História Nobody breaks my heart. - I will catch if you fall.

- Não quero falar com ninguém! – disse com o travesseiro em cima da cabeça, quando ouvi alguém bater na porta do quarto. Eu tava com muita raiva do John e do Wes por eles terem feito aquilo. Justin não quis falar comigo, quando tentei pedir desculpas apenas se trancou no quarto e não me respondeu quando perguntei se ele me odiava. “Desculpa, eu juro que não tive nada a ver com isso.” - Mandei uma mensagem pro Justin, ele não me respondeu.

- Que bom, por que eu não sou ninguém. – Pamela disse destrancando a porta e entrando em meu quarto - Sou a Pamela, sua sista.

- Que saco! – disse sentando na cama e jogando o travesseiro nela. – saí daqui caralho, será que não posso ficar sozinha?

 - Não agora. Precisamos conversar.

- Ok Pamela. Sobre o que você quer falar!? – perguntei com deboche.

- Não seja seca comigo, sua idiota. Sou sua melhor amiga, exijo respeito. – ela disse sentando na cama.

- Desculpa... – disse me acalmando e deitando minha cabeça em seu colo. – Justin me odeia, ele não ta falando comigo.

- Mas você não sabia que os meninos estavam tramando aquilo! Por que esse idiota ta de drama contigo?

- Não sei... Talvez ele ache que eu soubesse.

- Effy... não minta pra mim. Você o ama, certo? – meu coração acelerou. “Eu o amava? Eu nunca amei alguém, como vou saber se o amo?” Pensei rápido.

- Eu não sei.

- Como assim não sabe? Você tem doença mental? Não sabe o que sente por ele?

- Porra Pamela, eu nunca amei ninguém, você acha que se eu amasse eu saberia como é? – respondi ríspida. Sentei de novo na cama e a olhei. – e porque vocês se importam tanto se eu o amo ou não? – Pamela me deu um soco no braço. – Ai filha da puta, o que eu fiz?

- Você ta sendo seca comigo! Ignorante.

- Meninas!? – disse Wes entrando no quarto junto com o John.

- Não quero falar com vocês. – disse revirando os olhos.

- Ami, - Wes se aproximou e sentou ao meu lado, enquanto John só observava em pé. – estávamos tentando nos divertir. Não queríamos que acontecesse isso.

- Não sabíamos que o Justin faria todo esse drama. – disse John. Levantei um pouco irritada e os olhei. Eu queria socar o John e o Wes, mas eu não podia fazer aquilo, eles eram meus melhores amigos.

- Porra, vocês passaram dos limites. Justin não é bi nem gay. Eu disse pra ficarem longe dele. – disse irritada, como se vomitasse tudo. – Caralho, ele se afastou de mim e não me responde mais e porra, eu odeio ser ignorada! – eu quase gritava enquanto eles me olhavam assustados. – eu não sei se eu o amo, por que eu nunca amei ninguém. Eu sinto um soco no meu estomago todas as vezes que o meu olhar encontra o dele, eu quero estar com ele 25hrs por dia. Se isso é amor eu não sei, mas eu tenho vontade de gritar pra todos que eu o amo. PORRA, EU AMO O JUSTIN! NÃO É ISSO QUE VOCES QUERIAM SABER? EU O AMO E AMO MUITO! EU NÃO CONSIGO MAIS VIVER SEM ELE, ENTENDERAM? – disse quase chorando. Fechei os olhos e respirei fundo, voltei a olhar pra eles que agora estavam boquiabertos. – agora me deixem em paz, por favor.

- Ami, o dia só tem 24 horas. – disse Wes e todos soltaram uma gargalhada, inclusive eu. Me sentei na cama e os olhei.

- Ele me odeia – peguei meu celular e o girei entre meus dedos. – ele não me responde nem no whatsapp. O que ele fez comigo? Eu não era assim. Eu não sou assim.

- Effy, isso é tudo culpa minha. Me desculpa! – disse John.

- A culpa é sua e do Wes. - acho que a minha resposta adequada seria “você não tem culpa John, eu devia ter evitado isso”. – Vocês são muito poc, pocs, ridículas. – nós rimos juntos.

- Por que você não me contou que o amava, Effy? – perguntou Pamela.

- Por que ela é orgulhosa demais pra admitir que não vive sem mim. – disse Justin entrando no quarto. Meu coração acelerou no instante em que o vi.

