História Noona, you are so bad! - Park Jimin - O neném quer ter neném (Parte final)

Yunjin chegou em casa exausta e com uma fome enorme. Não tinha comido nada o dia todo por causa do estresse e tinha se estressado mais porque não havia comido. Pois é, a situação estava complicada. 

Ela tirou o blazer e deixou em cima da poltrona, logo depois, se encaminhou para a cozinha, onde a Luz estava ligada e podia se ouvir o barulho pequeno do atrito entre as talheres e os pratos. 

— Então você está aí. - A mulher disse ao ver Jimin sentado na pequena mesa de jantar, jantando calmamente. 

— Onde mais o Jimin estaria? - Ele respondeu em um tom grosseiro, fazendo ela arquear as sobrancelhas surpresa. 

Então ele ainda está bravo… ; Yunjin pensou, se sentando em frente a ele na mesa e se servindo de um pouco de comida. 

— Onde a Min su está? 

— Ela já foi embora, mas deixou toda a comida de amanhã de manhã na geladeira.  - Ele falou menos arisco, bebendo em seguida um pouco de suco e deixando algumas gotículas de líquido cair e deslizar sobre seu peitoral. 

Jimin estava sem camisa, apesar de não estar tão calor assim e o ar-condicionado estar ligado. Yunjin achou isso muito estranho, mas estava gostando de admirar a vista. 

—Hum…  - Ela começou a comer. 

O clima ficou estranho durante todo o jantar, nenhum dos dois ousava falar nada e pareciam ignorar a existência um do outro. Até que Jimin terminou sua refeição e se pôs de pé, mostrando todo o corpo branquinho e macio e a parte íntima sendo coberta somente por uma cueca box preta e apertada. Aquilo fez Yunjin engasgar. 

— M-Mas o quê?! C-cof! C-cof! 

— O que foi agora? - Ele cruzou os braços acima do peito, parecendo impaciente. 

— Onde estão suas roupas?! 

— Eu estou na minha casa e quero ficar sem roupas, algum problema? - Ele indagou atrevido fazendo a Kim se segurar internamente para não lhe prender na parede e castigá-lo ali mesmo. 

Jimin estava a provocando, Yunjin sabia muito bem disso. 

— Olha o jeito que fala comigo, mocinho! - Ela advertiu se levantando e o encarando com o semblante tenso. 

—Hum… - Ele saiu da cozinha murmurando e com os braços cruzados, por pura birra. 

Esse comportamento se prolongou por uma semana inteira, Jimin estava sempre provocando a esposa, seja no sentido sexual ou no sentido de petulância. O híbrido sempre fazia questão de usar pouquíssimas roupas e agir de uma maneira desaforada com a Kim, que aguentou absolutamente tudo quieta e observadora, apenas tentando não surtar. 

Mas ele conseguiu atingir o auge da paciência Kim em uma determinada noite. 

— Senhorita Yunjin, eu já estou indo. - Mi Sun avisou antes de sair pela porta e deixar seus patrões sozinhos na residência. 

Yunjin lia um livro no sofá da sala e evitava ir ao quarto, já que o Híbrido estava lá e ela não estava com a menor paciência para tolerar os joguinhos de Jimin naquela noite. 

A leitura estava ótima até ser interrompida por um chamado estranhamente calmo do moreno. 

— Noona…  você viu onde o Jimin colocou o caderno de anotações dele? 

Puta. Que. Pariu. 

Yunjin o fitou e respirou fundo. Não uma. Não duas. Mas sim, três vezes seguidas. 

Jimin não usava nada além de uma camisa Social branca e seus fios estavam bagunçados de um jeito…  sexy? E é claro, os lábios. Os lábios cheinhos e vermelhos estavam sendo mordidos pelos dentinhos do rapaz. 

Céus, ele queria vê-la louca, era isto! 

— Eu não vi nada… você perdeu? 

— Não…  acho que deve estar aqui pela sala. - Ele comentou e começou a vasculhar em todos os cantinhos do cômodo. Yunjin apenas o observou. 

Jimin procurou por todos os móveis e quando não encontrou, simplesmente se pôs de quatro e passou a empinar o bumbum, procurando por debaixo dos móveis como se não estivesse fazendo nada demais, como se aquela posição não deixasse o bumbum branquinho a mostra por causa da falta de roupa íntima e da camisa pequena que usava. Yunjin quase rasgou o livro que tinha em mãos, por puro ódio daquela situação. Jimin estava lá, provocando e se insinuando para ela, mas ela não poderia fazer absolutamente nada com aquele corpo. Não poderia lhe fazer pagar por estar lhe deixando excitada daquele jeito ou por estar lhe fazendo quase enlouquecer de vontade de tomá-lo. 

