sentou-se para se contentar com a dor que havia em sua mão.

— Mil perdões! Eu fui levantar... Acabei caindo também. — Jiang realmente estava no chão, porém, ele mesmo havia sentado ali, fingindo uma dor. — Deixe eu ajudar. Suas vestes são brancas e isso provavelmente ficará sujo.

Antes que pudesse se aproximar, Lan Huan falou num tom sussurrado, porém, alto o bastante para o outro ouvir: — Não se aproxime.

— Por que?

O outro não respondeu nada, apenas colocou as mãos no rosto, como se elas afastassem toda sua vergonha.

— O que houve, líder da se- — Parou de falar. A jade arregalou os olhos e cobriu rapidamente a área. — Esconder não vai adiantar. Eu já vi.

— Jiang Cheng... Eu sinto... Eu sinto m-

— Não sinta. Como pode ver, estou da mesma forma. — Sorriu baixo, transformando Zidian em um anel.

— Não... Eu que fui o intrometido. — Fechou os olhos, culpando-se.

— Como assim?

Não podia mentir...

Mesmo se quisesse, não iria conseguir mentir para uma pessoa estando nesse estado.

— Eu achei um item em uma sala de Gusu... Parecia ser um incensário comum. — Suspirou sentindo seu olhar sobre si e conteve um gemido baixo. — Quando eu o queimei, de alguma forma... Parece que eu...

Se sentia tão arrependido, mesmo sabendo que não era culpa sua, seu coração batia feito louco em seu peito.

— Lan Xichen?

— Entrei em seu sonho.

Levaram alguns segundos para que o mais novo entendesse a frase. Quando o fez, mordeu o lábio.

— Você viu tudo?

— Não.

— Até onde você olhou?

— Jiang Cheng. — Repreendeu baixo.

— Okay... Não quer falar. Mas você consegue lidar com isso? — Perguntou obviamente falando sobre a ereção, porém, Lan Huan apenas o olhou. — Seu pau. Apenas entende quando eu sou direto?

— Uh... Com um banho nas termas frias, ele deve abaixar.

— Oh? — A voz soou divertida. — Como sabe disso?

— Você realmente não vai querer saber. — Riu baixo, lembrando de seu irmão desesperado na adolescência.

— Você já ficou com alguém? — Por algum motivo, a pergunta pareceu ser áspera em diversos aspectos. Lan balançou a cabeça, negando. — Tem um jeito melhor de resolver essas coisas.

— É proibido.

— Ter pensamentos impuros também é, não? E olha onde estamos.

Lan Huan, Lan Xichen, Primeira Jade Lan, Zewu-jun, Líder da seita Gusu. Todo e qualquer nome atribuído ao mais velho era simplesmente uma das únicas coisas que mantinham seu autocontrole. Porém, isso foi jogado fora quando viu Jiang mais uma vez.

O sorriso estampado em seus lábios, como se ainda estivesse sonhando foi o suficiente para fazer a jade primária tacar sua sanidade para longe e, com um movimento brusco, tirou sua fita de testa.

Jogou-a para bem longe...

Assim como o autocontrole.

Tomou aqueles lábios para si.

Tentou imitar o que havia feito no sonho, porém, ainda sim parecia que Jiang era milhões de anos luz mais experiente. Apenas ignorou esses pensamentos, sentindo as línguas deslizarem, escutando o estalar de bocas, assim como a respiração descompassada de ambos ao afastarem seus rostos.

O homem de vestes roxas olhou suavemente para memorizar cada pedaço dele. As mãos vagaram para a face que sempre estava serena, porém, agora estava completamente bagunçada.

— Me acorde se isso for um sonho.

Lan XiChen mordeu o lábio inferior.

Sabia que não podia continuar com isso... Mas seu coração estava achando tão certo...

— Eu acabei de sair de um. Não vou sair desse.

Voltaram a beijar apaixomadamente. Jiang já sabia com plena certeza que aquilo era mais que uma queda. Era amor. E mesmo que odiasse admitir, já estava nas mãos daquela pedra preciosa faz tempo.

