História No Sense - One More Day of Work

Mark

Um suspiro resignado saiu por entre os lábios de Mark, mas ele respirou fundo, sentindo seu maxilar se travar enquanto guardava seu celular no bolso e se virava. Seus olhos foram direto para os dois policiais que havia acabado de passar por.

– Vocês dois. – Mark não sabia o nome deles, era dois novatos de um departamento diferente do dele, mas serviriam para o caso. Os dois policiais se viraram incertos para o detetive. – Peguem uma viatura e me sigam.

Sem esperar por uma resposta deles, Mark voltou a rumar em direção ao seu carro. Tecnicamente, Mark tinha terminado seu expediente e estava indo para casa depois de um longo dia, mas seu capitão tinha que lhe dar mais um trabalho e ele não entendia o porquê.

O velho capitão só disse que ele precisava ir, levar um outro policial consigo e que iria mandar o endereço direto para o GPS do carro do americano, e mais nada.

Apesar de estar aborrecido, Mark seguiria as ordens de seu superior, mesmo que ele pudesse ter pedido para outro colega do departamento dele ir no lugar de Mark, então entrou em seu carro e ligou o GPS.

Quando o aparelho foi atualizado, Mark sentiu seu coração falhar uma batida e seus olhos se arregalarem quando viu o endereço que deveria ir.

Preocupado, o americano não perdeu tempo, colocou o cinto de segurança e no primeiro sinal de vida de seu carro arrancou, colocando a pequena sirene no capo do carro e a ligando. Pelo retrovisor viu que estava sendo seguido por uma outra viatura.

Ao chegar na rua indicada pelo GPS, Mark avistou outra viatura estacionada, a sirene ligada, e dois policiais ajudando dispersar as pessoas junto com outras pessoas vestidas com roupas completamente pretas, seguranças.

Mark estacionou, rapidamente saindo do carro, sendo seguido pelos dois policiais que havia chamado, a viatura deles estacionada atrás da BMW do americano.

Um dos policiais que ajudava as pessoas foi até Mark e atualizou ele da situação.

Assim que ouviu a explicação do policial, Mark entendeu o porquê seu superior mandou ir lá. Realmente não precisava da presença de um detetive, mas a pessoa que estava envolvida no ocorrido era de total importância para esse detetive.

Passou uma ordem para os dois policiais que se mantiveram atrás de si e seguiu com eles para a direção que o outro policial havia indicado.

Seguindo pelos fundos da boate, para não ficar no caminho das pessoas que estavam saindo, Mark entrou pela porta de saída de emergência. As indicações do policial se provaram bem precisas e Mark e os dois policiais logo se viram em frente a uma porta sendo guardada por um homem vestido de preto, um dos seguranças da boate.

Vendo os policiais e a postura de Mark, o segurança não teve duvidas e logo abriu a porta para eles. Mark dispensou um aceno de reconhecimento para o segurança ao passar por ele e entrou na pequena sala.

Os olhos do detetive percorreram o pequeno aposento, vendo dois homens com os pulsos algemados, os responsáveis por tudo que estava acontecendo aquela noite na boate.

Segundo o que o policial tinha dito, os dois começaram uma briga no local, que se intensificou e atrapalhou a noite de muitos sendo necessária a intervenção de todos os seguranças para separar as diversas brigas que começou, mas o motivo da policia estar ali, era que os dois algemados tinham posse de canivetes e usaram um contra o outro e em quem se aproximasse deles.

Mark pediu aos dois policiais atrás de si que levassem os dois algemados para a delegacia.

– Me informaram que o DJ da noite ajudou a imobiliza-los, sabe a onde posso encontra-lo? – perguntou Mark ao segurança quando foram deixados sozinhos.

– Esta no bar. – respondeu o segurança logo se pondo a caminhar, pedindo que Mark o seguisse. Deram algumas voltas até o segurança parar e apontar para uma silhueta solitária sentada em frente ao balcão. – Ali está ele.

Deixando um agradecimento por cima do ombro, Mark se dirigiu até a silhueta familiar.

Sentindo a aproximação, o DJ virou o rosto. Um sorriso de canto emoldurou seus lábios ao ver o detetive e seus olhos acompanharam cada movimento dele até o homem se sentar no banco ao seu lado.

Um arrepio percorreu o corpo do DJ com o olhar intenso que recebeu de Mark, que percorreu o corpo inteiro dele a procura de alguma coisa, provavelmente um machucado. O DJ percebeu que o detetive a sua frente sabia o que tinha acontecido, que tinha sido ele a desarmar um dos encrenqueiros bêbado.

– Não estou machucado. – disse, a voz saindo um pouco rouca pela falta de uso. – Meu namorado me ensinou a me defender, não foi nem um desafio, o outro segurança o distraiu antes de eu agir.

– Isso é bom. – Mark assentiu satisfeito com a resposta e seus olhos foram direto para os olhos castanhos do DJ, o cabelo preto dele caia em frente ao rosto quase cobrindo um dos olhos. – Vou precisar de um depoimento seu sobre o ocorrido agora.

– Agora? – o olhar do DJ ficou desolado, depois de tudo ele se sentiu cansado e tudo que queria era ir para a casa, tomar um banho e dormir nos braços do namorado, mas os primeiros policiais que apareceram pediram que ele ficasse até que a segunda viatura que levaria os dois encrenqueiros chegasse.

Ele sabia sobre alguns dos procedimentos policiais graças ao namorado, no entanto não achou que a situação em que se meteu iria requerer que ele fosse até a delegacia para dar um depoimento nesse exato momento.

– Não. – um sorriso tomou conta dos lábios de Mark, sentindo seu coração mais leve ao ver a expressão fofa no rosto do outro homem. Ele levou sua mão até a do DJ que estava apoiada sobre o balcão e entrelaçou com seus dedos. – Pode fazer isso amanhã, mas tem que ser o quanto antes, Youngjae-ah.

– Seu chato. – Youngjae deu um tapa contra o ombro do detetive com sua mão livre, aquela que estava entrelaçada com a do outro homem ele apertou com carinho. – Isso não teve graça, hyung.

– Teve sim. – Mark se levantou e puxou Youngjae para seus braços. Mesmo tentando manter uma expressão de emburrado, o DJ não era pareô para isso e se deixou envolver pelo caloroso carinho. – Você realmente está bem?

– Estou sim, o proprietário da boate até me pagou amais e olha que só trabalhei por duas horas antes da confusão começar. – Youngjae se afastou de Mark e entrelaçou suas mãos. – Vamos para casa? Quero banho e cafune.

Mark gargalhou assentindo. Por mais que tivesse 23 anos, Youngjae as vezes agia como uma criança carente por carinho e chamego, e Mark estava tudo bem com isso, já que esse lado, Youngjae só mostrava para ele.

– Tudo que quiser. – disse Mark antes de roubar um beijo do namorado.