Céus, quando ele tinha aprendido a ser tão cruel? Aquilo já era demais! 

— Noona, você não está me ouvindo? - Ele estalou os dedos em frente ao rosto dela, fazendo-a despertar de seus pensamentos. 

—Uh? Sim? O que foi? 

— Eu tinha dito que não achei o meu caderno. 

—Aah…  sim… 

— No que estava pensando, Yunjin? - Ele arqueou as sobrancelhas, ardiloso. 

—Você sabe muito bem o que eu estava pensando, Kim Jimin. - Ela respondeu irritada. 

—Ora, Noona…  - Ele sorriu docemente e se sentou no colo dela, ficando em frente a esposa. — Você sabe bem como podemos resolver essa situação, não sabe? 

Outra armadilha…  ele estava mesmo um caso sério… 

— Não vou te dar o que você quer. 

— Ah, não? - Ele arqueou as sobrancelhas espertinho e passou a depositar beijinhos molhados pelo pescoço da Kim, fazendo-a suspirar pela sensibilidade. 

— N-Não. 

Ora, o que era aquilo? Yunjin estava gaguejando agora? Quando tinha se tornado tão fraca? 

— Que pena, Noona…  - Jimin agora dava mordidinhas discretas em sua pele. — Eu queria tanto ser seu hoje… 

— Então seja! Deixe essa loucura de lado e se entregue pra mim, amor! - Ela apertou a cintura do híbrido com possessão, fazendo-o quase perder o raciocínio. — Eu preciso tanto de você, anjo… 

— Você sabe muito bem que eu não vou desistir, Noona. - O moreno disse firmemente encarando a Kim nos olhos. 

— Está sendo ridículo, Jimin. - Yunjin proferiu irritada mais uma vez por toda aquela situação.  — O que você quer, não vai acontecer, entendeu? EU NÃO VOU E NÃO QUERO TER FILHOS!

E aquele foi o limite dele. Jimin não conseguiu segurar mais. Estava cansado de tudo, dos joguinhos, das provocações, das brigas. Ele queria ser forte mas era impossível. Quando notou, já era tarde demais e as lágrimas já estavam saindo em grande quantidade de seus olhos. 

— J-Jimin? - Agora a irritação havia se esvaído e a preocupação preencheu o peito da Kim. — Jimin…  me desculpe…  eu não deveria ter gritado…  eu… 

— É t-tão ruim assim? - Ele indagou com a voz embargada pelo choro. 

— O quê? 

— A simples ideia de ter um filho com o Jimin, Yunjin. É tão ruim assim?... O quê? Você tem nojo, é isso? Tem nojo e medo de eles serem iguais ao Jimin? É por isso que você não quer? 

Yunjin estava apavorada. Não queria que Jimin chegasse ao ponto de pensar desse jeito. Estava se odiando agora. Havia prometido que nunca mais o machucaria e agora tinha o híbrido chorando em seus braços novamente e tinha sido tudo por culpa dela. 

— A-Anjo… não… Eu…  - Kim Yunjin respirou fundo tentando se acalmar e tocou delicadamente o rosto do híbrido, limpando parte das lágrimas nas bochechas dele, se martirizando internamente por tê-lo feito chorar de novo. — Me desculpe, amor. Eu não queria fazer você pensar desse jeito. Eu jamais teria nojo de você, Jimin. Eu te amo. Você é tudo que mais importa pra mim. Mas é que…  eu…  eu não sei ser mãe, está bem? - Ela foi sincera, tendo toda a atenção do híbrido para si. — Eu não tive bons exemplos e a Nana, bem… ela era muito gentil e eu a amo, mas eu não era filha de verdade dela, você sabe. Eu nunca saberia lidar com um filho, Jimin…  sempre fui péssima com crianças e as únicas com as quais me dou bem são os filhos da Chae. Me desculpe por isso. Mas não posso te dar um filho porque não tenho a mínima ideia de como criá-lo. 