Diferente do sonho, moveram-se para a cama, sentindo ao máximo um do outro. Jiang não tardou em tirar as vestes de seu 'amigo' e logo as suas próprias estavam espalhadas pelo chão também. Os gemidos abafados pelos beijos enquanto as mãos experientes passeavam sobre a pele lisa que nunca foi tocada dessa forma antes.

Lan XiChen se sentia no céu, porém, também parecia que estava numa punição. O mais novo continuava a brincar por seu abdômen definido, descendo até a pele de sua coxa, porém, nunca tocando no lugar mais necessitado. Isso irritava a jade de forma visível. Ele estava arfando pesadamente em meio ao beijo, levando sua mão ao encontro dos dedos alheios, guiando-os para o local que estava carente por atenção.

Isso surpreendeu os dois.

Xichen não sabia que era capaz disso, realmente se envergonhou.

Jiang nunca havia realmente feito até o final com alguém e todas as mulheres que ficou nunca tiveram a ousadia de guia-lo dessa maneira. Sorriu baixo entre o beijo, deixando o outro tomar um pouco de fôlego enquanto descia os beijos para o seu pescoço, sem deixar marcas aparentes.

Iria brincar com o homem abaixo de si.

Ele queria aproveitar o máximo possível da expressão necessitada que ninguém (além dos próprios olhos) ia ver.

Não ia deixá-lo escapar de si facilmente.

Começou a mover a mão pelo falo teso, recebendo um gemido baixo, controlado apenas pela teimosia do mais velho de continuar quieto naquele lugar para ninguém descobrir o que estavam fazendo. Levou a palma da mão para os lábios, cobrindo a superfície de sua boca enquanto permanecia extasiado, tremendo por tamanho prazer proporcionado.

Algo que nunca havia experimentado antes.

Era simplesmente incrível.

— A-Chen... — A palavra foi dita em forma de provocação. Ninguém além de seu pai havia o chamado assim e isso fez um gemido um pouco alto sair roucamente dos lábios considerados puros por todos.

— Pare. Não fale...

— A-Chen está com vergonha? Ou isso lhe excita?

Reuniu toda a coragem que tinha em seu corpo e trocou de posição com o outro, fazendo Cheng soltar um suspiro baixo, contente por fazer o outro perder o controle de tal maneira. O homem que agora estava por cima, olhou para baixo, vendo o peitoral exposto no escuro da noite, apenas iluminado por conta dos lampiões do lado de fora.

— Eu quero tentar.

Não foi claro o suficiente na hora, porém, assim que ele tirou a pequena parte de cabelo que caia pelos seu rosto e botou atrás da orelha, Jiang sentiu-se maravilhado. "Que homem direto!" Exclamou feliz em pensamento, entretanto, este foi totalmente disperso em um grunido baixo ao sentir a língua passar por toda a extensão de seu falo até a ponta da glande.

— Porra! — Falou um pouco baixo. Queria gritar para todos que finalmente havia conseguido, que a primeira jade finalmente havia notado-o, porém, controlou-se. Contentando em guardar todos as sensações boas para eles.

Pelo menos, naquele momento.

Lan estava concentrado. Fez exatamente o que o outro fizera em 'si' no sonho, tomando cuidado com os dentes, porém, como era a primeira vez que fazia esse tipo de coisa, as vezes roçavam levemente na pele sensível e pelo visto isso não desagradava Jiang Cheng que suspirava com a mão presa nos cabelos sedosos para dar um ritmo mais rápido.

Assim que entendeu o recado, começou a acelerar os movimentos, sentindo a ponta tocar em sua goela uma vez ou outra. Controlou sua respiração, facilitando a profundidade do membro alheio em sua boca. Quando menos percebeu, já estava indo rápido o suficiente para que todas as vezes que o membro ia fundo, tocava na sua garganta.

