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História Nobody knows - Lets play a game


Escrita por: Bjf

Notas do Autor


Sem comentários, estou indo dormir, tenho prova amanhã.
Kisses, vejo vcs nos reviews!!!

Capítulo 10 - Lets play a game


            Niall POV

– Certo, me diz de novo como ele é? – Megan pedia novamente. Ela tinha faltado ontem, então só hoje eu tinha contado a ela sobre a novidade no restaurante.

– Meg, eu já disse como ele é! – Eu o tinha descrito logo no começo da aula, mas ela ficava trazendo o assunto à tona sempre que podia.

– Tá, mas diz de novo. Por favor! – Ela colocou ênfase no pedido, fazendo biquinho, abaixando ligeiramente a cabeça e me olhando de baixo pra cima com olhos arregalados, como uma criança suplicando por outro doce.

– Tá, eu falo. – Acabei me rendendo. – Só para de fazer essa carinha de bebê.

– Já parei, já parei! – Ela falou animada, erguendo novamente a cabeça e rindo.

– Bom, ele é moreno, uns cinco centímetros mais alto que eu, com cabelos negros em um topete impecavelmente penteado, olhos castanhos hipnotizantes e um aspecto sério, geralmente quebrado por um sorrisinho de lado. – Enquanto falava, a imagem de Zayn aparecia nítida na minha cabeça, me distraindo um pouco.

– Awwn, acho que tem alguém apaixonado!!! – Ela brincou, me fazendo corar; não que fosse difícil me deixar corado, mas pude sentir meu rosto ficar quente.

– Pshh, fala baixo! – Eu disse, entre um grito e um sussurro. – E eu não estou apaixonado coisa nenhuma! Eu nem o conheço direito!

– Ainda! Não mente pra mim, Nialler, é muito fácil te decifrar. – Ela tinha razão quanto a isso; esconder meus sentimentos nunca foi algo fácil. Não foi à toa que ela descobriu que eu era gay logo no primeiro dia de aula. – Você pode não estar apaixonado, mas o garoto de Alá te balançou!

Comecei a pensar no que ela disse. Eu realmente tinha achado ele muito bonito, e charmoso, fora que ele tinha uma aura de mistério que era no mínimo fascinante. Mas era só isso, não era? Eu queria acreditar que sim... De qualquer forma, ele não tinha a menor pinta de gay, então era melhor eu esquecer.

– Quer saber? Eu admito que achei ele atraente, sim. Mas isso não interessa. – Falei pra ela, externando meus pensamentos. – Duvido que ele goste da fruta.

– Nunca se sabe. A gente não pode dizer que não gosta de algo sem experimentar. Talvez você só precise deixar que ele te experimente... – Ela falou, fazendo uma voz sensual e rindo em seguida.

– Não acho que ele vá querer. E chega desse assunto, pode ser? – Falei bravo, tentando encerrar a conversa sobre minha queda pelo novo garçom.

– Então tá. Mas que tal você me apresentar ele então? – Ela piscou pra mim. – Eu posso ser a prova dos nove, se você quiser. – Eu tinha que confessar que era uma ideia tentadora...

– Nada disso. – Balancei a cabeça negativamente, mais pra tirar aquela ideia da cabeça do que pra negar a proposta. – Você pode dar em cima dele se quiser, quando o conhecer, mas vai ser por conta própria.

– Ah, você é um chato mesmo, hein! Tudo bem, talvez eu faça isso mesmo. Só não quero que fique com ciúmes. – Ela enrolava as pontas de uma mecha de cabelo entre os dedos enquanto falava; era uma mania que ela tinha quando tentava parecer desinteressada.

O professor encerrou a aula e eu quase fui abraçá-lo, grato. Nós nos levantamos e saímos da sala, fazendo nosso já habitual caminho até a lanchonete, como em todo intervalo. Megan às vezes reclamava que eu comia demais, indignada por eu não engordar de forma alguma, e por querer ficar vagando pelo bloco, em busca de algo interessante, o que na língua dela significava pessoas bonitas. Mas eu não ligava pras reclamações dela, afinal era pra isso que serviam os intervalos, não era?

– Por que não o encontramos por aqui? Tenho certeza que ele vai gostar, seja por me ver ou por te ver. – Não falei nada, só suspirei. Ela não ia parar tão cedo.

