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História Noir - Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que a habita.


Escrita por: adryg

Notas do Autor


Quanto maior a armadura, mais frágil o ser que a habita

Capítulo 2 - Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que a habita.


Fanfic / Fanfiction Noir - Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que a habita.

-Temos um caso. –responde o homem com a sua voz melódica através da linha telefonica

 

-Informações. –pergunta o outro com a sua voz rouca e desinteressada, enquanto vestia o seu tão famoso uniforme à frente do espelho

 

-Assassínato. Vítima encontrada num beco...

 

-Num beco? –pergunta o homem cortando o colega

 

-Sim. Num beco. –exclarece o outro, fazendo o homem suspirar

 

-Já se sabe alguma coisa sobre a vítima?

 

-Nada. Estou agora a aproximar-me da cena do crime. Apressa-te. –responde o homem desligando a chamada em seguida

 

    [...]

 

-Chegaste tarde. –comprimenta o homem de cabelos cabelos castanhos vendo o colega passar pela fita policial, caminhando em seguida com ele até à cena do crime

 

-Diz isso ao taxista. –responde-lhe o outro parando em seguida ao lado da vítima– Informações?

 

-Chama-se Olivia Stevens. –diz o homem entregando a carteira da vítima ao colega que rapidamente a começa a inspecionar– 25 anos, universitária em Oxford, último ano, literatura.

 

-Oxford? O que faz uma estudante de Oxford por Londres nesta altura do ano?

 

-Estive-me a perguntar a mesma pergunta desde que cheguei aqui companheiro. –responde-lhe o outro com um sorriso de gozo, que desaparece rapidamente

 

-Pais?

 

-Não. Moram aqui em Londres mas partiram três dias atrás para as Caraíbas.

 

-Ricos?

 

-Não. Poupanças.

 

-Já os contactaste?

 

-Já. E esse é o problema.

 

-Como assim? –pergunta o homem entregando a carteira ao colega

 

-Eles dizem não ter filhos nenhuns. E quando fui perguntar o porquê da viagem eles responderam que estavam apenas a gastar a sua fortuna.

 

-Não tinhas dito que tinham ido de poupanças? –pergunta o outro abaixado-se da vítima para a começar a analisar

 

-E tinha. E isso foi o que pareceu ser mas mesmo assim mandei investigarem a fundo as contas de ambos, ainda estou à espera de noticias do departamente.

 

-Ela tinha algum telemóvel com ela?

 

-Não.

 

-Procuraram-no?

 

-O que achas? –pergunta o moreno fazendo o outro soltar um riso seco e rápido

 

-Palermas. –insulta o outro levantando-se e investigando a cena, aprecevendo-se rapidamente que algo não estava bem –O médico lógista...

 

-Eu concordo contigo. –diz uma voz rouca por conta da idade, atrás dele

 

-Ora isso não é algo que se ouve todos os dias. –brinca o homem recebendo como resposta um grunhido de poucas brincadeiras

 

-Lá por seres um Noir e filho de quem és não significa que tens o direito de falar assim comigo Gabriel!

 

-Peço desculpas meu velho. –desculpa-se o homem ainda num tom de brincadeira

 

-Posso saber no que concordam? –pergunta o moreno cruzando os braços que até então estava calado a observar o reencontro dos dois homens

 

-A vítima foi vendida para uma gangue pelos pais em troca de dinheiro. –responde o velho colocando a sua maleta no chão, soltando em seguida um suspiro de alívio

 

-Isso não faz sentido! –diz o moreno confuso

 

-Tenho que concordar parcialmente com a gague mas pelo resto devo dizer que afinal não estavamos de acordo.

 

-Então o que é? –pergunta o velho irritado com a insulencia do homem

 

-Aqui a nossa querida Olivia teve o mal infortuno de se apixonar pela pessoa errada, Carlo Serra. Um membro da maior gangue Italiana que se encontra em Londres e em Inglaterra.

 

-Carlos Serra não é um mero membro...