Os gemidos abafados por conta do pau em sua cavidade pareciam fazer Jiang estremecer cada vez mais intenso. Sabia o que estava por vir. Provavelmente iria derramar a mesma coisa que a falsa jade soltou quando gemeu um pouco mais alto. Assim ocorreu, minutos depois de ter começado a maltratar o membro alheio, ele gozou na boca do Lan.

O gosto não era de todo ruim e quando se lembrava que era Cheng ali, acabou suportando os jatos diretamente em sua garganta, engasgando um pouco no final.

— Quer mesmo continuar? — O mais novo olhou de forma preocupada para Lan Huan. Entretanto, foi calado por um beijo, fazendo-o soltar um gemido abafado. Aproveitando a deixa, o mais novo chupou a língua alheia, prendendo o lábio inferior entre seus dentes antes de terminar o ósculo. Quebrando-o quando voltou a ter consciência. — Nem mesmo eu fiz até o final com alguém... Você...

— Eu já disse, não fale. — Suspirou, porém, estava feliz por ser a primeira vez de Jiang. Assim como ele seria a sua. — Eu sei o que vi. E mesmo que me pareça uma loucura, estou disposto a comete-la com você.

Sentou-se na cama, dando um selinho no mais velho antes de se surpreender novamente quando sentiu seu pau ficar entre a parte cheinha do Lan. Ele havia sentado no seu colo, beijando cada parte do pescoço alheio, deixando marcas fracas na região da clavícula, onde ninguém mais iria poder ver se fossem cobertas com as roupas.

— Desde quando ficou tão saliente?

O Lan riu. Nem ele mesmo sabia. — Apenas estou fazendo o que quero que façam comigo...

— Isso foi uma indireta? Quer que eu faça isso com você dá próxima vez? – Ele sorriu, beijando a bochecha do mais novo e o olhou, assentindo. A mão de Jiang deu um tapa moderado em um dos lados da coxa do homem que mordeu seu ombro com força para não gemer alto. — Droga, Huan, você é perfeito.

— Cale-se. Se continuar falando, eu vou tomar o rumo que você queria.

— Você está me ameaçando?

— ... — Xichen apenas gemeu baixo pelo tom rouco de repreensão. — Encare isso da forma que desejar.

Se arrependimento matasse, Lan Xichen felizmente não estaria morto. A luz fraca iluminou o quarto, o raio roxo prendeu os braços do mais velho rente ao corpo. Toda vez que se mexia, sentia uma leve carga elétrica passar por sua espinha.

— Vou fazer tudo devagar. Até você começar a implorar. Lembra? No sonho, você perguntou porque iria fazer isso. — Sorriu debochado, dando um beijo nas costas alheias, perto da nuca que estava avermelhada de vergonha. — Pois bem, vou dar-lhe motivos para começar a fazê-lo.

Realmente havia um óleo nas coisas de Jiang. Não sabia se aquilo o deixava irritado ou ansioso para sentir o que o seu eu no sonho havia sentido depois dele ter saído tão rapidamente.

Sentiu o indicador seco em sua pele, a unha fez uma linha invisível desde sua nuca até a virgindade que nunca pensou que ia perder dessa forma. O digito se afastou, entretanto. Como sua audição estava aguçada, conseguiu ouvir o barulho do dedo sendo mergulhado no óleo e em pura expectativa, gruniu baixo.

Logo que sentiu algo molhado se aproximar, tensionou o corpo inteiro. Não estava com medo, porém, a ansiedade estava matando-o lentamente. Jiang Cheng aproveitou o fato e rodeou o dedo por aquele lugar, sem ter a intenção de afundar seu dígito ali. Sentiu o mais velho se inclinar para trás, querendo mais contato.

Tirou seu dedo de lá.

Recebendo um gemido irritado.

— Eu disse, você vai ter que implorar. — Beijou suavemente a bochecha de Huan, vendo que ele estava em um conflito interno para decidir se jogava o resto de sua dignidade fora ou se aguentaria a punição do outro adulto. — Eu não sei como se sente, mas eu já me liberei uma vez. Consigo aguentar a vontade de foder você por um tempo... Mesmo que eu queira jogar essa merda para o alto e enfiar-me de vez em ti.