Eles ficaram se encarando por um instante, Jimin por estar absorvendo tudo que acabara de ouvir e Yunjin por estar esperando uma resposta, e esta veio: 

— Noona…  - Ele começou receoso. Não queria discutir novamente, então teria que explicá-la com cuidado. — Eu te entendo, tá bem? Eu também não tive bons exemplos como pais, mas isso não significa que não podemos ser bons pais. Além disso, ninguém nasce sabendo, né? A gente vai aprendendo mais a cada dia. Podemos nos preparar, dar o nosso melhor e torcer pra dar certo, Noona. Se tivermos o apoio um do outro, tenho certeza que vamos conseguir… E também, acho que porque tivemos pais difíceis, já temos uma ideia do que não fazer com nossas crianças, não é? - Ele riu um pouco para descontrair, tirando um sorriso da Kim também. 

—Jimin… 

— Só imagina a cena, Noona…  você e eu com um filhotinho nos braços, brincando e morrendo de orgulho dele só por ele ser nosso filho. Imagina só a nossa felicidade. Eu só tô te pedindo uma chance, amor. - Ele a beijou delicadamente nos lábios e em seguida a abraçou fortemente como se não houvesse um amanhã. — Eu te amo, amor…  e tenho certeza que nosso filho vai te amar também. 

Ele tinha razão e finalmente tinha feito a Kim enxergar isso. 

Ela suspirou calmamente e depois de mais um tempo em silêncio, apenas pensando, Yunjin o encarou e finalmente concedeu. 

— Tudo bem. Acho que…  podemos fazer isso. 

— O quê? - Ele perguntou estupefato com o que sua esposa tinha acabado de dizer. 

— Eu disse que tudo bem. Podemos ter um filho Jimin. - Ela repetiu se dando por vencida, sentindo o coração quase sair do peito. 

Não sabia bem se estava fazendo a coisa certa ou no que isso iria dar, mas depois de tudo isso, não tinha mais medo. Estava nervosa, é claro, mas o receio de não conseguir lidar com a situação já não estava mais lá. Além disso, era um filho de Jimin, não tinha como essa criança não ser uma coisa boa. 

— AH MEU DEUS, NOONA! NÃO BRINCA COMIGO! É SÉRIO?! 

Ela riu com o entusiasmo dele, mas logo ficou preocupada novamente. 

—Jimin? Porque você está chorando, anjo? Não chora, amor! 

— A-Ah meu Deus! Eu estou tão feliz! Você vai ter meus filhos, Noona! 

— Só um Jimin, apenas um e- ei, mocinho! O que pensa que está fazendo? - Ela perguntou ao ver ele tentando tirar suas roupas sem vergonha alguma na cara. 

— Tentando fazer nosso primeiro filhote, né noona. 

—Aah! Então eu te ajudo… 

. . . 

15 de Agosto de 2031

Mansão dos Kim's in LA; 05:35 PM

— Kim Yuna! Saia já daí! Ei!... Miyun! O que pensa que está fazendo? - Ele tentou pegar a filhote de orelhinhas e cauda marrons que pulava de um lado para o outro no sofá, mas a mesma correu rindo e se escondeu novamente pelas cortinas da sala, fazendo graça. Jimin não podia segui-la, estava com o mais novo dos filhotes nos braços e ele dormia tranquilamente pela primeira vez naquele dia. E o mais velho, de orelhinhas e cauda preta, estava novamente mexendo nos aparelhos eletrônicos da mãe, tentando desmontá-los para sabe-se lá o que.  

— O Miyun tá brincando de eletricista, papai. - O filhote falou inocentemente, fazendo o pai se derreter de amores. 

— Mas com o Netbook novo da mamãe não pode, querido, ela vai ficar furiosa se você quebrar. - O mais velho dos híbridos explicou tentando tirar o aparelho das mãos do baixinho. 

— Tá bom, papai. Então o Miyun vai quebrar só um pouquinho pra ela não perceber, okay? - Ele propôs arteiro, fazendo Jimin arregalar os olhos em desespero. Esse garoto não tinha medo da morte… 

— Kim Miyun! - Ele advertiu o filho, quase acordando o bebê em seus braços. 

— Fala baixinho papá, vai acordar o neném Jiyun. - Yuna falou atrapalhadinha como sempre, ainda "escondida" atrás da cortina. 

— Desculpa, amorzinho. 