Pegamos a fila, eu comprei um sanduíche e um refrigerante, e então nos sentamos numa das mesas. Enquanto eu comia, Megan reparava em tudo e em todos. Eu costumava pensar que era agitado, mas depois de conhecê-la tive de reformular meus conceitos; aquela garota parecia ligada na tomada.

Como já tinha percebido que comer era algo muito importante pra mim, quase um ritual, ela não puxava muito assunto naquelas horas, exceto com perguntas e afirmações simples a que eu pudesse responder com um mero aceno de cabeça. E foi ao ficar mais de um minuto sem ter de concordar com nada que tirei minha atenção do sanduíche e a olhei. Ela tinha o rosto ligeiramente voltado para a direita, olhando para algo atrás de mim.

– Não olhe ainda. – Ela falou, me fazendo parar no momento em que eu me ajeitava na cadeira. – É aquele garoto. O dos olhos azuis e a bunda maior que a minha.

Aquela descrição bastou para que eu entendesse; era o garoto que eu peguei me encarando dias atrás. No momento em que nos olhamos nos olhos um do outro, eu percebi quem ele era, e sei que ele soube sobre mim também. E agora não raramente ele aparecia ali, sempre me fitando, e eu não conseguia deixar de olhá-lo também. Ele tinha um aspecto ligeiramente afeminado, em relação ao andado e a algumas “desmunhecadas” às vezes, mas era incrivelmente bonito. O oposto de Zayn – que tinha mais a ver com meu tipo –, mas ainda assim atraente.

– Ele está te secando de novo, Niall. Vou te contar, hein; esse aí, o garçom..., você já tem mais pretendentes do que eu!

– Pare de falar asneiras, Cabelo de fogo! Zayn não é meu pretendente.

– Hum, Cullen! Ficou bravinho, foi? – Arregalei os olhos ao ouvi-la me chamando daquilo, e ela riu com escárnio ao perceber que fora direto ao ponto.

– Como ousa, Palito de fósforo? – Dessa vez foi ela quem ficou chocada, e foi minha vez de rir.

– E quanto a você, seu oxigenado?! – Eu estava pensando algo para retrucar, mas ela me interrompeu. – Não ouse dizer mais uma palavra! – Fiquei quieto, já que irritá-la podia ocasionar um incêndio, do qual eu seria responsável. – Quando é que você vai falar com ele? – Ela mudou o tom, já completamente calma, como se estivéssemos trocando os maiores elogios instantes atrás. – Sim, porque você não tem a menor dúvida que esse daí joga no seu time, né? E eu diria que, nesse jogo, ele é quase um artilheiro, enquanto você está parecendo um reserva!

– Por que esse súbito interesse na minha vida amorosa, posso saber?

– Eu só quero o seu bem, lindo! É só que não entendo isso em você. De que adianta ser assumido e não se dar ao luxo de correr atrás? Você já passou pelo mais difícil, agora aproveite.

Ela tinha razão quanto a isso. Eu tinha tanto orgulho de ser alguém bem resolvido, mas andava agindo como uma criança assustada. Talvez eu realmente não tivesse chances com Zayn, já que eu tinha praticamente certeza de que ele era hétero. O fato de ter fantasiado algumas coisas (nada inocentes) com ele mesmo sabendo da impossibilidade de rolar algo podia ser consequência de eu estar há muito tempo na seca. E agora surgia alguém disponível, aparentemente interessado em mim, e eu não estava me dando a oportunidade de arriscar. Podia não dar em nada, ou podia render alguma coisa; e na pior das hipóteses podíamos acabar como eu e Megan.

– Eu vou ali. – Falei, me levantando. – Espero não voltar volto. – Ela acenou com a cabeça, em algo que pareceu um “Isso, garoto, vai fundo”.

Comecei a andar em direção a ele, que logo notou minha aproximação. Ele se virou para a garota que o acompanhava, dizendo algo, e em seguida ela estava se levantando e indo a algum lugar que não me interessava. Ele a despachou... gostei disso. Continuei caminhando, um tanto mais confiante; notei-o passando a mão ligeiramente pelo cabelo, e inclinando a cabeça enquanto me olhava, com um risinho safado no rosto. Quando cheguei perto o bastante, lancei-lhe o melhor sorriso que pude – apesar de que meus sorrisos não costumam ser muito sensuais –, parando de frente para ele.