Um arfar baixo foi escutado.

— Eu não vou entender se você não falar com palavras.

— Enfia logo essa merda de ded- — Um gemido abafado por conta do lençol foi escutado apenas por Cheng.

Foi um pouco difícil empurrar mesmo com a lubrificação. Era um lugar tão apertado que o líder mais jovem simplesmente se arrepiou só de pensar em estar ali dentro, forçando sua passagem, investindo de forma firme, olhando nos olhos da pessoa que sempre despertou um pouco de atenção em si e agora era o indivíduo que amava.

Seus pensamentos foram afastados assim que sentiu o garoto se mover para trás. Retirou o dedo lentamente até quase sair, enfiando de vez, fazendo ele ter uma reação de surpresa, contraindo a barriga, tendo um outro espasmo por conta da corrente elétrica que percorreu por seu corpo.

— Não parece que você odeia estar amarrado por Zidian. — Sorriu baixo, sentindo-o ser levemente apertado. — Você gosta disso. — Riu baixo, mordendo a pele da bunda, deixando um beijinho no mesmo local.

— Ca...Cale-se.

— Ora! Por que? Você geme e me aperta a cada frase que eu digo. — Sentiu seu proprio pau pulsar quando o rosto de XiChen se virou para encara-lo. — A-Huan, A-Huan... Esse olhar bravo não me deixa intimidado, sabia? — Continuou com os movimentos de forma lenta. — Na verdade, me faz querer provoca-lo mais.

— Jiang Cheng... Por favor.

— Hum? — A voz soou mais rouca do que desejava.

— Fique quieto... Eu...

Ao mesmo tempo que era provocado pelos dedos, seu pau tocava no lençol, friccionando a glande sensível no pano branco, deixando a cor um pouco mais transparente que o resto por conta do pré-gozo saindo da pequena fenda. Não pode deixar de se esfregar um pouco mais, tentando aliviar o membro um pouco dolorido por ter sido esquecido.

— Você..? — Deu um beijo em sua costa, próximo de onde Zidian estava prendendo-o.

Jiang Cheng já havia percebido o ato alheio de se aliviar. Tirando proveito disso, virou ele para que o encarasse e enfiou mais dois dígitos de vez. Estava querendo ir devagar, porém, ver a forma que Lan XiChen estava se entregando totalmente para si, perdendo toda a postura calma que chegava a ser uma coisa santificada pelos discípulos de todas as seitas... Era gratificante. Na verdade, essa palavra não era o suficiente para descrever a sensação.

— Não! — As pernas que antes estavam abertas, instantaneamente fecharam-se ao sentir o prazer ficar mais forte. Como se ainda estivesse se controlando mesmo já tendo decidido que iria até o final. — Eu e-estou...

— Foda-se. — Silabou vagarosamente, cortando a fala do mais velho e tirando os dedos daquele lugar apertado.

Pegou novamente o pote de óleo, passando três dígitos ali, pegando uma quantidade considerável e esfregando na própria intimidade antes de beijar o homem novamente.

— WanYin...? — Assim que o beijo se quebrou, ele tentou falar de forma calma, porém, ele já havia perdido essa serenidade faz tempo.

— Sim?

— Enfia de uma vez. — O susto foi inevitável. Lan Xichen estava pouco se importando, encontrava-se sedento de uma forma que nunca havia estado.

— Como desejar.

Mesmo com o choque anterior, não foi preciso outra palavra para entender o recado. Direcionou seu pau para onde os dedos judiavam antes.

— Me solte. Não quero gemer alto. — Atendeu o pedido. Zidian voltou a forma de anel quase ao mesmo tempo em que sentiu os braços rodearem seu pescoço, trazendo o rosto do mais velho perigosamente para perto do seu.

Não perdeu a oportunidade e calou-o com seus lábios, empurrando-se de vez para dentro, atingindo um ponto que faria Huan gritar bem alto, porém, apenas sentiu suas costas serem arranhadas de forma brusca e o líquido branco e espesso derramando sobre o abdômen do mais velho.