Kim Miyun, Kim Yuna e Kim Jiyun. Esses três seres pequenininhos são com toda a certeza os tesouros de Yunjin e Jimin. Miyun é o mais velho, com apenas 9 anos, inteligente e extremamente parecido com a mãe em questões de jeito e aparência, ele era como uma mini cópia da Kim, isso qualquer um poderia ver. Yuna era a do meio e tinha 6 aninhos, ela era a garotinha do papai e da mamãe, adorava ser mimada por eles mesmo e era uma doçura com todos a sua volta, era muito parecida com o pai. Já Jiyun é o mais novinho, só tem 1 ano e meio e é extremamente carente, por causa da idade, claro; mas mesmo tão novinho, já tinha demonstrado ser bastante amável e espertinho, seria ele uma mistura dos dois? 

— Senhor Jimin, a Senhora Yunjin ligou e avisou que já estava saindo da empresa. - Heewon, uma das empregadas da casa, avisou assim que chegou na sala de estar. 

Jung Mi Sun não trabalhava mais para eles, já fazia uns três anos. Hoseok havia crescido muito na empresa da Kim, então não havia mais necessidade alguma de sua esposa trabalhar, o que era maravilhoso para os Jung's. 

— Ai, que ótimo! Me ajuda a arrumar eles, Heee? 

— Claro, senhor! 

…

06:08 PM

As crianças já estavam todas arrumadinhas, sentadas na sala principal, aos cuidados de Heewon, esperando a mamãe chegar, o que não demorou muito. 

— Ei, aonde estão minhas pestinhas? 

—MAMÃE!! - Yuna e Miyun gritaram afogados em uníssono e correram em direção a Kim. 

— Uou! Calma aí! - Ela gargalhou, completamente contagiada pela alegria dos filhos e os abraçou calorosamente. 

Depois de depositar um beijinho na bochecha de cada um, Yunjin foi até o caçula nos braços de HeeWon e o pegou no colo, dando atenção a ele também. — Que bebê mais lindo!! - O pequenino chegou a gargalhar com os beijinhos que recebia da Kim.— Ei, onde está o pai de vocês? 

— Olha eu bem aqui, Yun! 

Quando as crianças estavam prestes a responder, Jimin desceu as escadas, arrumado e vestido em um terno azul escuro, fazendo Yunjin quase babar pela beleza do marido. 

— Tem certeza que vamos somente a uma festa de aniversário? Você está vestido como um príncipe, amor. - Ela elogiou, vendo ele se aproximar com aquele sorriso encantador de sempre. 

— Noona, assim o Jimin fica com vergonha…  - Ele disse um pouco corado, se aproximando em seguida para beijar Yunjin em um ato de carinho.  — Você também está tão linda.

— Puxa, isso é tão bonitinho! - Yuna observou, enquanto admirava o beijo apaixonado de seus pais. 

—Ugh! Vão para o quarto! - Miyun pediu, um pouco enojado com a cena.

— E como você acha que foi feito, pirralho? - Yunjin perguntou maldosa assim que Jimin se afastou e se pôs ao seu lado. 

— YUNJIN! - O híbrido mais velho a repreendeu, vendo o sorriso maldoso dela crescer e as duas crianças gargalharem com o atrevimento da mãe. — Vamos logo pra festa, estamos atrasados.

… 

A música infantil preenchia todo o ambiente, crianças corriam por toda a parte, a decoração mais colorida e brilhante do que nunca, um pula pula enorme no jardim, mesas e cadeiras cheias de convidados, era como estava a casa de Taehyung e Yoongi quando Yunjin chegou lá com Jimin e as crianças. 

Era a festa da filha do casal, Kim Taeyeon, de apenas 9 anos e eles não pouparam despesas para a alegria da garota. 

— Tomem cuidado! Miyun, toma conta da sua irmã! - Jimin gritou preocupado assim que os dois híbridos felinos correram em direção ao pula-pula e foram brincar com as outras crianças. 

— Relaxa, amor. Nada de mal vai acontecer, estamos bem aqui. - Yunjin falou somente para acalmá-lo e os dois foram caminhando calmamente até as mesas que eles ficariam junto aos outros. 

— Olha quem chegou! - Taehyung cumprimentou assim que viu o casal se aproximar.

— Ei! Vocês estão aí! — Nana falou eufórica, se levantando para abraçar a sua menina e seu querido Jimin. 