- E quem te disse que eu não vivo sem você? – perguntei com desdenha.

- Você mesma. – ele disse parando em frente ao pé da cama, colocou suas mãos nos bolsos de sua calça e me olhou calmo.

- Aí gente, acho que eu esqueci as bebidas na areia da praia. – disse Pamela levantando na cama e mexendo no cabelo. – podem me ajudar a busca-las? – perguntou pro Wes e John que estava admirando o Justin.

- Ah sim, sim. – disse Wes levantando e saindo do quarto junto com a Pamela. John parou na porta e disse um “desculpa aí bro, só estávamos tentando zoar um pouco” pro Justin que sorriu e assentiu em resposta. John fechou a porta. Justin e eu nos encaramos por segundos.

- Tudo aquilo que você disse a eles é verdade? – Justin enfim quebrou o silencio.

- Não sei do que você ta falando. – disse me fazendo de desentendida. Justin sentou na cama e me olhou.

- Effy, se você me ama mesmo, deixe que eu saiba. – ele disse pegando em minha mão. – eu sou capaz de tudo por nos dois, por mim e por você. Sou capaz de qualquer coisa pra poder ver o seu sorriso todas as manhas e dormir sentindo a sua pele na minha. – ele sorriu tímido – Effy, eu te amo pra caralho, chega a doer. Doe mais ainda não poder gritar pra todo mundo o quanto eu te amo.

- Justin... você foi muito gay agora. – ri alto.

- Idiota, eu to falando serio. – ele disse rindo junto, me jogando na cama e caindo em cima de mim. O olhei por um instante, queria poder ficar presa naquele momento pra sempre.

- Eu te amo. – disse sem jeito, Justin sorriu e me beijou.

(...)

Acordei com barulho de chuva e o vento entrando pela janela. Virei-me devagar e vi o Justin dormir do meu lado, foi a coisa mais fofa que eu já tinha visto. Passei minha mão pelo seu cabelo e o beijei devagar. Levantei da cama, fechei a janela do quarto e sai do mesmo. Desci as escadas e pela porta de vidro da sala eu vi a chuva na praia. Era lindo. Peguei uma garrafa velha de Jack Daniels que achei na cozinha, abri a porta e corri pra praia. A chuva tava forte e era maravilhoso sentir ela caindo sobre mim. Olhei pro céu, comecei a cantar alto a musica Don’t Worry Child, “there was a time I used to look into my father’s eyes in a happy home…” e a beber. Parecia que eu estava em um momento de “decepção amorosa”, eu nem mesmo sabia se estava ou não. Eu só me sentia muito feliz por estar na chuva. Eu amava chuva, sol, neve... Enfim, eu amava a natureza. Deixei a garrafa na areia e sai correndo pro mar, eu não devia por que as ondas estavam fortes e eu estava tonta demais.

- EFFY! – ouvi a voz de Justin, olhei pra trás e vi ele correr atrás de mim. Ri e corri mais ainda em direção ao mar. – EFFY PARA! – ele me puxou rápido pelo braço. – o que você acha que ta fazendo, Effy!? Ta tentando se matar?

- Ahn!? – gargalhei. – você fica muito bem de camisa branca. – disse alisando seu torax que ficou visível na camisa por causa da chuva. – vamos dançar, Justin. – puxei ele pela mão até o lugar onde eu havia deixado a garrafa de JD. – cante pra mim. – sorri pra ele enquanto colocava suas mãos em minha cintura e abraçava seu pescoço.

- Quer que eu cante pra você? – ele disse divertido. Assenti e sorrindo pra ele. Justin me olhou por alguns minutos – Well, let me tell you a story, about a girl and a boy. He fell in love for his best friend. When she's around, he feels nothing but joy, but she was already broken and it made her blind, but she could never believe that love would ever treat her right, but did you know that I love you? or were you not aware? You're the smile on my face and I ain't going nowhere. I'm here to make you happy, I'm here to see you smile… - eu não sabia que o Justin cantava tão bem assim. A voz dele era doce e enquanto ele cantava dançavamos abraçados, no ritmo de sua voz. Justin fechou os olhos e selou nossos lábios, e eu ainda de olhos fechados o ouvi cantar enquanto acariciava meu rosto. – I will catch if you fall.