— Olha só... — Sussurrou risonho perto do ouvido corado. — A-Huan, estava tão necessitado assim? Eu apenas entrei e você já se liberou.

— Não fale. Por favor, eu sinto que posso terminar novamente em qualquer momento. — Os espasmos do orgasmo recente ainda se faziam presente na fala trêmula do adulto.

— Você é bem sensível. — Mordeu o lábio alheio, sugando-os de maneira lenta. — Fiz uma descoberta incrível hoje.

Não precisou de muito tempo para que Lan quisesse mais contato. Pegando a dica, começou a mexer bem lentamente enquanto viu ele botar a mão na boca, ocultando os sons que insistiam em sair em forma de sussurros e ordens para que fosse mais rápido.

Aproveitando a flexibilidade alheia, levou uma das pernas musculosas para seu ombro, tendo mais contato com o interior que acabou de ser desonrado por seu pau. Gemeu baixo ao se sentir apertado todas as vezes que investia com força e puxava lentamente apenas para repetir o ato.

— I...Idiota. — Novamente mordeu o ombro do mais jovem, porém, dessa vez foi um pouco mais profundo, deixando um filete de sangue entrar em contato com o paladar do Lan. Este apenas lambeu o estrago que havia feito nas marcas de dente que estavam na pele, agora, pintada de vermelho em vários lugares escondidos. — Eu pedi para você ir... Mais rápido. Merda!

Jogou toda merda da estimulação lenta para a puta que pariu, enterrando-se cada vez mais rápido no interior fodida e gostosamente apertado. Não sabiam quanto tempo já estavam naquele jogo de provocação. Lan Xichen apenas voltou a realidade depois de mais duas liberações.

Jiang Cheng caiu cansado sobre o corpo do mais velho, tentando se acalmar, deitando ao lado do homem alto.

Olhou para a beleza dele: os olhos fechados, tentando normalizar a respiração enquanto seu peito subia e descia lentamente, as vezes prendendo o ar para soltar tudo de uma vez. Não percebeu quando ele começou a olhar para si, então, para esconder o nervosismo, Jiang passou o dedo indicador na clavícula marcada com alguns cupões e sorriu baixo, o encarando de volta.

— Pensei que você era do tipo obediente. — Ironizou, mordendo o lábio.

— Não gostou? — Falou baixo, a voz estava bem rouca e isso iria causar um estrago no dia seguinte.

— Claro que sim. Prefiro você do jeito que é. — Lan olhou para o lado, envergonhado. — Até ameaçou de me foder. Eu realmente não esperava isso...

O mais velho ficou quieto, porém, deu um sorriso ao mesmo tempo que suspirou suavemente com o nariz.

— Não que eu não queira. — Jiang continuou.

— Sem vergonha.

— E você não gosta?

— Ainda nao me acostumei com isso. — A resposta demorou para ser dita. Jiang quase riu alto ao perceber que ele havia corado mais. — Mas eu gosto.

Eles levantaram da cama minutos depois de terem a conversa. O sol já estava dando sinais, então, trocaram os lençóis e foram tomar um banho nas termas geladas, segurando as mãos por debaixo d'água.

— Você me trata com ternura. — Ele constatou ao sentir o dedão de Jiang fazer uma massagem em sua mão enquanto os dedos estavam firmemente entrelaçados.

— Eu...-

— Não precisa dizer, eu sei. — Riu baixo, concentrando-se naquele momento fofo.

Mesmo assim, Jiang foi o primeiro a quebrar o silêncio.

— Eu quero dizer.

— Tudo bem, não se force. — Colocou a mão na bochecha alheia acariciando abaixo dos olhos azuis puxados para um violeta bem claro.

— Eu te amo... Você me faz sentir bem feliz. Nunca me sinto forçado quando estou contigo, isso é fato.

Lan suspirou baixo.