Yunjin odiava festas infantis, por causa de toda barulheira e agitação; Mas tinha feito questão de comparecer aquela. Primeiramente porque era a festa de Taeyeon e a Kim adorava essa menina travessa; segundamente, porque Nana havia prometido que também apareceria e fazia muito tempo que não via sua mãe postiça. 

— Que saudade de te tirar a paciência, Nana! - Yunjin exclamou, apertando a mulher mais velha em um abraço carinhoso. 

— Puxa, Ajumma! Você parece estar tão bem! - Jimin elogiou abraçando ela com cuidado, por estar com seu filhote nos braços, e beijando-a na testa. 

— Ah, meus amores! Senti tanta falta! 

 — Aaah! Jiminie, me deixa ficar com essa gracinha nos seus braços, deixa? - SeokJin pediu animado, ele estava falando de Kim Jiyun.

— Ah, mas eu queria também! Tava morrendo de saudades desse neném! - Mi sun, a esposa de Hoseok, disse igualmente empolgada.

— Amanhã vamos visitar a casa de Yunjin para um jantar de negócios, amor. Pode ficar com ele lá. - Hobi anunciou calmamente, observando a cena.

—É, Sun… deixa eu ficar com ele só hoje, vai. Vou voltar pra Seul amanhã. - Jin pediu encarecidamente, quase chorando,  tentando provocar algum sentimento de pena da Jung. O que funcionou bem.

— Tudo bem, vai. Mas amanhã ele é todinho meu.

— Iih! - O Kim comemorou enquanto se aproximava para pegar o bebê. - Dá aqui, Jiminie.

— É todinho seu, Hyung! - Jimin colocou o pequeno no colo de Jin e observou por uns instantes o mesmo brincando com o sobrinho. - Onde estão Namjoon e seus filhotes, Hyung? 

Jimin falava de Namjyeon e de Junseok, de 07 e 06 anos, os dois filhos de Namjoon e Jinnie. Eles foram adotados recentemente e ainda estavam se adaptando a família. 

— Foram brincar com Namjoon e as crianças perto do pula-pula. - Jin respondeu ainda prestando atenção em seu sobrinho e fazendo caretinhas que faziam o mesmo gargalhar. 

— E onde estão as outras crianças, Yunjin? - Nana perguntou, já procurando os pestinhas, estava morrendo de saudades deles também. 

— Ih, Nana…  esses daí correram para o pula-pula também assim que pusemos o pé aqui. - Yunjin respondeu se sentando em uma das cadeiras vazias da mesa, Junto a Jimin. 

— Opa! cheguei! - Chae Young exclamou animada, se aproximando da mesa. 

— Chae! - Taehyung levantou-se e  abraçou a amiga animadamente. — Quanto tempo!

Ela fez questão de falar com quase todos na mesa, mas se empolgou demais com Jiyun no colo de SeokJin e acabou esquecendo de cumprimentar Jimin e a melhor amiga.

— Puxa, o Jiyun rouba a cena. - O híbrido felino observou risonho. 

— Ei, Chae. Não vai me falar nem como estão meus afilhados? - Yunjin indagou, cutucando o ombro da pediatra. 

— Ah, esses adolescentes rebeldes? Estão em casa com a cara em algum aparelho eletrônico, que nem lunáticos. - Ela disse, sem parar de brincar com o bebê. 

— Pelo menos passaram da fase "Capetinha". - Yunjin resmungou afiada e levou um tapinha de leve de seu marido no ombro, que não gostou nada de como a mulher se refiriu aos filhos da amiga.

— Ei, onde estão Yoongi e Namjoon? - Chae Young perguntou ao dar falta dos dois híbridos.

— Taehyung, já é hora do parabéns! - Yoongi surgiu de repente, segurando a vela e os fósforos para o bolo. 

— Falando no diabo… - A Kim provocou, fazendo o coala lhe encarar furioso.

— Iae, baranga. Tudo certo? - Ele perguntou atrevido.

— Tudo sim, preguiça.

— COALA!!

— Parem de brigar! Já não basta as crianças? - Namjoon chegou, junto todas as crianças, pegando uma parte da discussão.

— Naaam! - Jimin cumprimentou, sorridente.

— Olá, Jiminie! 

Os "pirralhos" começaram a correr em volta do de Namjoon, fazendo o Kim girar e ficar até mesmo um pouco tonto.

"Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar, o tio Nam vai ficar tonto e nós vamos gargalhar... " - Eles cantavam em uníssono, rindo e se divertindo com a situação.

