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História NoPau - Nem Se Fosse Combinado - Capítulo 43


Escrita por: Fanfiqueira91

Capítulo 43 - Capítulo 43


Fanfic / Fanfiction NoPau - Nem Se Fosse Combinado - Capítulo 43

Nina ao tirar o figurino da apresentação, andou pela escola atrás do pai ou da mãe. 

Já estava se acostumando a ficar com um dos dois.

Aquele final de semana era do pai.

Encontrou os dois entrando no pátio, estavam juntos e ela achou estranho. Não os vira de mãos dadas, nem trocando olhares ou carícias. Estavam apenas juntos. 

E ela sentiu medo, não queria que eles brigassem.

Na cabeça da menina, aquela aproximação era algo fora do normal em sua nova rotina e isso fez com que Nina ficasse séria, reprimindo algo dentro de si.

Ao chegar perto deles, Paula percebeu que a menina havia mudado a fisionomia.

- O que foi meu amor? - Paula a pegou no colo. - Você ficou séria de uma hora para outra.

- Mamãe, vocês brigaram?

- Alguma vez você nos viu brigando, filha? - Breno, respondera, olhando para a menina. - Mas, respondendo a sua pergunta, não, nós não brigamos.

Nina encheu os olhos de lágrimas, abraçando a mãe e enterrando a cabeça em seu pescoço. Como quem quisera desabafar e só agora conseguira.

Paula e Breno, olharam-se, entendendo o quanto a feriram e a desgastaram emocionalmente com toda essa confusão.

Se para eles, adultos e donos de si, era um inferno ter que agir de maneira sensata, mas com uma vontade imensa de explodir. Imagina para uma criança de 3 anos que tudo que tinha como pilar emocional, eram eles.

Paula a abraçou forte, enquanto Breno passava a mão em seus cabelos. 

Ambos, em silêncio.

Decidiram entrar na sala de música da escola, onde estava mais calmo e poderiam conversar melhor.

Ao chegar, sentaram-se em cadeiras espalhadas no recinto, enquanto Nina continuava no colo da mãe, aninhada ao seu peito. Porém, mais calma.

- Vocês estão muito juntos. - A menina falou, enquanto limpava os olhinhos com a costa das mãos. - Toda vez que vocês se encontram, eu vejo que vocês brigam pelo olhar.

Breno olhou para Paula, admirado de como eles eram tão transparentes um com o outro que até Nina, uma criança, era capaz de enxergar o desconforto deles com toda aquela situação.

- Eu não quero que vocês briguem. Eu já aceitei que vocês não vão mais ficar juntos. - Nina voltou a ficar com os olhos marejados, voltando-se para o Breno - Mas eu não quero ver vocês tristes. Toda vez eu vejo você papai, com os olhos vermelhos, de chorar, eu sei, todas as noites antes de me botar para dormir. - Nina, agora olhava para Paula. - Mamãe você está sempre triste e eu já vi você chorando varias vezes em seu quarto enquanto eu estava vendo tv. Isso dói, dói muito porque eu gosto de ver vocês felizes.

Breno pegou a menina no colo, enquanto uma lágrima descia por e seu rosto ao ver Nina e Paula com os olhos vermelhos.

- Vem cá. - Ele posicionou a menina, de maneira que ela ficasse de frente para os dois. - Você é capaz de nos perdoar por todo esse sofrimento que fizemos você passar?

- Filha, desculpa. - Paula falava com a voz embargada pelo choro. - Em meio a todo esse nosso egoísmos e orgulho, não percebemos que doía mais em você do que na gente. Eu prometo que essa dor no seu coraçãozinho acaba hoje.

Breno beijou a cabecinha dela, a olhou e riu.

- Lindinha... O papai promete que vai te proteger de todo esse sentimento ruim. Desculpa, eu fui tão egoísta de pensar só em mim e acabei negligenciando o teu sofrimento. Mas isso acabou.

Nina não entendeu nada, mas abriu o maior sorriso que podia. Ao ver Breno puxando Paula, dando-a um beijo leve e olhando em seus olhos e dizendo.

- Eu te amo.

Sendo retribuído por um olhar de carinho enquanto ela dizia.

- Eu também. - Olhando para Nina, Paula beijou seu rosto. - Eu também te amo, demais. Nunca se esqueça disso.

Nina ria, abertamente e ficou ainda mais feliz quando soube que iria ser a daminha do casamento dos pais e da chegada do irmão(a).

Nina sentiu receio no começo, de não ser mais lembrada ou amada pelos pais. E até um pouco de ciúmes, sentiu também. Mas bastou uma conversa com os pais, para ela saber que nada iria mudar em relação ao amor dos dois.