– Posso me sentar? – Eu disse, apoiando os braços sobre o encosto da cadeira.

– Claro. – Ele falou, parecendo despretensioso. – Achei que nunca fosse perguntar. – Ele falava vagarosamente, como que saboreando as palavras, confiante de que elas teriam o efeito que ele queria. Sua expressão passava uma mensagem semelhante, a boca entreaberta, os lábios em evidência, e um olhar sedutor; ele estava preparado pra jogar. Eu também.

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Harry POV

Tão logo a última aula acabou e todos corriam para as portas, como gado fugindo do matadouro. Continuei sentado mais um pouco, pra não ser arrastado no tumulto; ele também estava sentado, quieto e sereno como sempre.

– Ei, Harry, vai ficar parado aí? – Brad questionou. – Mexa-se se não quiser ficar pra trás.

– Vamos tomar uma cerveja, relaxar um pouco. – Rachel disse, dando sentido ao que eu tinha acabado de ouvir. – Você não vem? – Notei um ar provocativo no convite.

– Não, não hoje. – Ela pareceu desapontada com minha recusa. – Prometo que vou da próxima, ok? – Pisquei pra ela ao dizer, e ela sorriu, aceitando minhas desculpas.

Esperei que eles saíssem, me deixando a sós com o tal Payne. Só então me apressei em levantar e ir em sua direção, antes que ele deixasse a sala também. Ele pareceu notar minha aproximação, e parou, me aguardando, aparentemente sabendo que eu queria conversar. Ele era mesmo muito observador.

– Hey, e aí? – Eu cumprimentei. Ele pareceu ligeiramente surpreso, como se esperasse estar errado quanto a eu falar com ele. – Então, você é o Payne, certo? – Estendi a mão pra ele. Estava apenas tentando ser simpático, já que pra que as coisas dessem certo pra nós dois teríamos de ter algum contato.

– Liam. – Ele corrigiu, um tanto seco. – E você é o Styles. – Ele me olhava diretamente, e seu aperto de mão era firme; nada como a reação que eu esperava. Onde estava o cara tímido e retraído que eu achava que tinha visto nele?

– É, mas Harry soa melhor, não acha? – Falei em tom de brincadeira, tentando quebrar o gelo. Ele não estava facilitando meu trabalho. Pelo contrário, eu tinha a impressão de que ele estava sendo duro de propósito. – Então, parece que vamos meio que trabalhar juntos daqui pra frente. – Dei uma pequena pausa, esperando que ele dissesse algo, mas tive de prosseguir. – Eu estava pensando que seria mais fácil pra nós dois se ao menos nos conhecêssemos um pouco, sabe?

– Aham. – Sua resposta soou irritantemente cética, e me segurei pra não mandá-lo tomar em um lugar que ele não ia gostar, ou talvez gostasse, sei lá. Só sei que a vontade de fazer aquilo dar certo, e o fato de que ele tinha braços e ombros com no mínimo o dobro da largura dos meus, me impediram. – Estou nas mesmas salas que você, todos os dias. Talvez possamos conversar, uma hora dessas. – Impressão minha ou ele estava sendo irônico? – É só que hoje eu tenho algo pra fazer, então não vai dar pra papearmos, ok?

– Ah... sim. – Aquela era a desculpa mais esfarrapada que eu podia escutar, somado ao comentário extremamente grosseiro sobre estarmos nas mesmas salas. Era melhor eu ir embora, antes que estragasse de vez qualquer chance de nos darmos bem. – Ok, então. Até amanhã. – Não cheguei a esperar sua resposta; só me virei e sai. Por dentro eu estava bufando de raiva.

Qual era o problema daquele idiota? Eu tentei ser simpático, ser legal com ele, e ele me trata daquele jeito, como se eu fosse um vira-latas qualquer que ele podia chutar. Ele era um nerdzinho que tinha tomado muito suplemento, nada mais; eu era o garanhão da turma, e embora não tivesse concretizado aquela posição, todo mundo já percebia aquilo; ele não podia ser tonto o bastante pra não ter captado. Mas ele não vai estragar meus planos; ele vai se comportar, como um bom vice tem de fazer. Eu vou contorná-lo, Sr. Payne, você colabore ou não.



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