— Ainda não sei o que é o amor. Mas eu estou agindo com você como meu irmão age perto de Wei Ying. — Soltou as palavras sem formular nada, pela primeira vez na vida. — Não penso direito quando estou contigo, é estranho. Eu falo o que tenho vontade, sem regras, sem controle.

— Vocês Lan realmente... Tem a mania de soltar coisas românticas do nada. Aiya! — Disfarçou sua vergonha, aconchegando-se na mão que ainda lhe proporcionava um carinho no rosto.

— Não devo?

— Você continua inocente para algumas coisas. — Riu baixo. — Deve. Sempre que puder. Sempre que quiser.

— Obrigado.

— Por?

— Me fazer ser eu mesmo.

Jiang riu novamente.

— Como você mesmo disse: Sem regras, sem controle sempre que estiver comigo.

Xichen olhou para o rosto do outro sem muita expressão, deixando o mais novo com receio. Antes que ele abrisse a boca, a jade tirou sua fita, amarrando em um dos pulsos do líder de Yunmeng.

— V-Você, você...

— Acredite, eu sei melhor que você. — Riu baixinho da face assustada.

— Oh céus... — Demorou a responder, deixando a primeira jade um pouco inquieta. — Sim.

A fita de testa era algo cheio de significado para os Lan. Apenas podiam tocar as pessoas da família do discípulo ou a pessoa que ele escolheria passar a vida toda ao lado. Ou seja, deixar alguém mexer, segurar, amarrar isso em qualquer parte do corpo era o mesmo que declarar seus mais profundos sentimentos, dizendo que seu autocontrole estava nas mãos daquela pessoa para sempre.

Com palavras mais claras, era como um pedido.

— Se isso for um sonho, eu realmente vou ficar com raiva.

— Não é. — Deu um beijo rápido em seu, agora, noivo.

Saíram do banho, vestiram-se com roupas limpas e começaram a dar uma volta pelas montanhas.

Viram Jin Ling correr pelo gramado cheio de coelhos enquanto SiZhui andava atrás dele, chamando atenção para que ele parasse de quebrar as regras. De repente o mais jovem para, indo em direção ao Lan, roubando um pequeno selinho.

— Esse moleque! — Jiang Cheng foi tentar brigar com seu sobrinho, porém, foi parado por seu amante. — Ele acabou de...

— Eu sei.

— Você vai deixar esse pirralho fazer isso? — Indagou um pouco confuso.

— Olhe para A-Yuan.

A face risonha de seu noivo o fez ter mais curiosidade. Fez o que foi pedido, olhando para os garotos. Sizhui estava completamente vermelho, parecendo brigar com o outro mesmo que um sorriso estivesse estampado em seus lábios.

— Oh...

— Entende agora?

— Sim, eu vou separar eles. Agora. — Tentou andar novamente. Da mesma forma que antes, foi parado.

— Não confia em meu sobrinho? — Perguntou meio preocupado com a resposta.

Jiang sorriu.

— Não confio no meu.

— Eles estão felizes. — Continuaram a olhar a cena dos garotos brincando com os coelhos. Ambos tinham um rosto cheio de ternura ao observar seus sobrinhos conversando de forma tão feliz... Como se cada um tivesse esquecido o passado trágico que teve.

De longe, escutaram uma voz alegre. Não precisou de nenhum segundo a mais para perceberem que seus irmãos estavam estavam de volta e isso se concretizou assim que viram os dois vindo em direção a eles.

— Irmão. — Wangji fez uma reverência, seguido por Wei WuXian.

— Olá, como foi de viagem?

— Está tudo resolvido.

O silêncio se tornou incômodo, porém, Wei o quebrou.

— Bom dia, Shidi.

— Bom dia, Wei Ying.

Ambos os casais continuaram conversando. Porém, WangJi cutucou o marido de forma suave para que ninguém percebesse. Como se tivesse lembrado de algo, Wei parou de falar subitamente.

— Zewu-jun, você... Por acaso viu algum incensário que deixamos na sala dos anciãos? — Wei Ying tinha um pouco de ansiedade nas palavras.

Lan XiChen riu alto, porém, foi internamente.