A notícia foi bem vinda à família dos dois também. Que não se contestaram com a distância e organizaram um grande encontro no Rio para celebrarem essa bênção.

Nesse encontro estavam todos que eles amavam; pai, mãe, irmãos e amigos.

Todos aqueles que torciam pela felicidade dos dois.

Uma verdadeira festa, como deveria ser desde quando se conheceram. Uma festa regada a muita alegria, música e amor, o principal. E ali tinha em abundância.

Era um sentimento tão nítido que eles sabiam que era para ser assim; Um do outro.

E até a música deles dizia isso;

[...]"Não daria tão certo nem se fosse combinado..."

###

Breno posicionou a tesoura no laço azul que selava a porta da frente e disse, orgulhoso:

— Está aberta a Pra Cozinhar Manaus.

Aquela era a terceira filial que abriram, e havia mais duas por vir, um em Recife no Pernambuco e outra em São luís do Maranhão.

A multidão aplaudiu entusiasmada, e o rosto mais feliz era da sua mulher, apoiada em Nina, agora com 10 anos, batendo a mão na coxa em vez de bater palmas. A outra mão segurava a barriga enorme que despontava do vestido.

Ao passar a tesoura para o gerente que Paula indicara para aquela filial, ele foi para o lado dela e, no caminho, pegou Artur pelas mãos, agora com 6 anos.

O rosto do menino estava coberto de chocolate.

Ele tirou um lenço do bolso e tentou limpar um pouco.

Nina estava com a mão na cintura da Paula. Ela não desgrudava da mãe, era formidável o vínculo que elas tinham.

Paula sorriu para o Breno, mas havia dor em seus olhos.

— Amor, lembra que eu disse de manhã que achava que ia estourar? - Paula ria, mas transmitia dor no olhar. - Acho que essa vai ser Manauara.

 Ele arregalou os olhos.

— Está na hora?

Ela assentiu.

— Papai, eu cuido do Artur.– disse Nina, puxando o menino das mãos do Breno. - Cuida da mamãe.

Breno ficou na dúvida se devia deixa-la com o menino enquanto dava atenção a Paula.

Ela ainda era tão novinha!

Mas sorriu e não viu problema naquilo.

— Filha, sua tia Clara vai com cuidar de vocês enquanto eu estiver com a mamãe, está bem? – perguntou ele, segurando a mão de Paula, enquanto beijava a cabeça da menina. - Comportem-se. Eu amo vocês.

Paula apertou sua mão com tanta força que ele fez uma careta e quase sentiu a contração.

— Tudo bem papai, vão logo. Parece que que minha irmãzinha está para chegar. - Os olhos de Nina brilharam. – Eu cuidarei do Arthur. Não deixa a mamãe sozinha, amo vocês.

Ela se despediu dos dois e passou a mão pela barriga de Paula.

Nina parecia que ia explodir de animação, enquanto os olhos de Breno estavam emocionados.

Desde a conversa com a menina, a relação dos três, agora quatro e mais tarde cinco, havia melhorado muito. O nascimento de Artur selara o novo elo entre eles.

Os quatro adoravam ficar entre eles conversando, brincando, se divertindo...

Nina não tinha mais a insegurança em relação ao amor de Paula por ela. Pelo contrário, vivia saltitante pela casa, grudada na mãe, feliz com a chegada do irmão. E quando soube que iria ganhar uma irmãzinha, até chorou de tanta felicidade.

Ela não tinha reservas, confiava nos pais e contava sobre tudo.

E sobre o irmão, ela o adorava e virava uma leoa para defendê-lo.

E Artur amava tanto a irmã que tinha vezes que só ela para acalmá-lo. Era lindo de ver como eles se amavam.

Breno e Paula se orgulhavam da relação que os irmãos tinham. 

— Ligue para a minha mãe, ela está no hotel. – disse Paula, arfando. Ela conseguiu dar um sorriso. – Acho que essa está com pressa. – Dando um beijo em Nina e Artur. – Cuidem um do outro, eu amo vocês.

E exatamente a 1 hora e 38 minutos depois, Lavínia Amorim Simões veio ao mundo. A mãe estava cansada, mas delirante de felicidade. O pai não sabia quem beijar mais, se sua esposa ou sua filhinha.

A irmã mais velha estava ao lado da mãe o tempo todo depois que Paula foi para o quarto da maternidade. Já Artur dormia feito pedra depois de ficar exausto de tanto brincar.

Dois dias depois, já estavam em casa e seus sonhos eram preenchidos com toda a felicidade que conheciam.


Notas Finais


Ú L T I M O S . C A P Í T U L O S


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