História No Vestiário - Final

Kuroo gemeu entregue quando sentiu as mãos geladas segurarem sua cintura e os lábios macios escorregarem por seu pescoço, dando leves chupões entre os beijos. Se arrepiou todo com a voz grossa em seu ouvido falando as palavras que já conhecia tão bem.

- Você sabia que teria volta, né não? – o platinado perguntou sentindo o moreno rebolar sobre si. Kuroo sorriu safado, entregue.

- Por que tu achas que te provoquei? – Bokuto apenas negou com a cabeça, um sorrisinho de lado enquanto tateava a parede para desligar o registro. Deu um tapa forte na bunda do moreno e sorriu incrédulo ao ver que Kuroo tinha se preparado.

- Cê não perde mesmo tempo. – falou já se encaixando no mais novo que mantinha as mãos espalmadas na paredes.

Bokuto agarrava com força os fios negros da nuca de Kuroo, ditando a sequência. Era algo frenético e voraz, rápido e duro, era tão eles. A cintura do moreno estava levemente marcada pelos dedos do mais velho, o barulho dos corpos se chocando era alto e obsceno, mas não se importavam com isso. Não enquanto mais uma vez se entregavam para saciarem os desejos da carne. O desejo de ambos.

Kuroo mordia os lábios com força tentando conter os gemidos insistentes, sentindo-se cheio sempre que Bokuto se empurrava fundo, fazendo as bolas chocarem em sua bunda. O pau do moreno pingava excitação e ele sabia que gozaria sem ao menos tocá-lo. Bokuto era do tipo que conseguia fazer isso com ele tão facilmente que nem mesmo Kuroo saberia explicar.

Enquanto os quadris de Bokuto investiam com força em si, deixando suas pernas trêmulas e a respiração ainda mais ofegante, os lábios do mais velho passeavam por sua omoplata e pescoço, sugando com leveza e desejo a pele macia, deixando leves mordidinhas entre os beijos. Kuroo sentia-se chegando ao limite, por isso procurou com urgência e desespero pelos lábios do mais velho, que sorriu entre o beijo ao sentir toda aquela necessidade do parceiro.

Novamente Kuroo se desfez antes, a resistência de Bokuto sempre o impressionava. Porém não demorou para que o mais velho viesse também, ainda dentro de si. Trocaram mais um beijo molhado, repleto de insinuações e provocações mudas, antes de finalmente se afastarem e tomarem um banho rápido, em cabines separadas.

-x-

Do lado de fora do estádio já não havia mais alvoroço. A noite havia caído e o tempo estava fresquinho. Kuroo foi até seu carro, um dos poucos que ainda ocupavam o enorme estacionamento, sendo acompanhado pelo amigo que agora vestia roupas casuais e usava um gorrinho pois não havia tido tempo para arrumar os cabelos em seu habitual penteado.

- Vamos pedir um jantar? – Kuroo perguntou assim que Bokuto se jogou no banco, as mãos indo para o rádio antes mesmo de fecharem a porta. – Bro, fecha a porta e põe o cinto antes.

- Não. Se não você diz que chegou primeiro e deixa na sua estação favorita. Bleh. – o platinado respondeu mostrando a língua para o moreno que apenas revirou os olhos, se perguntando mais uma vez se aquele cara ao seu lado tinha mesmo 25 anos.

Assim que se deu por satisfeito por ter sua rádio favorita sintonizada, Bokuto finalmente fechou a porta, se ajeitando no banco e colocando o cinto. E então Kuroo, que já estava arrumado, repetiu a pergunta.

- Então... vamos pedir o jantar?

- Não. Akaashi prometeu que cozinharia algo especial caso nosso time ganhasse esse jogo. – e Kuroo não precisaria sequer ver o sorriso malicioso para saber que havia mais coisas que um simples jantar contidas nessa frase.

- Achei que tu fosses dormir em casa... – o moreno comentou levemente decepcionado. Já estava contando com a companhia de Koutarou, já que Kenma disse que estaria fora o dia todo por ajudar um amigo e o moreno não sabia se ele estaria em casa a noite ou ainda estaria com o tal amigo.

- Hey bro, relaxa. Você também está incluído no jantar. Akaashi meio que convocou Kenma para o ajudar e nós fazemos questão que você vá junto. – era verdade. Mesmo que por algum motivo tentasse recusar o convite, sabia que os amigos dariam um jeito de levá-lo junto.

E enquanto dirigia em direção ao prédio de Akaashi, Kuroo sorriu satisfeito.

Ah! Aquela noite seria longa.