"Então é por isso que meu irmão parecia tão inquieto durante essa conversa." Deu um sorriso calmo, olhando para WuXian, tentando imaginar porque eles estavam daquela forma. Se fosse há um dia atrás, ele provavelmente perguntaria, porém, agora que já havia certa consciência... Ele não ousou fazê-lo. "É melhor eu não tentar entender mais nada."

— Oh. Vi sim, está no quarto onde eu dormi ontem.

– Oh... Você o queimou? — As pálpebras de WangJi pareceram tremer de leve e ele virou o rosto para o lado.

— Não. — Mentiu e olhou de relance para Jiang Cheng que parecia nervoso. — Era um item comum, então apenas o deixei por lá.

— Okay. — Sorriu baixo. — Shidi, você parece cansado... Não dormiu bem?

— Dormi pouco. Aqui é meio frio de noite. — Sorriu para o irmão.

O patriarca sorriu, andando para perto de seu irmão e sussurrou em seu ouvido as seguintes palavras: 'Parece que o frio não foi um problema tão ruim afinal.'

Wei tossiu baixo já longe do irmão. Alternou o olhar entre seu Shidi e a primeira jade e fez uma reverência novamente, puxando Wangji para longe sorrindo despreocupado, tagarelando alegremente enquanto Lan Zhan apenas olhava suavemente para ele, deixando-se ser levado.

Assim que estavam um pouco longe, Wei falou para o marido: — Eles tiveram uma noite bem divertida~~ — Riu alto. — XiChen nem se quer teve o trabalho de esconder a marca de Zidian em seu pulso. A forma que ele andava era engraçada mas quase impercetível. Isso te lembra algo?

— Cale-se.

— Ah! Por que? Estou comemorando esse fato. — Sorriu, dando um beijo na mão de Lan Wangji que estava entrelaçada em seus dedos. — Finalmente meu querido irmãozinho desencalhou~!

— Ainda estamos perto, fale baixo.

— Aiya! Eles que não escondem. Por que eu deveria falar baixo? — Recebeu um olhar de repreensão. Aquela face era conhecida por Wei. Ao mesmo tempo que ele amava, tinha um pouco de medo. Seu marido podia ser assustador com aquele olhar de 'fale algo mais e eu vou fode-lo com força até amanhecer'. — Okay! Eu entendi, eu entendi! Não precisa ser tão mau. Poupe essa bunda hoje, sim?

WangJi sorriu baixo.

— Não.

De longe, o casal de líderes encararam Wei WuXian correndo, pedindo para WangJi parar de segui-lo e seu marido andando atrás dele de cara séria, porém Xichen sabia que ele estava sorrindo internamente.

Jiang Cheng foi o primeiro a falar: — Eles perceberam.

— Sim, perceberam.

Riram baixo. Afinal, nenhum dos dois iria conseguir esconder isso de seus irmãos.

— Tenho que ir para o pavilhão.

— Por que?

— Punição.

Jiang Cheng riu alto.

— Qual vai ser a minha?

— Me olhar escrevendo e não fazer barulho.

— Escrever o que?

Lan XiChen suspirou.

— Copiarei cem vezes a frase: "não devo ser promíscuo, falar palavras sujas ou mentir."


Notas Finais


Meu pai amado, finalmente terminei :")

Levou um dia inteiro para escrever isso... Inicialmente deu 6k de palavras mas NÃO SEI COMO virou 7k na revisão/betagem.

WangXian sendo WangXian sempre, jesus.

QUEREM QUE EU FAÇA UMA CONTINUACAO COM O SIZHUI E O JINLING??? Eu tô com ideias na cabeça~~~

— Leitores e leitoras, vocês podem dar um biscoito para essa honorável escritora, comentando e favoritando isso para que ela fique feliz? Por favor, conto com a ajuda dos veneráveis expectadores para esse pequeno favor.

É isto, obrigada por ler!

Ah! Se quiserem a continuação com o casal SiLing/LingZhui, digam nos comentários!!!


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