 

-É filho do chefe. Como o devem chamar. –completa Gabriel

 

-E porque afirmas isso? Para não falar que aqui não é a área da gangue do Serra. –diz o velho como se fosse uma ameaça

 

 

-Mas o corte é! A gangue Serra é conhecida por matar devagar as suas vítimas mas alguém tão jovem e improdente como o nosso amigo Carlos, não seguiria essa regra caso tivesse uma admirante secreta. Em primeiro lugar aproveitaria-se dela e do seu amor...como é que lhe chamam hoje em dia? Amor cego? –pergunta ele olhando para o velho pedindo alguma confirmação que lhe é dada

 

-Sim. Ela já não era virgem quando morreu, se é isso que queres saber. –responde-lhe o velho com nojo da simplicidade e calma que o homem na sua frente falava sobre um assunto como aquele

 

-Perfeito! –responde-lhe Gabriel olhando novamente para o seu colega –Depois de se aperceber apaixonado pela jovem e com medo de que lhe algo acontecesse, o nosso jovem a despeja e desaparece da vida dela, por um tempo, pois a mesma apareceu em sua casa e teve a infelicidade do homem do seu coração estar de mau humor.

 

-Na casa de um criminoso? E como sabes tu isso? –pergunta mais uma vez o velho duvidando da acusação de Gabriel

 

-Pelo cheiro. Da colónia, mais precisamente.

 

-E como sabes tu como cheira a colónia de um criminoso?

 

-Simples. Carlos Serra é frequentador do clube Solero. –fala o moreno num riso seco, apercebendo-se do que o colega estava a falar– O mesmo clube onde aqui o Gabriel decide perder a vida.

 

-Não é perder a vida, é mais esquecer os problemas! –brica o outro com o colega

 

-Problemas que nunca vais conseguir resolver assim! –diz o velho sério, pegando na sua mala para se ir embora, fazendo o sorriso no rosto de Gabriel desaparecer pois sabia perfeitamente do que ele falava– Agora se os dois jovens me derem licença tenho que ir dar as notícias ao chefe!

 

-Não é preciso. –responde uma voz séria aproximando-se dos três ali presentes, fazendo Gabriel revirar os olhos por baixo do seu chapéu já sabendo o que iria acontecer –O que descobriram William?

 

-A vítima foi morta por Carlos Serra, filho... –responde o moreno antes de ser interrompido

 

-Filho de Silvano Serra, chefe da maior máfia italiana aqui em Londres. Eu sei quem ele é. –completa o homem de cabelos brancos e castanhos, fumando o seu cigarro devagar e degostando o sabor do mesmo– Devia ter suspeitado de algo quando ontem à noite o paizinho dele entregou uma das outras máfias em troca de imunição.

 

-Deixa-me adivinhar. Foi exatamente isso que fizeste! –diz Gabriel em forma de gozo, com um sorriso de canto nos lábios, irritando o homem na frente dele que se manteve calmo

 

-Farias o mesmo se te tivessem ameaçado a vida dos teus companheiros. –responde-lhe o homem ríspidamente

 

-Sim claro! Mas dúvido muito que se a ameaça fosse para mim, eu não encontraria-me na mesma figura que aqui a querida Olivia! –contínua Gabriel sem perder o tom firme de gozo e o seu sorriso de canto

 

-Quem é que permitiu a entrada dele? –pergunta o homem quase entre dentes sem tirar os olhos dele

 

-Sim claro! –responde-lhe Gabriel revirando os olhos propositalmente devagar para irritar o homem –Pois sabe, querido paizinho, que sem mim não terias conseguido desvendar este suposto crime. Ah! E já agora! Este suposto crime é um suícidio! Depois de visitar o seu querido amor, Olivia com certeza ouviu coisas do seu amorizinho que nunca pensaria ouvir, causando-lhe vontade de suícidar e adivinha só? Ela fez exatamente isso! Pegou numa das facas de Carlos Serra e esfaqueou-se na frente dele, supostamente para lhe causar trauma! –quase lhe grita Gabriel em raiva acalmando-se logo em seguida ao ver os olhares na sua direção– Dai as esfacadas irregulares e sem precisão que um filho do crime nunca cometeria. Depois de ver essa cena, Carlos ligou ao pai apavorado que rapidamente mandou livrarem-se do corpo. Entretando Carlos traumatizado vai para o seu clube favorito para beber e esquecer. Caso encerrado.

 

-Então já sabias de tudo? –pergunta William

 

-Não! –responde-lhe Gabriel sem tirar os olhos do pai –Só o encontrei no bar e facilmente dava para perceber o terror e medo nos olhos e fala dele. Depois ao chegar aqui só foi preciso ligar os pontos, para não falar que na carteira dela existia um cartão multibanco que se fores investigar facilmente o ligas aos pais que lhe transferiram o dinheiro para as suas contas e fugiram, causando ainda mais vontade à jovem de se matar. Concluindo. Foi um suícido e Carlos Serra não é culpado de nada, na verdade é uma das vítimas aqui.

 

-Isso é impressionante... –diz William pensativo


Notas Finais


~História Original


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