— Ai, vamos logo bater esse parabéns. - Taehyung disse por fim, ao ver que as crianças estavam agitadas demais.

— É, vamos! - Chae Young e Yoongi concordaram.

— Quem sabe com um pouco de bolo eles fiquem quietinhos. - Nana afirmou se pondo de pé.

…

08:44 PM

Mansão dos Kim's em L.A

Depois de aproveitar muito da festinha da prima, as crianças ficaram exaustas a ponto de dormir no carro durante o caminho de volta. O único que não dormiu foi o mais novinho, este que agora estava sendo ninado no quarto por Yunjin enquanto Jimin colocava os dois mais velhos na cama.

— Vai dormir, nenenzinho, deixa de ser chatinho. Eu quero descansar, e o seu papai pegar. - A Kim cantava tranquilamente para o bebê que segurava nos braços. Ele ainda estava com os olhinhos bem abertos e parecia se divertir com a tentativa de adormecê-lo da mãe. 

— Yunjin, isso são coisas pra você dizer pro meu filho? - Jimin indagou risonho, se aproximando da esposa. 

— Ele não quer dormir, Jiminie! - Ela reclamou, fazendo birra que nem uma verdadeira criança. 

— Quem sabe se colocarmos ele no berço, huh? - O híbrido deixou um beijinho no topo da cabeça do bebê e se derreteu quando o mesmo riu sapeca e tentou tocar o rosto do pai com as mãozinhas pequenas e fofinhas. 

— Tudo bem. 

Levaram a criança acordada até o próprio berço e o colocaram lá, vendo ele ficar agitadinho no início por sair do colo, mas logo relaxar na maciez do colchão. Ele não dormiu, mas ficou quietinho observando o rosto dos pais, curioso e atento. 

— Acho que ele não vai dormir. - A Kim sussurrou para o marido, que deu de ombros despreocupado, e a abraçou de lado, deixando a cabeça descansar no ombro dela. 

— Vamos esperar um pouco. Ele ficou indo de braço em braço a noite toda, com certeza deve ter cansado um pouquinho. 

Yunjin concordou e abraçou mais o marido, acariciando os fios e as orelhinhas negras e gatunas, ouvindo-o ronronar por causa do carinho. 

— Noona… Assim sou eu quem vou dormir. 

— Nem ouse, eu tenho muitos planos pra essa noite, senhor Kim Jimin. 

Ele riu. 

— Não fala isso na frente do neném, Noona! 

— Ele nem sabe do que estamos falando! 

— Ele tá prestando atenção em tudo. 

— Até parece… Olha! Ele tá fechando os olhos! 

— Está bocejando! 

Eles falavam em sussurros pra não deixarem o bebê em alerta novamente já que ele, aparentemente, estava quase dormindo. 

— Ele tem seus olhos Noona… eu não me canso de dizer o quanto ele é lindo… Mihyun também, ele tem seu jeitinho e a sua cara. 

— E a Yuna que é a sua mini cópia, ela é tão doce, tão lindinha, tão amável, amor… 

— É mesmo, não é? 

Jimin riu baixinho, abaixando as orelhas tranquilo e calminho. 

Aquele momento não tinha nada de diferente, mas ainda assim era especial e nem mesmo o casal sabia falar o motivo disso. Eles apenas sentiam a magia no ar naquele instante. 

— Obrigado, Anjo. 

— O quê? Pelo quê? - Jimin a encarou confuso. 

— Por isso. Por nossa família. Se você não tivesse pedido isso…  se não tivéssemos tido aquelas conversas, eu nunca viveria isso e… 

— Noona… 

— Não. Me deixa terminar. Eu não consigo viver sem isso. Sem vocês. Sem nossa família. É tudo que eu mais amo nesse mundo, amor. É a única coisa pela qual eu daria a minha vida e eu não teria nada disso se não fosse por você, anjo. Então, obrigada. Apenas, obrigada! 

Ela sentiu algumas lágrimas molhando sua bochecha e antes que pudesse tirá-las de lá, seu marido o fez. Carinhosamente, Jimin limpava o rosto de sua amada e depositava beijinhos a cada lágrima limpa. 

— Eu amo você, amor. - Jimin pronunciou baixinho, tentando não chorar também. 

Céus, ele era o mais emocionado dali, mas precisava ser forte e acudir sua esposa. 

— Eu que te amo. 

…